Algarve
- Cap. I
Revista Repórter X dá a conhecer Portugal, do
Algarve até Fátima
Foto: Ângela Tinoco
Saímos bem cedinho, de Zurique para o aeroporto
local; lá, encontrou-se toda a família. Tomamos o nosso pequeno-almoço ao preço
do ouro, mas satisfeitos com a qualidade. Já depois de entrarmos em direcção ao
Aeroporto, tivemos de ir num Bus e andar cerca de 500 metros. Lá fomos para a
parte de trás do avião pela primeira vez, normalmente voamos sempre nas asas, “desta
feita foi na mesma sobre asas”, somente mudou o lugar. O tempo estava
lindo, sobrevoamos as nuvens, onde havia nuvens, evidentemente. Voo muito
suave, mas nunca se deixa de ter um certo medo! Eu que até queria dormir um
pouco, mas não me deixaram, uma vez a Larissa e, outra vez o “cromo”,
mas desta forma até se passou depressa aquelas 2h30. Olhava para baixo e via a
miniatura das casas, o rio que desalinhava em curvas e os campos que de certa
forma pareciam Abstractos de um artista com várias formas, cores, feitios e
tamanhos.
A certa altura senti que o avião estava a descer lentamente e a curvar de
vez em quando.
Num ápice, comecei a ver o mar; foi tão giro que rapei da Câmara de vídeo e
comecei a filmar o óbvio, tal como no início da Viagem, que também tinha
filmado para mostrar o avião por cima das nuvens serradas, naquele lugar
inspirado. Imaginei mesmo estar a ver uma cena de um filme e pensar que era
surreal, mas não era, de facto aquele momento era único, diferente de todos os
outros, embora fosse a segunda vez que ia aterrar na cidade de Faro; Deitem
sentido ao que vos vou dizer; sei que é mais fácil eu rebobinar a minha memória
atrás, para vocês perceberem, como eu, a descrição que vos vou contar, vivida
naquele momento, na primeira pessoa. Tu até podes lá passar mil vezes com o
mesmo cenário e nunca verás nada, tal como nunca viste o sol-posto ao milímetro
(pois, eu já vi no alto do Monte de São Mamede, olhando o poente em direcção a
Braga, no qual descrevo a história n´O Livro da Criança)!
Na realidade, se estiveres atento a estes fenómenos, tu vês tudo o que te
rodeia; se te descuidas não vês nada, não vês coisa nenhuma, tudo te passa ao
lado!
Relato um momento excelente, magnífico. Eu que sou um observador, uma
pessoa atenta a tudo e a todos, nada fica indiferente. Estou sempre atento às
várias condicionantes e realidades existentes. Pois, nesse momento, logo peguei
na câmara e nada foi por acaso, as grandes reportagens, entrevistas e fotos de
um qualquer jornalista não são encomendados e nem marcado o sítio, a hora e o
dia e são momentos espontâneos. O avião descia então lentamente e, longínquo já
ia observando o fenómeno, as asas começaram a curvar bastante, estávamos a
perder a terra e encontrar o mar. O aparelho fez mesmo um círculo e logo no
início saiu de cima das nuvens brancas e espessas, pareciam neve. As nuvens
começaram a desfalecer e a tornarem-se em novelinhas finas. Nessa altura
senti-me feliz, mas impotente com tanta emoção.
Deixamos a serra, com grande altitude. Deixamos os terrenos acidentados,
com fortes desníveis e muitos picos, a serra desfaleceu, o amontoado de terra e
de rochas ficou reduzido a nada, quase como de uma erosão se tratasse. Foi logo
após esse ápice que apareceram, a grande desnível, os campos e em seguida a
povoação e o mar azul. O Abstracto dos campos tomava a sua forma natural, as
casas avistavam-se cada vez maiores, o véu azulado de água marinha prevaleceu
algum tempo, parecia que íamos aterrar no mar…! De facto, o avião foi tomar a
direcção correcta, para alcançar a pista. Lá aterramos uns minutos depois e, já
em pista, dava a sensação que íamos de automóvel, nem demos pelo impulso de
aterrar (Quero dar os parabéns à empresa de viação suíça, Edelweiss, em que
viajei pela primeira vez para além da Swissair.) Uma curiosidade, o aeroporto
de Faro nasceu um ano antes de mim, abriu a 11 de Julho de 1965, fica na
freguesia de Montenegro, no Algarve.
