Pesquisar neste blogue

Übersetzung in Ihre Sprache

Número total de visualizações de páginas

quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

Natal fantasma

Natal fantasma
 



















Desenho; autor: Quelhas, 1989

Natal, já não é o que era
Já lá foi o tempo de criança 
Já lá foi o tempo de crença
Que “Eu” adorava na infância
 
Agora vivemos o fantasma do Natal 
Aquele, que “Eu” não acredito
Passou a uma época Artificial 
Para qualquer pequenito
 
Palavra Natal, para quê?
Se esta é uma realidade branca 
Os adultos sabem porquê
Aquilo que sente uma criança
 
São tempos que lá foram
E o Natal ficou sem sentido
O povo está revoltado
E o Mundo está perdido
 
Hoje em dia, Natal funciona
Com o comércio das prendas
Os estabelecimentos abarrotam
Com tantas encomendas
 
No seio da família, então
Pouco ou nada funciona decerto
No Natal vai um p’ra cada lado
E as nossas casas, ficam um deserto
 
Na ceia de Natal, enfim
A abundância da luxúria é evidente
Poucos se lembram de ti e de mim
Muito menos do amigo ou familiar doente
 
Para uns há muita fartura
Que no fim muito sobra
Tomaram sobras, os mendigos
E os pobres por esse Mundo fora
 
Pão-de-ló no meu bloco - Escrevi
Bolo-rei também - Encomendei
Rabanadas bastante - Comi
Batata nem vê-las - Enjoei
 
Bacalhau bastante - Encheu 
Couve penca pouco - Sobra
Polvo comi, comeste - Comeu
Cabrito era tanto que até deitei – Fora
 
E é a fartura e, o perímetro que escrevi, que, me fazem chegar a esta conclusão…
 
autor: Quelhas


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Sem comentários: