Guerra entre Rússia e Ucrânia
A possível entrada da Ucrânia na Otan, a crise
na Crimeia e na região de Donbass estão no cerne da Guerra entre Rússia e
Ucrânia. O conflito começou em 2022.
- As consequências da Guerra entre Rússia e
Ucrânia e as consequências da guerra, mais de 8 milhões de ucranianos buscam
refúgio em outros países da Europa. A Guerra entre Rússia e Ucrânia trouxe
consequências para os países envolvidos e para a comunidade internacional,
afetando as esferas política, econômica e social. Tenho dito que a visita à Ucrânia
dos presidentes europeus tem muito que se lhe diga; pois quando essa visita não
há bombas a cair no território. Por outro lado, os Estados Unidos da América e
a União Europeia são mais uma vez os culpados de uma parte da guerra, todas as
guerras têm um senão; gerar dinheiro com bombas e armamentos. Os EUA não
aceitaram o sessar fogo na Ucrânia e, o porquê dos EUA e EU oferecerem armamento
á Ucrânia? O fim da guerra faz-se com paz e não com armas a estilhaçarem nos
ossos quer de um povo ou de outro. A culpa de uma futura guerra mundial em
todos os Continentes vai ser culpa da América, porque dá asas aos terroristas
para se expandirem. Deveriam prender para sempre todos os cabecilhas de
movimentos e de presidentes que manobram e fazem guerra e desencadeiam terror
na humanidade.
O texto a seguir é de: Paloma Guitarrara
Veja mais sobre "Guerra entre Rússia e
Ucrânia" em:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/guerra-entre-russia-e-ucrania.htm
"A Guerra entre a Rússia e a Ucrânia é um
conflito que acontece no Leste do continente europeu. Após um longo período
marcado pelo acirramento das tensões entre ambos, as tropas russas invadiram o
país vizinho em 24 de fevereiro de 2022, promovendo ataques a cidades situadas
próximo da capital da Ucrânia, Kyiv, e outros pontos estratégicos do território
ucraniano. O contra-ataque realizado pela Ucrânia em meados de 2022 fez com que
a Rússia recuasse em alguns pontos, mas o país ainda mantém domínio sobre grandes
áreas no Leste e ao sul da Ucrânia.
Pouco mais de um ano após o início da guerra,
os ataques continuam. O saldo até então é de dezenas de milhares de mortos e
feridos, além de 8 milhões de refugiados ucranianos, que buscam proteção em
outros países europeus. As consequências da guerra são, também, econômicas e
políticas. Em um contexto global, o conflito interfere na geopolítica, nos
acordos diplomáticos e no comércio internacional."
"Contexto histórico da Guerra entre Rússia
e Ucrânia
A Guerra entre a Rússia e a Ucrânia foi
deflagrada no dia 24 de fevereiro de 2022, poucos meses após o acirramento das
tensões na região fronteiriça entre esses países. Para entendermos as causas
que levaram ao conflito e os motivos alegados pelas partes para os ataques
promovidos, é previso entender um pouco de como era a relação entre as duas
nações no passado histórico.
Os territórios russo e ucraniano integram a
região conhecida como Leste Europeu, que possui semelhanças nos aspectos
econômicos, socioculturais e étnicos. Ambos os países foram inicialmente
ocupados pelos povos eslavos, também conhecidos como Rus. Além disso, antes da
sua criação, uma parcela da Rússia, a Ucrânia e também Belarus formavam o
território de Rus de Kiev, ou Rússia de Kiev, entre os séculos IX e XIII."
"Durante o século XVIII, uma parte da
Ucrânia foi incorporada ao Império Russo. Esse movimento se repetiu durante o
século XX, na Revolução Bolchevique, que marcou o fim do sistema monárquico na
Rússia e a ascensão dos socialistas ao poder, no ano de 1917. Cinco anos mais
tarde, foi criada a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), da qual
passaram a fazer parte diversos territórios do Leste Europeu, o que incluiu a
maior parte do território da Ucrânia. O país se tornou independente somente em
1991, ano em que aconteceu a dissolução da URSS.