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Foto: Ângela Tinoco
Algarve - Cap. II
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Fotos: Quelhas
Revista Repórter X dá a conhecer Portugal, do
Algarve até Fátima
A partir daqui vou tentar relatar mais ou menos
todos os lugares mais importantes que passamos e aproveitar para dizer que, ao
logo do percurso, fui tirando fotografias, fazendo vídeos, reportagens e
entrevistas. Editava títulos e textos e ia colocando tudo no facebook e no
youtube, para registar e também para mostrar aos meus seguidores e da Revista
Repórter X. Tenho outra grande ferramenta em mãos, para ajudar à descrição;
guardei todos os Recibos de despesas; Restaurantes, Bares, Centros Comerciais,
Farmácia, Bombas de Gasolina, Garagens, Parques de Divertimento, Teatro,
Piscinas, Campo de Toiros, Feira Medieval, Aeroporto, Zoo, Etc. Todas as
noites, o lema era descrever tudo na Net. Exemplo; “Olá. De regresso a casa,
preparando fotos, vídeos e títulos dos mesmos na rede, para me ajudarem à
escrita genuína sobre a viagem pelo Algarve, sobre a terra e as gentes e as
suas culturas, a emigração e o turismo, etc. Breve tudo na revista repórter X,
porque nós fazemos a diferença!”
Antes de partir para esta viagem ao Algarve, no
meu book – “João Gonçalves Quelhas”, já andava a preparar as minhas férias. Fui
algumas vezes às Piscinas de Wallisellen e Seebach e fizemos por lá
Piqueniques. Num desses momentos de laser, a minha gente gravou um mini-vídeo
que depois meti na Rede, “Lá vai o sapo...” (mergulho na piscinas).
Também quero dizer que fiz pausa de duas semanas
no Programa Repórter X, dentro do formato de Rádio FM e TV no Meo Canal e
Facebook, Nasci para Cantar, que terminou com a entrevista ao emigrante povoense
Hilário Novais, Programa n° 6 e recomeçou com o empresário Carlos Catanho,
CCTours, Programa n.° 7. Antes de começar o programa, passei a mensagem gravada,
desde Albufeira, a mostrar aquele envolvente e a dar as boas vindas ao programa
e aos ouvintes da Rádio da família. Da mesma forma procedi no escritório,
rebobinei a minha memória para ir buscar lembranças e visualizei todo o
trabalho nas redes, para que fosse o mais correcto possível nesta descrição.
Estive a pesquisar no Google sobre as duas terras que me acolheram para dormir,
na primeira semana, a freguesia da Guia e na segunda semana a freguesia de
Quarteira. Também consultei o mapa de Portugal para ver as regiões entre o
Algarve e Fátima. Portanto, faz uma descrição maior às duas localidades. Todo o
outro trabalho árduo é original…!
Então seguido do 1° texto, que me trouxe na aventura
do voo da Edelweiss, de Zurique até Faro, já em terra firme; todavia tínhamos
dois carros à espera da família. A ResolveCar - aluguer de automóveis,
entregou-me um carro em bom estado, de marca Fiat Punto, serviço pelo qual
paguei a Taxa de Aeroporto no valor de 15€. A partir dali foi só meter gasolina
e andar. Andamos pelos Algarves, mas estendemo-nos ao Santuário de Nossa
Senhora de Fátima “Para ser mais preciso, vou aqui colocar nomes de locais
que passamos e depois mais à frente descrevo cada um deles da melhor maneira
possível. Espero ter boa inspiração ou Inspiração do Compositor – 1° Livro do
Quelhas”. Nos primeiros dias fui com a Família ao Santuário de Fátima, para
eles cumprirem as promessas devidas.
