sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Faleceu um dos homens mais importantes da história de Sobradelo

Falecimento: Tínha deixado uma msg ao Cientista, prof. Dr. António Veloso de final de ano a perguntar como estava de saúde e a desejar um bom ano novo 2023 e hoje responderam-me assim: "Sr João Quelhas, lamento informar, mas o Veloso faleceu". 

DESCANSA EM PAZ AMIGO!




Deixo aqui os meus pêsames a toda a familia, sobre o desaparecimento do meu 'parente' para a vida terrena, ele que era oriundo da "mouta" Vilarinho de Cima, Sobradelo da Goma.

Como muitos sabem, o Veloso fiz vários programas comigo em rádio online. 

O Veloso em vida deixou-me testemunhos vivos sobre o meu futuro livro; (Sobradelo da Goma, uma terra esquecida no tempo, que o tempo não esquece) e será uma HOMENAGEM ao grande Senhor povoense, ignorando por muitos na cultura local e até esquecido pelos seus, que tomarei a liberdade de colocar a sua história na Revista Repórter X Editora Schweiz cujo participou também muitas vezes.

Participei num dos seus livros, cujo o Veloso me deu a honra, "memórias da infância " e, que em sua MEMÓRIA deixo aqui um desses textos sobre a nossa terrinha que nos viu nascer...

O ATO DE ROÇAR O MATO – MEMÓRIAS DA INFÂNCIA
Um arbusto espinhoso, característico de solos pobres em cálcio, também denominado tojo, é o mato tradicional das regiões graníticas montanhosas da região mediterrânica. Mais de 90% do mato roçado, na região do Minho, era deste vegetal. Além dele cresciam, e ainda crescem, nos montes desta área: urzes (érica) nos lugares mais elevados; fentos comuns, que são as nossas samambaias, sendo ótimas para estrume por não serem lenhosas; torga, planta lenhosa sem espinhos, que cresce colada às rochas ou rente ao chão e que muitas vezes arranquei e trouxe para queimar no lume no inverno; trovisco, planta tóxica, que os aldeões relacionavam à presença de águas subterrâneas e soube que infelizmente é usada para dizimar gaios, pardais e melros, cozinhando-o com grãos de milho depois espalhados nos campos de cultivo; erva comum (capim), que crescia ralo nessas montanhas de solo pobre; e giestas, usadas como vassouras, antes da chegada da piaçava e que não existiam nas vertentes da Igreja Velha e íamos buscá-las em Deva, encosta de Vilarinho, voltada para o norte e com mais umidade. Silvas são vegetais que crescem nos vales e talvegues. São muito espinhosas e dão como fruto amoras silvestres que, por vezes, matavam nossa fome. São da mesma família da roseira.
O gado bovino somente comia as herbáceas. As cabras e ovelhas se alimentavam de todas as outras plantas, mesmo as espinhosas, exceto o trovisco. Todos os montes eram roçados constantemente com a enxada e o mato carregado em carros de bois, levado para forrar as cortes ou estábulos onde o gado pernoitava e aí tinha suas atividades fisiológicas. Pelo menos de três em três meses, havia de se colocar nova camada de mato sobre a anterior, já semicurtida. Na época de lavrar os campos, se espalhava sobre o solo, como único adubo que se usava.
Quem hoje observa o mato alto, não tem ideia de como ele era escasso para os agricultores até cinquenta anos atrás. Os montes estavam sempre roçados e aos vegetais não tinham mais de meio metro de altura. Por vezes, comprava-se um lote de mato dentro da propriedade de um vizinho. Lembro que, escasseando o mato de minha família, meu tio pediu ao cunhado do Soutinho, uma parcela de cerca de 20 por 50 metros. Estava de férias do seminário e fui com Avelino do Quelho roçá-lo. Ele, embora um pouco mais novo, era melhor que eu, pois nunca tive grande aptidão para o trabalho braçal. Mas, enfim, demoramos um dia para realizar o trabalho. Só paramos para ir almoçar. Água, bebíamos no ribeiro vizinho, na época não poluído.
Esse tempo, não tão distante assim, parece de um mundo perdido. Existiu e contribuía para que não houvesse incêndios florestais, pois o substrato estava sempre limpo, o que não ocorre agora, num mundo mecanizado e que a utilização do adubo verde e compostagem é apenas uma lembrança de um tempo que se perdeu na memória.

Foto de arquivo com sua excelência, o Presidente da República Portuguesa,  Prof. Dr. Marcelo Rebelo de Sousa, numa das actividades do Dr. Veloso, cientista e homem que foi chefe máximo da Academia Militar do Corpo de Bombeiros na cidade de acolhimento, em Niterói no Brasil.

João Quelhas

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Câmara Municipal e IP formalizaram acordo de gestão para Via Circular Urbana

Câmara Municipal e IP formalizaram acordo de gestão para Via Circular Urbana

 


Naquele que foi o primeiro ato público oficial relacionado com uma infraestrutura que é desejada há décadas pela população da Póvoa de Lanhoso, o Presidente da Câmara Municipal, Frederico Castro, e a Vice-Presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), Amália Almeida, já assinaram o acordo de gestão da Via Circular Urbana.

“É um momento muito importante para a Póvoa de Lanhoso. Conseguimos nestes meses aquilo que se esperava há muitos anos. E a concretização deste acordo permite-nos continuar a fazer esse caminho. Eu tenho a certeza de que não há um único Povoense que não esteja feliz hoje e não haverá um único Povoense que não esteja muito feliz no dia em que conseguirmos concretizar este grande projeto”, afirmou, de entre outros aspetos, Frederico Castro.

A Via Circular à vila é uma infraestrutura rodoviária que tem sido apresentada pelo Presidente da Câmara Municipal como a principal concretização do mandato, devendo estar concluída em setembro de 2025.

“Assumimos este compromisso com as pessoas e os compromissos connosco são muito sérios. Da nossa parte e da parte do Município, este compromisso não falhará um milímetro que seja”, assegurou o autarca, depois de lembrar que o último grande investimento em infraestruturas rodoviárias no concelho – a requalificação da Estrada Nacional 103 – ocorreu há cerca de 30 anos.

De acordo com o estipulado no acordo de gestão, a Câmara Municipal vai comparticipar 15% do valor da empreitada, sendo os restantes 85% suportados pela Infraestruturas de Portugal. Segundo o Presidente, a Câmara da Póvoa de Lanhoso já começou a cativar a verba necessária para assumir a sua parte, estando previsto um valor de 700 mil euros no Orçamento de 2023 e esperando-se que igual valor venha a ser cativado em 2024 e em 2025. Estimativas dependentes da oscilação dos preços das matérias-primas. A Via Circular Urbana da Póvoa de Lanhoso estará assim incluída no Plano de Atividades e Orçamento da IP, referente ao ano de 2024.

O momento, que decorreu no dia 9 de dezembro, englobou ainda a assinatura do contrato de adjudicação do projeto.

A execução da Via Circular urbana à EN103 e à ER205, de entre outros aspetos, irá permitir à Póvoa de Lanhoso consolidar a malha urbana e aumentar a capacidade de atrair investimento; e proporcionar melhores vias, maior fluidez de trânsito, sobretudo de pesados, e acessos mais simples e fáceis que aproximam a Póvoa de Lanhoso a Braga, capital de distrito, e ao Parque Nacional da Peneda-Gerês.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Póvoa de Lanhoso distinguida como Autarquia + Familiarmente Responsável


Póvoa de Lanhoso distinguida como Autarquia + Familiarmente Responsável

 

A Póvoa de Lanhoso foi considerada, no final de 2022, uma das “Autarquias + Familiarmente Responsáveis” de Portugal.

A distinção é atribuída, todos os anos, pelo Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis.

De acordo com o Presidente da Câmara Municipal, Frederico Castro, “esta distinção representa um maior compromisso e responsabilidade para com as famílias e os nossos Munícipes. Num ano de tantas incertezas, continuaremos a dar prioridade à intervenção social”.

Para 2023, está previsto um conjunto de medidas orientadas para a coesão e apoio social, destinado a apoiar todas as famílias Povoenses. Para além da criação do IMI Familiar, com reduções para as famílias de acordo com o número de dependentes, serão mantidas as tarifas sociais de água e de saneamento assim como os benefícios fiscais para jovens que pretendam construir no concelho.

Também terá continuidade o Fundo Municipal de Emergência Social, cujo objetivo é fazer face a necessidades imediatas e essenciais aos agregados familiares mais vulneráveis. Estas medidas vêm juntar-se, por exemplo, ao projeto das Hortas Comunitárias, ao apoio ao pagamento da renda de casa, ao apoio à natalidade e ao pagamento da creche, de entre muitas outras, que abrangem todas as franjas da população e diversos setores.

Esta distinção - que resulta de uma iniciativa da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas - visa acompanhar, galardoar e divulgar as melhores práticas das autarquias no que diz respeito a responsabilidade familiar.

A avaliação do Observatório das Autarquias + Familiarmente Responsáveis tem em consideração fatores ligados relacionados com a política integrada de família, com os facilitadores de uma política familiarmente responsável e com a responsabilidade social no interior da autarquia.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

A emigração, o passado e o presente na saúde - Começou há pouco tempo, mas já é uma longa história!

A emigração, o passado e o presente na saúde 

 

Começou há pouco tempo, mas já é uma longa história!

 


Como qualquer cidadão português, naquela época em que havia uma crise acentuada no país, o Governo de Passos Coelho mandou-nos emigrar. Não foi por o Governo nos mandar emigrar, que viemos para a Suíça; sempre fomos empresários de sucesso na nossa terra Natal, e a dívida de Portugal e a falta de qualidade de vida dos portugueses, que começou a sentir-se quando acabou a moeda do escudo e veio a moeda do euro, logo deu lugar à crise e ao endividamento de muitos. Nessa altura tínhamos loja alugada e carros para distribuir o material vendido e também para fazer venda ambulante porta-a-porta. Antes que o tapete saísse dos pés, pensamos em emigrar, quando já muita gente nos devia dinheiro de mercadorias, que vendemos e muitas delas os tribunais portugueses não resolveram; num lapso saímos do país, sem ficarmos com dívidas. Uma grande parte da família já estava na Suíça, outros em França e Luxemburgo e também no Brasil. Fomos a tempo, de não cairmos na desgraça. Algumas pequenas contas que devíamos aos fornecedores, chegamos a um acordo e devolvemos a mercadoria não vendida, que estava em exposição e a diferença do valor de cheques pré-datados pagaram-se através de um pequeno crédito feito ao Banco, uma vez ter boas relações com os bancos, por cumprirmos sempre as nossas obrigações. E assim viemos para a Suíça, país que sempre aprendi a respeitar, logo de muito novo; sentia que havia ali ouro e hoje chamo-lhe “el dorado”. Os emigrantes, naquela época, vinham à terra de férias a conduzir altas bombas, carros com dois e quatro escapes, pneus largos, rebaixados, descapotáveis, rádio com alto som e muito coloridos com cores berrantes (já na altura ouvia dizer que alguns desses jovens, para voltarem de regresso à Suíça, tinham de pedir dinheiro, pois aqueles carros consumiam muito e eles não paravam na estrada nas exibições). Aqueles mais velhos, falo dos homens da primeira emigração, chamada `estagional´, tempo de contrato determinado por 9 meses, na época que só quase mesmo os homens emigravam e as mulheres ficavam a olhar pelos filhos, pais, avós e pelos bens de cada um, época em que éramos felizes, começaram a desenvolver mais Portugal. Sobretudo depois da emigração para o Brasil, em que alguns emigrantes naquele país sul-americano trouxeram riqueza e também da mais recente emigração a monte para França; mais tarde, sucedeu-se a Europa, mais principalmente o Luxemburgo e por fim a Suíça, que toda a gente falava do país das maravilhas, dos Alpes, da neve, das montanhas, do campo, da cidade, principalmente do chocolate, do queijo, da indústria dos relógios, na indústria dos medicamentos e na agricultura. Conhecíamos, no fundo, a terra da Heidi, cuja história da vida de uma menina órfã da Suíça foi escrita num livro infantil, no ano de 1880, pela escritora suíça Johanna Spyri. Conhecíamos os emigrantes, que chegavam e pagavam uns copos aos amigos tesos em Portugal! Principalmente, conhecemos emigrantes que fizeram riqueza em Portugal e porquê? Viviam sozinhos, embora com duas vidas, a da Suíça e a de Portugal; trabalhavam de sol-a-sol e não adquiriam `bombas´ para dar despesas na estrada; aqueles que compravam carro, eram carros familiares que pudessem transportar meia dúzia de amigos e dividiam despesas de viagens e em Portugal dava para a família fazer uns pequenos passeios, principalmente o povo do meio rural, para ir dar a conhecer o mar aos velhotes! Além destes emigrantes terem os seus empregos, eles tinham ainda escritórios com chave-na-mão, para limparem todos os dias à noite. Nessa época, o franco suíço rendia muito, pois que, no câmbio para a moeda do escudo, dava basicamente o dobro; a acrescentar muito trabalho, reduzir despesas, a maioria dividia quartos e tinham cozinhas e WC em comum, não saíam para os restaurantes, ficavam por casa a jogar às cartas, à malha, à bola, iam passear até às margens dos rios e lagos, não saíam da cidade ou das aldeias, a não ser para irem trabalhar nos carros da Firma. Neste sentido, a riqueza em Portugal aumentava, compravam terrenos pequenos e até Quintas para construir casas, punham os filhos a estudar, hoje muitos desses filhos fazem parte da nova emigração, aquela que o Governo de Passos Coelho mandou emigrar, e que hoje o Governo de António Costa manda regressar; para mim, a treta do Século, a seguir à treta da Pandemia Covid é“O Programa Regressar envolve todas as áreas governativas e inclui medidas concretas como um regime fiscal mais favorável para quem regressa, um apoio financeiro para os emigrantes ou familiares de emigrantes que venham trabalhar para Portugal e uma linha de crédito para apoiar o investimento empresarial e a criação de novos negócios em território nacional, entre outras”. Deixando este tema `regressar´ de lado e falando ainda nos tempos que mudaram, sindicalistas portugueses e de outras nacionalidades europeias conseguiram abolir a Lei `estagional´, pois foi quando os emigrantes começaram a trazer as suas esposas. Quando começaram a alugar apartamentos, para viverem uma vida conjunta em casal e com dignidade, em que muitos deixaram os filhos em Portugal, a serem cuidados pelos avós, e muitos outros nasceram já na Suíça em que a emigração cresceu bombasticamente, deu para que os filhos, que cresceram em Portugal, estudassem e fizessem cursos superiores, e uma parte deles veio para a Suíça, já em adultos.

 

 

As várias gerações de emigrantes

Hoje já há quem adquiriu casa na Suíça, através de créditos bancários, uma vez que para pagar um apartamento ou casa custa um balúrdio; só se consegue liquidar o crédito lá para a terceira geração. As terras, em Portugal, começaram a ficar ao abandono, quando antes eram todas fabricadas; o povo local começou a envelhecer e os jovens a emigrar ou a saír para as grandes metrópoles de Portugal.

A seguir a estes, veio a Nova Emigração, chamada de "geração à rasca", por, e como disse inicialmente, por culpa do `macaco´, digamos por causa da crise em Portugal; quem não se lembra da austeridade e da Troika!? Nesta época da vida, a maioria dos primeiros emigrantes já faleceu; há uma segunda geração, que está na reforma, e uma terceira geração que está ainda no activo; alguns foram para Portugal, com reformas ou pensões de invalidez chorudas! Aqui, vou evocar alguma coisa na área da saúde! Na área da saúde, sempre ouvi dizer até aos dias de hoje que a Suíça tem bons equipamentos na saúde, mas que faltam profissionais e vejo que eles nesta nova era estudam muito no corpo dos pacientes; qualquer coisa que tenhamos, querem logo operar e querem que assinemos a responsabilidade sobre uma infantilidade que pode ser deles, e eu acho que nem aqui e nem noutros países é justo, porque estão a deitar-se de fora de um acto praticado, onde ficamos nas mãos deles para o bem e para o mal. Logo, considero que não querem responsabilidades, mesmo que a mesma seja deles e aqui começam os problemas na saúde e a omissão, porque nenhum médico vai falar a verdade se o paciente falecer, ou ficar incapacitado para o trabalho!

Adiante, e seguindo o meu raciocínio, naquele tempo que só os homens vieram para a emigração na Suíça, sempre houve doenças e acidentes e a Suíça cumpriu sempre com os seus deveres e obrigações, pois sempre exigiu do contribuinte emigrado que pagasse os seus impostos. País com regras e bons costumes, sempre zelou pelo país e por quem cá vivia. Já hoje, não podemos dizer que é bem assim! Acho que as coisas mudaram e a culpa é de muitos emigrantes, que se aproveitaram, ao fingir que estavam inaptos para o trabalho, enganando médicos e seguradoras, melhor, corrompendo os médicos, hoje virou-se o feitiço contra o feiticeiro. Já no tempo que eu visitava a Suíça, para lançamento dos meus livros em edição de autor, ouvia dizer que este ou aquele, e até na primeira pessoa, que estava a tratar da invalidez antecipada por doença ou por acidente e até por estarem malucos da cabeça (malucos finos); uma terça parte deles mentia com os dentes todos e alguns, por partir uma unha, já queriam embalar no sonho surreal, pois que nessa altura era fácil conseguir o que pretendiam, tapando os olhos vendados aos profissionais de saúde e seguradoras. Naquela época havia pouca manipulação, mas, mesmo assim, subornavam os profissionais e a intenção era regressar a Portugal com valores a cair no Banco, para viver à rica e à francesa, alguns já com boas casas e terrenos e dinheiro no Banco, em Portugal. Por este motivo de enganadores, hoje, os novos emigrantes sofrem de discriminação na saúde; estamos quase ao abandono pelos médicos, advogados e seguradoras, etc.  A Suíça incutiu novas Leis, novas regras, colocou em Portugal, e outros países europeus, fiscais a seguirem os passos dos emigrantes retornados à origem com uma invalidez. A muitos ex-Emigrantes apanhou-os a trabalhar por conta de outrem e outros a trabalhar nos seus terrenos agrícolas, cafés e restaurantes, e logo de imediato lhes retiraram o direito a receber aquilo que tinham conseguido na Suíça. Por outro lado, é sabido que agora aqui na Suíça paga o justo pelo pecador; uns estavam a receber, porque usaram a manha e outros coitados, incapacitados, mas não mortos, que por cuidarem das suas coisas como passatempo e para terem produtos nas suas terras para se alimentarem, foram punidos de igual forma ao que mentiu sobre a doença. Na verdade, hoje a Suíça, através das suas identidades, nunca querem dar uma pensão vitalícia a nenhum acidentado e a nenhum doente, querendo-os pôr a trabalhar até à exaustão, afirmando que podem ter um trabalho adaptado. Aqui, faço um reparo ao Estado suíço, sobre aqueles que ficaram sem a pensão de invalidez, por estarem a fazer pequenos trabalhos em casa ou no campo deles próprios, e aqui os suíços estão a corromper. Se, para eles, hoje a nova emigração depois de sofrer um acidente pode ter um trabalho adaptável, porque é que os inválidos em Portugal tinham que estar fechados em casa ou a ganhar vícios de café entre outros vícios, se não tivessem um passatempo, mesmo que esses afazeres fossem produtivos para a vida quotidiana da família? Na Suíça, ou em qualquer lugar do mundo, há regras; essas regras severas agora são a favor da Suíça, um sistema que os protege dos próprios tribunais suíços e dos tribunais superiores, considerados a terceira instância, apesar de esse grau de hierarquia não existir formalmente no Poder Judiciário. Tal como comecei `a emigração, o passado e o presente na saúde´, connosco `começou há pouco tempo, mas já é uma longa história´ e até aqui descrevi o porquê de emigrarmos para a Suíça, claramente à procura de uma vida melhor, que para muitos foi a desgraça, pagando o justo pelo pecador.

