O que é o Hamas e por que essa
organização ataca Israel?
O Hamas é uma organização nacionalista e islamista que se coloca como grupo de resistência palestino contra Israel, isto porque terão os seus motivos. Alguns entendem e outros não entendem, o Hamas como uma organização terrorista.
Nota: A guerra entre Israel e a Palestina começou
simplesmente por conquista de territórios e num mundo moderno isto não havia
existir, antigamente no tempo dos reinados, no tempo da Não civilização, no
tempo que o armamento era artesanal, os povos conquistavam terras, hoje não faz
sentido!
Em 1947 as Nações Unidas propuseram a criação de dois Estados (judeu e árabe) na Palestina. A ideia foi aceita pelos judeus, mas os árabes não concordaram.
Pergunto, quem são os terroristas, o Hamas ou
Israel?
Pois que pelo que estudei, Israel é que não
concordaram e desencadearam a guerra na Palestina e conquistaram, (roubaram), terras,
tais como a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, assim como a Faixa de Gaza.
E que papel tem aqui os Estados Unidos da
América, quando podia acabar com a guerra num lapso! Ás vezes pensamos que os
nossos aliados também são os nossos inimigos e por si também são directamente
culpados pelos conflitos e da guerra dos milhões que dá lucros, muitos lucros
aos envolvidos, mais que o petróleo, pois, as armas tem de se derreter com
carne humana, entre crianças e velhos sem defesa. Temos de dar a liberdade à
Palestina!
O texto a seguir é de: Daniel Neves Silva
"O Hamas é uma organização nacionalista e
islamista que surgiu na Palestina, na década de 1980, e tem como foco a luta
contra Israel. Essa organização possui um braço armado, mas também atua
politicamente, possuindo grande parte das cadeiras do Legislativo palestino
desde 2006, além de realizar trabalhos sociais. Israel, Estados Unidos e a
União Europeia consideram o Hamas uma organização terrorista."
O que é o Hamas?
O Hamas é entendido como uma organização
nacionalista palestina e islamista que está sediada na Faixa de Gaza desde a
década de 1980, quando surgiu. O termo Hamas é oriundo de Ḥarakat al-Muqāwamat
al-Islāmiyyah, que significa “Movimento de Resistência Islâmica”. Trata-se de
uma das organizações mais ativas na questão que envolve a Palestina.
O Hamas surgiu como uma organização de
orientação sunita e atualmente possui diferentes formas de atuação na Faixa de
Gaza. Assim, apresenta um serviço social, que procura dar apoio a palestinos em
necessidade, e um braço político, que governa a Faixa de Gaza. Também possui um
braço armado, o qual realiza ações militares contra Israel.
Algumas nações, como Israel, Estados Unidos,
além da União Europeia, consideram o Hamas uma organização terrorista, mas
outras nações, como Rússia e Egito, não entendem o Hamas como tal. Além disso,
analistas internacionais denunciam a forma autoritária pela qual o Hamas
governa a Faixa de Gaza, apontando a perseguição que os opositores políticos
desse grupo sofrem."
Surgimento do Hamas:
O surgimento do Hamas remonta à criação da
Irmandade Muçulmana, no Egito, em 1928. A Irmandade Muçulmana surgiu da
preocupação de Hassan al-Banna com a crescente secularização das sociedades
islâmicas. Ele acredita que as sociedades islâmicas deveriam passar por
reformas profundas para reforçar a importância dos valores islâmicos.
Assim, al-Banna desejava aplicar os valores do
islamismo ao mundo moderno, iniciando uma reforma, primeiro no Egito, mas que
depois se espalhasse pelos outros países muçulmanos. Um dos objetivos da
Irmandade Muçulmana era garantir que os países muçulmanos fossem governados com
base na sharia, a lei islâmica, que estabelece uma série de normas para a vida
dos fiéis.
No final da década de 1930, a Irmandade
Muçulmana já era uma força política no Egito e, na década de 1940, chegou
oficialmente à Palestina, introduzida por Hassan Youssef com o mesmo objetivo
da Irmandade Muçulmana no Egito: promover a islamização da sociedade. Na
Palestina, assim como no Egito, a Irmandade Muçulmana passou a realizar uma
série de trabalhos sociais, investindo na construção de escolas e hospitais,
por exemplo.
A partir de 1967, quando Israel ocupou toda a
Cisjordânia e a Faixa de Gaza, uma série de ideais mais radicais começou a
ganhar força no interior da Irmandade Muçulmana como forma de resistência.
Assim, começou a ganhar espaço a ideia de que a construção de uma sociedade
mais islamizada passaria pela jihad, a guerra santa.
A década de 1960 também presenciou o
fortalecimento dos movimentos de resistência na Palestina contra a ocupação de
seu território por Israel. Em 1964, por exemplo, surgiu a Organização para a
Libertação da Palestina (OLP), sob a liderança de Mahmoud Abbas. Esse grupo era
secular, portanto sem influências islamistas, e possuía orientação socialista,
atuando por meio de táticas de guerrilha contra Israel.
Na década de 1980, a resistência palestina era
liderada pela OLP. Havia um desejo do governo israelense de dividir a
resistência palestina, financiando um movimento que pudesse se contrapor à OLP.
Esse movimento foi a Irmandade Muçulmana, uma vez que os israelenses esperavam
que ela se mantivesse mais ligada às causas sociais e religiosas.
Entretanto, na década de 1980, uma mudança
ideológica aconteceu entre os membros da Irmandade Muçulmana na Palestina,
levando-os a decidir pelo seu envolvimento com a política. Os acontecimentos no
final de 1987, conhecidos como Primeira Intifada, foram decisivos para que o
Hamas surgisse enquanto organização desvinculada da Irmandade Muçulmana.
Em 14 de dezembro de 1987, foi emitido um
comunicado, conhecido como Estatuto do Hamas. A posição dos membros do Hamas,
perante a existência de Israel e os crescentes assentamentos israelenses em
territórios palestinos, tornou-se mais intransigente.
O estatuto mencionava que:
“O Movimento de Resistência Islâmica sustenta
que a Palestina é um território de Wakf, (legado hereditário) para todas as
gerações de muçulmanos, até o Dia da Ressurreição. Ninguém pode negligenciar
essa terra, nem mesmo uma parte dela, nem abandoná-la, ou parte dela. Nenhum
Estado Árabe, ou mesmo todos os Estados Árabes (juntos) têm o direito de
fazê-lo; nenhum Rei ou Presidente tem esse direito, nem tampouco todos os Reis
ou Presidentes juntos, nenhuma organização, ou todas as organizações juntas –
sejam elas palestinas ou árabes – têm o direito de fazê-lo, porque a Palestina
é território Wakf, dado para todas as gerações de muçulmanos, até o Dia da
Ressurreição."
Quanto a Israel, a postura do Hamas se tornou a
seguinte:
Israel existirá e continuará existindo até que
o Islã o faça desaparecer, como fez desaparecer a todos aqueles que existiram
anteriormente a ele.
O surgimento do Hamas fez com que ele passasse
a rivalizar com outras organizações que lutavam pela causa palestina, como o
Fatah, um dos grupos que existem no interior da OLP. Um dos principais nomes do
Hamas nesse período foi Sheik Ahmed Yassin, que defendia que o Hamas tinha como
propósito garantir a libertação da Palestina e formar um Estado islâmico na
região.
Assim, o Hamas se colocou como a principal
organização que atuava por meio das armas na luta contra a ocupação da
Palestina. A atuação militar do Hamas contra Israel se deu a partir da Primeira
Intifada, os protestos populares de palestinos contra Israel em 1987. A ala
militar do Hamas é conhecida como Brigadas Izz ad-Din al-Qassam.
Hamas na atualidade:
Atualmente, o Hamas é o principal grupo
político a atuar na Autoridade Nacional Palestina, a entidade responsável por
administrar os territórios que são povoados por palestinos, a Faixa de Gaza e
parte da Cisjordânia. Desde 2006, o Conselho Legislativo da Palestina é
ocupado, em sua maioria, por políticos do Hamas.
Isso se deu por meio de uma eleição, e a
própria população palestina votou, em sua maioria, para o Hamas. Essa eleição
foi realizada em 2006 e nela a organização recebeu quase 45% dos votos,
permitindo que ela conquistasse 74 das 132 cadeiras disponíveis. Em 2021,
estava previsto que uma nova eleição legislativa acontecesse, mas ela foi
adiada pelo presidente palestino Mahmoud Abbas.
Embora o Hamas seja visto por muitos países
ocidentais como uma organização terrorista, uma parte considerável da população
palestina os apoia, sobretudo pela atuação deles na luta contra Israel. Segundo
o jornalista Mohammed Omer, isso acontece por conta das péssimas condições de
vida em que a população palestina é obrigada a viver e pelos frequentes ataques
israelenses na região, causando a morte de muitos inocentes."
"Analistas internacionais também registram
que o arsenal de armamentos do Hamas é consideravelmente poderoso, incluindo
diferentes tipos de mísseis que têm capacidade de alcance de até 160 km, o que
ameaça todo o território de Israel. Acredita-se que o arsenal do Hamas tenha
cerca de cinco mil mísseis. Além disso, estima-se que o grupo tenha cerca de 40
mil soldados"
"Questão Palestina
A disputa travada entre Israel e Hamas é mais
um capítulo da Questão Palestina, que se iniciou no começo do século XX e que
se mantém até hoje. Essa questão se iniciou no começo do século quando o
movimento sionista passou a defender o retorno dos judeus para a Palestina e o
direito da comunidade judia de possuir o seu Estado.
O crescimento da população judia na Palestina
gerou atritos entre as comunidades árabes, habitantes da região havia séculos.
A questão permaneceu sem resolução entre as décadas de 1920 e 1940, até que foi
entregue à Organização das Nações Unidas, a ONU, que decidiu, no final da
década de 1940, realizar a divisão da Palestina entre judeus e palestinos.
A divisão da Palestina não foi aceita pelos
árabes porque — alegou-se na época — os palestinos tinham ficado com as terras
menos férteis e com menos mananciais de água. A oficialização do Estado de
Israel deu início a um conflito: a Primeira Guerra Árabe-Israelense. Esse
conflito e outros conflitos travados (Guerra dos Seis Dias e Guerra do Yom
Kippur) foram consideradas desastrosos para os palestinos, que perderam uma
série de territórios.
Até hoje, o Estado da Palestina não existe
oficialmente, e analistas internacionais denunciam a forma como o Estado de
Israel trata os palestinos. Muitos defendem a ideia de que Israel impõe uma
política discriminatória parecida com o Apartheid, o regime segregacionista que
existiu na África do Sul, na segunda metade do século XX.
Mohammed Omer, por exemplo, denuncia uma série
de ações contra as populações palestinas na Faixa de Gaza. Ele fala de
execuções sumárias de cidadãos inocentes, de saques promovidos em propriedades
palestinas por tropas de Israel, dos bombardeios que resultam na morte de
civis, da falta de energia elétrica e de água potável, etc.
Por outro lado, muitos, incluindo o Estado de
Israel, criticam o Hamas pelos bombardeios promovidos contra cidades
israelenses e acusam o Hamas de promover ações terroristas. Além disso, como
mencionado, muitos questionam a forma como o Hamas trata seus opositores e
denunciam que até práticas de torturas são realizadas pela organização."
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