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sexta-feira, 17 de novembro de 2023

RETRATOS… JOSÉ RAPOSO, ADORO SOTAQUES

RETRATOS…

JOSÉ RAPOSO, ADORO SOTAQUES

 


 No dia em que a mãe lhe marcou uma entrevista na Caixa Geral de Depósitos, preferiu ir fazer um teste ao teatro Adoque, em 1981. Em 50 candidatos, José Raposo foi o escolhido. Estreou-se numa peça infantil e nunca mais parou. Tornou-se uma das figuras mais populares da televisão, mas também do teatro, que para ele “é a base de tudo”. “Amo o teatro de revista, que é considerado um gênero menor. Não é nada!” garante. Durante a conversa com o nosso jornal, na Casa do Artista, instituição a que preside.

 - Como foi a sua infância em África?

 - Em Angola havia muito mais liberdade na forma de estar. Havia tempo para ter tempo. De nos apetecia ir almoçar à Barra do Cuanza, a uma distância de duas horas de Luanda, íamos até porque a gasolina era quase de borla. Quero muito voltar a Angola e só não aconteceu ainda por falta de oportunidade. Sou contraditório: odeio trabalhar, mas trabalho muito.

 - Veio para Portugal com 13 anos. A mudança foi um choque?

 - Vim só eu. Os meus pais e o meu irmão, Paulo, que é cinco anos mais novo, ficaram lá mais, dois ou três anos. Fui para casa dos meus avós, na Penha de França. Adapto-me bem a todas as situações, mas senti um choque pela realidade social. Portugal era muito cinzento.

 - Em que trabalhavam os seus pais?

 - O meu pai era contabilista na Diamang, uma companhia de diamantes, na província de Luanda Norte. Em 1968, foi para uma empresa de cafés, em Luanda. Portanto tive a vivência do mato da cidade. Quando os meus pais chegaram a Lisboa, fomos para o Seixal, que era mais barato.

 - Eles ainda são vivos?

 - O meu pai morreu há 12 anos. A minha mãe tem 86 e está ótima. Vive em Pontével, no Cartaxo, e hoje vou buscá-la para jantar lá em casa.

 - Sentiu o estigma do retornado?

 - Claro que sim. Os retornados eram conotados com os fascistas, que tinham explorado os negros, etc. Mas o meu pai sempre foi contra a ditadura. Quando vim de lá, trazia sotaque e era gozado. Aliás, adoro sotaques e apanho-os com facilidade. Ir ao Porto e ouvir falar tripeiro ferrenho é maravilhoso e não entendo o preconceito que existe em relação aos sotaques, sobretudo nas novelas.

 - Quando sentiu que queria ser ator?

 - Aconteceu naturalmente. O meu pai adorava teatro, já a minha mãe achava que eu devia ir trabalhar para a Caixa Geral de Depósitos, onde ela tinha um conhecimento que me marcou uma entrevista de emprego. Mas o meu primo viu no jornal Sete um anúncio para testes no teatro Adóque. No dia da entrevista na CGD, fui ao teste, que era feito pelo Francisco Nicholson.

 - E ficou.

 - Em 50 pessoas fiquei eu, foi uma sorte incrível! Estreei-me 1 de dezembro de 1981, na peça infantil, O Teatrinho, encenada pelo António Feio. Em janeiro, entrei na Tá Entregue à Bicharada, a última revista que se fez no Adóque, que era uma companhia de esquerda e que acabou, obviamente, por razões políticas. Aquele teatro era uma cooperativa de atores, que faziam tudo, da carpintaria à bilheteira. Foi o meu Conservatório, com o Nicholson, que me escolheu e me incentivou, o António Montez, o Henrique Viana, o António Feio, a Cremilda Gil, a Magna Cardoso, tantos,,,

 - Foi boémio?

- Claro, fazia parte. Agora é que as pessoas saem do teatro e vão a correr para casa porque no dia seguinte têm a novela para gravar. Saíamos do Adóque e íamos para o “Cacau da Ribeira”, onde nos cruzávamos com outros atores. Ficava por lá até ter barco, às 6 horas da manhã.

 - Quais são as suas referências?

 - Conheci pessoas maravilhosas, como as que já referi, e outras como a Maria José (mãe de Rita Ribeiro), o Nicolau (Breyner), que me levou para a televisão, o Octávio de Matos que me ajudou muito nas revista, e o Canto e Castro, que era um ator e um homem de outro universo. Já morreram todos e isso é muito estranho para mim…

 - Como conheceu a Maria João?

 - Em 1983, no musical Anni, encenado pelo Armando Cortez. Casámo-nos ao fim de um ano e tal, na igreja da Penha de França, e o Miguel nasceu pouco depois.

 - Separam-se ao fim de 23 anos. Acha que o facto de trabalharem juntos desgastou a relação?

 - Não, porque depois de nos separarmos continuámos a trabalhar juntos. Fomos sempre amigos, porque além dos filhos havia um grande carinho entre nós como se sabe.