Nesse ínterim, é importante trazer luz à
questão da Crimeia. A Crimeia é uma península localizada ao sul da Ucrânia e a
sudoeste do território russo, sendo banhada pelo mar Negro. Essa região
apresenta conexão com o mar de Azov, e seu caráter estratégico tanto militar
quanto comercial fez com que fosse o foco de muitas disputas territoriais ao
longo da história.
A Crimeia e Donbas são áreas que estiveram no
centro das disputas mais recentes entre Rússia e Ucrânia.
A Rússia já exerceu domínio sobre a Crimeia em
diferentes momentos, e, em 1954, o território foi cedido pela União Soviética
para a Ucrânia como um gesto simbólico, e estratégico, dos laços de
fraternidade entre os países. Com o fim da URSS, o Memorando de Budapeste
(1994) assegurou os limites territoriais ucranianos e a manutenção da Crimeia
como parte do seu território. A situação de aparente estabilidade não durou
muito, e uma crise se instalou na região a partir de 2010."
"As negociações para a entrada da Ucrânia
na União Europeia deram início a um período de grande turbulência política
interna e tensões geopolíticas regionais que escalou com a invasão e anexação
da Crimeia pela Rússia no ano de 2014. O presidente russo, Vladimir Putin,
justificou a medida com o fato de a maioria da população que vive na Crimeia
ter origem russa, mas, mesmo assim, não houve reconhecimento da comunidade
internacional.
Também em 2014, a região de Donbass foi palco
de conflitos entre a Ucrânia e grupos separatistas, que, alinhados
politicamente com a Rússia, declararam a independência das regiões
administrativas de Lugansk e Donetsk. Assim como na Crimeia, Donbass tem maioria
da população com origem étnica russa, e se tornou uma área muito visada pela
Rússia durante o atual conflito com a Ucrânia. Aliás, a Rússia é a única nação
que reconhece a independência de Lugansk e Donetsk.
Causas da Guerra entre Rússia e Ucrânia
O contexto de tensões entre a Rússia e a
Ucrânia nos ajuda a entender a origem das disputas entre os países, inclusive a
guerra que perdura há mais de um ano. Uma das principais causas apontadas para
a sua eclosão foi a retomada das negociações para a Ucrânia se tornar um membro
da Otan."
"Relembrando, a Otan é uma organização
internacional criada durante a Guerra Fria com o objetivo inicial de conter o
avanço do socialismo nos países da Europa Ocidental. Com o fim da União
Soviética, a organização passou a se ater à cooperação político-militar e à
defesa mútua de seus países-membros. Entre os membros da Otan, estão as nações
europeias ocidentais, os Estados Unidos e 14 países do Leste Europeu.
A admissão da Ucrânia na Otan, na visão da
Rússia, representaria o avanço dos ideais do Ocidente sobre os países do Leste
Europeu que ainda resistiam a isso. Além disso, seria uma ameaça direta à
integridade do território russo, tendo em vista que a fronteira ucraniana com a
Rússia é a maior entre os países europeus com que faz divisa. Assim, a invasão
da Ucrânia seria uma forma de demonstrar que a Rússia mantém o seu poderio e a
sua influência na região.
O reconhecimento, por parte da Rússia, da
independência das regiões de Lugansk e Donetsk é também causa da guerra. Como
vimos, existe a forte presença de população russa nessas áreas, e o presidente
Vladimir Putin alega que essas medidas são formas de proteger essa população
das ofensivas da Ucrânia. No dia em que a guerra teve início e pouco tempo após
reconhecer a região do leste ucraniano como independente, Putin declarou que o
seu objetivo era “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho.
