Deputado José Dias Fernandes reflete sobre o seu mandato e as dificuldades enfrentadas na luta pelos emigrantes:
Quelhas, da revista Repórter X, tem estado em contacto directo, pessoalmente e telefonicamente, com o deputado sobre várias questões.
O Deputado José Dias Fernandes, eleito pelo círculo da emigração pelo partido Chega, fez um balanço do seu curto mandato nesta legislatura. Durante a sua análise, apontou várias dificuldades e frustrações que enfrentou, tanto dentro do seu próprio partido, com indivíduos de pastas vazias, como no Parlamento, onde foi atropelado por outro deputado que se opõe apenas por questões pessoais e políticas. Fernandes lamenta que, dentro do Chega, muitos membros considerem que a emigração pode ser tratada a partir de Lisboa, sem terem sido emigrantes nem conhecerem os verdadeiros problemas da emigração. Segundo ele, não é realista nem eficaz resolver estas questões sentado numa cadeira, sem percorrer o terreno.
O balanço do mandato:
Para José Dias Fernandes, a sua passagem pelo Parlamento foi uma experiência nova, mas com um forte impulso para trabalhar em favor das comunidades emigrantes. Entre os projectos que iniciou, destacam-se iniciativas como o voto electrónico, a melhoria da representatividade dos emigrantes no Parlamento e a luta contra a dupla tributação. Fernandes sublinha que foi um dos primeiros a levar o assunto do voto electrónico à Assembleia da República, algo que só agora começa a ter apoio e que ele espera ver concretizado através da união de forças políticas, incluindo algumas da esquerda.
Outro projecto importante defendido por Fernandes foi a criação de uma linha de barco para emigrantes portugueses no Reino Unido, que, segundo ele, poderia evitar acidentes nas estradas e poupar dinheiro às famílias. Além disso, o deputado criticou a taxa de lixo paga mensalmente pelos emigrantes, que não é destinada aos cofres do Estado ou das autarquias, mas sim a empresas privadas, o que considera injusto.
Ainda sobre a justiça fiscal, Fernandes levantou a questão da dupla tributação, que considera inconcebível para os emigrantes. Outro tema abordado foi a livre circulação de bens e pessoas na União Europeia, questionando por que razão um emigrante não pode ter um veículo com matrícula portuguesa em Portugal por mais de seis meses, situação que considera uma "caça às multas" contra os emigrantes.
A frustração com o bloqueio de projectos:
Apesar da sua vontade e esforço em apresentar projectos para melhorar a vida dos emigrantes, o deputado lamentou que muitos não tenham avançado devido ao bloqueio político. "Quelhas, nas conversas e escritos, diz que este bloqueio, como sempre, tem a ver com cores políticas e não com concordar ou discordar."
Em especial, Fernandes criticou o facto de a sua proposta para o ensino da língua portuguesa e da história de Portugal aos lusodescendentes ter sido rejeitada por deputados de outros partidos, como o Partido Socialista (PS), simplesmente por questões partidárias. Segundo ele, essa postura impede a criação de políticas positivas em benefício dos emigrantes e de Portugal em geral.
A proposta de voto electrónico, por exemplo, também foi rejeitada por alguns membros do PS, o que Fernandes considera um erro. Ele defende que, em democracia, as boas ideias devem ser aproveitadas, independentemente da sua origem política.
Desilusão com a falta de apoio dentro do próprio partido:
O deputado expressou grande desilusão com a falta de apoio de alguns colegas dentro do Chega e criticou a visão de que os emigrantes não são uma prioridade. Em vez de serem vistos como uma mais-valia para o país, Fernandes acredita que muitos políticos ainda os consideram um peso. "Já Quelhas expressa ao deputado que os portugueses no estrangeiro são tratados como portugueses de terceira."
Para ele, a experiência dos emigrantes poderia ser valiosa para o desenvolvimento de Portugal, especialmente no que diz respeito ao aproveitamento de recursos humanos e conhecimentos acumulados ao longo dos anos.
