Viagem ao Ticino
O Cantão do Ticino em italiano tem o mesmo nome, Ticino, e em francês
Tessin. É um cantão da Suíça, situado no sul do país, e inclui as cidades de
Bellinzona, Locarno e Lugano. A sua língua oficial é o italiano. O Cantão do
Ticino é o único Cantão da Suíça que está situado ao sul dos Alpes. O
território desta região faz fronteira com a região italiana de Piemonte, com a
região italiana da Lombardia e o Cantão de Valais, também com o Cantão Uri e
por último o Cantão de Grisões. A região do Ticino fica a caminho para Milão,
Itália. Também foi este caminho que me levou recentemente a França, zona da
Riviera Francesa, também chamada de Costa Azul (em francês, Côte d'Azur). O
Ticino é considerado com tendo bons terrenos produtivos encravado em montanhas.
A floresta e os lagos; Verbano e Ceresio, representam uma área muito boa para a
agricultura, pesca, caça e turismo. O rio Ticino é o principal rio do Cantão. A
sua bacia hidrográfica ocupa grande parte do território, atravessando o Vale
Bedretto e o vale Leventina até desaguar no lago Maggiore. O Reuss, rio
pertencente à bacia hidrográfica do Reno, nasce no cantão a pouca distância do
Passo de São Gotardo, túnel considerado quebra-cabeças para quem vai do Catão
alemão para o Ticino ou Itália e França. Seguindo o raciocínio; na passagem
para o Ticino, obrigatoriamente tivemos de passar no túnel do Gotardo. O Túnel
rodoviário de São Gotardo, na Suíça, tem cerca de 16 km de comprimento. Há
sempre muito trânsito no percurso entre o Cantão de Zurique e o Cantão do Ticino;
é mesmo um túnel insuportável que nos faz adormecer.
Numa das últimas viagens não parei no Ticino, fomos em direcção à Itália,
seguido de Nice, Cannes e Mônaco, daí demoramos horas a fia a chegar ao
destino. Nessa mesma viagem encostamos a várias divisões, tal como cito a
seguir.
Vale Leventina em áreas montanhosas do norte do Ticino:
No cantão situam-se as seguintes divisões e subdivisões alpinas; Alpes
Luganeses (Pico Comasche e Pico Varesine) Alpes Lepontines (Picos Ticinense e
Verbano, Monte Leone e São Gotardo e o Pico Adula). A montanha mais alta do
cantão é o Pico Adula que tem a altura máxima de 3402 metros. Foi incrível
subirmos quase ao Céu, visitamos também o Túnel de São Bernardo e
deslumbramo-nos nas montanhas italianas e helvéticas entre encostas, vales e as
cordilheiras, que juntam várias montanhas, que obrigaram o povo no passado a
fazer estradas nas zonas mais direitas das encostas e colocando muitas pontes
e, onde não havia essa vantagem, nasceram os Túneis, para entrar dentro das
cordilheiras, que traçaram várias montanhas, nas mais variadas formas de elevadas altitudes, pontos mais altos do
planeta, com encostas íngremes, paisagens acidentadas com vales profundos,
talvez localizadas em áreas de intensa actividade tectónica e vulcânica.
Depois de subir, subir e subir, chegamos ao Túnel de São Bernardo e depois
foi só descer, descer e descer e fomos ter a Martigny. Nessa viagem de
automóvel a caminho do Ticino, numa Primavera nunca vista nesse ano, que nunca
existiu pelo tempo e pela natureza nessa época, com um período nevoso e chuvoso
que nos tem assombrado e foi nesse clima que vimos as mais belas paisagens
deslumbrantes e sem igual! (artisticamente naturais) Visualizamos; cascata,
cachoeiras, rios, ribeiros e lagos, ponte e vales, serras, chuva e neve e até
pinheirais cobertos de neve, num clima romântico que fazia lembrar o pinheiro
de Natal nas nossas casas junto da lareira com neve artificial! um todo de
recursos naturais a caminho do Ticino… Onde as pequenas casas se situavam no sopé
das montanhas geladas entre árvores e colinas. A estrada passava mesmo ali ao
lado, (apenas a 100 m) o que me fiz pensar! – Como irá aquela gente ali
habitada para o trabalho em tempo de inverno, onde provavelmente a neve deve
atingir mais de 1 m de altura na encosta!? Medite: Passava o Comboio entre as
casas e paralelo às casas, que, provavelmente seria a solução daquela gente
para irem trabalhar, quando a estrada e os principais acessos da povoação ficar
isolada! Um dos locais que visitamos e passamos foi nas casas do Burgo de
Bellinzona, na época do reinado naquele local. A cidade de Bellinzona é muito
importante e por isso tem o nome inscrito na lista do Património Mundial. Os
Três Castelos, as muralhas e as defesas do Burgo de Bellinzona são o conjunto
fortificado de Bellinzona e um exemplar único de arquitectura europeia, erigida
para defender as estruturas feudais, guardando estrategicamente um colo Alpino.
É o único exemplar do arco alpino de uma arquitectura militar medieval,
composta por três castelos, Castelgrande, Montebello e Sasso Corbaro, e uma
muralha que chegou a fechar o vale do Tessino isolando a população que habitava
dentro dela. Os castelos de Bellinzona estão juntos e visualizam-se com o mesmo
olhar na parte baixa da cidade. O Castelgrande, Montebello, Sasso Corbaro são
os nomes dos três castelos inscritos, em 2000, pela Unesco, como património da
humanidade. É um motivo de orgulho para Bellinzona, sul da Suíça, que
contribuiu para impulsionar o turismo na região. Os castelos de Bellinzona
estão entre os mais admiráveis testemunhos de arquitectura fortificada medieval
na Suíça.
Hoje eles são um elemento-chave de atracção turística na região. A
configuração, que vemos, deve-se essencialmente à complexa atividade
edificadora, promovida pelos duques de Milão no século 15. Franco Ruinelli,
director de Bellinzona Turismo, não tem dúvidas que o reconhecimento da Unesco
não trouxe apenas muita gente a Bellinzona, mas muito mais. “É como se, de
repente, os habitantes do Ticino, incluídos os cidadãos de Bellinzona, tivessem
descoberto os castelos”. A Unesco aproximou as pessoas dos castelos “e mudou
radicalmente sua forma de vê-los. A inclusão na lista do património da
humanidade foi a ocasião para promover de maneira diferente o território, suas
riquezas e seus valores”, continua Ruinelli. Houve um renascimento dos três
castelos – conhecidos desde então, em todo o mundo, graças aos novos meios de
comunicação – também contribuiu, segundo Ruinelli, para a restauração dos três
castelos, que adquiriram um novo esplendor. Outro local de visita é um dos mais
modernos Shopping, no sul da Suíça, que contribuiu para impulsionar o turismo
na região e fica na cidade de Mendrisio de seu nome; Foxtown Factory Stores e é
uma atração, bons preços e é frequentado muito por emigrantes de outros Catões,
mesmo ficando longe, pois o Ticino parece outro país pela separação de
montanhas e lagos.
O Ticino também já foi escolhido para fazer uma gala da repórter X, numa
sala de Cadempino em Lugano no qual juntou muitos artistas e eu fui duplamente
condecorado. Ali há gente emigrada que são vistos como bons ícones para
Portugal, refiro a empresa CreditFinanz dos irmãos Ferreira e ainda o artista
luso, Alex Dorici, filho duma antiga colaboradora repórter X, Hermínia
Rodrigues e ainda os Ranchos; Rancho Folclórico Saudades de Portugal e o Rancho Folclórico Os Amigos de Locarno,
este último foi Homenageado pela repórter X, tais como o artista em locais
diferentes nas Galas de Glarus e Döttinguen.
Não posso esquecer o Caffé Pizzaria Glamour, que já se tornou num local de
referência para muita gente desta zona, é muito conhecido em Pregassona pelos
portugueses, bem próxima de Lugano, pois é dividido simplesmente por um rio,
fica bem perto do estádio de futebol de Lugano, do pavilhão de desporto do Okei
de Lugano, tal como de centros comerciais e outras infraestruturas. Ticino é
uma terra que se fala o italiano, já perto de Milão e do Mosteiro Duomo, e
também muito próximo de Locarno e do lago Maggiore, uma das zonas mais lindas e
turísticas do norte da Itália, que inclui as famosas ilhas Borromee, Isola
Bella, Isola Madre, e Isola dei Pescatori, que fazem parte de uma das zonas
mais frequentadas de turistas de todo o mundo, e onde casou Beatrice Borromeo
com Pierre Casiraghi, filho da princesa Carolina de Mónaco.
O Ticino é um paraíso perdido no nada, que se encontra com tudo e rodeado
de tudo! O hóquei sobre o gelo é um desporto mais tradicional. O Ticino exporta
mão de obra no têxtil para a moda italiana de passerelle. O Ticino também
cultiva arroz há muitos anos. O Ticino também tem muitos terrenos em grandes
vales e muitas e boas pastagens e criação de animais e fabrica derivados de
leite. Para conseguir ver tudo como eu já vi, tem de se deslocar quatro vezes
ao ano ao Ticino, em 4 estações diferentes. Por exemplo, tenho um vídeo no
Youtube que mostra as cachoeiras, que num dia de sol, elas fluíam monte abaixo,
depois de uns dias chuvosos e dificilmente poderei ver de novo essa
deslumbrante vista de canais de água aos milhares e de todas as espessuras,
algumas cachoeiras eram rios autênticos que se estendiam ao longo de mais de 2
horas de viagem!
Autor Quelhas
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