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quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Sistema: Comissão de Protecção de crianças e adultos na Suíça (KESB)

Sistema: Comissão de Protecção de Crianças e Adultos na Suíça (KESB)


A meia-verdade da KESB

A Comissão de Protecção de Crianças e Adultos na Suíça (KESB) afirma que apoia pessoas em condições de vida precárias. Contudo, essa é apenas a imagem que procuram transmitir; na realidade, não é bem assim. Centenas de portugueses perderam os seus filhos sem saberem o motivo. Vamos tentar compreender o que se passa. A Comissão intervém sempre que recebe uma denúncia, sendo que a maioria destas denúncias são infundadas. Alegam que, por vezes, são as próprias pessoas a contactar directamente a KESB, mas tal afirmação parece uma aberração conveniente. Quem, em pleno juízo, iria recorrer a esta entidade, sabendo que poderá perder para sempre a sua criança? Na maioria dos casos, as denúncias partem de familiares, vizinhos, da escola ou da polícia e podem ser feitas por qualquer motivo, sem necessidade de razão aparente. Basta a maldade ou vingança de alguém para que os pais sejam castigados através de uma denúncia deste tipo.

De acordo com a KESB, após a recepção de uma denúncia, os técnicos da entidade analisam cuidadosamente se uma criança ou adulto necessita de ajuda ou apoio. Contudo, nas entrevistas feitas pela Revista Repórter X, nenhuma testemunha confirmou esta teoria. Em todos os casos relatados, as crianças foram arrancadas dos braços das mães pela KESB, com o apoio das autoridades suíças.

Sempre que a KESB intervém, é iniciado um processo tutelado por um dos membros da Comissão. O acompanhamento do caso é então da responsabilidade do departamento de serviços sociais, cujos funcionários possuem formação específica para o efeito. A Revista Repórter X questiona: formação para arrancarem os filhos aos pais à força? São estes funcionários que supostamente dialogam com os pais e a criança em questão, procurando saber como avaliam a sua própria situação. Contudo, esta é uma teoria ilusória. Todas as entrevistas indicaram que as crianças foram retiradas das mães pela KESB e pela polícia, sem qualquer aviso prévio aos progenitores. Na prática, isto constitui um verdadeiro rapto, onde o governo suíço assume o papel de principal culpado, protegendo a KESB através da política, dos tribunais e do próprio Estado suíço.

A KESB afirma ainda que, caso considere necessário, realiza inquéritos adicionais, observando o dever de confidencialidade. No entanto, todas as testemunhas entrevistadas – Sónia, Lisete, Paula, Carla e Daniela – relataram exactamente a mesma experiência. Em quatro casos na Suíça e um na Alemanha, os factos são sempre os mesmos. E estes são apenas os casos mais recentes onde as testemunhas deram a cara; sabemos de outros, mais antigos, já denunciados pela Revista Repórter X. Muitos pais têm medo de expor a situação, temendo nunca mais verem os filhos. Os técnicos da KESB podem recolher informações junto de profissionais de saúde ou da escola, o que faz sentido apenas em situações onde os pais estão dependentes de substâncias como álcool ou drogas. Não é aceitável que o motivo seja uma situação económica precária; neste caso, a Segurança Social deveria intervir, mas a solução não pode ser tirar os filhos aos pais.

Uma vez concluídos os inquéritos, os técnicos da KESB recomendam possíveis formas de ajuda e apoio, ou outras medidas, se necessário. (Para estes pais, nunca houve tal oportunidade; não lhes foi dada qualquer hipótese, segundo os relatos dos entrevistados à Revista Repórter X). As pessoas em questão podem pronunciar-se sobre o assunto, após o que três membros da Comissão decidem os procedimentos ulteriores, com base nos seus conhecimentos em direito, trabalho social e psicologia. As medidas tomadas pela Comissão são formalizadas numa decisão, através da qual a KESB ordena as acções necessárias e proporcionais, encerrando, de seguida, o processo. (Este processo é descrito de forma a ocultar que cada uma destas crianças está a gerar lucro para a Suíça). Podem, por exemplo, nomear um assistente social para suprimir as carências da pessoa que necessita de apoio. (Assistentes sociais e advogados estão todos integrados neste sistema; a retirada de crianças é um processo em rede, normalmente direccionado para pais solteiros, divorciados ou com baixos rendimentos). No caso dos adultos, podem nomear representantes privados provenientes do ambiente da pessoa em questão. Se os pais, a criança ou uma pessoa próxima não concordarem com a decisão, podem recorrer ao Tribunal Cantonal da sua cidade no prazo de 30 dias. (Tudo isto é um logro para pessoas sem recursos, que não têm como enfrentar o sistema. Urge que os governos se unam para agir).

Para contestar a decisão, é necessário enviar uma carta ao tribunal, explicando os motivos da discordância e o que se deseja ver alterado. (Quem aceitaria o rapto do próprio filho para mãos corruptas?)

Neste caso, a decisão da KESB será revista pelo tribunal. Mas acredita-se realmente que o tribunal dará razão aos pais, perante uma estrutura de falsas alegações?

A Suíça é um verdadeiro sistema integrado na retirada de inocentes, abrangendo várias áreas da vida, incluindo saúde, fundo de desemprego, prostituição, o estado social e económico, e até a política. Num país onde existem muitos pedófilos e onde desaparecem pessoas, o “modelo suíço”, que parece seguro aos olhos de muitos, tem faces ocultas que revelam problemas graves na protecção de direitos fundamentais.

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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