 - Fizeram juntos, também, com o vosso filho Miguel, Golpe de Sorte, na SIC. Como foi esse tempo?

 - Foi um projeto que nos deu um prazer enorme e acho que para a João foi a coisa mais justa que lhe aconteceu. Normalmente, os protagonistas são sempre dois miúdos giros, o pobre que gosta da rica, o costume. E a João provou que não tem de ser assim. Ela era uma belíssima atriz. Carismática, e viu-se como o público adorou aquele Golpe de Sorte. A João já devia ter tido reconhecimento há mais tempo.

 - Quando soube o que tinha acontecido à João, o que sentiu?

 - Acho que senti o que toda a gente sentiu. Foi um choque inesperado, horrível para todos, para os meus filhos, para o João, o marido dela, para o resto da família e acho que para o país inteiro. A João era próxima das pessoas, uma cuidadora natural e isso era transparente nela. Deixou um vazio muito grande sobretudo nos nossos filhos.

 - Casou-se com a atriz Sara Barradas, que é 28 anos mais nova. Nunca sentiu a diferença de idades?

 - Estamos junto há mais de 11 anos e nunca tive consciência da diferença de idades. Não tenho jeito para falar sobre isso porque não sinto esse envelhecimento, por enquanto.

 - A Lua tem 3 anos. Qual foi a principal diferença entre ser pai aos 50 e aos 20?

 - Sou um pai-avô assumidíssimo. Claro que amo a Lua tanto como os meus outros dois filhos, a única diferença é que na altura o Miguel e o Ricardo tiveram um acompanhamento mais forte das mulheres da família, e eu era mais assistente. Agora, com a Lua, sou mais presente. A idade trouxe-me mais paciência e disponibilidade.

 - Como é contracenar com o seu filho. Dá-lhe conselhos, corrige-o?

 - O Miguel é fabuloso e não digo isto por ser meu filho. Não lhe dou conselhos e muito menos o corrijo porque ele é muito intuitivo enquanto ator. Tenho uma sorte incrível por ser pai de dois talentos.

 - Acredita na reabilitação do Parque Mayer?

- Acredito no projeto que tem agora e que é do Vasco Morgado (neto do empresário de teatro Vasco Morgado e da atriz Laura Alves), presidente da junta de freguesia de Santo António. Deixa-me muito triste que tenham acabado com os restaurantes e os locais pitorescos do Parque Mayer. Era um espaço lúdico-cultura fabuloso e acabaram co ele. Se fosse em Espanha, estaria lá! Lisboa não tem teatros porque é mais natural destruí-los do que construí-los. Este país não é para velhos nem para artistas!

 - Tem saudades de fazer revista?

 - Imensas! É um registo que me diz muito, onde estabelecemos uma relação direta com as massas e para um ator a sua arte é chegar ao grande público que é o povo. É preciso investir neste teatro!

 - Como se sente à frente de um projeto de Armado Cortez e de Raul Solnado?

 - Eles foram os grandes impulsionadores, apoiados pela Cármen Dolores, a Manuela Maria, o Otávio Clérigo, o Pedro Solnado e outros, O Raul trouxe a ideia do Brasil onde o Retiro dos Artistas existe desde 1918, e a ação foi muito intensa no início. Na Europa não há projeto destes, o que é estranhíssimo, por isso é que os atores estrangeiros ficam fascinados com esta casa, que além de residência tem a vertente cultural.

 - Que projetos têm para a Casa do Artista?

 - Já fizemos muitas coisas, mas ainda há muito para executar. Tínhamos 700 sócios e agora já são o dobro e fazemos várias ações, por exemplo, feiras de Natal e do livro porque temos bastante material de doações.

 - Qual é o valor da quota?

 - São 45€ por ano. É óbvio que não vivemos das quotas. É tudo muito difícil. Esta casa tem 22 anos e precisa de manutenção. O alarme de incêndio do teatro Armando Cortez avariou-se e o arranjo são 30 mil euros. Na residência, precisamos de dar mais conforto às pessoas e de renovar o refeitório. Há dias estragou.se um forno, de 20 mil euros. Lá conseguimos que uma empresa nos fizesse por 10 mil, que pagámos com doações de particulares, como o Dr. Fernando Póvoa. Isto só acontece em Portugal – para os empresários, os apoios não lhes compensa muito em termos de impostos. No Brasil, por exemplo, é impensável fazer teatro sem mecenato. Aqui, recebem-nos e dizem logo que o teatro não lhes interessa. A Casa do Artista tem hoje 70 utentes e está lotada.

 - O ministério da Cultura e a câmara não ajudam?

