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quarta-feira, 19 de junho de 2024

O Presidente da República deve ser sabedor e culpado desta política suja: Costa planeja saída estratégica do Governo

O Presidente da República deve ser sabedor e culpado desta política suja: Costa planeja saída estratégica do Governo

 



Quelhas, escritor na Suíça, tem a visão de que a queda do Governo foi um golpe certeiro a mando de António Costa, para ter uma desculpa para sair do Governo e ser candidato a um cargo que tanto quer e que o Líder do PSD / AD apoia antes e depois das eleições antecipadas! Marcelo Rebelo de Sousa não deve passar impune sobre a questão!

 

Dia de Portugal continuar a mendigar na Europa

Costa é favorito para o Conselho Europeu. Costa será a pessoa indicada ao cargo. Nomeadamente o caminho entre o anfiteatro onde recebeu o cheque de Ursula von der Leyen e o banco mais próximo.

 

Celebrou-se dia 6 de Junho o octogésimo aniversário do Dia D, a maior invasão anfíbia da história, que ocorreu nas praias da Normandia e viria a marcar o início do fim do domínio nazi sobre a Europa. Foi bem escolhida, a Normandia, que se os Aliados têm escolhido, em pleno mês de Junho, a Costa da Caparica, ainda hoje havia tropas a tentar chegar a terra firme, entre slaloms para contornar as toalhas da multidão de banhistas. Optando pelo norte de França, os militares dos países Aliados, fazendo o derradeiro sacrifício de abdicar do visionamento de um ou outro corpo mais voluptuoso e de, por certo, inúmeras panças felpudas, livraram-nos com maior rapidez da obrigatoriedade de nos deslocarmos na via pública em passo de ganso. O que seria, estou certo, péssimo para estiramentos ao nível dos isquiotibiais.

 

A verdade é que, mesmo tendo despachado o Hitler vai para oito décadas, antecipo que para a semana já seja obrigatório, em todo o espaço Schengen, vestir Hugo Boss, conduzir Volkswagens e ostentar apenas o terço central do que seria, em condições normais, um vulgar bigode (e, não, as senhoras não estão dispensadas de cumprir este preceito). Pelo menos foi esta a ideia com que fiquei ao ver as reacções da comunicação social aos resultados das eleições europeias em boa parte dos países da União. Vem aí um Quarto Reich que fará o Terceiro Reich parecer o Sétimo Céu!

 

Em Portugal, nem tanto. Talvez em honra do primeiro dia pós-eleições europeias ter sido o Dia de Camões, por cá não se conseguiu ver grande coisa em termos de avanço do nazismo. Quer dizer, houve confrontos em Lisboa entre nacionalistas e antifascistas. Se por “confronto” entendermos “um intervalo grande da manhã numa qualquer escola secundária dos arredores de Lisboa”. O espectáculo deixou algo a desejar, também porque deu ideia dos neonazis caberem todos num Volkswagen carocha. Ou num Pão de Forma, talvez. Daqueles familiares, tipo Bimbo. Os antifascistas eram mais. Ou, pelo menos, pareciam mais. Pode ter sido ilusão de óptica. É que a comunicação social chama-lhes “antifascistas”, mas eu só vejo é “neocomunistas”. Pode, portanto, tratar-se de um daqueles casos delicados de dupla personalidade. Porque, em teoria, se o antifascista apanha o neocomunista vai tudo a eito com as mesmas ganas com que iria o neonazi. Enfim, talvez seja por isso que os “antifascistas” parecem a dobrar.

 

Mas foi pena, antifascistas e nacionalistas não terem aproveitado para conversar um bocadinho, com calma, como gente civilizada que às vezes se manifesta. Ou muito me engano, ou mais rápido do que o diabo esfrega um olho todos concordavam que os judeus são filhos de satã. Satã que esfregaria os olhos precisamente por não acreditar estar a ver bem – para mais no Dia de Camões – de quanta malvadeza são capazes os seus progénitos. Perdeu-se uma estupenda oportunidade de profícuo intercâmbio cultural, foi o que foi, reflecte, Tiago Dolores.

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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