Número total de visualizações de páginas

Traductor de Português para outras línguas

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

"Cabo Verde: a tragédia da pobreza mental e as falhas do sistema de saúde que levam à morte".

"Cabo Verde: a tragédia da pobreza mental e as falhas do sistema de saúde que levam à morte".


Chegaram informações por email à revista Repórter X Editora Schweiz sobre Larissa Vieira, uma jovem que completaria 23 anos no dia 2 de Outubro, natural da Ilha do Sal, Cabo Verde, e grávida de 7 meses, quando começou a enfrentar complicações na sua gestação. Apesar de procurar insistentemente os médicos no PMI, não obteve nenhum sucesso. Ignoraram Larissa! É mais uma mãe, como tantas outras, especialmente jovens. No último dia em que procurou atendimento no PMI, não havia médicos disponíveis, e mandaram-na para casa sem o suporte adequado, quando deveria ter sido encaminhada para outra urgência.

Preocupados, os pais decidiram levá-la a uma clínica privada, mas já era demasiado tarde. Após ser examinada pela médica da clínica, foi constatado que o bebé estava morto há cerca de 15 dias. Dada a gravidade do caso, Larissa foi encaminhada para um hospital, onde começou a sentir-se mal. Foi imediatamente levada para o bloco cirúrgico para que o feto fosse retirado. Contudo, após a cirurgia, Larissa entrou em coma. Hoje, por volta das 15h30, após aproximadamente uma semana internada, Larissa faleceu, deixando a sua família em profundo luto.

Queixamo-nos da saúde na Europa, mas imaginemos a saúde em África, onde, particularmente, as mulheres engravidam frequentemente sem educação sexual, que devia ser incutida pelas escolas e pelos pais. Sabemos que muitos rapazes não têm qualquer responsabilidade e não usam preservativo. Após os actos sexuais e um possível namoro, se as jovens engravidam, os rapazes afastam-se, deixando-as sozinhas com os filhos nos braços.

Esta tragédia expõe uma série de falhas no atendimento médico prestado a Larissa, tanto no PMI como no hospital. A sua morte levanta questões urgentes sobre a qualidade dos cuidados de saúde na região e faz temer que situações semelhantes possam continuar a ocorrer no futuro. Num país do terceiro mundo, onde a desigualdade e a pobreza, tanto material como mental, são extremas, é raro que estes casos cheguem a tribunal para se atribuir responsabilidades àqueles que falham, especialmente no da saúde pública. É disso que se trata.

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial



Sem comentários: