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quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

As mentiras sobre trabalhos na Suíça, não há tantas vagas como dizem, há sim muito desemprego, pelo menos no Inverno

As mentiras sobre trabalhos na Suíça, não há tantas vagas como dizem, há sim muito desemprego, pelo menos no Inverno.

 


Ao considerar oportunidades de trabalho na Suíça, é crucial reconhecer as disparidades, especialmente para trabalhadores do Leste, refugiados e aqueles de fora da Europa. Muitos destes emigrantes sujeitam-se a ganhar qualquer valor, sem contractos e sem descontos.

 

A preferência por contractos estáveis frequentemente favorece os europeus, resultando em condições mais precárias para outros grupos. Muitas empresas, notadamente nos sectores de limpeza, hotelaria, restauração e lavoura, pagam em média 19 francos por hora, em maior parte são trabalhos pelo tempo de 30%, 40%, 50%, 80% em contraste com a alegação de salários iniciais de 25 francos. Além disso, a natureza instável de muitos empregos pode implicar que os ganhos não correspondam a uma jornada de trabalho completa. Essa realidade destaca a importância de uma abordagem cautelosa ao buscar trabalho na Suíça e a necessidade de condições justas para todos os trabalhadores. Devem estes trabalhadores informarem-se nos sindicatos, quem não vai gostar ó o empregador que os põe na hora há porta se reclamarem.

 

Trabalhar na Suíça com limpeza pode parecer atractivo, mas é crucial reconhecer as nuances sazonais. Durante o Inverno, a escassez de oportunidades é evidente devido ao frio intenso e à presença de neve, levando muitos a recorrerem ao Fundo-desemprego por pelo menos três meses. Contrariamente à sugestão de abundância de vagas com flexibilidade de turnos e horas, a realidade climática impacta significativamente a disponibilidade de empregos na Suíça nesse setor específico, porque a grande força desse trabalho é limpar janelas de grandes edifícios privados e públicos e principalmente nas obras e estradas.

 

Embora a Suíça busque trabalhadores qualificados que falem uma das quatro línguas oficiais (italiano, romanche, francês e alemão), é relevante mencionar que, ao chegarem, muitos profissionais altamente qualificados enfrentam desafios significativos. Apesar de suas boas habilitações literárias e cursos sólidos, como doutores, engenheiros e professores, etc… frequentemente são redirecionados para sectores como obras, limpeza e restauração devido à exigência linguística e à desconfiança na validade de seus certificados. A necessidade de adquirir novas certificações e competências, ignorando suas formações anteriores, pode gerar frustração nesse processo de integração no mercado de trabalho suíço. Este cenário destaca as complexidades e desafios enfrentados por profissionais altamente capacitados ao buscar oportunidades na Suíça.

 

 

Na sequência deste texto anterior, vou deixar um texto já transcrito na versão impressa na Revista Repórter X

 

Depois de várias vezes ter dito que entrou na Suíça uma multidão de jovens através de Espanha, espanhóis e sul-americanos, que obtiverem o Cartão do Cidadão espanhol/ europeu, 'entre outros povos', para trabalhar nos serviços de Temporário, principalmente nas limpezas no qual são mal pagos e maltratados, venho a saber muito mais que aquilo que presenciei sobre esta emigração à rasca, faminta e preocupante para quem tem bom coração.

 

A maior parte deles vem com um saco às costas, sem trabalho, sem tecto e sem comida, com uns euros no bolso, apenas tem um ou outro conhecido a trabalhar já nos Temporários. Todos eles resistem às dificuldades, a número um é a língua, a número dois é ter onde dormir e comer nos primeiros dias enquanto não entra nenhum dinheiro. (normalmente ajudam-se uns aos outros). Terceiro arranjar trabalho, (não falta trabalho para limpar vidros no Verão!) Depois o factor número quatro é a sorte, ter um guia para os orientar. Como orientam? Uns dão dormida e comida. Recebem os seus conterrâneos sem condições por não terem cama onde dormir, mas não dormem debaixo da ponte. Sustentá-los como podem, muitas vezes com dificuldades acrescidas lá vão ajudando. Levá-los a um Temporário para obter trabalho temporário. Normalmente quem ajuda, em maioria quer retorno, acabam sempre com alguns conflitos. Uns vem para ficar e outros vem para ganhar uns trocos durante os 3 meses permitidos na Suíça.  Há os que vem como Turistas e recebem à semana a negro para não pagarem o Seguro obrigatório na Suíça e há os que recebem à semana e descontam e pedem a Permissão ao Cantão Policial onde habita. Quase todos eles vão sofrer discriminação racial, laboral e vão ser corrompidos nas horas de trabalho que fazem diariamente.

 

Quando recebem à mão a semanada, preocupam-se com os familiares que deixaram, ninguém vem nesta aventura ao calhas! Logo tem à perna a pessoa que os está a ajudar, (enquanto outros sem sorte dormem na rua) pois que a vida está cara, de quase todos os emigrantes Temporários que conheço, deram-se mal com quem ajuda, os familiares e amigos são os piores... A discriminação começa nos ordenados mal pagos e valores roubados em horas laborais. Os que estão a negro nem sequer podem reclamar. Os que descontam para poderem ter o direito ao Permisso B, também têm de estarem caladinhos, senão ficam em casa e lá se vai o sonho de permanecer na Suíça. Para ter direito a contracto de casa tem de ter no mínimo trabalho e na sequência, o Permisso da Polícia e para ter trabalho permanente tem de ter morada, ou seja, para trabalhar tem de ter documentos e para ter casa tem que ter trabalho. (faz lembrar; quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha). A discriminação passa também e logo a seguir por quem dá tecto de casa, quer logo a semanada para cobrir despesas, não se importando com a vida pessoal e familiar do próximo, logo se vê que ajudaram por interesse. Há outra discriminação, as casas de Temporeiros fazem o empregado se deslocar para outros cantões não pagando os transportes. O direito à refeição é evidente, mas o pagamento nunca bate certo. Tiram um bocadinho de cada lado e enriquecem à custa do trabalhador desgraçado.

 

No trabalho já vi a berrar com os Temporeiros, atirarem-lhe com o objecto de trabalho pelo chão adiante, portanto discriminação laboral, isto porque em vez de ensinar primeiro, to.am atitudes perigosas. Esquecem-se que muitos destes Temporários são formados em várias áreas sociais laborais! Reparei que há temporários a trabalhar, que não comem na pausa das 9h e nem ao almoço pelo meio dia. Oferecemos ajuda e tem vergonha e não aceitam.

 

Nas ruas de Zurique muitos pedem roupas para dormir ao relento. Muitos roubam para comer e acabam presos e é a solução para serem enviados de volta pela polícia.  Se de início disse que um funcionário foi atrás do rapaz que tirou algo para comer, para mim não é roubar, é sobreviver. O funcionário procedeu mal, não lhe adiantou nada fazer essa palhaçada, como se o Quiosque fosse dele. Eu já matei várias vezes a fome a pessoas na rua, eles nem mastigavam, engoliam famintos, não falo em dar dinheiro, falo em dar comida. Vê-los comer...

 

Revista Repórter X Editora Schweiz.

 

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