A importância da integração e do reconhecimento humano
Trabalho num local onde sou o único português, rodeado por diversas cidadanias, principalmente a albanesa, onde a maioria fala albanês, alguns falam italiano e a maior parte fala mal o alemão. Não sou invisível; sou tratado bem e sou parte da integração da equipa. Ora comunicamos por palavras, ora por gestos e sorrisos, onde a língua não é barreira. Penso que há mais compatibilidade em trabalhar com pessoas de diferentes nacionalidades do que em trabalhar apenas com os meus compatriotas. A história que se segue é admirável, tão boa como a minha, onde nos preocupamos uns com os outros e servimos café e chocolates uns aos outros.
Um homem trabalhava num frigorífico. Um dia, quando terminou o seu horário de trabalho, foi a uma das câmaras frigoríficas para fazer uma inspeção de última hora, mas, por uma fatalidade, a porta fechou-se e ele ficou trancado. Embora tivesse gritado e batido na porta com todas as suas forças, ninguém o ouviu. A maioria dos funcionários já tinha ido embora, e era impossível ouvir os gritos vindos de dentro da câmara. Cinco horas mais tarde, quando o homem já estava à beira da morte, alguém abriu a porta. Era o segurança que lhe salvou a vida. Após recuperar-se, o homem perguntou ao segurança como foi possível ele passar e abrir a porta, quando isso não fazia parte da rotina do seu trabalho. O segurança explicou: “Eu trabalho nesta empresa há trinta e cinco anos. Centenas de trabalhadores entram e saem todos os dias, mas você é o único que me cumprimenta pela manhã e se despede de mim à tarde. Os outros tratam-me como se eu fosse invisível. Hoje, como todos os dias, você me disse ‘OLÁ’ na entrada, mas não ouvi o seu ‘ATÉ AMANHÃ’. Espero o seu ‘olá’ e o seu ‘até amanhã’ todos os dias. Para você, eu sou alguém... Ao não ouvir a sua despedida, sabia que algo podia ter acontecido.”
Reprodução Internet
Fonte: Meduzas.2
Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial
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