 - A ex-ministra da Cultura deu-nos 50 mil euros por ano durante três anos, o que nunca tinha acontecido. A Câmara deu-nos 90 mil euros por ano com a condição de ter aqui sediado o Teatro Infantil de Lisboa, que já cá está desde 2004. Não é fácil…

 

Orlando Fernandes, jornalista 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Sicherheit der Fussgängerpassage während Bauarbeiten / Segurança da passagem de pedestres durante obras - Bülach

Cartas / Brieft

 

Sicherheit der Fussgängerpassage während Bauarbeiten

 

Sehr geehrte Gemeinde und Tiefbau,

 

es ist mir ein Anliegen, auf die bestehende Fussgängerpassage während der Bauarbeiten aufmerksam zu machen. Ich schlage vor, die derzeitige Passage zu schliessen und eine sichere Überquerung auf der gegenüberliegenden Seite zu ermöglichen. Ist der Bereich im Besitz der SBB oder gehört er dem Kanton Zürich? Im Namen der Zeitschrift "Reporter X" und für das Wohl der Glasis-Bewohner bitte ich höflich um entsprechende Massnahmen.

 

Ich erwarte erfreuliche Nachrichten.

 

Vielen Dank.

 

Ângela Tinoco

 

Revista Repórter X Editora Schweiz

Caixa Postal 232

8081 Bülach

 

 


 

Segurança da passagem de pedestres durante obras

 

Caros Senhores Gemeid  e Tiefbau,

 

Não importa quem decide a passagem.

A passagem para peões já existia quando a obra nasceu.

Portanto e quanto a mim, essa passagem tem de ser encerrada e abrir a passagem do outro lado, fora de perigo das obras.

Ali é um espaço da SBB, certo? Ou é simplesmente um local público e pertence ao Estado de Zurique?

Por favor, em nome da revista Repórter X,  representando o bem-estar dos moradores de Glasis, peço por gentileza que façam alguma coisa.

 

Aguardo boas notícias.

 

Ângela Tinoco

 

Revista Repórter X Editora Schweiz

Caixa Postal 232

8081 Bülach

 


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Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso informa pessoas beneficiárias sobre candidaturas ao 1º Direito

Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso informa pessoas beneficiárias sobre candidaturas ao 1º Direito




A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso promoveu, recentemente, sessões de informação destinadas aos/às Beneficiários/as Diretos/as identificados/as no âmbito da Estratégia Local de Habitação do concelho.

Através destas sessões, que decorreram nos Paços do Concelho, pretendeu-se informar os e as Munícipes sobre as candidaturas ao Programa 1º Direito - Programa de Apoio ao Acesso à Habitação -, que visa encontrar soluções habitacionais para pessoas que vivem em condições habitacionais indignas e que não dispõem de capacidade financeira para suportar o custo de reabilitação e ou de construção da sua habitação.

Nesse sentido, foram transmitidas informações relevantes para a formalização das candidaturas, nomeadamente respeitantes aos requisitos de elegibilidade e as etapas que as enformam.

As sessões de informação, que se realizaram nos dias 7 e 8 de novembro, registaram uma adesão significativa, contando com a presença da quase totalidade dos/as beneficiários/as diretos/as notificados/as pelos serviços da Autarquia.

De lembrar que o Município Povoense constituiu uma equipa multidisciplinar para acompanhar e dar apoio aos e às Munícipes em todas as etapas inerentes ao processo de apresentação de candidaturas ao Programa 1º Direito. Neste momento, após a realização das referidas sessões de informação, compete às pessoas identificadas como Beneficiárias Diretas dar seguimento ou não às respetivas candidaturas.

 

Com os melhores cumprimentos

Berta Carvalho Zehrfuss


 

 

 

 


GABINETE DE C
OMUNICAÇÃO
MUNICÍPIO DA PÓVOA DE LANHOSO
Av. da República | 4830-513 Póvoa de Lanhoso
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quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Mercado PVL - Produtos Verdadeiramente Locais

Exmos./as Srs./as Jornalistas, Revista Repórter X

 

A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso convida V. Exas. para a inauguração do Mercado PVL - Produtos Verdadeiramente Locais, que terá lugar no próximo sábado, dia 18 de novembro de 2023, pelas 10h30.

 

O novo Mercado PVL - Produtos Verdadeiramente Locais, com periodicidade quinzenal, realiza-se no espaço coberto do Campo da Feira Semanal, na Vila Povoense, e o seu surgimento pretende alavancar as cadeias curtas de venda de produção local.

 

Agradece antecipadamente a presença de V. Exas.

 

Com os melhores cumprimentos


 

 

 


GABINETE DE C
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Gefährlicher Fußgängerweg / Passeio de peões perigoso

Gefährlicher Fußgängerweg

Nichts gegen die Arbeit!
Ich habe die Mitteilung an die Stadtverwaltung von Bülach geschickt und sie hat nicht geantwortet.
Wie auf den Fotos zu sehen ist, haben sie den Schutt entfernt, einen kleinen Abstand zum provisorischen Gehweg geschaffen und einige Gefahrenschilder angebracht.
Wir sind weiterhin in Gefahr. Zusätzlich zu den Kränen mit Material überlappen LKWs den Gehweg am Ausgang/Eingang des provisorischen Korridors.
Gemeind de Bülach wird gebeten, auf der anderen Seite, außerhalb des Werks, vorbeizukommen.
Es ist nicht zu viel verlangt...



https://www.facebook.com/1752561823/posts/pfbid0fVwqW78eYRjnocJDzgRKYfg3hQcGewN3CWjUV16DMZDTXFbHU7u8i8om96eMWJm8l/?app=fbl




Passeio de peões perigoso

Nada contra a obra! Enviei a notificação à Câmara Municipal de Bülach e não responderam.
Como pravam as fotos, retiraram os escombros e fizeram um pequeno afastamento do passeio provisório e colocaram uns sinais de perigo. Continuamos a correr perigo. Além das gruas com material, os camiões sobrepõe o passeio na saída / entrada do corredor provisório. 
Pede-se à Gemeind de Bülach que faça o passei do outro lado, fora das obras.
Não é pedir muito...

NOTA: Veja a foto e a notícia no link por favor

https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=pfbid0fVwqW78eYRjnocJDzgRKYfg3hQcGewN3CWjUV16DMZDTXFbHU7u8i8om96eMWJm8l&id=1752561823&sfnsn=mo

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Falta de mão-de-obra em Portugal, ou exploração humana? Porquê?

Falta de mão-de-obra em Portugal, ou exploração humana? Porquê?

 


Há algo, que na minha ignorância acho estranho.

Comparando o nosso país com a Europa em geral, não somos os que têm mais desemprego, mas somos os que mais necessitam de mão-de-obra estrangeira (emigrantes).

Temos cerca de meio milhão de desempregados e mais cerca de 200 mil com subsídios sociais.

Temos um dos mais baixos salários da união europeia. Temos uma faixa etária que emigra em especial licenciados, construção civil e agricultura, para fugirem aos salários de miséria e precariedade de emprego.

Temos apenas 10% de empresas a actualizarem os salários acima de lei e pouco mais de 10% que pagam acima do salário mínimo, é pouco, muito pouco para um país dito evoluído e civilizado e que está na cauda da Europa na produtividade.

Para aumentar a produtividade não será necessário mais empenho um pouco de todos?

Os nossos jovens formados e bons profissionais saem de Portugal e acabamos por importar mão-de-obra estrangeira, sem formação e pior ainda o que mais há são empresários sem escrúpulos a explorar estes emigrantes. A justiça para estes casos é surda, cega e muda.

Esquecemos que somos um país com mais de 2 milhões de emigrantes, não são muitas as famílias que não têm ou tiveram um familiar emigrado e mesmo assim continuamos a tratar como escravos muitos dos que emigram para o nosso país, trabalhando no que muitos portugueses não querem. Será que gostamos que tratem os nossos concidadãos emigrados por esse mundo fora da mesma forma que tratamos seres humanos no nosso país?

Na costa vicentina os emigrantes asiáticos são a mão-de-obra barata que entra, diga-se explorada em todos os aspectos, desde trabalho, habitação saúde e alimentação, mas temos portugueses que fazem o caminho inverso, para Espanha, França e Suíça, salvo casos excepcionais os portugueses são tratados como seres humanos, enquanto pelo nosso burgo, tratamos aqueles que vêm trabalhar para cá como escravos ou seja abaixo de cão.

Por todo o Continente e ilhas, recebemos um pouco de todo o mundo, trabalhadores para restauração e hotelaria, temos milhares de portugueses que fazem o caminho inverso, para França, Alemanha, Inglaterra, Suíça etc., mas com formação. Como são tratados nesses países os nossos concidadãos e como tratamos os emigrantes no nosso país?

Como profissional no meu ramo, fui emigrante, nunca me senti marginalizado, nunca fui explorado ou descriminado. E no nosso país o que fazemos com os emigrantes?

Há sempre aqueles que ao lerem este meu texto dirão, só vem para cá quem quer! É verdade, também só emigra quem quer ou até talvez não seja bem assim. Emigramos para fugir da miséria tal como os emigrantes que vêm para o nosso país. Emigramos para termos e darmos uma vida mais condigna, tal como os milhares de asiáticos e africanos que vêm para o nosso país. Pior ainda, alguns fogem da guerra, da fome e da miséria o que não acontece com os nossos.

Se os países ditos desenvolvidos, tentassem resolver o problema na raiz apoiando os país e não explorando e fomentando a guerra.

Se os nossos empresários não fossem tão gananciosos e exploradores e investissem mais, na produção, formação e claro salários.

Com toda a certeza, não seria necessária tanta emigração ou pelo menos tanta emigração de miséria.

 

José Maria Ramada


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terça-feira, 14 de novembro de 2023

Revista Repórter X Editora Schweiz - Online - Nº 33 - Especial Publicidade Repórter X - 14 Nov. 2023

Revista Repórter X Editora Schweiz - Online - Nº 34 - Especial Publicidade Repórter X - 14 Nov. 2023




Fazemos; Cartões de Visita:

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Peça o orçamento para o seu livro ou para a sua revista ou seu CD / DVD, Letras já instrumentadas...