Lá vai um carro atrás do outro, entre a Guia e Fátima (que
Deus Nosso Senhor nos guie); levou mais ou menos 03h00 num percurso de
mais ou menos 350Km. Seguimos o GPS. Fomos por Ferreiras e Paderne, concelho de
Albufeira, chegamos a São Bartolomeu de Messines, concelho de Silves, regiões e
sub-regiões do Algarve. Veio de seguida a Aldeia dos Fernandes no Alentejo,
depois Castro Verde e Ourique no Distrito de Beja, região do Alentejo e
sub-região do Baixo Alentejo. Caminhamos até Azinheira dos Barros e São Mamede de
Sádão, uma é aldeia e a outra freguesia do concelho de Grândola, distrito de
Setúbal; esta cidade é sub-região de Área Metropolitana de Lisboa. Setúbal está
dividido entre as províncias tradicionais da Estremadura e do Baixo Alentejo.
Segue-se Alcácer do Sal, Distrito de Setúbal, região do Alentejo e sub-região
do Alentejo Litoral. A próxima passagem foi pela freguesia de Pegões, do
concelho do Montijo; esta é uma cidade portuguesa pertencente ao Distrito de
Setúbal, região de Lisboa e sub-região da Península de Setúbal. Continuamos por
Foros de Salvaterra de Magos, vila portuguesa pertencente ao Distrito de
Santarém, e à antiga província do Ribatejo, portanto Santarém é uma cidade
portuguesa, capital do Distrito de Santarém, situada na província do Ribatejo e
na região estatística da Estremadura.
(Uma análise sobre a passagem do rio Tejo; O rio Tejo
tem 16 pontes ferroviárias, rodoviárias e duplas, 13 são rodoviárias. Sei que
no sentido Algarve/ Leiria passei numa ponte curta e na volta passei na Ponte de
Santarém, designada por Ponte Salgueiro Maia. Esta ponte está situada junto ao
Vale de Santarém e baixa-mar da cidade, a poente está ainda entre as duas
margens do Tejo, entre Santarém, na margem direita, e Almeirim, na margem
esquerda. A ponte tem um comprimento de 4.300 metros, é uma ponte com tirantes
de 570 metros de tabuleiro e o resto em viaducto.) Ver vídeo no youtube!
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Fotos: Quelhas
Algarve - Cap. III
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Revista Repórter X dá a conhecer Portugal, do Algarve
até Fátima
Seguimos o trajecto; passamos por Azoia de Baixo, esta é uma antiga
freguesia portuguesa do concelho de Santarém e Alcanhões, que é uma vila
portuguesa do distrito de Santarém. Vem depois Alcanena, esta é uma vila
portuguesa que pertence ao distrito de Santarém, na província do Ribatejo,
região do Centro e sub-região do Médio Tejo. No caminho vem Zibreira, esta é uma freguesia portuguesa do concelho de
Torres Novas, pertencente ao distrito de Santarém, na província do Ribatejo, região
do Centro e sub-região do Médio Tejo. Passamos próximo de Mira d’Aire,
freguesia portuguesa do concelho de Porto de Mós; esta é uma vila portuguesa
pertencente ao distrito de Leiria, na província da Estremadura, integrando a
Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, na região do Centro de Portugal.
Também bem perto passamos de Pedrogão Grande, esta é uma vila portuguesa do
distrito de Leiria, na província da Beira Litoral (terra em que o grande incêndio
deflagrou no concelho de Pedrógão Grande e arredores. O incêndio alastrou a
concelhos vizinhos, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra, fez 66 mortos e
253 feridos, 7 dos quais graves, destruiu 500 casas e quase 50 empresas.).
Lá chegamos a São Mamede; esta é uma freguesia portuguesa do concelho
da Batalha. A Batalha é uma vila portuguesa do distrito de Leiria, na província
da Beira Litoral. Finalmente, chegamos ao lugar Sagrado; Fátima/Leiria. Fátima
é uma cidade portuguesa situada na Serra de Aire, sede de freguesia, subdivisão
do concelho de Ourém, na província da Beira Litoral, região do Centro e
sub-região do Médio Tejo (Fátima é uma cidade no centro de Portugal que
alberga o Santuário de Fátima, um local de peregrinação católica. A Capelinha
das Aparições marca o local onde alegadamente a Virgem Maria apareceu em 1917.
Outros locais sagrados incluem a Basílica de Nossa Senhora do Rosário, com os
seus anjos dourados, e a moderna Igreja da Santíssima Trindade. O Museu de Arte
Sacra e Etnologia exibe artefactos religiosos.).
Como referi antes, no início do texto, estive a pesquisar no Google sobre
as duas terras que me acolheram para dormir, na primeira semana, a freguesia da
Guia e na segunda semana a freguesia de Quarteira, mas também regiões que
passei na viagem entre Algarve e Fátima, que quero citar pela confusão que é
perceber as demarcações de cada uma delas, principalmente onde está inserido
Setúbal;
“O Algarve é uma região, sub-região e província tradicional de Portugal
continental, sendo a mais meridional entre todas. Faro constitui a região
turística mais importante de Portugal e uma das mais importantes da Europa. O
seu clima temperado mediterrânico, caracterizado por invernos amenos e curtos e
verões longos, quentes e secos, as águas tépidas e calmas que banham a sua
costa sul, as suas paisagens naturais, o património histórico e etnográfico e a
deliciosa e saudável gastronomia são atributos que atraem milhões de turistas
nacionais e estrangeiros todos os anos e que fazem do Algarve a região mais
visitada e uma das mais desenvolvidas do país. O Algarve é, actualmente, a
terceira região mais rica de Portugal, a seguir à Área Metropolitana de Lisboa
e à Madeira.”
“O Alentejo é uma região do
centro-sul de Portugal.
Compreende integralmente os (extintos) distritos de Portalegre, Évora e Beja, e a metade sul do
distrito de Setúbal e
parte do distrito de Santarém,
sendo assim a maior região
estatística de Portugal em termos de
área. Limita a norte com a Região do
Centro (Região das Beiras), a leste com a Estremadura e
a Andaluzia (Espanha), a sul com a Região do Algarve e a oeste com
a Área
Metropolitana de Lisboa e também com o Oceano
Atlântico. Note-se que esta divisão não coincide com a
antiga região tradicional do Alentejo, que era constituída por duas das
antigas províncias: o Alto e Baixo Alentejo e
que era ligeiramente menor que a actual, incluindo apenas os distritos de Évora
e Beja (na sua totalidade), praticamente todo o distrito de Portalegre (excepto
o concelho de Ponte de Sôr,
que fazia parte da antiga província do Ribatejo), e a metade sul
do de Setúbal (os concelhos desse distrito que fazem parte da actual região do
Alentejo Litoral (Alcácer do
Sal, Grândola, Santiago do
Cacém e Sines).”
“A Beira Litoral é uma província histórica (ou
região natural) portuguesa, formalmente instituída por uma reforma
administrativa havida em 1936. O seu território corresponde na sua maior parte
ao da antiga Província do Douro desaparecida no século XIX. Fez, mais tarde,
parte da Província da Beira. As províncias de 1936, no entanto, praticamente
nunca tiveram qualquer atribuição prática, e desapareceram do vocabulário
administrativo (mas não do vocabulário quotidiano dos portugueses) com a entrada
em vigor da Constituição Portuguesa de 1976 sendo uma actual província
histórica de Portugal. Foi também uma das regiões administrativas da proposta
de regionalização rejeitada em referendo em 1998. Faz fronteira a Norte com o
Douro Litoral, a Este com a Beira Alta e a Beira Baixa, a Sudeste com o
Ribatejo, a Sudoeste com a Estremadura e a Oeste com o Oceano Atlântico. É,
então, constituída por 38 concelhos, integrando a maior parte dos distritos de
Aveiro e Coimbra, metade do distrito de Leiria, e ainda um concelho do distrito
de Santarém. Tinha a sua sede na cidade de Coimbra.
Continua no
próximo Nr. de Nov. 2018
Foto: Quelhas