Aponta-se como motivo pela guerra, também, a
queda de popularidade do presidente Vladimir Putin em função dos efeitos da
pandemia da covid-19 na Rússia. Entre 2020 e 2021, a taxa de popularidade de
Putin caiu em função do crescimento alarmante dos casos da doença no país e da
acentuação dos problemas econômicos pelos quais vinha passando. A invasão da
Ucrânia seria uma forma de conquistar, novamente, a visão positiva dos russos
sobre o presidente.
Fatos marcantes da Guerra entre Rússia e
Ucrânia
A guerra entre Rússia e Ucrânia começou
oficialmente no dia 24 de fevereiro de 2022, quando mais de 200 mil soldados
russos invadiram o território ucraniano por diversas frentes. Desde então, a
análise do conflito tem sido feita pela divisão de sua linha do tempo em fases.
1ª fase (24 de fevereiro de 2022 ao início de
junho): foi marcada pela invasão do território ucraniano pelas tropas russas.
Várias regiões do país foram tomadas, em especial as cidades ao leste e na
divisa entre os territórios envolvidos. Num primeiro momento, a capital
ucraniana, Kyiv, não foi diretamente atacada.
Foram realizados bombardeios em diversos pontos
da Ucrânia, o que resultou em centenas de vítimas fatais entre civis e
militares. Algumas cidades próximas de Kyiv foram atacadas, como uma forma de
cercar a capital.
A cidade de Bucha, que fica a 60 km a noroeste
de Kyiv, foi alvo de uma ofensiva muito violenta por parte dos soldados russos.
Centenas de civis ucranianos foram mortos nas ruas. Os dados mais recentes
apontam para 400 vítimas fatais, mas os números não são definitivos.
Mariupol, cidade situada no sul da Ucrânia e
banhada pelo mar de Azov, foi inicialmente sitiada e atacada.
Destruição registrada na via que conecta as
cidades de Irpin e Bucha, próximo a Kyiv, na Guerra entre Rússia e Ucrânia.
2ª fase (junho a agosto): houve a retirada das
tropas russas da região de Kyiv, com as ofensivas e bombardeios agora
concentrados no leste ucraniano, na região de Donbass. No entanto, os russos
foram surpreendidos com o contra-ataque promovido pela Ucrânia como forma de
defender seus territórios.
A usina nuclear de Zaporizhzhia, no sul da
Ucrânia, foi ocupada pelas tropas russas. Pouco tempo depois, a central
energética foi desligada após um intenso ataque de mísseis sofrido pelo país em
diversas cidades. Havia o medo da repetição de um evento como foi o acidente de
Chernobyl, que aconteceu em 1986 e afetou Belarus e Ucrânia.
3ª fase (setembro a novembro): a defensiva da
Ucrânia fez com que o país conseguisse áreas no Leste e no Sul que estavam sob
o domínio russo, entre as quais estão a cidade de Kherson e a região a nordeste
próximo a Kharkiv. O impasse sobre as regiões declaradas independentes
continua, e a Rússia mantém domínio militar sobre a maior parte do leste
ucraniano.
Uma forte explosão danificou a estrutura da
única ponte que faz a conexão entre a Rússia e a Crimeia, situada no estreito
de Kerch. A Ucrânia não se responsabilizou pelo acontecido, e a Rússia reforçou
a segurança na região.
Fase atual, iniciada em novembro de 2022: foram
promovidos ataques às usinas geradoras de energia elétrica na Ucrânia, com a
estimativa de que, pelo menos, um terço delas foi destruído. Além dos prejuízos
isolados decorrentes da falta de eletricidade, a situação se tornou preocupante
com a chegada do inverno no Hemisfério Norte.
Novos ataques de mísseis foram promovidos pela
Rússia em março de 2023. A ofensiva atingiu cidades como Kyiv, Kharkiv,
Zhytomyr e Odessa, e os ataques levaram, mais uma vez, à interrupção das
atividades da usina nuclear de Zaporizhzhia. Durante o conflito, a usina parou
em seis momentos distintos pelo menos.
Sem comentários:
Enviar um comentário