 

SUVA

 

Luta pelos direitos contra a SUVA

 

Neste momento, debatemo-nos sobre a situação macabra da nova emigração, de quem caiu na desgraça, teve o azar de ficar doente, ou de ter sido acidentado, onde o sistema suíço mente sobre a verdadeira realidade do caso em questão e são muitos os casos de diversas realidades, aprendendo com os ex. compatriotas, que fizeram o mesmo no passado com as instituições suíças?! No passado recente, e com vergonha de se manifestarem, e porque existe a barreira da língua neste país cultural que dificulta a vida a todos, usando quatro línguas num país dos mais pequenos do Mundo, onde nem os próprios suíços se comunicam de Cantão para Cantão, agora nasceram Grupinhos de cidadãos maioritariamente com depressões causadas pelo acidente, doença e falta de cuidados pelos mesmos, deixando-os à sua sorte, tentando atrasar os processos, para desistirem da luta do dia-a-dia pelos direitos que têm, após alguma desgraça, seja ela de que carácter for. Os grupos foram criados por vários lesados após acidentes de trabalho, que estão a ser vítimas de erros e injustiças por parte de empresas, seguradoras, médicos e outros intervenientes. Após conhecer a história de alguns membros, a `Revista Repórter X Editora Schweiz´ decidiu dar voz a este/ s grupo/ s e indivíduos, de forma a ajudar a dar visibilidade aos seus casos, para que se comecem a ver desfechos mais positivos, do que aqueles que têm acontecido.

 

SUVA; o Suva, com sede em Luzern, é o Fundo Nacional de Seguro de Acidentes da Suíça. É uma seguradora do sector público e provedora líder de cobertura de assistência médica para funcionários, em caso de acidente na Suíça.

 

Foi neste contexto que comecei a entender que a Suíça não é o que era, e que nem tudo na Suíça `reluz e é ouro´, pois que sendo leigo até aqui sobre o sistema de saúde suíço, apenas sabia que eram muito rápidos para operar, ao contrário de Portugal, que demora anos. No entanto, sofri aqui neste país Helvético três pequenas cirurgias com eficácia, uma à apêndice e outra a uma fístula e ainda outra a uma artéria tirada de uma perna para um braço. No entanto, não é o que relatam; a maior parte dos cidadãos sofreram acidentes de trabalho, alegando que ficaram piores na saúde, em geral e principalmente problemas de ossos. Estes emigrantes lutam contra a corrupção passiva na Suíça de seguradoras, advogados e médicos, melhor contra o sistema suíço! Tem-se realizado debates em Livestream nas redes sociais, com estes trabalhadores de várias áreas que, por acidentes de trabalho ou por motivos de doença, se encontram em situações deveras precárias. O sistema não indemniza os trabalhadores, muitas vezes sob o argumento que as mazelas do acidente são na verdade provocadas por doença, o que na maior parte dos casos não corresponde de todo à verdade. Como consequência, os lesados não recebem qualquer reforma de invalidez e são encaminhados para o departamento de ajuda social do estado suíço (Sozialamt), ou são obrigados a integrarem-se numa actividade laboral, dita adaptada à sua capacidade física. Muitos são, porém, os casos em que as pessoas se encontram inválidas a 80%, ou até mesmo 100%, o que torna impossível o reingresso no mundo laboral. Infelizmente, em muitos casos, as pessoas acabam por ficar em situações de extrema precariedade.

 

Sem dinheiro para pagar despesas básicas e de primeira necessidade (alojamento, alimentação, etc.), são muitos os relatos de portugueses (e não só) que dormem nas ruas. O desespero já levou alguns ao suicídio e tantos outros a regressarem a Portugal, sem verem reconhecidos e validados os seus Direitos. Anos a fio a pagar impostos no país “maravilha”, para depois sermos “chutados” para fora, sem qualquer benefício e sem qualquer reconhecimento. Houveram reuniões no Consulado Geral de Portugal, em Zurique e no Sindicato Unia em Zurique, houveram ainda questões colocados pessoalmente ao Deputado pela Europa, Paulo Pisco, numa entrevista na sua passagem pela Suíça, e de expor da mesma forma o problema aos candidatos do MAS, Movimento Alternativa Socialista, chegamos à conclusão de que os nossos representantes políticos não estão a par da realidade que a comunidade portuguesa vive cá fora, quando confrontada com este tipo de situações. Para além de não estarem a par, poucos são os esforços que fazem, para acompanhar os portugueses lesados. Já falamos ao telefone com o Gabinete da Dra. Berta Nunes, ex-Secretária de Estado das Comunidades, e não obtivemos resposta. Um grupo de pessoas lesadas esteve em frente à SUVA e uma delas iniciou greve de fome, na cidade de Luzern. Depois, e pela segunda vez, a instituição SUVA recebeu o grupo de pessoas, mas não chegaram a um acordo. Adiaram o debate com os lesados, pretendendo assim prolongar mais ainda este Grupo integrante. No entanto, o grupo foi persistente e por isso apresentou-se às 16h00 do dia 24 de Janeiro de 2022 à porta da SUVA, para dar início à sua greve; um elemento fez greve de fome, que durou 48 horas. No entanto, permaneceram oito dias, ali à porta, até 31 Jan de 2022, de manhã até à noite, indo dormir a casa, para salvaguardar a saúde de todos. Gélidos, ali permanecem desde então, até que alguém se digne a iniciar um debate sério, humano e consciente com este grupo. Esta luta foi de extrema importância, para tentarem solucionar a situação o quanto antes. O Grupo, simplesmente, estava ali a lutar pela verdade e pela justiça. Sabemos que a SUVA consentiu uma reunião, que não veio a dar em nada; piorou a situação, desabou o Grupo que lutara junto e descambou uns para cada lado; aquilo que as instituições pretendem é desestabilizar psicologicamente os lesados. A Suíça só quer cá quem tem saúde e trabalhe, dê rendimento ao país; quando um emigrante cai nas malhas da desgraça, eles querem é que se vá embora, com o rabo a abanar sem os seus direitos! Também sabemos que o ex-Consul de Portugal em Zurique foi chamado à SUVA e foi-lhes pedido para que alguém do grupo fosse representado, mas ignoraram os nossos E-mails e não dizem nada sobre a situação desse encontro do Consulado com a SUVA! Não sabemos se na realidade comunicaram às instâncias superiores e competentes em Portugal, já que a Embaixada de Portugal em Berna não ergueu uma palha do chão! É necessário tomarmos conhecimento de todas estas situações pelas quais os portugueses cá fora passam. Existem acordos bilaterais, celebrados entre a União Europeia e a Suíça, já para não falar dos direitos humanos, que de alguma forma caem muitas vezes no esquecimento de quem nos governa e representa. Enviamos a notícia para os governantes e televisões, depois de estarem pessoalmente no local; enviei também conhecimento ao Deputado Paulo Pisco, ele que nos representa na Europa e prometeu fazer chegar este caso ao governo. Até agora há muitas perguntas sem respostas! Brevemente, voltaremos à carga; houveram novas eleições e novos eleitos.

 

 

Agora a nossa/ minha história!

 

Começou há pouco tempo, mas já é uma longa história!

 

Como foi dito acima, foi empresária e a crise atirou-a para a Suíça; sempre trabalhou em Portugal no tempo da escravatura infantil, a partir dos 12 anos de idade e sempre descontou no país. Mais tarde casou, foi mãe e teve filhos aqui neste país; tem netos, a mais recente geração de pessoas com sangue português nascidos num país, que pode ser deles, uma vez não viver em mais nenhum país. É este país que escolhemos para viver e nos acolheu e queremos viver, mas também lutar pelos nossos direitos e pelos direitos dos nossos filhos e netos. Cá na Suíça, esta funcionária trabalhou durante 14 anos consecutivos na mesma empresa a 100%, primeiro num Hotel e depois numa empresa de Limpeza, e ainda horas em escritórios. Quando cá chegou à Suíça, não tinha problemas deste género de saúde, de que hoje padece, nem os familiares tiveram estes sintomas; sofre de problemas dermatológicos, que a levou lentamente ao limite pouco a pouco, e ano após ano foi piorando e sendo hospitalizada algumas vezes intermitentemente, por uma semana, quinze dias e um mês para ser tratada. Melhorava, mas sempre voltou ao mesmo! Inicialmente, os tratamentos foram dolorosos, a cortisona tirava-a da angústia, retirando as `carpas´ da pele, até causticarem. Numa visita a Portugal ficou muito mal; andava em recuperação e foi a um dermatologista a Braga que lhe disse que o médico lhe deu a dose a mais e que lhe queimou as mãos. No Hospital, receitaram-lhe outro medicamento, `Toctino´, em que veio a perder metade do cabelo.  Fez sessão de luzes, LIP (Luz Intensa Pulsada), no qual as unhas triplicaram de espessura. Entre algumas injecções, tomava o `Dupixent´ em casa; enfim, fez todo o tipo de análises e de terapias, algumas em que melhorava, mas por pouco tempo. Com certeza que, quando era internada, não tinha contactos com nada e com tratamentos diários veio quase sarada, mas por pouco tempo. Invocaram a alergia ao pelo de animais, ao pólen, a metais e a tanta coisa, que não se sabe a verdade dos factos. Por fim, dizem que é dos produtos de limpeza e da água. Na verdade, a água da Suíça tem metais muito pesados, para os suíços considerada uma boa água, mas vejo realmente e tenho essa percepção que esta água é prejudicial para quem a bebe da torneira e até acelera a queda de cabelo, na maioria dos homens que ficam carecas e mulheres com pouco cabelo. Entre baixas e internamentos e ficar em casa, começou a ser muito frequente, nos últimos três anos e consecutivamente no ano 2022, em que atingiu um ano de baixa sempre a 100%, na qual o empregador nunca fez a rescisão do contrato; a empresa sempre esperou pela funcionária, a ver se tinha melhoras, pois que todos os clientes privados gostam dela, pelo seu profissionalismo. Ora, e aos poucos é que são elas, e quando digo atrás que não sabia nada sobre o sistema de saúde suíço, fiquei a tirar as minhas ilações com os grupos que reclamavam com a SUVA e IV, Advogados, Médicos e Hospitais. Participei numa reunião no Hospital Universitário de Zurique, cuja médica brasileira e mais três médicos comunicaram que a paciente não poderia trabalhar mais na profissão que tinha e pelo que se deveria inscrever na IV e SUVA, e assim o fez. Hoje com presença assídua da paciente em Consultas no Hospital, Clínicas e consequentemente SUVA, venho a ligar os factos de que há um sistema montado na saúde, duma espécie de bola de neve, onde cada um atira a bola para o outro, a ver quem parte o degelo! Começando pelo início, embora esteja a escrever uma sequência de factos e informações, pareceres pessoais e outros afirmativos, que mesmo afirmativos e informativos com validade, com este sistema podem não ser validados pelas instituições em causa e talvez, também, pelo tribunal suíço; julgo que para estes casos será preciso recorrer aos tribunais internacionais dos direitos humanos! Esta tal baixa a 100% deu lugar ao pagamento, por parte da seguradora da empresa empregadora da paciente, a Axa Seguros, da “krankentaggeld” durante um ano, mas, depois, recebemos uma carta, a dar conta que a Axa Seguros ia cancelar o pagamento.

 

Claramente que reclamamos, a dizer o seguinte; a trabalhadora esteve ao serviço durante 14 anos, na mesma firma, e tem direito a “krankentaggeld” por 2 anos! A Axa respondeu que iria averiguar o caso e até hoje não deu resposta!  O facto é que a AXA deixou de pagar e começou a pagar a SUVA! Neste momento já estávamos com um pé atrás, achando muita coincidência, pois que antes uns dias, uma médica do hospital tinha reunido com mais dois médicos, que nada conheciam do caso da utente, para prescrever no computador, mandando-a trabalhar sem dó nem piedade; nem viram a situação dela de saúde, em que se reclamou com eles por a paciente ser sempre atendida por estagiários, e nunca era o mesmo estagiário, e que nenhum sabia do problema gravíssimo da paciente. O que me meteu mais raiva é que uma médica era portuguesa. Não gostaram e ainda me disseram que se não estivesse bem, que se mudasse para uma clínica e foi o que foi feito (nas clínicas também não lhes interessa doentes com problemas graves; interessa mais é ganhar dinheiro com doentes ligeiros, para não terem chatices e a paciente foi obrigada a voltar ao hospital Universitário).

 

Nessa negação da baixa médica, que é obrigatório confrontar com direitos Humanos, quando os pacientes estão doentes, mas que médicos corrompidos não respeitam a Lei, a conduta persecutória dá no que dá e pensam que as pessoas se intimidam! A paciente, a seguir, foi ao médico de família, que viu a sua desgraça, coisa que não se soubesse, e deu de novo a baixa a 100% à paciente; o médico acrescentou que estava lá para ajudar e em caso de ter advogado, diria e fazia tudo que estivesse ao seu alcance, dizendo mesmo que era conhecido pelo mau da fita pela SUVA, por ser correcto. Ali, a paciente contou o sucedido ao médico de família e ele escreveu uma carta para ir a uma clínica, a qual viu a paciente uma meia dúzia de vezes e mandou-a para outra clínica; a paciente começou a sentir-se psicologicamente cansada e rejeitada e esta segunda nova Clínica só a atendeu uma vez e disse que tinha de voltar para o hospital; e como “filho pródigo”, e porque a coisa não é para brincar, a paciente volta ao hospital para mais do mesmo! E a paciente continua a não ser tratada condignamente pelos profissionais, com negas de relatórios e baixas médicas e ainda por discriminação da linguagem.

 

 

SUVA

 

O sistema actual é corrupto

Numa de mais algumas consultas, os médicos do hospital deixaram de passar a baixa médica; ora, a paciente tinha que ir pagar uma consulta ao médico de família, sem ter essa necessidade, e isto já cheirava a esturro do estrugido queimado! Eu, como acompanhante da paciente, a maioria das vezes, um dia bati o pé à doutora e exigi a baixa médica, dizendo que quem seguia a doente eram os médicos no hospital e que o médico de família resumia-se a ser informado pelo que lhe enviavam escrito. Disse não. Pressionei e obriguei a médica Chefe a falar comigo; até o meu alemão fluiu com a indignação e nervosismo, disse que sabia de Leis e que ela era obrigada a passar a baixa médica; a médica acabou por dizer que era pressão da SUVA; eu prontamente disse-lhe que eram todos corruptos e que estavam a compactuar com a SUVA e disse que os tipos também fizeram o mesmo com a empresa. A médica ficou boquiaberta; ameacei a dizer que já tinha dito tudo isto em tribunal, porque eu já sabia e confirmei melhor nessa conversa, de que teriam de passar a baixa. Na última consulta, à data desta carta, a médica dessa consulta tratou mal a paciente e a acompanhante; eu não me tinha feito acompanhar. No entanto, escrevi ao Chefe de dermatologia e responderam que iriam ver o caso, mas até hoje não sabemos de nada, pelo que recusamos mais consultas com essa médica miserável, que deve pensar que os pacientes são cães.

