Dá e receberás em
dobro
Em pequeno nunca
tive muita fartura
Mas nunca passei
fome na vida
Os animais e o
trabalho do campo
Era a nossa
sobrevivência concebida.
Joguei á bola de
galochas com cana cortada
Duplicava meu copo
de leite de chocolate na escola
Dividia o meu pão
com um pobre aluno
De Sacola ao ombro
ia feliz embora.
Lá em casa nada
faltava na mesa
Os ovos e leite de
cabra estavam presente
As sardinhas e o
Chicharro nunca faltaram
O feijão, o pão
trigo e milho servia-se quente.
A fruta e
leguminosos da época era á fartura
Na Quinta havia
toda a variedade de fruta fria
As batatas,
cebolas, cenouras e a penca
Comíamos no campo
o que nos apetecia.
No inverno
tínhamos maças guardadas no beiral do tecto
E saboreávamos as
tangerinas e laranjas com pão
Sugávamos o sumo
que espumava na boca diluindo
A côdea do Milho,
da fruta que caía ao chão.
Lá em casa não
faltava nada nas tradições festivas
Matava-se o
burrego e o galo, o bacalhau já estava morto!
Então na Páscoa e
Natal, as amêndoas e o Pai Natal de Chocolate
Além do dia-a-dia,
nas festas brindávamos com vinho verde e vinho do porto.
Fui uma criança
feliz!
Autor: Quelhas
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