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terça-feira, 25 de junho de 2024

Glaciares em risco: impactos nos Alpes e na Antártida

Glaciares em risco: impactos nos Alpes e na Antártida

 


O impacto das mudanças climáticas em glaciares e nível do mar: realidade e as controvérsias na voz dos cientistas cujo há quem discorde.

 

A infiltração de água do oceano por baixo do "Glaciar do Juízo Final" na Antárctida, também conhecido como Glaciar Thwaites, tornou-o mais susceptível ao degelo do que se pensava anteriormente. Esta revelação alarmante provém de um estudo que utilizou dados de radar espaciais para examinar detalhadamente este glaciar crucial. A investigação indica que a água salgada e relativamente quente do oceano está a causar uma fusão vigorosa na base do Thwaites, o que pode significar que as previsões actuais sobre a subida do nível do mar estão subestimadas. A ameaça é significativa: o colapso total do Thwaites poderia resultar numa subida do nível do mar de cerca de 3 metros, uma situação catastrófica para as comunidades costeiras mundiais.

 

Nos Alpes Suíços, o Glaciar Corbassière perdeu mais de metade do seu volume desde os anos 1930, uma tendência observada em muitos glaciares alpinos. Imagens de satélite mostram uma diminuição na área e na massa superficial do glaciar, que recuou e escureceu devido à falta de neve. Os investigadores têm recolhido amostras de gelo para estudar as condições ambientais do passado, mas o derretimento à superfície tornou muitos destes núcleos de gelo inutilizáveis para a investigação.

 

Em resposta ao degelo, algumas estâncias de esqui na Suíça estão a tentar mitigar a perda cobrindo os glaciares com lençóis brancos para reflectir a energia solar. Contudo, é importante notar que estas medidas estão a ser implementadas em zonas de melhores acessos aos automóveis, portanto em altitudes mais baixas. A Revista Repórter X discorda da gravidade do cenário apresentado, salientando que, nos últimos 16 anos, os Invernos têm sido longos e os Verões curtos, com neve visível nas serras durante todo o ano, incluindo no Verão. Além disso, destaca que catástrofes naturais, como secas e inundações, são frequentes em todo o mundo e que muitas vezes os alarmismos são infundados.

 

No debate sobre a subida do nível do mar, houve alegações nas redes sociais de que os níveis do mar permaneceram estáveis desde o fim do século XIX, baseando-se em imagens do Pão de Açúcar no Rio de Janeiro. Este argumento, comum entre os cépticos das mudanças climáticas, sugere que seria exagerado dizer que o oceano está a avançar devido ao aquecimento global. No entanto, especialistas refutam essa ideia, explicando que o aumento do nível do mar não afecta todas as partes do mundo de forma uniforme. As imagens isoladas de um local não são uma forma eficaz de medir a elevação global do nível do mar.

 

Além disso, o derretimento do gelo marinho, embora não afecte directamente a subida do nível do mar, expõe as camadas de gelo costeiras e os glaciares às águas quentes do oceano, tornando-os mais susceptíveis ao derretimento. O controlo dos recursos hídricos é outro ponto de tensão, exemplificado pela gestão do fluxo do rio Ródano no Lago de Genebra. A Suíça controla a barragem Seujet, mas a França, enfrentando escassez de água e a necessidade de arrefecer reactores nucleares, quer influenciar a gestão da água.

 

O João Gonçalves, sustenta que muitas das notícias alarmistas são fabricadas para vender jornal e aumentar os salários daqueles que trabalham em investigação e jornalismo. Apesar das evidências científicas sobre o impacto das mudanças climáticas nos glaciares e no nível do mar, permanece um espaço para o debate e a necessidade de uma abordagem crítica e bem-informada sobre estas questões complexas.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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