 

Na mesma semana, a IV envia também uma carta, a dizer para a paciente ir trabalhar, ou para se inscrever na RAV, `fundo desemprego´, sem que esta instituição mandasse um médico deles ver a paciente; ora, ficámos zangados. Respondemos tal como fizemos com a AXA; quem eram eles, para tomar uma decisão, sem mais nem menos e nem tão pouco tiveram o contacto directo com a paciente? Prestaram-se a analisar o caso e até hoje não temos respostas. Muito estranho! Como sou uma pessoa atenta a tudo, comecei a juntar dois mais um, igual a três e não me enganei; juntando o que sabia dos grupos e das histórias contadas em Live, as dúvidas eram poucas, havia aqui cambalacho. Logo seguido a estes últimos desenvolvimentos, recebo um telefonema da empresa da empregada, a dizer que tinha que fazer a rescisão de despedimento. Foi aqui que tive quase a real certeza, que o sistema era um caso muito sério de tentativa de golpe da palavra manipulação do grupo, que assentava aqui. Nessa comunicação, foi esclarecido que a Empresa tinha sido abordada pela SUVA e as nossas conclusões começavam a ser reais.

 

A Empresa não despediu a funcionária e eles ficaram danados. No entanto, fomos ao médico de família, o qual se prontificou a ajudar, e esclareceu que a paciente com baixa a 100% não pode trabalhar neste momento e não se pode inscrever no fundo de desemprego, uma vez de baixa a 100% e, por outro lado, referi ao médico que a paciente não foi despedida e que não ia procurar trabalho, até que isso acontecesse. Também perguntei se de baixa, mesmo desempregada, era obrigada a ir para a RAV “fundo desemprego”, pois que de baixa ia enganar o empregador, quando na verdade não pode trabalhar. Na semana a seguir foi a ida à SUVA, que antes já tinha sido vista duas vezes pelo médico deles e que na abordagem vem com uma decisão, a qual não aceitamos. A SUVA disse que ia pagar só 4 meses e que a AXA deixava de pagar, sendo que a AXA adiantou o valor designado por “krankentaggeld”; tudo muito estranho e logo pensei que era mais um barrete, para nos enganar. Não sei se funciona assim, tenho dúvidas, e logicamente que nós reclamámos da decisão. Estes fizeram como a IV; mandaram a paciente inscrever-se na RAV “fundo desemprego”; impus-me e fiz várias perguntas sem respostas, alegando que estavam a representar o chefe máximo. Nesse mesmo dia, saímos da SUVA e fomos directamente à Empresa. Não me enganei! Na verdade, a SUVA telefonou à Empresa, para eles despedirem a empregada, confirmado pelo marido da empregadora, que é advogado. Este é o tal caso de corrupção, que todos os lesados falam com tanta realidade. Como já referi, esta tal bola de neve funciona e andam aqui a tramar o desgraçado, que sempre cumpriu com os seus direitos e deveres e eles estão a lixar-se para a saúde física e moral dos emigrantes, que tanto dão a este país. Ora, a Empresa ao saber disto, diz que não vai dar o despedimento, porque esperam que a funcionária fique melhor. As instituições fazem telefonemas entre eles; neste caso, poucas são as dúvidas de comunicação entre a AXA, SUVA, IV, Hospital, médico de família e por fim a empresa! O que eles pretendem? Pretendem fugir do caso, silenciando para pagar uns mesitos e, em algumas declarações registadas, pagarem umas pequenas indemnizações, para silenciar o pobre do paciente, que sofre por piedade e dor. Porque as mandam para a RAV “fundo desemprego”? Mandam inscreverem-se na RAV, para que não assumam responsabilidades e para que deixemos os casos passar validade de reclamação, enquanto cai uma misera côdea de 80% do ordenado que tinham e finda, depois dos dois anos, e depois não podem recorrer. O que acontece, depois de não ter direito ao fundo de desemprego? Estão condenadas a duas coisas; ou vão para a Segurança Social ou vão embora para o seu país de origem, recebendo os Fundos que têm, mediante os anos que trabalharam na Suíça e o valor que descontaram. Se cá ficarem a receber da Social, estão a ser pagos com o próprio dinheiro, que levavam para Portugal de fundos e que vai diminuindo ao lote. Quem tem o direito de assumir o que quer que seja, atira para a RAV e assim atiram a responsabilidade para os outros indirectamente, porque o sistema é o mesmo e a LEI protege-os da forma que fizeram a mesma LEI. Isto, se os patetas dos emigrantes forem na treta, pois que devem reclamar sempre nas datas previstas e devem consultar directamente o tribunal, e não um advogado, que pode também ele corromper, ou apenas querer ter benefícios de lucro, nunca sabemos!

 

Tinha algumas dúvidas perante tudo o que escrevi, mas batem certo as histórias, contadas nos grupos, e o que estou a seguir de perto, e acho que depois de dar entrada no Tribunal, logo a seguir pode-se ir para instâncias superiores e internacionais! Num determinado tempo, quem tem de assumir o caso, é a IV, o fundo de Invalidez que toma conta do paciente, que a SUVA está a pagar. Nesta altura, o que posso dizer, é que a empresa não fez o despedimento e a SUVA não avançou com a decisão, e era isto que eu esperava, porque eles contavam com o ovo no cu da galinha, mas a empresa não despediu.

 


Dantes, os emigrantes subornavam os médicos

 

O “krankentaggeld”, que o Seguro AXA pagava, agora foi a SUVA que se responsabilizou pagar, mas falta quase um ano, para os dois anos que a Lei determina. Só depois, a IV é obrigada a tomar conta do caso, uma vez que inicialmente se deitou de fora e ambos, SUVA e IV, querem enganar a paciente, induzindo-a em erro, mandando-a inscrever-se no fundo-desemprego, quando esta não pode trabalhar; para mim, é corrupção, além de corromper os empregadores, hospitais, médicos e advogados.

