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sábado, 15 de junho de 2024

A incerteza sobre Camões (não há autor que não descreva as suas origens, nome e data de nascimento)

A incerteza sobre Camões

 


A vida e a figura de Luís Vaz de Camões, na qual a incerteza fala mais alto, diz a lenda que nasceu em 1524 e faleceu a 10 de Junho de 1580, portanto, completou supostamente em 2024 os 500 anos do seu nascimento. Camões é o célebre autor de "Os Lusíadas", estando envolto em controvérsias e incertezas, lançando dúvidas sobre muitos aspectos da sua biografia. Não há autor que não descreva as suas origens, nome e data de nascimento! Embora seja amplamente reconhecido como o maior poeta da língua portuguesa, muitas informações sobre a sua vida permanecem nebulosas e são frequentemente baseadas em conjecturas e tradições orais.

 

A data e o local de nascimento de Camões são objecto de disputa. Embora se acredite que ele tenha nascido em Lisboa por volta de 1524, isso não é confirmado. A falta de registos concretos alimenta especulações e controvérsias sobre as suas origens e até por onde passou em vida. A afirmação de que os seus pais eram Simão Vaz de Camões e Ana de Sá e Macedo também carece de provas conclusivas, o que questiona a certeza sobre as suas raízes familiares. Provavelmente não existem documentos nos notários!?

 

A educação de Camões é outro ponto de discórdia. Supõe-se que tenha estudado em Coimbra, possivelmente com o apoio do seu tio, Dom Bento de Camões, frade e chanceler da Universidade de Coimbra. No entanto, essas suposições baseiam-se em hipóteses e não em evidências documentais sólidas. A narrativa da sua formação académica em Literatura e Filosofia é, portanto, mais uma suposição do que um facto comprovado.

 

O mesmo se aplica às suas aventuras e desventuras. Acredita-se que tenha perdido um olho em combate em Ceuta e que tenha tido uma vida agitada, marcada por confrontos e prisões. No entanto, esses relatos são muitas vezes baseados em histórias orais e lendas, o que torna difícil separar o mito da realidade.

 

A alegação de que Camões viveu na pobreza extrema também é questionável. Para quem estudou, não bate certo a ideia de ser pobrezinho. Embora se diga que ele foi encontrado como um indigente em Moçambique e que morreu na miséria, o facto de ter viajado extensivamente e participado de acções militares sugere uma vida mais complexa e talvez menos desprovida de recursos do que muitas biografias tradicionais afirmam. A tença anual concedida por D. Sebastião é um ponto que contradiz a imagem de completa penúria.

 

Estas lacunas e contradições tornam a biografia de Camões uma espécie de enigma, há quem diga de mentira. As poucas informações disponíveis foram muitas vezes ampliadas e romantizadas ao longo dos séculos, muda-se um conto, muda-se um ponto, criando uma figura que pode ter sido em parte inventada ou pelo menos amplamente reinterpretada. Essa incerteza assemelha-se a outras figuras históricas envoltas em mistério, como Maria da Fonte e a Padeira de Aljubarrota, cujas histórias são também carregadas de controvérsias e lendas.

 

Em conclusão, a vida de Luís de Camões, tal como a conhecemos, é repleta de suposições e falta de dados concretos. Isso levanta a questão de até que ponto a figura que celebramos hoje corresponde à realidade histórica, ou se é mais um mito construído ao longo dos séculos. O Dia de Portugal é também o Dia de Camões, assim os políticos o quiseram, Camões personagem do panorama histórico português controverso, quiçá uma personagem inventada, cujos Lusíadas pode ter sido escrito por Camilo Castelo Branco ou qualquer outro escritor... a grande crítica do autor: Quelhas ao génio da literatura e da língua portuguesa, aquele que não conhecemos a sua legítima história, fica aqui como apontamento de vários factos, como por exemplo, não foi ele que inventou a língua como a maior parte dos portugueses pensa, não foi, iniciou-se com o Cancioneiro Geral de Garcia de Resende e a criação das primeiras gramáticas foi por Fernão de Oliveira e João de Barros.

 

Luís Vaz de Camões, o renomado poeta português do século XVI, desempenhou um papel crucial na formação e consolidação da língua portuguesa. A sua obra mais famosa, “Os Lusíadas”, narra a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama e descreve a história dos portugueses, herói colectivo desta epopeia. No entanto, “Os Lusíadas” não se cingem ao relato das aventuras dos descendentes dos lusitanos “por mares nunca de antes navegados”. A obra também oferece uma oportunidade para reflectir sobre Portugal e sobre a língua que esses navegadores acabaram por difundir por vários lugares.

 

Antes de Camões, a língua portuguesa já havia passado por etapas significativas. Em 1290, foi decretado que o português seria a língua oficial do reino de Portugal pelo rei D. Dinis I. O salto para o português moderno ocorreu durante o Renascimento, com o Cancioneiro Geral de Garcia de Resende (1516) sendo considerado um marco importante. A normatização da língua teve início em 1536, com a criação das primeiras gramáticas por Fernão de Oliveira e João de Barros.

 

Actualmente, a língua de Camões (ou português) tem expressão mundial, sendo falada por mais de 260 milhões de pessoas em todo o mundo e alcançando a posição de quarta língua mais falada, depois do mandarim, inglês e espanhol. Muito provavelmente o próprio Camões não imaginaria que o idioma que cultivou tivesse, nos dias de hoje, uma grande diversidade de uso, a nível do léxico, da sintaxe e das suas sonoridades. E como declamam os falantes de português do século XXI os versos d’Os Lusíadas?

 

Que diferenças existem na entoação e na pronúncia de, por exemplo, “As armas e os barões assinalados”?

Alguns alunos do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa tentaram responder a esse desafio e demonstraram as variações que, muitas vezes, existem na forma como se pronuncia esse primeiro verso da epopeia. É curioso observar que nem todos o recordam de forma rigorosa. Há quem o faça correctamente, conforme a edição de 1572, mas também há aqueles que usam estratégias métricas que nem sempre vão ao encontro daquilo que foi exactamente escrito por Camões. Existe quem opte por abrir o primeiro artigo definido do verso quando declama “As armas”, e, noutro plano, há quem omita o artigo definido “o” e diga apenas “barões” e não “os barões”.

 

Em resumo, Camões desempenhou um papel fundamental na consolidação da língua portuguesa, e a sua obra continua a influenciar a forma como a língua é usada e apreciada.

 

O Novo Acordo Ortográfico é controverso e gera debates. Alguns consideram que ele afecta a identidade da língua. No entanto, a língua é dinâmica e evolui ao longo do tempo, reflectindo mudanças sociais e culturais. Os escritores mais velhos não compactuam com o Novo Acordo Ortográfico e, se Camões estivesse cá, faria algo de certo aquilo que fizeram de errado, isto se ele existiu na realidade, pois que são mais as incertezas do que as certezas sobre todas as histórias contadas ou impingidas…

 

Este texto do autor português, Quelhas, é duro, é verdadeiro, e a crítica aplicada pode não ser bem interpretada, mas há um conjunto de factores que levou a descrever este raciocínio! O texto, por sua vez, apresenta uma crítica rigorosa e detalhada sobre a figura de Luís de Camões e a forma como a sua biografia e a sua obra são vistas. A crítica aponta as incertezas e as lacunas nas informações históricas sobre Camões e sugere que a figura dele pode ter sido, em parte, romantizada ou até inventada.

 

Para alguns, o texto pode ser duro ou desmedido, dependendo de alguns factores. O texto é objectivo ao mencionar a falta de provas documentais e as especulações sobre a vida de Camões. Isso é uma abordagem válida num contexto académico ou histórico e também num ponto individual do autor ou de cada leitor. O tom pode ser percebido como crítico, especialmente em trechos que questionam a veracidade da existência de Camões ou a autoria de "Os Lusíadas". Para alguns leitores, isso pode parecer desrespeitoso ou desmedido, especialmente se eles têm uma visão romantizada do poeta.

 

O propósito do texto do autor Quelhas é desafiar percepções estabelecidas e incentivar uma revisão crítica da história; então, a crítica aplicada é apropriada. No entanto, se o público-alvo é sensível a críticas sobre figuras históricas nacionais, o texto pode ser considerado duro, mas puro. A verdade da crítica é baseada em questões legítimas sobre a falta de documentação histórica e a tendência de romantizar figuras históricas. Acadêmicos e historiadores frequentemente lidam com essas incertezas e revisões críticas. Questionar a narrativa tradicional pode levar a uma compreensão mais precisa da história.

 

Para evitar a percepção de que o texto é excessivamente duro, pode-se equilibrar a crítica com reconhecimento das contribuições inegáveis de Camões para a literatura e a língua portuguesa. Se o tom do texto não é de todo neutro e torna a crítica rigorosa e menos palatável, temos pena. Exemplifica-se a frase "há quem diga que é mentira", a qual poderia ser reformulada para parecer menos confrontativa, mas o objectivo é "chamar os bois pelos nomes"; “Provérbio Popular”. O autor Quelhas quis apoiar as afirmações com referências a estudos académicos e fontes históricas e também pessoais, o que pode fortalecer a argumentação e tornar a crítica mais convincente e menos subjectiva.

 

Em resumo, o texto aborda questões válidas e importantes, mas a forma como a crítica é apresentada pode influenciar a percepção dos leitores sobre a dureza ou a justeza das observações feitas. No entanto, é isso que se pretende, uma vez que o autor Quelhas não é apenas um poeta como Luís Vaz de Camões, mas sim também um crítico literário, cujos próprios poemas podem não falar todos de AMOR e sim também de CRÍTICA social construtiva.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

1 comentário:

Revista Reporter X Editora Schweiz Oficial disse...

O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

Dia de Portugal
Que vai um pouco mal
Afinal…
De Camões
E suas reflexões
E ilusões…
Das Comunidades
Com vaidades
E realidades…
Enfim;
Da poesia
E da alegria
Do dia-a-dia…
Da tolerância
E da arrogância
Em tempo d'esperança…
Da liberdade
Sem ponto final
Actual…
Camões, Camões;
Homem e poeta
Com muitas ambições
Homem das nações…
Tiveste direito a feriado
A nascer com a República
Na República…
Pelo povo amado
Recebes-te sua honra
Na tua sombra…
Na qual foi ditada
Ao génio da Pátria
A nossa Pátria…
E por ti enamorada
A partir do Estado Novo
Da história d'um povo…
No regime de António de Oliveira Salazar
Homem do desprazer
E azar…
O Dia de Portugal
De Camões
Das multidões…
Que traça o grande mal
De Portugal
E internacional…
Das Comunidades Portuguesas
E das suas defesas
Postas nas mesas…
Como em tempos memoriais
Na altura dos Cabrais
Dos liberalismos reais…
Do tempo da Ditadura
Que mesmo após o 25 d'Abril
Ainda perdura…
Mas Camões nada tem a ver
Apenas a data refere
A quem confere…
O falecimento do Poeta
Na pessoa de Luís de Camões
Homem das ocasiões…
E lembrada aos portugueses
Fora de Portugal
A lembrar a Pátria Natal….
Camões Tornou-se célebre
Escreveu "Os Lusíadas"
Corrigiu dactilografias…
Semeou então
O acordo ortográfico
E a ortografia…
Escreveu Poesia
Sonetos D'amor para ti...
Para mim...
Afinal;
Com muito amor a Portugal!

autor: Quelhas