A questão das crianças retiradas aos pais na Suíça:
Um dos casos que o deputado trouxe à Comissão dos Negócios Estrangeiros foi o dos emigrantes portugueses na Suíça que se queixam da retirada abusiva de filhos pelas autoridades sociais suíças. Fernandes criticou a falta de apoio por parte das embaixadas e consulados, que, segundo ele, não prestam a devida assistência jurídica a esses cidadãos em dificuldades.
A sua proposta para que o Secretário de Estado das Comunidades e o Ministro do Interior se pronunciassem sobre o caso foi rejeitada por deputados de outros partidos, como o PS e o PSD.
"Quelhas, da revista Repórter X, foi quem levou até ao deputado o caso das crianças retiradas pela Kesb e dos lesados da Suva na Suíça, e foi ele quem levou o assunto à Assembleia da República. O deputado Paulo Pisco, o outro deputado pela emigração, barrou uma conversa com o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, com o Ministro dos Negócios Estrangeiros e ainda com o embaixador da Suíça em Portugal. Portanto, Paulo Pisco não defende os emigrantes e deve arrumar as botas nestas eleições."
Diz-se que o Chega e o PS estão a coligar-se na Europa entre Paulo Pisco e Teresa Fernandes, tramando assim o melhor deputado que passou pela Europa, José Dias Fernandes, que debateu o que os outros esconderam e ignoraram perante os emigrantes. Se isso for verdade, acabará o ciclo do Chega e do PS na Europa por traição, tornando-se partidos e pessoas Não Gratas.
A crise interna do Chega e a questão das candidaturas:
José Dias Fernandes também abordou a sua própria situação no partido. Embora tenha contribuído para a queda do governo e para a convocação de novas eleições, afirmou que não está à procura de títulos ou prestígio político.
Questionado sobre uma possível recandidatura, Fernandes demonstrou incerteza, destacando que a decisão cabe sempre ao líder do partido, André Ventura. A sua principal preocupação, afirmou, é continuar a representar os emigrantes e garantir que as suas necessidades sejam ouvidas e atendidas.
A organização do Chega no estrangeiro:
Outro ponto importante levantado pelo deputado foi a falta de estrutura oficial do Chega no estrangeiro. Apesar de ter trabalhado para criar núcleos e delegados do partido em vários países, o partido ainda não conseguiu oficializar essa organização. Para Fernandes, isso é um erro grave, pois, sem representação oficial, o Chega não consegue compreender e representar adequadamente as comunidades emigrantes, que possuem realidades muito distintas das de Lisboa.
Conclusão:
José Dias Fernandes fez uma análise crítica e autocrítica do seu trabalho enquanto deputado, destacando os avanços que conseguiu, mas também as enormes dificuldades que enfrentou, tanto dentro do seu partido como no Parlamento em geral. A sua desilusão com a falta de apoio e a politização excessiva das questões que afectam os emigrantes é clara, mas o deputado reafirma o seu compromisso com a defesa dos direitos dos portugueses no estrangeiro.
Para Quelhas, nestas conversas e noutras com o deputado do Chega eleito pelo círculo da Europa, a política é uma sujidade. Quando ponderou ser a terceira opção do Chega "rumo à Presidência da República", agora recuaria com estes desenvolvimentos, pois não é político e apenas via essa opção como uma forma de evitar ter de recolher 7.500 assinaturas.
Além disso, com as novas eleições legislativas, André Ventura passa a ser um boneco, querendo ser presidente da República e primeiro-ministro ao mesmo tempo. Quando descartou o Almirante Gouveia e Melo, a TV voltou a citar que poderá apoiar um candidato a Belém pelo Chega. Se isso acontecer, Quelhas retira todo o apoio ao Chega.
Os partidos devem aproveitar os bons e correr com os pedófilos, os ladrões, os drogados e os donos de casas nocturnas.
Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial
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