 

Na primeira pessoa, digo que advogados também são corruptos, porque primeiro querem receber antes da consulta e depois na consulta querem valores adiantados, para lerem os processos, ou iniciar os processos, caso não tenham iniciado, e sabendo que não tem interesse de seguir o caso. Um desses Advogados disse mesmo que não lutava contra a SUVA e que não sujava o seu bom nome, e recusou seguir com o caso na defesa em tribunal, depois de nos vigarizar; embora sabendo que os valores eram para consultas, tínhamos a ideia que seria um advogado sério, porque os advogados devem ser sérios, senão iam para comerciantes, e sabendo que não ia seguir com o processo, não devia aceitar sequer ver o processo. Exigimos-lhe ainda um valor de volta, que não recusou para não ter problemas connosco. Daí sermos pacíficos, e não divulgar o nome dele; no entanto, fizemos queixa ao tribunal de Winterthur. No nosso caso, o processo tinha começado, mas a consulta neste advogado foi aldrabada e incorrecta.

 

A SUVA, com base em relatórios do hospital, reclamados por nós no hospital, e no caso de se distinguir se a doença é provocada ou doença normal, o que gerou revolta quanto ao diagnóstico, e teorias erradas. Debatemos isto, no momento que contei atrás, sobre a recusa da baixa médica e em consultas externas, com um tradutor que pedimos, para percebermos a 100%, no qual a médica que consultou, e mais a médica chefe, declararam oralmente que iam reparar o erro e que declarariam que a doença era provocada e mandavam esse novo relatório à SUVA; até hoje, a SUVA não se prenunciou. O hospital Universitário de Zurique e todos os médicos dizem que o problema de saúde da paciente está considerado como Berufskrankheit (doença ocupacional) e os médicos cometeram sucessivos erros ao facturarem e a passarem as receitas como Krankheit (doença), o que é falso. A Kankenkassen (seguro de doença) da paciente, disse-nos para pedir ao hospital a rectificação de tudo, para que a SUVA pague as despesas de saúde. Nós pedimos, mas eles não quiseram rectificar e, assim, a SUVA não paga despesas extras atrasadas, livrando-se de nós, com a boa acção de fazer um novo relatório para enviar à Suva e que nada adiantou.

 

A Suíça, perante as suas instituições, quer que todo o aleijado, deficiente, vá trabalhar, mandando-o trabalhar num adaptável, pois que, não sabendo a língua, nada nem ninguém vai dar um trabalho na mesma área a esse paciente/ trabalhador, mesmo não usando produtos e nem água. Ideias de malucos, que querem mandar na vida das pessoas, pô-las a trabalhar até à exaustão, ou até à morte, ou querem que elas se vão embora, porque não estão cá a fazer nada, apenas a dar prejuízo. Esquecem-se que a economia do país é rica, graças aos emigrantes, e esta paciente trabalhou alguns anos, sem ter ido ao médico, nem dado despesas ao Estado, e sim pagando impostos e dando lucros, e portanto não podem nunca dizer que a paciente vinha doente de Portugal. Por isso, a doença mais provável é Berufskrankheit. (doença ocupacional) e quem diz que não foi provocada e veio para ficar? Agora, também não vamos discutir com eles se a doença foi provocada por mil e uma coisas ou é definitivamente apenas doença; o facto é que são obrigados a tratar das pessoas, como humanos e na constituição mundial do direito á saúde e sobrevivência, ou então viramos canibais. Têm de ser ajudadas, perante a Lei, nem que seja pelo tribunal. Muitos desistem e vão embora para os países de origem, porque se calam. Muitas vezes, na Suíça, insistem em cursos da língua, como quem diz “não sabes a língua para te adaptares a um trabalho de escritório ou outros do género”, o que não é de todo correcto, porque há pessoas que têm dificuldade em aprender línguas e são melhores, mas muito melhores naquilo que fazem, que alguns que falam línguas. Tem de haver uma solução e devemos dialogar, não concordando com aquilo que eles querem a favor deles e contra os direitos legais do acidentado ou do doente.

 

As instituições-mãe, a seguradora SUVA ou a INVALIDEZ IV, têm de assumir a verdade dos factos. A Suíça gosta de transmitir o bom para fora e camuflar o mau cá dentro, e começa na comunicação Social. Viva aqueles que denunciam quem não cumpre, na defesa dos seus direitos, depois de terem cumprido os seus deveres e hoje é lamentável sabermos que no passado houve “mamões” a enganar o Estado suíço, subornando os médicos e advogados com valores graúdos, e hoje as coisas inverteram-se; agora, pagamos todos por isso. Às vezes, tenho vergonha duma sociedade incoerente.

 

 

SUVA

 

 

Tribunal; Recorrer à decisão da SUVA e IV

 

1 – Os médicos, no hospital da Universidade de Zurique, que atenderam a Paciente, estão quase todos a fazer a aprendizagem e, em vez de escreverem nos relatórios Acidente de trabalho/ Arbeitsunfall, escreveram Doença/ Krankheit, e isso é completamente errado. Os tratamentos foram diversificados; uns tiveram uma boa aceitação no corpo da paciente e outros fizeram-lhe muito mal (caiu-lhe 50% do cabelo, as unhas ficaram muito espessas, os pés mais tarde ficaram também afectados).

 

2 – Uma Junta médica, no hospital da Universidade de Zurique, constituídos por 4 médicos gerais, mandaram a Paciente inscrever-se na SUVA e SVA, porque não tinha mais condições de trabalhar; portanto, pedimos este relatório e todos os relatórios existentes para lutar pelos direitos humanos. Se os médicos gerais do hospital dizem que a Paciente não pode trabalhar, quem são os médicos da SUVA e SVA, para contradizer os médicos do hospital Universitário de Zurique?

 

3 – O médico de família diz que a Paciente não pode trabalhar, na situação que está de Acidente de trabalho/ Arbeitsunfall e, por esse motivo, vai continuar a dar o Certificado médico/ Artzeugnis e que ajudaria pela verdade, em toda a situação juntamente com um advogado, pedindo para se consultar um profissional, para nos defender em tribunal. Por outro lado, a Paciente é quem sabe se pode trabalhar ou não; ela é que sente a dor, o incómodo e a discriminação. Também ninguém dá trabalho adaptado à Paciente, na situação grave em que se encontra.

 

 

4 - A Paciente foi para Tribunal com advogado ou sem advogado; quer lutar pelos seus direitos, há direitos e há deveres e é pela sobrevivência que quer lutar, pela verdade, contra a Lei que está mal estabelecida, pois a Lei está contra as pessoas que ficam gravemente afectadas na saúde, e isso vai ter que mudar um dia. Caso seja preciso, a seguir ao Tribunal, iremos ao tribunal europeu. Já estamos também em contacto com o Governo Português, para que dialogue com o Estado suíço, sobre esta situação grave do serviço privado de saúde da Suíça, que afecta centenas de portugueses.

 

5 – A Paciente recusa-se a ir para a RAV, pois não foi despedida pela empresa; está de Baixa médica a 100%, e considera corrupção e irresponsabilidade da SUVA e SVA, por querer mandá-la para a RAV, sabendo que não pode trabalhar e que ninguém lhe dá emprego e, de seguida, quer mandá-la para a Social, para pagar a sua sobrevivência com o seu próprio dinheiro, que acumulou para a reforma e não é justo.