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Junta da Freguesia de Nossa Senhora do Amparo, vila da Póvoa de Lanhoso quer celebrar um Natal diferente!

A Junta de Freguesia da Póvoa de Lanhoso está a organizar uma forma diferente de celebrar a época natalícia no dia de consoada! 



Se é proprietário de um Café ou Restaurante na nossa Freguesia, entre em contacto connosco através de mensagem privada (Facebook e Instagram), email (jfplanhoso@gmail.com), telefone/Whatsapp (960369630) para receber mais informações!

A Data limite para inscrição é até ao próximo dia 15 de novembro.

Participe, vamos brindar ao Natal! 

Juntos por uma freguesia Melhor! 


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Eleição para o Conselho das Comunidades Portuguesas, círculo eleitoral da Suíça, Itália e Áustria

Eleição para o Conselho das Comunidades Portuguesas, círculo eleitoral da Suíça, Itália e Áustria

Dia 26 de Novembro não se esqueça de participar e votar na lista B, a lista da mudança.
As mesas de voto serão em todos os postos consulares dos três países.
Não se esqueça, vote lista B.



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Temporal / Zeitlich Bülach

Temporal

Esta noite no topo da cidade de Bülach, junto da bahnhof (central de caminhos de ferro)
teve uma noite agitada, para quem é de sono leve, talvez não tivesse dormido! Era tanto sopro, coisas a fazer barulho nas varandas e nas obras próximas,  parecia um filme de terror... 

- O que causa muito vento?
Uma questão de alta e baixa pressão!

"O vento forma-se por causa das diferenças de pressão na atmosfera terrestre, devidas principalmente a diferenças de temperatura. O sol, de facto, aquece a superfície terrestre de forma desigual, criando zonas de alta e de baixa pressão."

Então, a zona de Bülach, mais propriamente os lugares novos de Glasi e Im Guss, que ficam mais altas que o centro da cidade, são definitivamente para mim, muito mais ventosos, sujeitos a que levemos com um objecto a voar com o vento na cabeça. 

Nota: Já há algum tempo que o corredor provisório na passagem de Glasi para a bahnhof (central de caminhos de ferro), que fica encostada a uma obra, me faz muita confusão,  pois que deveria este corredor situar-se do outro lado, havendo ali um grande espaço envolvente aquele corredor. O perigo das gruas e objectos que fazem transportar, o perigo de ruir, uma vez a obra ter cavidades e o separador, como se pode ver na imagem, foi obstruído pelo temporal. Agora na passagem os separadores viraram lixo, tem tábuas com pregos ainda para ficar mais perigoso.

Quem lenciciou a obra deve fazer imediatamente outra passagem para peões!






Zeitlich
Heute Abend oben in der Stadt Bülach, neben dem Bahnhof (Eisenbahnknotenpunkt)
Er hatte eine unruhige Nacht, für diejenigen, die einen leichten Schlaf haben, hätte er vielleicht nicht geschlafen! Es gab so viel Wind, Geräusche auf den Balkonen und Baustellen in der Nähe, es kam einem wie in einem Horrorfilm vor ...

- Was verursacht viel Wind?
Eine Frage von Hoch- und Tiefdruck!

„Wind entsteht aufgrund von Druckunterschieden in der Erdatmosphäre, hauptsächlich aufgrund von Temperaturunterschieden. Tatsächlich erwärmt die Sonne die Erdoberfläche ungleichmäßig, wodurch Gebiete mit hohem und niedrigem Druck entstehen.“

Also, der Bereich Bülach, genauer gesagt die neuen Orte Glasi und Im Guss, die höher als das Stadtzentrum liegen, sind für mich auf jeden Fall viel windiger, vorausgesetzt, dass wir ein Objekt mit dem Wind im Kopf fliegen lassen.

Hinweis: Der provisorische Korridor am Glasiübergang zum Bahnhof, der neben einer Baustelle liegt, sorgt seit einiger Zeit bei mir für große Verwirrung, da dieser Korridor eigentlich auf der anderen Seite liegen sollte, Es gibt einen großen Raum rund um diesen Korridor. Die Gefahr von Kränen und den von ihnen transportierten Gegenständen, die Gefahr des Einsturzes, da das Werk Hohlräume aufweist und der Abscheider, wie im Bild zu sehen ist, durch den Sturm blockiert wurde. Jetzt im Durchgang sind die Trennwände zu Müll geworden, es gibt Bretter mit Nägeln darauf, was es noch gefährlicher macht.

Wer die Arbeiten abgeschlossen hat, muss sofort einen weiteren Fußgängerüberweg machen!


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segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Terá o Sr. Dr. Marcelo Rebelo de Sousa, Alzheimer?

Opinião:

Eu começo a achar que vão começar a tratar o Sr. Presidente da República Portuguesa tal e qual como o Ricardo Salgado do BES!
Terá o Sr. Dr. Marcelo Rebelo de Sousa, Alzheimer?


Ministério Público acusa Costa ou Costa?

Opinião:

Estes erros não podem acontecer e quem dentro do ministério público se cunfundiu não tinha de se confundir ou será que foi de prepósito para chegarmos a este cáus; destituição do governo, novas eleições, que por sua vez ficam caras ao país e entram no bolso de todos os portugueses!
A palavra PRISÃO,
tem mais uma LETRA,
referente aquela que gerou confusão,
pergunto então,
isto não deveria também de dar punição?
Ou para o MP não há justiça...



Presidente da Câmara da Póvoa de Lanhoso reconhece mérito do trabalho das Eco Escolas

Presidente da Câmara da Póvoa de Lanhoso reconhece mérito do trabalho das Eco Escolas



O Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Frederico Castro, e a Vereadora da Educação, Fátima Moreira, participaram no Hastear das Bandeiras Eco Escolas, que decorreu nos estabelecimentos pertencentes ao Agrupamento de Escolas de Póvoa de Lanhoso (AEPL), na manhã de 9 de novembro.

O diretor do AEPL, Ângelo Dias, e o Chefe de Gabinete da Presidência, Fernando Ribeiro, também participaram nestes momentos, que tiveram o ponto alto na Escola Básica do Ave. “Hoje, é um dia muito especial, porque tudo aquilo que seja bem feito na Póvoa de Lanhoso e que destaque o nome da Póvoa de Lanhoso é importante para o nosso concelho”, começou por referir o Presidente da Câmara, destacando que, pela primeira vez, o Município tem um Eco Agrupamento, o que significa que todos os estabelecimentos que lhe estão afetos (desde o ensino pré-escolar até ao Secundário) são Eco Escolas.

“É um trabalho que vem de longe, vem de há alguns anos, em que temos vindo a implementar boas práticas. Essas boas práticas têm dado resultado e esse resultado está agora em todas as escolas do Agrupamento. Portanto, uma palavra de reconhecimento pelo trabalho que têm feito neste Agrupamento e uma palavra de parabéns, de força e de coragem para continuarmos a fazer esse trabalho. Porque este trabalho que está associado a este galardão e às Eco Escolas é um trabalho que nunca vamos poder deixar de fazer”, reforçou o autarca Povoense, Frederico Castro, perante as crianças e jovens que frequentam a Escola Básica do Ave.

Foi de resto a comunidade estudantil a protagonista da manhã, tendo dinamizado, juntamente com o corpo docente, uma sessão que, para além do Hastear da Bandeira Eco Escola, também deu destaque aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e ao projeto-piloto que visa a não utilização de telemóveis dentro das salas de aula em que já participam 10 turmas do AEPL, sendo estes momentos aliados à comemoração do S. Martinho, com o tradicional magusto.

Durante a manhã, também as crianças do Jardim de Infância de Garfe, do Jardim de Infância de Travassos e do Jardim de Infância de Simães bem como os/as jovens da Escola Secundária receberam a visita de representantes da Autarquia e do Agrupamento de Escolas, participando em conjunto no hastear das respetivas Bandeiras Eco Escolas.

 

Póvoa de Lanhoso aumentou número de Eco Escolas

Depois do desafio lançado, há um ano, pela Câmara Municipal aos dois Agrupamentos de Escolas do concelho, em 2023 a Póvoa de Lanhoso aumentou para oito o número de estabelecimentos galardoados como Eco Escolas.

As comemorações do Dia das Bandeiras Verdes decorreram no dia 13 de outubro, em Braga. Resultado deste trabalho de sensibilização ambiental que as escolas Povoenses, juntamente com o Município e com o Centro de Interpretação Carvalho de Calvos, têm vindo a desenvolver, este ano, o Agrupamento de Escolas de Póvoa de Lanhoso foi reconhecido como Eco Agrupamento, a Escola Básica do Ave foi distinguida como Escola Madrinha e a EPAVE foi premiada no âmbito de um dos Desafios 2022/2023, o que assegura que as Terras de Lanhoso encontram-se no bom caminho no que se refere à educação para a consciencialização das gerações mais novas e da comunidade educativa para o desafio de contribuir para um mundo mais ecológico, mais sustentável e mais justo.

 

Com os melhores cumprimentos

Berta Carvalho Zehrfuss



 

 

 


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Druckerei Kyburz AG beteiligt sich am Kindertag - A gráfica Kyburz AG participa do dia das Crianças

Revista Repórter X Editora Schweiz - Online - Nº 33 - Especial  Kindertag - 13 Nov. 2023

Druckerei Kyburz AG beteiligt sich am Kindertag

Besarta und Osman sind kosovarische Staatsbürger, ihre Mutter arbeitet bei der Druckerei Kyburz AG in Dielsdorf, Schweiz und am Kindertag nahm Besarta ihren Sohn Osman mit zur Arbeit...

Auf diese fantastische Weise beginnen Kinder zu verstehen, wie der Alltag aussieht und warum Eltern jeden Tag das Haus verlassen, wenn sie ihren Kindern sagen, dass sie arbeiten gehen, damit sie ihnen alles geben können, was sie brauchen!

Der Schweizer Staat, Schulen, Arbeitgeber und Eltern teilen diese Schul-/Arbeitsaktivität und diesen Anreiz einmal im Jahr.

Nun, was die Schweiz von den Europäern lernt, können die Europäer auch von der Schweiz lernen

Die Helvetica-Schule hat dann über ihre Kantone die Art und Weise angepasst, wie alle Eltern und Kinder zusammen mit Lehrern und Arbeitgebern der Eltern einen einfachen und fantastischen Weg für eine gute Beziehung zwischen allen gewählt haben, von der Bildung über das Wachstum der psychischen Gesundheit bis hin zur Förderung am Arbeitsplatz die Realität des Unterrichts an Schweizer Schulen.

Außerdem sind alle Eltern mehrmals im Jahr eingeladen, in die Schweizer Schule zu gehen, um dem Unterricht des Kindes beizuwohnen.

Unabhängig vom Unterrichtsfach können Eltern so viel Zeit wie sie möchten im selben Unterricht verbringen.

An dieser Aufgabe sind auch die Arbeitgeber der Eltern beteiligt, die den Untergebenen den Unterricht ihres Kindes besuchen lassen und für die versäumten Stunden im jeweiligen Fall aufkommen!

 

 

 A gráfica Kyburz AG participa do dia das Crianças

A  Besarta e o Osman são cidadãos vindos do Kosovo, a mãe trabalha na Druckerei Kyburz AG em Dielsdorf na Suíça e no dia dos filhos, a Besarta levou o seu filho Osman para o trabalho...

Desta forma fantástica, os filhos começam a entender o que é a vida do dia-a-dia e o porquê de todos os dias os pais saírem de casa, quando dizem aos filhos que vão trabalhar para lhes poderem dar tudo que eles precisam!

O estado suíço, as escolas e os patrões e os pais, partilham uma vez por ano esta actividade e incentivo escola/trabalho.

Pois bem, aquilo que a Suíça aprende com os povos Europeus, também os povos Europeus podem aprender com a Suíça

A escola Helvética através dos seus Cantões, adaptaram, então, a forma de todos os pais e filhos, juntamente com os professores e empregadores dos pais, elegeram, uma forma simples e fantástica para uma boa relação entre todos, desde a educação, ao crescimento mental e ao incentivo no trabalho e à realidade como se dá aulas na escola suíça.

Também algumas vezes por ano, todos os pais são convidados a ir à escola suíça assistir a uma aula do educando.

Os pais podem estar o tempo que quiser a assistir à mesma aula, não importa a disciplina.

Os Empregadores dos pais, também são envolvidos nesta tarefa, pois deixam o subordinado ir assistir à aula do seu filho e pagando as horas que perderem para o caso em epigrafe!


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

domingo, 12 de novembro de 2023

Alma Viva, o filme português premiado em Cannes. Depois a cineasta dá entrevista à Repórter X. Mais tarde ganha os Globos de Ouro na SIC...

Alma Viva, o filme português premiado em Cannes. Depois a cineasta dá entrevista à Repórter X. Mais tarde ganha os Globos de Ouro na SIC...




Alma Viva, o filme português premiado em Cannes

 

À conversa com Cristèle Alves Meira, na companhia de João Carlos `Quelhas´, Fernando Leão e a voz de introdução de Euclides Cavaco.

 

Nascida em Montreuil, Seine-Saint-Denis, França, a 18 de Fevereiro de 1983. É realizadora do filme “ALMA VIVA”, actualmente em exibição.

 

É também actriz e argumentista, sendo uma cineasta, professora de cinema, directora de teatro, roteirista e documentarista. Estudou na Universidade de Paris.

O filme está a ser passado nas salas de cinema europeias, sendo a sua realizadora proposta para uma homenagem na 11ª Gala da Revista Repórter X, que será realizada em 27 de Maio corrente.

 

O pai nasceu em Subportela, Viana do Castelo, e a mãe nasceu em Junqueira, Vimioso, distrito de Bragança.

 

A Cristèle fez um documentário em Cabo Verde, intitulado “Som Morabeza” e outro em Angola, intitulado “Born em Luanda”. Depois, fez curtas metragens ficcionais em Portugal, tais como “Sol Branco” e “Campo de Figuras” (seleccionado para o festival de cinema de Cannes), estando já a preparar outra, “Invisível Herói”. Fez encenações e filmes, chegando agora ao “Alma Viva”, já apresentado no festival de Cannes.

 

A realizadora confessa que sentiu enorme orgulho em representar Portugal. Sobretudo, por ser uma luso-descendente francófona. Recorda que tem sucesso, depois da vida dura que obrigou os pais a fugir da precariedade portuguesa, no tempo de Salazar. Por outro lado, sente que os portugueses não vêem muito bem os emigrantes na sua terra de origem, e que estes também têm dificuldade de integração nos países de acolhimento, pelo que esta sua vitória sabe ainda melhor e é um apontamento positivo na vida difícil dos emigrantes, que têm de trabalhar muito. Presentemente, sente orgulho em ter dupla nacionalidade, por se sentir integrada e acolhida pela crítica nos dois países, tanto que fala bem as duas línguas. Nas suas idas a Portugal, descobre as tradições e as memórias, junto dos avós, e que procurou colocar no filme “Alma Viva”, falando das mitologias da aldeia e da cultura popular portuguesa, sendo um elogio à língua de Camões. Cristèle teve a sorte de frequentar cursos de português em França, com lições de história e geografia, por acção da embaixada e consulados, colaborantes entre os dois países. Infelizmente, os filhos da cineasta já não têm essa possibilidade. A seu custo, a cineasta procurou ter um ritual familiar, de falar português com os filhos, nas histórias, cantigas e rezas, que lhes contava.  Contudo, os filhos compreendem razoavelmente o português, mas não o falam. Mesmo assim, colocou como protagonista do filme a própria filha, o que obrigou a um curso intensivo, para ela, em Vimioso, durante um trimestre, integrada na quarta classe, para poder ter a capacidade de falar com a avó. Lamenta que os políticos tenham deixado de se interessar pela língua portuguesa para os emigrantes e luso-descendentes.

 

Cristèle resumiu o filme, descrevendo a história de uma família e a relação de uma neta com a avó, que morre em circunstâncias estranhas. Isso provoca o regresso da família à terra de origem, em Portugal, accionando outras personagens, com a particularidade de um irmão estar desavindo com a família e não querer saber do funeral, nem da herança, não se deslocando dos Açores à terra. Uma herança pobre, mas bem feita e sem falsidades. Foi buscar actrizes ao filme “Gaiola Dourada” do Ruben Alves.

 

O filme retrata a paisagem rural, os rebanhos, a gastronomia, os cafés, as festas de aldeia e as conversas de lazer. O filme é o sentimento inverso da ida de férias à aldeia portuguesa; é um momento de dor, que fala de catástrofe, que fala dos contraditórios entre religião e bruxaria. Embora, no filme, ela tenha ido buscar também os preconceitos da bruxaria francesa, porque a humanidade vive muito dessa contradição. De que alguém quer o nosso mal, semeando as relações difíceis na comunidade e entre vizinhos. É disso que o filme trata. Trata da dificuldade da relação entre as pessoas. A própria cena de pescar à bomba, feita por um cego, que se armava em feiticeiro, retrata isso. A própria ideia de que as aldeias valem mais com os emigrantes é tratada, mostrando que a própria aldeia tem muito para contar e muitos valores para explorar.

 

 

O filme vai estrear também na Suíça, no cinema Gruleti, onde será feita uma apresentação com ela, dia 1 de Maio. Depois, em Lausanne, no cinema City club.

A cineasta estava muto preocupada em despachar a amena conversa, pois que tinha uma aula para dar.

 

Em resposta à curiosidade de se ter borrifado a morta e se ter adiado o funeral, a cineasta explica que isso é a consequência de o regresso dos emigrantes trazer muitas prendas para a aldeia, e quiseram não desperdiçar o que traziam. A cena da mosca, no nariz da defunta, que era uma boneca muito realista, retrata o reforço da morte e decomposição. A morte das galinhas é outra temática ligada à bruxaria, mas que desmistifica a própria bruxaria. O funeral, sem padre, retrata o paganismo sem a religiosidade.

 

Com a entrada na conversa, de Fernando Leão, levou-se o tema para o elogio do papel da cineasta na divulgação da cultura portuguesa, que até surpreende, por serem os mais novos a fazer isso, já desligados de Portugal. Por isso, quis agradecer muito o empenho da cineasta nisso, classificando-a como uma pérola da nossa cultura, e era por isso que estava nomeada, para ser condecorada na Gala da Revista Repórter X.

 

A cineasta agradeceu e mostrou receptividade para isso, e até para dinamizar convívios musicais de portugueses. Igualmente, deixou o desafio para as pessoas se inscreverem nas páginas sociais da cineasta e poderem trocar informação e acções de divulgação literária da língua portuguesa.

 

Encerrou-se a conversa, voltando a referir a biografia da cineasta, que Fernando Leão voltou a louvar, referindo que as sucessivas gerações de portugueses emigrados mantêm a nossa cultura e nome de Portugal bem alto e rejuvenescido.

Foi relatado o patrocínio da Agência César’s AG à conversa, agradecendo particularmente ao Sr. André Lopes, pelo apoio à revista, a qual também patrocina estas conversas com portugueses de excelência.

 

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial