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domingo, 26 de abril de 2020
Transmissão em direto de Revista Repórter X - Editora
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sexta-feira, 24 de abril de 2020
Filipa da Silva descobriu a paixão pelo jornalismo na Repórter X
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terça-feira, 21 de abril de 2020
Cidade desertificada com a crise económica; Zürich
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Cidade desertificada com a crise económica; Zürich Pandemia cria crise moral, psicológica e financeira e parou o mundo, este mundo de loucos!
Cidade desertificada com a crise económica; Zürich Pandemia cria crise moral, psicológica e financeira e parou o mundo, este mundo de loucos!
domingo, 19 de abril de 2020
César´s AG, Agência de Viagens. Créditos. Seguros em Basel e Zurique
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domingo, 12 de abril de 2020
Casa Boteco, mercearia portuguesa, reportagem de Filipa da Silva na Repórter X
1,13 mil subscritores
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quarta-feira, 8 de abril de 2020
Nota Introdutória: Catástrofe; Coronavírus
Nota Introdutória:
Director;
João Carlos Veloso
Gonçalves
A revista repórter X
fez 8 anos de vida, precisamente no dia 01 de Abril de 2020. Anualmente,
festejamos em Abril, e desta vez marcamos a Gala para dia 30 de Maio. Ainda não
anulamos o evento, e iremos aguardar até dia 01 de Maio, para ver como está a
situação de gravidade desta crise que o Coronavírus gerou...! Poderemos ter que
mudar a data e, se assim fizermos, a ideia seria festejar as 100 edições em
Julho! Quero agradecer a todos quantos fazem e já fizeram parte desta revista.
Somos forçados a fazer 2 Edições num só número; Revista Mensal Nº 97/98 – Abril/Maio
2020 - Ano VIII/IX. Tiragem 5.000 Unidades, por várias condições de emergência
que afectam todos os correspondentes, colaboradores e logística.
Catástrofe; Coronavírus
Estamos em tempo de
reflexão e de meditação para os crentes, no qual o stress deu lugar a mais
amor. Muitos obrigados a trabalhar, para a economia não cair e outros obrigados
a cumprir quarentena, isolados em casa (14 dias). Há a classe trabalhadora, que
fica em casa, porque a sua empresa fechou por tempo ilimitado, que não sabe
como vai pagar as suas despesas diárias e mensais; Créditos, Rendas, Seguros,
Comunicação, Rádio e TV, Refeições, Etc. Instalou-se a crise Mundial. A tal
bomba atómica arrasadora e invisível. Há quem diga que inventaram o
Coronavírus. Há os controversos e há os crentes, que acreditam em tudo, quando
a Comunicação Social também bombardeia as nossas casas com notícias. Há os
habilidosos que fazem vídeos e não sabem o que dizem e outros passam a sua
opinião, mais ou menos válida, não passando de mera opinião, enquanto outros
dizem mentiras para nos enervar e desmotivar. Tanto os que saem de casa, como
os que ficam em casa, andam todos aéreos, com medo, com desequilíbrio
psicológico e mental. Vamos a uma Farmácia, vamos a um Correio, vamos a uma
Superfície Comercial, etc. Lá está o desinfectante, barreiras de separação com
STOP, cruzes marcadas no chão para mantermos a distância, como se fossemos
todos LEPROSOS. Meu DEUS!
Os Transportes Públicos
têm o motorista isolado a 4 cadeiras de distância! Nos trabalhos desinfectamos
tudo. Nas ruas apresentam-se de fato, parecem o Louis Armstrong vestido para ir
à LUA; dá a impressão que andam a Sulfatar as vinhas! As Lojas parecem que
faliram. Enfim, andamos todos tolhidos e nem assim, com a crise e o medo a
assombrar as nossas vidas, as pessoas conseguem ser melhores, ter bom senso,
serem mais amigas de ajudar. Vejo nitidamente que continuamos a ser mal
atendidos nos serviços públicos, muitas vezes, quase sempre, quando não falamos
bem a língua, ou temos dialectos diferentes.
Será que o Mundo vai
acabar?
O Santo Papa já falou
no Apocalipse! Os Cristãos sabem que o Novo Testamento, atribuído a São
João contém revelações, em particular sobre o fim-do-mundo, e apresentadas,
quase sempre, sob a forma de visões.
“Anjos derramam taças
sobre a Terra, que significa a Ira de Deus em 7 etapas (Fome, Pestes,
Terramotos, Maremotos, etc.)”
“Meu povo, vão para as
suas casas e tranquem as portas; escondam-se por algum tempo até que passe a
ira de Deus. Porque o SENHOR Deus virá da sua morada, no céu, a fim de castigar
os moradores da terra, por causa dos seus pecados.”
Depois destas duas
teses colocadas aqui, dá para reflectirmos que o Mundo vai de mal a pior e que
não será por acaso que somos muitas e muitas vezes castigados com problemas que
assombram a humanidade; Doenças, Pestes (provocadas ou não pelo ser humano),
Terramotos, Tufões, Dilúvios, Vulcões, Vendavais, Chuvas torrenciais,
Nevões, Saraivada, Trovoada Seca, Degelo da Antárctida, Aumento do mar,
Produtos químicos, Poluição, Fome, etc. A fraqueza de uns é a fortuna de
outros; quero dizer que, com esta Catástrofe do Coronavírus, o Mundo quase
parou e a quarentena está a ter efeitos positivos no ambiente, da qualidade da
água à do ar.
Sabe-se lá se esta tese
da virose não foi pensada?
Até o País que
contaminou o Mundo diz ter a Vacina do Coronavírus. Há que desconfiar do Santo!
Revisor editorial;
Sociólogo político Dr.
José Macedo de Barros
O FUTURO PÓS-PANDEMIA
Fazer prognósticos,
como se costuma dizer, só acertadamente no fim, mas não deixa de haver tendências,
que vão sendo materializadas nas medidas que os governos europeus estão a
anunciar como facto consumado, como se um qualquer directório já tivesse tudo
concebido, há muito tempo…!
De facto, no contexto
de uma qualquer ditadura encapotada, aos cidadãos, por muito rectas e justas
medidas alternativas apontadas, acreditando que o surto pandémico foi
ocasional…, nada mais resta do que assistir, cheios de dúvidas e incertezas,
mas que vão desaparecendo à medida que os governos nacionais implementam medidas
a conta-gotas, como quem receia agitação social, na tentativa de aldrabar ou
ocultar os desígnios superiores e consolidando factos consumados!
Para já, o que se vê,
além do óbvio dizimar dos mais fracos e não adaptados ao novo vírus?
Diminuição da amplitude
salarial, pela via dos chamados cortes salariais “temporários” nas actividades
pouco essenciais. Suspensão e eliminação de actividades e empresas pouco
rentáveis, que laboram como entidades de subsistência de famílias.
Mobilidade de
mão-de-obra em larga escala, como se de uma economia de guerra se tratasse!
Experimentação de uma
economia de rendimento mínimo massivo para cada vez mais desocupados.
Centralização produtiva
em grandes mercados e em grandes empreendimentos produtivos, baseados em mão-de-obra
barata.
Transferência para uma
economia digital e de tele-trabalho, altamente rentável e de grande economia de
meios e logística. Criação de uma economia verdadeiramente ambientalmente
sustentável, com economia de energia e combustões. Desenvolvimento de uma vida
de ócio e divertimento e de usufruição turística de menor capacidade de
aquisição. Estabelecimento de novos conceitos habitacionais e integrantes de
novas actividades mistas no mesmo espaço.
Artigos relacionados
Pág. 12/13
Coronavírus
Parou o Mundo!
“Anjos derramam taças
sobre a Terra, que significa a Ira de Deus em 7 etapas (Fome, Pestes, Terramotos,
Maremotos, etc.)”
Coronavírus; Estaremos perto do Apocalipse? Os
Cristãos sabem que o Novo Testamento, atribuído a São João, contém
revelações sobre o fim-do-mundo e apresentadas, quase sempre, sob a forma de
visões. Esta Pandemia não se vê, sente-se. A Pandemia de
COVID-19 é uma Pandemia em curso de COVID-19, uma doença
respiratória aguda, causada pelo Coronavírus da síndrome respiratória
aguda grave tipo 2. Todos, ou quase todos, estamos certos que o Homem tem dedo
em muito do que existe de mau no Mundo e quem evoluiu o Mundo pode acabar com o
Mundo...
Esta
pandemia, surto ou "praga", foi a que mais amedrontou o ser humano,
neste século; entre muitas dúvidas, existe um drama agregado. A economia quase
parou. As pessoas estão psicologicamente mal de saúde, direi assombradas pelo
medo generalizado!
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E COMBATE DA DOENÇA DO CORONA
VÍRUS DE 2019
Estamos numa fase em que tanto Portugal, como
França, como Espanha e como Itália estão a ter abrandamento da progressão da
infecção pelo Corona Vírus de 2019. Mas, confinar não é o suficiente! A OMS
exige mais protecção individual e melhor tratamento!
A par disto, todos devem colaborar, respeitando o
pessoal hospitalar, que luta até à exaustão e em risco de infecção, para salvar
vidas. Reduzindo a mobilidade e impedindo o contacto próximo com outros, além
de se usar sempre equipamentos de protecção individual (EPI, máscaras ou
viseiras, luvas e óculos), como forma de impedir a dispersão das gotículas
contaminadas, de pessoa em pessoa. Claro que devem reforçar a higiene pessoal e
especialmente do rosto, mãos e superfícies corporais expostas ao exterior, bem
como a higiene sanitária e das superfícies com que contactam; muito detergente,
álcool, água oxigenada e lixívia!
Deixem de se cumprimentar e mantenham afastamento
entre todos. Nesta época, terminem com o hábito das visitas aos amigos. O que
sofrerem hoje vai originar satisfação de todos amanhã, em verem que não
provocaram a morte de ninguém e mantiveram-se vivos!
Quanto à higiene alimentar, reforcem a vossa
imunidade com suplementos vitamínicos e hidratem-se constantemente, tendo o
cuidado de beber, por exemplo, água tónica, onde encontram o quinino!
Posto isto, deixo alguns números de duas
publicações minhas na rede social Facebook, para terem consciência real do
problema;
PRIMEIRAS CONCLUSÕES DA EVOLUÇÃO DA COVID19, EM
PORTUGAL:
1- Temos a mais alta taxa de infecção, só batidos
pela Alemanha! Será prova do que somos como povo?
2- Temos a menor taxa de mortalidade dos
infectados! Será prova do nosso melhor SNS e da superioridade dos coordenadores
da crise, ou estão a confundir COVID19 com gripe comum e pneumonia, ou não
estão a trabalhar bem a matemática?
A taxa de mortalidade, em Portugal, dos infectados
pela doença gripal pneumónica (COVID19) subiu para 2,15% (160 mortos)!
A taxa de infecção subiu para 0,073% (compare-se; Alemanha de 0,08%, França de 0,07%, Holanda de 0,07%, EUA de 0,05%, Irão de 0,05%, Reino Unido de 0,03%, China de 0,006%, Itália de 0,002%, Espanha de 0,002%, Suíça de 0,002%, Bélgica de 0,001%)!
Ainda muito longe dos números dos países preocupantes na taxa de mortalidade, mas acima deles na taxa de infecção, sendo apenas batidos pela Alemanha...!
A taxa de infecção subiu para 0,073% (compare-se; Alemanha de 0,08%, França de 0,07%, Holanda de 0,07%, EUA de 0,05%, Irão de 0,05%, Reino Unido de 0,03%, China de 0,006%, Itália de 0,002%, Espanha de 0,002%, Suíça de 0,002%, Bélgica de 0,001%)!
Ainda muito longe dos números dos países preocupantes na taxa de mortalidade, mas acima deles na taxa de infecção, sendo apenas batidos pela Alemanha...!
ITÁLIA, taxa de mortalidade de 11,4% (11.591
mortos)!
ESPANHA, taxa de mortalidade de 8,8% (7.716 mortos)!
HOLANDA, taxa de mortalidade de 7,4% (864 mortos)!
FRANÇA, taxa de 6,8% (3.024 mortos)!
IRÃO, taxa de mortalidade de 6,6% (2.757 mortos)!
REINO UNIDO, taxa de mortalidade de 6,4% (1.408 mortos)!
BÉLGICA, taxa de mortalidade de 4,3% (513 mortos)!
CHINA, taxa de mortalidade de 4,02% (3.309 mortos)!
SUÍÇA, taxa de mortalidade de 2,3% (359 mortos)!
EUA, taxa de mortalidade de 1,9% (3.162 mortos)!
ALEMANHA, taxa de mortalidade de 0,96% (645 mortos)!"
ESPANHA, taxa de mortalidade de 8,8% (7.716 mortos)!
HOLANDA, taxa de mortalidade de 7,4% (864 mortos)!
FRANÇA, taxa de 6,8% (3.024 mortos)!
IRÃO, taxa de mortalidade de 6,6% (2.757 mortos)!
REINO UNIDO, taxa de mortalidade de 6,4% (1.408 mortos)!
BÉLGICA, taxa de mortalidade de 4,3% (513 mortos)!
CHINA, taxa de mortalidade de 4,02% (3.309 mortos)!
SUÍÇA, taxa de mortalidade de 2,3% (359 mortos)!
EUA, taxa de mortalidade de 1,9% (3.162 mortos)!
ALEMANHA, taxa de mortalidade de 0,96% (645 mortos)!"
Abraço;
Sociólogo Político, Dr. José Macedo de Barros
Revisor Editorial; Revista Repórter X
segunda-feira, 6 de abril de 2020
Um guineense de valor na Diáspora
Um guineense de valor na Diáspora
Guiné-Bissau
Neste programa, tivemos a honra de ter pela segunda vez Rogério Sampaio, um
sindicalista dividido entre quatro países: Portugal, Suíça, Guiné Bissau e
Brasil. Enquanto sindicalista, entre variadíssimas actividades, colaborou
arduamente tanto na Federação das Associações Portuguesas, como no sindicato,
na melhoria de condições das comunidades imigrantes na suíça, tendo como ponto
mais relevante à introdução do acordo bilateral entre a União Europeia e a
Suíça, que permitiu abolir entre muitas injustiças, o estatuto Sazonal que
possibilitou a livre circulação de pessoas e o reagrupamento familiar. Na reforma há cerca de 2 anos, pretende caso
esteja criado condições para eleições Autárquicas ingressar na política. Estará
disponível para concorrer a qualquer cargo, no qual possa ajudar a sua terra
natal a desenvolver-se e organizar-se, contribuindo na reconstrução no seu país
de origem, a Guiné Bissau. Actualmente, existem muitas querelas políticas, a
ponto de não permitir o funcionamento pleno das instituições, inclusive do
parlamento.
A Guiné não é um país pobre. Quem se dedicar à agricultura, não passa fome.
Têm muitos recursos naturais e condições excepcionas para o turismo. Devido a referida
instabilidade política não têm sido possível atrair investidores.
Com apenas 18 anos, saiu da Guiné Bissau e rumou a Portugal com o intuito
de estudar, mas acabou por ingressar na força aérea. A sua mãe é originária da Guiné, assim como,
seu pai, mas com descendentes em Cabo Verde e no Alentejo, Portugal.
Na altura do 25 de Abril, estava na Força Aérea em Angola, após regressar a
Portugal, continuou a estudar e a trabalhar.
Em 1974, Portugal ainda governava a Guiné Bissau, e com a revolução dos
cravos em Abril de 1974, fez-se o Acordo de Alvor, para conceder a libertação e
independência das colónias, sendo a Guiné dos primeiros países a conseguir a
sua independência.
Rogério refere que a parte boa disso foi acabar a guerra colonial, onde
muita gente perdeu a vida. Portugal vivia num regime fascista, estando assim
isolado do mundo inteiro.
Tentou regressar para a Guiné Bissau após a independência, para ajudar com
os seus conhecimentos da força aérea, mas não conseguiu, devido as barreiras
impostas pelo partido que assumiu a independência.
Já tinha uma vida mais ou menos estabilizada em Portugal, mas depois de
casar, decidiu rumar à Suíça.
Rogério ajudou bastante que a vida dos emigrantes na Suíça melhorasse,
contribuindo para obtenção de regalias que todos têm hoje.
No tempo em que Rogério Sampaio imigrou para a Suíça, há mais de 30 anos,
existia a lei sazonal que tinha muitas lacunas, sendo que uma delas, era não
permitir o reagrupamento familiar. Não permitia que estivessem mais de nove
meses na suíça, as crianças não podiam ir com o pai, o que obrigava as famílias
a estar praticamente todo o ano separadas, o que consequentemente
dificultava um projecto de vida
familiar e económico.
Assim, Rogério colaborou com a Federação das Associações e a nível
sindical, em diversas lutas e reivindicações que mais tarde através do Acordo
bilateral entre a Suíça e a União Europeia, foi possível a livre circulação de
pessoas e a consequente abolição do estatuto sazonal.
A partir daí, passou a ser possível as famílias permanecerem na Suíça
durante um ano inteiro, os maridos puderam levar as esposas e os filhos,
matriculá-los na escola e assim organizar-se economicamente.
Durante a sua carreira como sindicalista, ajudou e deu conselhos a muita
gente, não só portugueses, mas de várias nacionalidades que viviam na Suíça e
inclusivamente suíços. Na altura, a comunicação social era muito reduzida.
Havia um jornal portucalense do qual Rogério foi correspondente vários anos. Mais
tarde, enquanto dirigente associativo, criou o Boletim Informativo de Lenzburg,
que foi publicado durante 10 anos consecutivos, com a colaboração do António
Mestre, Victor Florêncio, Francisco Caeiro, Joaquim Ribeiro etc. Enquanto viveu
em Lenzburg, e como Director do Clube de Lenzburg, organizou várias
actividades, sendo uma delas um torneio de futebol. Fundou o rancho folclórico
de Lenzburg e gaita de beiços, com a participação ativa da direcção.
Como membro diretivo da Federação das Associações Portuguesa da Zona
Consular de Zürich, foi membro do Conselho do País, um organismo criado pelo
estado português, como órgão de consulta para a política da emigração.
Funcionava sob a égide do Sr. Embaixador de Portugal em Berna.
Toda a sua vida fez política. Na Suíça fez a política da emigração e
associativa. Federação desempenhou um papel importante na melhoria da política
associativa e escolar, porque o insucesso escolar das crianças portuguesas era
enorme, foram necessários vários colóquios de sensibilização aos pais e as
entidades escolares suíças, para que hoje possamos ver muitos portugueses em
funções de destaque na sociedade suíça.
Os portugueses não eram considerados emigrantes, porque a Suíça considerava
os Sazonais como convidados, pois descartavam deles quando não necessitavam.
A Integração da
Federação na Comissão Federal de Estrangeiros, permitiu que conseguíssemos uma
lei que alterou esse posicionamento e passamos a ser considerados emigrante.
Essa mudança de posição obrigou para o projeto de integração. Antes disso,
Rogério Sampaio, Manuel Mestre, Manuel Beja, Ana Maria Witzig e poucos mais,
que com o seu próprio dinheiro, faziam palestras e reuniões por toda a Suíça.
Após o reconhecimento da política de estrangeiros, conseguiram então concluir
diversos projectos que passou a ser financiado com o fundo da Comissão Federal
de Estrangeiros.
Depois
de emigrar para a Suíça, pensou como poderia organizar o seu futuro. Muitos dos
imigrantes por ignorância, acabam por destruir a sua reforma futura, pois
levantam antecipadamente a sua pensionskasse, prejudicando assim a sua reforma.
A reforma na Suíça tem como valor máximo 2.370 CHF., sendo o restante, o valor
referente à pensionskasse, e caso levantem esse valor, depois vão sentir isso
aquando da aposentação.
Rogério
explicou o que são os três pilares na reforma: os três pilares são o sistema
suíço de segurança social para a reforma. Um é o AVS que é o primeiro pilar da
reforma, para o qual o trabalhador desconta 5,15% e o patrão desconta
igualmente 5,15%. Esse valor acumula para a reforma e é daí que surge o valor
máximo de 2.370 CHF. Regra geral, os imigrante recebem cerca de 1.900 CHF, no máximo, porque não atingem a totalidade
das contribuições, porque imigraram tarde.
Depois
existe o segundo pilar, que é paritário, ou seja, cada pessoa paga uma
percentagem e a entidade patronal paga outra. Passou a ser obrigatório desde
1984 e é com estes dois montantes que cada um consegue dinheiro suficiente para
poder viver na Suíça após reforma. O terceiro pilar não é mais do que um seguro
de vida, que cada um faz da forma que quiser, e quando se aposentam recebem
esse fundo de uma vez só.
Em
relação à esposa, quando os dois chegam à idade da reforma, tiram um valor à
pensão do marido para dar à esposa, para de certa forma remunerar o trabalho
que teve com a educação dos filhos e com o marido, a que denominam de “Splitting.”
Isto também acontece caso haja divórcio.
Recentemente,
passou pelo Brasil. Viajou não só para passear, mas também para resolver alguns
assuntos pessoais e de negócios. Na sua viagem foi convidado a dar uma
entrevista à TV Master sobre empreendedorismo e sobre o seu percurso de vida.
Na
reforma tenta disfrutar da sua vida e dos seus dias como lhe apetece, mas como
não gosta de estar parado, tem viajado para a Guiné, além do Brasil, para
tentar fazer um investimento, para que renda para si próprio. Na Guiné, quer
investir na construção e em painéis solares e também na área social, afim de
ajudar os mais pobres. Com o seu investimento, também pretende dar trabalho aos
jovens, criando postos de trabalho para ajudar algumas famílias.