 

6 – Verifiquei que só há erros, acima citei os erros cometidos pelo hospital da Universidade de Zurique, entre definir o correcto; é Acidente de trabalho/ Arbeitsunfall e não é Doença/ Krankheit e o Seguro de saúde/ Krankenkassen da Paciente disse para pedirmos ao hospital, para que corrijam as prescrições dos Artzeugnis, Receitas médicas, internamentos no hospital, para a SUVA pagar tudo correcto à Paciente.  Também é errado o que a SUVA de Zurique escreveu à Paciente, a dizer que ela estava desempregada, é falso, repito, a Paciente está de Baixa médica! No relatório da SUVA diz que a Paciente trabalhou a 65% para a empregadora; é mentira, a Paciente   trabalhou a 100% na empresa.

 

7 – Da SUVA, telefonaram à empresa da Paciente, para a despedir; isso é crime e tentativa de corrupção. Também telefonaram ao hospital, para que não dessem mais baixa à Paciente e a médica estagiária mandou a Paciente trabalhar com as mãos e pés completamente em sangue, obrigando a Paciente a recorrer ao médico de família, que sabe muito bem o desespero da Paciente e como é grave a situação da Paciente. Também a SUVA falou com o marido da empregadora, que é advogado e, nessa tentativa de forçar a empresa a despedir a Paciente para a Paciente ir para a RAV, disseram-lhe que a Paciente iria receber 4 anos e depois podia recorrer.

 

8 – Vamos juntar todas as provas e ir a tribunal, como disse de início, sozinhos ou com advogado; vamos lutar pelos direitos humanos em tribunal e, se necessário, no tribunal europeu e estamos a contactar também o Dr. António Guterres das Nações Unidas (ONU). Já contactamos o Deputado Paulo Pisco pessoalmente, pelo telefone e E-mail e uma grande parte dos políticos portugueses; Presidente da República Portuguesa, Governo da República Portuguesa, Ministério dos Negócios Estrangeiros, Secretariado de Estado das Comunidades Portugueses, Deputados pela Europa, Presidente da Assembleia da República Portuguesa, Deputados na Assembleia da República Portuguesa, Embaixada de Portugal em Berna, Consulado Geral de Portugal em Zurique, entre outros Consulados na Suíça, e Conselheiros do Consulado Geral de Portugal em Zurique, entre outros Conselheiros na Suíça.

 

9 – Este caso, se não for tratado como deve ser tratado, com dignidade, com isenção, com imparcialidade, vamos chamar a Comunicação Social portuguesa. Já está previsto virem cá ouvir os emigrantes portugueses lesados pelo sistema de saúde na Suíça, e dois Deputados da Assembleia da República portuguesa, uma vez que estamos a ser ignorados pela Embaixada de Portugal, em Berna e pelo Consulado Geral de Portugal, em Zurique. Não sei o que todos receiam! A Paciente não vai desistir.

 

10 – Esperamos que o Tribunal avance com este caso em frente e seja justo, porque temos tudo para vencer e junto à verdade; já juntamos documentos e pedimos ajuda ao médico de família e hospital Universitário de Zurique, e já nos fornecerem documentos e relatórios a corrigirem os erros que citei nas frases acima, pois o Juiz é humano e acreditamos na justiça. A verdade e os direitos da Paciente em primeiro lugar, pela sua vida, pela sua sobrevivência. Adoramos a Suíça, construímos aqui uma nova vida na Suíça, depois de uma grande crise em Portugal; a família que está a crescer e é nesta terra que escolhemos viver, e por isso lutamos por igualdade, seja contra quem for.

 


Carta de reclamação aos imperfeitos da SUVA

 

Caros senhores SUVA/ IV

 

Eu venho comunicar a minha indignação sobre a vossa reacção ao caso de doença, em relação à pessoa que estou a seguir.

 

A pessoa não foi despedida, a empresa  não escreveu o Kundigung à pessoa; é falso. Há alguém na SUVA que dorme, ou está a tentar desequilibrar ou aludir ao engano, repito, a pessoa  não foi despedida. Quem quer que despeça a pessoa é a SUVA, porque já telefonaram à empresa, para despedir a funcionária; eles sabem, como patrões, que a funcionária é a melhor funcionária que têm e a única de confiança a 100%, perante o trabalho e perante a família.

 

A SUVA não é correcta, ao telefonar ao empregador da pessoa, para a despedir.

Também a SUVA telefonou ao Hospital Universitário de Zürich, para não dar baixa médica à Paciente.

Sou defensor dos direitos humanos, sou activista e sou pela verdade, e chamo a isto corrupção e abuso de poder.

 

Estão a fazer da pessoa uma idiota, mas a pessoa não é uma idiota; a pessoa apenas não fala o alemão, mas tem quem lhe lê e traduz as cartas e sabe algumas Leis. Ela era empresária em Portugal!

 

Então sabe muito bem que a SUVA quer despacha-la para a RAV, para não pagar o salário mensal. A SUVA está a fazer tudo, para não pagar o salário, a que tem direito.

 

Vamos ver uma coisa! Quem sabe se a  pessoa pode trabalhar? São os médicos no hospital e o médico de família ou a SUVA? Os médicos, em geral, dizem que a paciente não pode trabalhar. Não vamos discutir se é doença provocada ou doença normal. O facto é que a paciente, mais uma vez, foi parar ao hospital um dia destes muito mal; para a SUVA isto é uma brincadeira, mas para a família não é brincadeira. Pois se a SUVA se quer livrar da pessoa, a IV que se responsabilize pelo caso da doente!

 

Não me venham mandar a funcionária para a RAV, quando ela não tem autorização para trabalhar; ela continua a ter baixa de 100%. É um abuso da pessoa, que está na SUVA a pressionar a doente. É falta de ética.  É falta de moral. É uma falta de respeito. Agora já não falam num trabalho adaptado, já falam num trabalho de 10%, para a pessoa se inscrever na RAV para trabalhar 10%! Nossa Senhora, que mais querem impingir? Mas quem sabe se a pessoa pode trabalhar ou não 10%, são os médicos ou é a SUVA? Ainda agora, nas urgências, obrigaram a doente a andar de canadianas, por causa de uma nova infecção numa perna! Vocês estão a pôr a pessoa num estado de nervos e o foro psicológico afectado; é inadmissível a vossa pressão, a vossa habilidade. Estão a tratar as pessoas imigrantes como lixo.

 

Caros senhores, haja coerência.  Haja responsabilidade. Enviamos todos os documentos para tribunal, pois foi o caminho que encontrei, para combater toda esta pressão provocada pela SUVA. A SUVA não está acima da Lei e, se for preciso, iremos ao tribunal europeu. Vou pedir para falar com o Engenheiro Guterres, Secretário-geral das Nações Unidas, em Berna, e expôr o caso da pessoa, da doente ou da Paciente, como lhe queiram chamar!

 

Aguardamos resposta a todas as questões, e usem a boa-fé.

 

João Carlos Veloso Gonçalves

 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial