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domingo, 23 de março de 2025

Madeira: O PSD e o PS tem lixo tóxico nas candidaturas a cargos políticos

Madeira: O PSD e o PS tem lixo tóxico nas candidaturas a cargos políticos 


Miguel Albuquerque, envolvido em diversas polémicas, não deveria sequer considerar uma nova candidatura. A sua permanência na liderança do Governo Regional da Madeira revela a falta de firmeza do PSD, que, em vez de agir para afastá-lo, permitiu que continuasse no poder. A sua vitória nas eleições antecipadas reflecte não apenas a resistência do partido, mas também a falta de alternativas suficientemente fortes para desafiar o domínio social-democrata na região.

Por outro lado, Paulo Cafôfo demonstrou fragilidades enquanto Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. A sua actuação foi marcada pela ausência de iniciativas concretas em prol dos emigrantes, especialmente no que diz respeito a casos de grande gravidade. Na Suíça, ignorou as mães cujos filhos foram retirados pela Kesb e não deu resposta aos lesados da SUVA, que continuam a lutar pelos seus direitos. Esta passividade contrastou com a actuação do deputado pela Europa, José Dias Fernandes, que, em comunhão com a revista Repórter X, conseguiu trazer algum impacto e visibilidade a estas questões.

A vitória do PSD nestas eleições antecipadas, segundo as projecções da Universidade Católica para a RTP, pode mesmo garantir uma maioria absoluta a Miguel Albuquerque, com um intervalo entre 41% e 46% dos votos e entre 21 e 24 deputados. O JPP surge como a segunda força política, podendo ultrapassar o PS, com uma previsão entre 18% e 22%. Já os socialistas de Paulo Cafôfo enfrentam um cenário menos favorável, oscilando entre 14% e 18%, com um número de deputados entre 7 e 10.

Outros partidos, como o Chega, CDS-PP, IL, PAN, CDU e Bloco de Esquerda, apresentam resultados mais modestos, com percentagens entre 1% e 7%, podendo garantir entre 1 e 4 deputados. Com uma taxa de resposta de 70%, a sondagem à boca das urnas baseou-se em 12.831 inquéritos, reflectindo uma realidade política que, apesar da oportunidade de mudança, manteve os mesmos protagonistas no centro do poder.

Perante este cenário, a Madeira teve a possibilidade de renovar o seu panorama político, mas a continuidade de Miguel Albuquerque e a fragilidade de Paulo Cafôfo deixaram a desejar. A mudança real que a região precisava estava no JPP, que demonstrou crescimento e poderia ter sido uma alternativa concreta à governação instalada. No entanto, a falta de mobilização suficiente impediu que essa transformação se concretizasse, deixando os madeirenses e os emigrantes novamente sem a resposta que merecem.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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