Numa
das suas idas à Guiné, levou material escolar e bolas para as escolas, e com a
ajuda e promoção da Revista Repórter X, muitas pessoas contribuíram com roupas,
bens e dinheiro, para ajudar os mais necessitados.
Rogério
Sampaio lembra como seria útil se o associativismo ainda tivesse activo na Suíça,
pois neste caso de dupla tributação, as associações poderiam ser um veículo de
informação, já que as entidades portuguesa e a Embaixada a quem cabe o dever de
informar não o fazem. Uma das finalidades do associativismo no nosso tempo, era
esclarecer as pessoas sobre diversos assuntos.
Critica
ainda o governo português e os políticos de só lembrarem dos imigrantes da
Suíça quando precisam de votos. ou das suas transferências.
Neste
caso, defende que o Ministério dos Negócios Estrangeiros e da imigração, deveriam
ter informado e feito esclarecimento aos emigrantes, informando-os do que ia
acontecer e como se deviam comportar face ao acordo de dupla tributação.
O
consulado português em Zürich, fez chegar à Repórter X, um documento com a
informação de que Portugal irá dar um contributo a todos os portugueses que
queiram regressar ao seu país antes da reforma.
No
documento que o consulado forneceu à Repórter X fala das candidaturas ao apoio
ao regresso de emigrantes a Portugal, onde é citado que quem quiser voltar terá
um apoio financeiro que pode chegar aos 6.536€, bem como existe um canal de
informação directa para apoio a quem queira regressar. Cita ainda que haverá
uma redução da tributação para 50% durante 5 anos, dos rendimentos do trabalho
dependente e empresariais para quem regresse em 2019 e 2020.
Nesta
entrevista falamos ainda sobre o acordo ortográfico da língua portuguesa. Este
acordo foi negociado entre os vários países de expressão e língua portuguesa,
assunto sobre o qual Rogério se mantém neutro.
Residente
agora em Portugal, mas dividido entre Portugal, Brasil, Suíça e Guiné, pelas
razões já acima referidas, o ex-sindicalista diz que, no regresso a Portugal,
encontrou um país mais moderno e organizado. Apenas contesta o excesso de
burocracia e dificuldade em resolver certas questões, é preciso muito tempo e
muitas papeladas, como por exemplo nas finanças, segurança social entre outros,
considerando que sendo um país de primeiro mundo, devia existir um sistema mais
eficiente.
Rogério
relata que uma das grandes armadilhas para os emigrantes é o sonho de construir
uma casa em Portugal. Aconselha, por isso, que juntem o dinheiro poupado na
emigração, devem colocá-lo a render ou comprarem a casa na Suíça, evitando
pagar renda. Quando decidirem regressar, então sim compram uma casa em
Portugal. Quem investe na casa quando imigra,
acaba por não usufruir da mesma, pois nunca sabemos quando regressamos e
acabamos por perder dinheiro, pois existem contas fixas que têm que ser pagas.
Quando chega a altura de regressar, muitas vezes os filhos querem ficar na Suíça,
pois nasceram cá e consequentemente os pais também acabam por não voltar para
Portugal, acabando por não usufruir das casas.
Aconselha a que os jovens que emigram agora e têm esse desejo, juntem o
dinheiro e invistam mais tarde numa casa nova e da qual possam usufruir. Além
disso, como há facilidade em conseguir crédito, as pessoas mal emigram,
endividam-se logo para comprar carros e casas, sendo que o período que pensavam
ficar na imigração, multiplica-se automaticamente. Depois, surgem os casamentos
e os filhos, aumentando as despesas, por isso, acabam por ficar mais tempo do
que aquilo que pensam.
Além
desta sugestão e dos conselhos de preparação da reforma que já foram
mencionados anteriormente, recomenda que todos se informem bem, nos locais
certos e não ouçam o que os outros dizem, para que possam regressar com
segurança e devidamente esclarecidos a Portugal.
Considera
que os portugueses estão a cometer um erro em regressar em massa ao seu país, devido
a dupla tributação à semelhança do que aconteceu em 1991.
Refere
que a declaração dos bens que possuem em Portugal, pode não implicar necessariamente
pagar mais imposto, pois até 100 mil francos estão isentos de pagamento de
imposto sobre dos bens com o acréscimo de 5mil francos por cada filho. Por
exemplo, quem tem uma casa no valor de 100 mil euros, não paga nenhum imposto
na Suíça. por causa das casas que têm em Portugal.
Apenas
poderá haver a aplicação de multas a quem tiver ocultado ao serviço de impostos
nos últimos 10 anos, pois a lei Suíça de impostos obriga a declaração. O maior
risco é para os burlões que solicitaram ajuda Social e ao preencherem o pedido
declararam que não possuíam bens, nesses casos as consequências podem ser
pesadas.
Infelizmente
o nosso Governo não teve o bom senso de negociar com a Suíça o perdão para os
infratores por desconhecimento. Itália
por exemplo, fez vasta campanha de esclarecimento para os seus imigrantes.
A
Repórter X agradece a Rogério Sampaio a sua disponibilidade e todos os
esclarecimentos prestados, e esperamos em breve que regresse para nos
esclarecer sobre outros assuntos igualmente importantes.
Entrevista:
Quelhas
Descrição
de Vídeo: Patrícia Antunes
Rui Alves - Banda 7ª Arte
Rui Alves - Banda 7ª Arte
Aconselhamos o espectáculo de Rui Alves a solo e/ ou com a Banda 7ª Arte,
com ou sem camião palco.
O Artista Rui Alves é um artista conceituado no mundo dos espectáculos,
músico, compositor, professor de crianças especiais. Profissionalmente, Rui
Alves é professor licenciado em Português e Francês, Mestrado em Supervisão de
Professores e pós-graduado em Ensino Especial. Lecciona no ensino oficial
português na área da sua especialização, desde 1994. Rui é muito conhecido nos
EUA, Canadá, Austrália, França e Suíça, entre outros. Numa entrevista dada ao
Repórter X, no Ticino, à correspondente Hermínia Dorici, falou nos grandes
sucessos em Cassete e CD, na época em que nas feiras semanais só se ouvia Rui Alves
e Quim Barreiros, artistas da moda e que hoje ainda resistem com muita
popularidade, pelos artistas genuínos que são, pelas músicas populares e
brejeiras. Pelas vozes inconfundíveis. Pela presença em palco. Pelo instrumento
que tocam e pela voz autêntica, que acompanham nas festas e romarias.
Rui Alves, em 2018, lançou um CD “A Dança da Velhinha” com originais e uma
música inédita do director da revista repórter X, escritor e autor Quelhas, “Eu
sou Esquisito”. Com sucesso nos Karaokes, nas rádios e até na TV, tema que deu
no jornal das 8 na TVI, numa peça com o Presidente da República Portuguesa.
Em 2019, lança mais um CD (Cacofonias). Todo o trabalho foi efectuado no estúdio
pessoal do artista, que foi dando largas à sua criatividade, durante cerca de 6
meses, para compor as letras e arranjos musicais. No CD é inconfundível o
género que diferencia este artista, os ritmos, as palavras, a crítica social e
o humor intrínseco à vasta obra de Rui Alves, que conta com mais de 800 temas
registados na Sociedade Portuguesa de Autores.
Rui Alves edita na Discotoni
e desta feita numa parceria com a Repórter X Editora, está a musicar 10 LETRAS
do Quelhas, registadas na Sociedade Portuguesa de Autores, para dois artistas,
um em Zurique, Suíça e outro em Paris, França, a nomear brevemente na revista, e
em que irão apresentar os trabalhos na 8° Gala da Revista Repórter X, onde o
artista se fará representar pela 5° vez. Parabéns, Rui Alves.
APRENDA A TOCAR CONCERTINA:
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(se forem os três juntos só paga os portes uma vez.)
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CD,s Rui Alves a 5 €
DVD com Banda ao vivo a 10 €
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Desrespeito
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Desrespeito
Desrespeito
Algumas pessoas não
respondem às suas mensagens, porque simplesmente não querem responder. Porque
estão sempre ocupadas. Não gostam de despender o tempo necessário. Algumas
pessoas não te respeitam, nem te consideram, ou não respondem às tuas mensagens,
por vários factores que envolvem apelo emocional; mágoa, constrangimento,
indignação e outros sentimentos desagradáveis que seriam reanimados se dessem
cabo à conversa. Algumas pessoas são simplesmente rudes. São idiotas. São
invejosas. São estúpidas. As pessoas podem esquecer-se de responder, ou estarem
concentradas noutras tarefas, ou então envolvidas noutra distracção. Não
respondem às mensagens, porque isso aumenta o seu sentido de importância (ego)
no interior do tempo em que a sua atenção é solicitada, mas perdendo os
outros com isso. Há pessoas que não respondem às mensagens, porque talvez isso
afecte o seu ego de maneira negativa, o não cumprimento entre partes, etc.
Muitas vezes não respondem às mensagens, porque estão a ser bombardeadas com
inúmeras outras mensagens. Não respondem às mensagens porque a bateria acabou,
ou está na iminência de acabar (na maioria das vezes isso é usado como
desculpa de mau pagador). Pessoas mais velhas não respondem às mensagens,
pois não têm capacidade e são lentas. Finalmente, algumas pessoas não respondem
às mensagens pois realmente não gostam de você. Pessoas que pensam ser melhores
que você. Há pessoas que não respondem por simplesmente terem um dever perante
Você e que não convém responder. Tem uma dívida para consigo e ignora, porque é
ignorante. Não tem interesse de resolver, seja o que for. O Ignorante nunca
responde. Uma pessoa justa e correcta deve responder sempre, mais cedo ou mais
tarde, dar uma satisfação de sim ou sopas, pois a mensagem fica guardada no seu
dispositivo electrónico. Às vezes respondem-te nas Redes sociais, quando é para
deitar abaixo, mas quando se trata de uma coisa boa estão quietas. O castigo
será feito a quem o merece, Deus é grande.
Agência César´s
Com
a César´s você está primeiro!
O seu parceiro de sempre
Agora
com mais soluções
Agência César´s
com António Fonseca
O empresário André
Lopes é, há 3 anos, o gerente da Agência César’s AG, uma empresa fundada há 25
anos (1994). Com escritórios em Basel e em Zurique, consegue satisfazer a
comunidade lusa (80% dos seus clientes são portugueses), oferecendo soluções em
viagens, seguros, créditos, imobiliária, rent-a-car, entre outros serviços.
A Agência César’s conta
com uma equipa de profissionais para servir os clientes, de acordo com as suas
necessidades.
“Fazemos reservas de
voos para o mundo inteiro, cruzeiros, viagens de autocarro e pacotes de
viagens, aluguer de carros, bem como seguros e créditos privados. Também
ajudamos os clientes no preenchimento de todos os documentos relativos aos
impostos, entre outros serviços relacionados com burocracias.”
André Lopes trabalha
essencialmente na área do apoio financeiro. O gerente da empresa é especialista
em aconselhar o melhor empréstimo de acordo com o projeto que o cliente tem em
mente e/ou precisa realizar.
A Tânia Gessler é
especialista em viagens para países tropicais. Aconselha os clientes nas suas
viagens, sem compromisso, para que possam viajar com mais confiança e disfrutar
ao máximo.
Brasil e Dubai são as
escolhas mais frequentes, bem como Israel, local para o qual realizamos pacotes
anuais (ainda há vagas para a próxima viagem que se irá realizar entre os dias
14 e 22 de maio de 2020).
A Verena Magalhães é
especialista em ajudar os clientes a encontrar o local, de acordo com o tipo de
viagem que procuram. Diariamente faz reservas de viagens para Portugal, Brasil
e pacotes de viagens, bem como imensos cruzeiros que são muito procurados
actualmente. Os cruzeiros pedidos são essencialmente ao longo do mediterrâneo,
mas também outros cruzeiros de sonho.
“Trabalhamos com todas
as companhias aéreas, tendo facilidade em ajudar os clientes a deslocar-se até
ao destino pretendido a um preço bastante económico.”
António Fonseca é
colaborador da agência em Zürich há 12 anos, e tem como colegas a Natacha
Osovschi, a Maria João Antunes e o Jorge Rodrigues.
A Maria João Antunes é
a gerente do departamento de viagens da Agência César’s com uma vasta
experiência em ajudar o cliente a encontrar o seu destino de férias ideal.
Natacha Osovschi é
especialista em organizar viagens culturais ou de aventura. Está preparada para
aconselhar os clientes e fazer reserva de viagens de aventura e turismo.
António Fonseca
trabalha essencialmente na área dos créditos privados e seguros em todos os
ramos. Os créditos pessoais são os mais requisitados, sendo que podem ser para
trabalhadores por conta de outrem e também empresários. Também fazem créditos
para empresas, embora sejam menos solicitados. António Fonseca esclarece que
qualquer pessoa assalariada, que não esteja de baixa ou desempregada, pode ter
acesso ao crédito. Os créditos são muito procurados, porque além dos clientes
poderem adquirir bens de forma mais cómoda, poderão deduzir esse valor nos
impostos ao fim do ano. Ajudam também os portugueses a adquirir casa em
Portugal, tratando de todo o processo.
Todos eles trabalham
diariamente não só com o objetivo de bem servir o cliente, mas também melhorar
gradualmente os serviços prestados e fazer com que a empresa possa responder
sempre da forma mais eficaz possível às necessidades dos clientes.
A Agência César’s foi a
primeira empresa a publicitar na Revista Repórter X e, por isso, juntos
desejamos a todos os clientes e leitores Festas Felizes.
Foto: Quelhas
Reportagem:
Quelhas
Artigo: Patrícia
Antunes
sábado, 4 de abril de 2020
Artesanato pelas mãos de ouro do artesão Alfredo Teixeira, desde o Cantão do Ticino
Artesanato
pelas mãos de ouro do artesão
Alfredo
Teixeira, desde o Cantão do Ticino
Alfredo Teixeira, consegue fazer de um pedaço de qualquer “toco”, qualquer
objecto; desde um barco a qualquer outro objecto destes em madeira, até
instrumentos de música; basta pensá-los e realizá-los.
Temos de amar muito o que fazemos, ter muita paciência, cultura e paixão;
tudo isto, que está aqui feito e produzido, leva muito tempo para fazer, e muitas
vezes tenho de fazer e desfazer, pois como são miniaturas torna-se bem mais
difícil fazer estes trabalhos, dai ser necessário ter mesmo muita paciência e
também ter alguma sabedoria e conhecimento sobre aquilo que se está a fazer!
Por essa razão, estas coisas mais pequeninas requerem mais cuidados, pois são
ainda mais difíceis de trabalhar! Quanto mais pequenas forem as peças, mais difícil
se torna de as manusear; por isso mesmo é preciso muita paciência e muita
paixão. Por isso, como eu disse logo no início, é preciso ter cultura,
conhecimento e paixão, para transformar estas coisas em pequenas obras de arte.
Considero as minhas obras de arte uma tradição popular, coisa rara para as
nossas comunidades que pensam sobretudo que a tradição fora de Portugal seja
apenas o folclore ou uma bandeira, mas Portugal não têm só o folclore e uma
bandeira para mostrar na emigração!
Exibir a bandeira, com 5 Quinas, representa o símbolo nacional da República
Portuguesa. O folclore é muito bonito, mas claramente que nada tem a ver com
arte braçal que eu trabalho, pois isto que eu faço requer um pouco de
conhecimento histórico, cultural e tradicional.
A Nave dos Descobrimentos faz parte da história de Portugal, eu até diria a
parte mais importante da nossa história, pois é a parte dos Descobrimentos;
esta é a Nave São Gabriel, que foi usada por Vasco da Gama para o Caminho da
India, em 1497-1499, e depois por Pedro Álvares Cabral, em 1500, para a
descoberta do Brasil. Esta Nave levou-me entre os 7 e os 9 meses de tempo para
a construir. Esta era a Nave Capitania da Frota Portuguesa, dos anos 1500-1600;
é uma Nave símbolo da história Portuguesa da época dos Descobrimentos, uma das
épocas mais brilhantes, e heróicas da história Portuguesa. A história dos
descobrimentos e da Navegação é um motivo de grande orgulho para Portugal, e
para mim é uma honra e um orgulho poder relembrar, com as minhas obras e as
minhas reproduções, estes eventos históricos vividos pela nossa Nação; esta
Nave, para mim, é uma das obras mais importantes que fiz e da qual tenho muito
orgulho, porque relembrar os Descobrimentos e os nossos grandes Heróis, com
estas miniaturas, é uma honra, pois é uma das partes mais importantes da
história de Portugal.
Não podemos esquecer a grande potência que era Portugal, nos anos 1500 e
durante todos os Descobrimentos; esta Nave é, sem dúvida para mim, a obra mais
importante de todas as que fiz até agora, e gostaria que através destas minhas
obras, em miniatura, pudesse dar conhecimento aos Portugueses de quanto foi
grande a nossa nação, quanto é rica e importante a nossa história. Na realidade,
Portugal foi uma grandíssima Nação; isto é a nossa memória, que nem todos
conhecem, mas que seria bom todos viessem a conhecer e orgulharem-se pelas
nossas raízes, pelo nosso passado de grandes navegantes. Eu, com estas
miniaturas, gostaria também de transmitir essa parte histórica, a todos.
Quando falo, faço-o com grande orgulho Lusitano, com toda a honra de
ser português e de fazer parte de um passado tão rico de história.
Hoje, em dia, há esta falta de patriotismo, que é comum nas novas gerações,
mas que deviam ter, por tudo o que foi o povo Português, por todas as
conquistas e todas as batalhas vencidas; só podemos ter orgulho do nosso
passado e da nossa história, o grande orgulho de Portugal!
Todas as minhas criações, onde reproduzo partes da nossa história e tradições,
são realizadas sobretudo durante as horas nocturnas, depois de jantar, em que
venho passar muitas horas do meu tempo, dedicando- me a estas miniaturas, com
muita emoção e que me fazem reviver muita historia e tradição, como já frisei antes.
Sempre que posso, isto já faz parte do meu dia-a-dia; tudo isto está enraizado
dentro de mim, toca-me profundamente, e seria muito bom se isto acontecesse com
mais conterrâneos. Matando assim as saudades, e trazendo Portugal até nós,
enquanto não podemos ir até Portugal, é o meu orgulho; até tenho uma certa
vaidade, em poder exprimir o amor pelo meu país, desta forma muito especial, pois
a nossa história é grandiosa e eu sinto isso, de alma-e-coração.
Não me foi possível continuar os estudos depois da escola secundária e,
como muitos, tive de emigrar, mas desta forma encontrei a maneira de poder
enriquecer o meu conhecimento, quer seja histórico ou cultural, e tento fazer
algo que fique e transmita o que faço, para enriquecer as novas gerações. A este
país de acolhimento, que é a Suíça, se tivesse continuado os meus estudos,
creio que teria feito a divulgação histórica cultural de Portugal, tenho muito
orgulho na bandeira Portuguesa, dos Açores e da Madeira. Tento representar no
meu pequeno atelier toda a história Lusitana.
Sempre transmito aos meus filhos, os meus trabalhos d´arte; eu sou casado
há 27 anos, com uma Italiana; sou feliz e realizado, pelo que sinto-me muito
contente. Os meus filhos estão crescendo e, como estamos a viver na Suíça, também
com uma cultura Italiana,transmitida pela mãe, eu continuo a transmitir aos meus
filhos a cultura Lusitana. Os meus filhos são jovens do presente e do futuro,
mas não deixam de ter conhecimento do passado e das raízes dos seus pais, pelo
que posso dizer estar bem satisfeito, porque eles começam a interagir com estas
realidades multiculturais, que até são uma mais-valia, para a cultura mista. Estou
muito contente, pois esta multicularidade enriquecedora faz com que, por exemplo,
o meu filho mostre um grande interesse por todas estas obras que faço.
Também posso dizer que eu e o meu filho somos membros de um grupo de folclore,
aqui em Lugano; neste momento, é o meu filho que deseja continuar esta tradição
do folclore, e claro que eu o apoio, mas se eu tivesse que fazer uma escolha
entre o folclore e aquilo que eu faço, certamente que escolheria o que faço. Mas
estou satisfeito, porque acompanho o meu filho, que também desta forma mostra o
seu interesse pelas tradições e cultura da nossa terra.
Também tento transmitir, aos meus filhos, tudo o que faz parte das nossas
tradições e cultura, e vejo muito interesse neles, pois fazem perguntas, querem
conhecer e saber, embora que vivendo aqui, onde as tradições e a cultura são
diferentes, possa parecer estranho, mas para os jovens isso só pode ser uma
mais-valia, ficando com conhecimentos multi-culturais.
Nunca me passou pela cabeça pôr as minhas peças de arte à venda; estas
coisas são para mim; até as posso emprestar, expor, mas vender não! Isso nunca,
eu sinto estas minhas peças, estas miniaturas, como se fizessem parte de mim.
Sendo eu português e a minha esposa Italiana, vivendo aqui na Suíça, há
aqui certamente uma mistura de culturas, e sim é verdade que casais, onde os
dois sejam Portugueses, não conseguem transmitir aos próprios filhos o que
estou conseguindo eu, não obstante esta multi-culturalidade, e sim isso para
mim é um grande orgulho! Pois eu que represento Portugal, e vivo com a minha
cara-metade de outra nacionalidade, a viver noutro país, consigo fazer e
transmitir o que uma grande parte dos Portugueses não consegue! Com isto, não
faço críticas, mas é a realidade.
Adaptação/Fotos; Hermínia Dorici
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