Biografia: Ana Sofia Gouveia da Fonseca Pinto
Nome: Ana Sofia Gouveia da Fonseca Pinto
Nacionalidade: Portuguesa
Naturalidade: S. Sebastião da Pedreira (Lisboa)
Residência: Belém
Data de Nascimento: 19/ 07/ 1980
Sou professora de História e tenho feito alguns trabalhos de investigação. Esta sempre foi a profissão que quis desempenhar. Quando era criança e me questionavam acerca da profissão que gostaria um dia de vir a exercer a resposta era sempre a mesma: “quero ser professora”. A partir do 12.º ano hesitei entre ser professora primária ou entre ser professora de Português ou História. Tive neste ano dois professores que me marcaram muito: o meu professor de Português e o meu professor de História. Os conteúdos destas disciplinas eram interessantes e nutria uma enorme admiração pelos professores. Foram professores de tal forma marcantes pelo seu rigor científico, profissionalismo e exigência que nunca esqueci os seus nomes. Porém a minha paixão pela História, pela busca incessante do passado de forma a decifrar e compreender melhor o presente, falou mais alto e optei por ingressar na Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas onde me licenciei em História e frequentei após o término da Licenciatura o Ramo de Formação Educacional de forma a poder vir a exercer a profissão que hoje desempenho. O meu estágio profissional foi realizado numa escola de Oeiras, a Escola Secundária Quinta do Marquês. Se dúvidas alguma vez existiram sobre a profissão que queria um dia vir a desempenhar estas dissiparam-se totalmente no meu ano de estágio. Percebi claramente que esta tinha sido a opção correcta porque me fazia feliz. Não existe nada que nos deixe mais felizes, mais realizados na vida do que o desempenho de uma actividade que nos proporcione satisfação e um extremo bem-estar.
Após o meu estágio leccionei em Alvalade, na Escola dos Mestres, e em Oeiras, na Escola EB. 2,3/Conde de Oeiras, e actualmente desempenho funções de docência na escola EB.2,3/ Secundária Dr. Azevedo Neves que é considerada a “escola mais africana do país”. Grande parte dos alunos da escola onde lecciono habita em bairros degradados como a Cova da Moura, o Bairro do Zambujal, o Bairro 6 de Maio, o Bairro da Estrada Militar e o Casal de Santa Filomena.
A escola Azevedo Neves é uma escola desafiante, faz-me levantar diariamente da cama com motivação, cada dia é um dia diferente... Nesta escola os professores têm tarefas árduas pela frente: têm que lidar com o absentismo, com carências económicas e afectivas… Mas muitos professores gostam da escola e querem aqui ficar. E estes são aqueles que se envolvem, que vêem chorar e muitas vezes também choram com os alunos, que procuram ajudar dando conselhos e procurando saber as razões do absentismo…
A sabedoria não é um processo inato nem findo… A sabedoria é uma qualidade que vai sendo adquirida paulatinamente e é preciso que o ser humano esteja plenamente consciente de que nunca irá alcançar a plenitude da sapiência. Portanto devemos observar aqueles que nos rodeiam e procurar aprender com eles, com a sua experiência de vida, com a sua dedicação, com o seu profissionalismo, com o seu labor rigoroso… Nesta escola tenho aprendido muito com o Professor José Rocheta, professor de Educação Tecnológica, a quem foi atribuído pelo Ministério da Educação, no ano de 2008, o Prémio de Mérito Integração. Muitas vezes observo-o no seu labor e admiro-o; admiro a sua motivação, a sua entrega, a sua disposição para o trabalho. É sem dúvida um pedagogo para os professores que leccionam nesta escola. Este é um professor que não “baixa os braços”, que vai ter com os alunos quando estes faltam à escola, que vai até aos bairros bater-lhes à porta de modo a procurar saber as razões do seu absentismo, que fica na escola a trabalhar até tarde. Receber um elogio do professor José Rocheta, um elogio vindo de um pedagogo na área da docência é sem sombra de dúvida a melhor oferenda que uma jovem da minha idade pode receber. E quando ele me tece um elogio dá-me vontade de continuar, de não baixar os braços, de desejar um dia vir a ser tal como ele é para muitos professores desta escola: UMA REFERÊNCIA.
Sou uma pessoa que vive o ensino. A sala de aula é o meu palco, é o local onde gosto de actuar, faz-me sentir viva, feliz, completa! Gosto de motivar os alunos para as temáticas que lecciono recorrendo a dramatizações, à audição de músicas das épocas históricas a que me reporto e mediante a utilização de réplicas ou de originais (moedas, revistas, jornais, indumentárias…) dos períodos históricos estudados.
Esta é uma profissão de percalços e quando me refiro a percalços faço menção a dificuldades, a obstáculos que urge ultrapassar. Procuro visionar os obstáculos que se cruzam na minha estrada como desafios que se me impõem não apenas a mim, mas a todos aqueles que exercem esta profissão. E se por vezes as forças ameaçarem faltar, devo lembrar-me que o aluno é a primeira e a última razão de se ser professor, e que por ele, continuarei o meu trabalho, buscando e procurando incessantemente dar o meu humilde contributo para a melhoria do ensino: porque apesar das adversidades, devo estar convicta de que valerá sempre a pena…, continuarei porque esta é uma paixão e uma vontade que vem de dentro, afinal como diria Sebastião da Gama Pelo Sonho é que vamos…
- Relativamente à minha produção bibliográfica esta teve o seu início a convite da Doutora Raquel Pereira Henriques, professora de História e actualmente vice-presidente da Associação de Professores de História, por quem tenho uma enorme admiração devido às suas maravilhosas qualidades humanas e profissionais. A Doutora Raquel pensou em criar uma colecção intitulada Histórias na História, que incidisse sobre diversas temáticas históricas e fui convidada para escrever um dos volumes. Aceitei este convite com um enorme entusiasmo e sou por isso a autora do segundo volume da colecção intitulado: O Mistério da Maria da Fonte: obra que nos fala, aliando factos reais e ficção, daquela figura misteriosa que, numa manhã nebulosa, vestida de colete de lã e saiote encarnado, com duas pistolas metidas numa larga faixa e de carabina ao peito desafiou o século, ficando conhecida para sempre na História de Portugal pelo nome de Maria da Fonte. Também a convite da Doutora Raquel Henriques escrevi o caderno pedagógico n.º27, da Associação de Professores de História, com o título: Uma Viagem ao Tempo dos Descobrimentos Portugueses. Aprender com o Esmeraldo de Situ Orbis. Novamente por intermédio da Doutora Raquel foi-me proposto um trabalho de parceria com a Associação de Professores de História: a correcção científica da colecção: Era uma vez um rei…, constituída por 12 livros, lançada pelo Jorna
l Expresso em Abril de 2006.
Por referência da Associação de Professores de História fui convidada para elaborar um artigo para a História Universal Cronológica, Editora Ediclube intitulado: O Processo de Globalização visto numa perspectiva histórica. Também por referência desta Associação foi-me proposto um trabalho de parceria com a Universidade Nova de Lisboa – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (Instituto de História Contemporânea) que consistiu numa pesquisa histórica relativa à Lei de Separação da Igreja do Estado (1.ª República), no Diário do Senado. Encontro-me neste momento a realizar alguns trabalhos de pesquisa.
Jogos:
• Elaboração de questões sobre: a Ditadura, o Movimento dos Capitães, A Guerra Colonial, O 25 de Abril e o Prec (trata-se de um trivial a sair na semana do 25 de Abril de 2010).
Sites:
• Em concretização: elaboração de um site com conteúdos históricos (artigos da minha autoria, excertos de obras e de artigos devidamente citados), documentários históricos originais, músicas de épocas históricas, fotografias históricas (site de âmbito escolar. Divulgação a partir de Fevereiro de 2010).
A escrita é tal como o ensino uma actividade muito importante na minha vida. Gosto de escrever, gosto de pesquisar, gosto de descobrir, gosto de explorar… E a escrita é tudo isto. Procuro, sempre que tenho disponibilidade, conciliar a minha profissão com a actividade de escrita e pesquisa. Convidado de Honra pelo autor povoense Quelhas "Ana Sofia Gouveia da Fonseca Pinto"
aspinto2003@yahoo.com.br
http://anasofiagouveiadafonsecapinto.blogspot.com/
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