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quinta-feira, 19 de junho de 2025

Arrogância institucional no sistema de saúde: Provedoria recusa continuar comunicação no caso de ausência de baixa médica.

Assunto: Resposta ao seu e-mail de encerramento de comunicação

Exma. Senhora Beatrice,


Bom dia.

Escrevo-lhe enquanto jornalista responsável da Revista Repórter X, não como paciente, nem representante directa da mesma. Lamento informá-la de que a forma como respondeu ao último contacto é, no mínimo, lamentável.

Sim, de facto, a vossa resposta é marcada por um tom frio, tecnocrático e desnecessariamente seco, beirando a arrogância institucional. Demonstra uma falta de empatia para com a situação humana envolvida — algo que não se espera de alguém que representa um órgão médico de provedoria. A senhora responde como se estivesse incomodada pelo simples facto de um cidadão lhe pedir esclarecimentos — como se o direito de resposta tivesse prazo ou quota.

Ao lidar com casos que envolvem sofrimento humano, fragilidade emocional e incapacitação laboral, o mínimo que se espera é uma atitude de escuta, dignidade e respeito. A sua escolha de palavras como “não trocaremos mais correspondência” ou “deixaremos de responder a e-mails” é reveladora de uma mentalidade autoritária, pouco democrática e institucionalmente desumana — como se a cidadania fosse um incómodo para a burocracia.

Recordo-lhe que a Ombudsstelle, pela sua própria natureza e nome, existe precisamente para ouvir. Ouvir, acolher, encaminhar. Não para impor silêncio. A senhora escreve como se estivesse a encerrar um processo administrativo, quando na verdade estamos a falar de uma situação de saúde, onde um ser humano se vê privado de trabalho, de salário, de descanso e de dignidade. A vossa resposta não responde ao problema — apenas o fecha com um carimbo de indiferença.

Reforço ainda que este caso não está a ser tratado em nome individual. Está a ser acompanhado pela Revista Repórter X, com a devida documentação e testemunhos, para futura publicação pública e jornalística, caso assim se revele necessário.

É triste que um organismo médico, cuja função deveria ser servir os mais vulneráveis, se esconda atrás de uma linguagem defensiva, evitando qualquer responsabilidade ética. A vossa resposta demonstra o estado de afastamento entre instituições e os cidadãos que supostamente deveriam proteger.

Fica registado o teor da sua resposta, bem como a forma como decidiu encerrar esta comunicação. Não o esqueceremos.

Com os melhores cumprimentos,

João Gonçalves
Revista Repórter X
Schweiz Oficial


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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