quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Começou a viagem, onde tudo anda em Câmara lenta

Começou a viagem, onde tudo anda em Câmara lenta 



Começou a viagem, onde tudo anda em Câmara lenta 

 

Ao longo da viagem, fui fazendo publicações, cujos textos acompanhavam as fotos, e agora aproveitei para fazer este apanhado sobre as férias e incutindo aos meus seguidores para que, nas viagens, lessem a revista repórter X, ou um dos livros publicados pela Repórter Editora. A ideia era enganar o nosso psíquico, ou seja, que nesta viagem fantasma, onde todos nos cansámos psicologicamente, usássemos a positividade numa boa leitura. Inicialmente, as primeiras fotos que tirei, foram no aeroporto de Zurique e depois no aeroporto de Faro, no qual havia pouco movimento, pouca gente, lojas às moscas em pleno mês de Agosto.

 

No último número de Agosto, sobre a Pandemia, deixei esta observação; inacreditável que alguém, que esteve com quem testou positivo, tenha de fazer quarentena para NADA, mesmo que acuse negativo. Depois da Quarentena vão trabalhar, sem que voltem a fazer o teste, o que não é NADA correcto. O caso que relato é ainda muito mais grave, pois a pessoa que acusou negativo, tendo estado com duas pessoas que acusaram positivo, fez Quarentena e depois da Quarentena não repetiu o Teste e foi trabalhar com crianças num Infantário! Referi que na Quarentena as pessoas que saíssem de casa podiam ter uma coima que poderia atingir 10 mil francos (caça à multa). Quem garante que depois numa festa não pode haver duas ou três pessoas infectadas com a Covid19 e as outras acusem negativo, pois o teste pode não dar certo?! Receio que numa festa as duas ou três pessoas, dadas como infectadas, seja erro de teste, pois se fosse realmente verdade, todas sairiam infectadas, depois de estarem em ambiente fechado e a beberem e comerem dos copos e pratos uns dos outros. Que grande palhaçada, não obrigarem a fazer o segundo teste depois da Quarentena! Para mim, as outras pessoas tiveram um vírus chamado gripe. Não inventem! Há realmente coisas muito estranhas e as pessoas estão a revoltar-se. Acredite no que quiser! Tenho as minhas ideologias e as minhas convicções e isso faz-me diferente; no entanto não me vou chatear com quem é adverso. Cada um no seu lugar e cada ser humano tem a liberdade de pensar. Sou livre, sou tolerante, sou teimoso, sou como sou e ninguém me vai fazer mudar de ideias num dia, o que eu construí numa vida. Pegando na minha velha e célebre frase; aprendo, ensino e aprendo, quer com coisas novas, como nos erros, e vamos adaptando-nos ao sistema e ao tempo.

  

Para que servem as máscaras?

A resposta é o exemplo que lhe vou dar; o meu exemplo!

Não gosto de usar máscara, tiram-nos a liberdade e até a respiração.

Eu andei um pouco a espirrar e a tossir; libertei muita fungose e foi nesta altura que pensei nos outros, usando mais tempo a máscara, principalmente junto de gente, respeitando-me a mim mesmo.

 

E porquê?

Para evitar colocar gotículas naqueles que estiveram perto de mim. Todos os anos, no Verão, passo por este problema.

Tenho a certeza que se fosse fazer um teste, acusava positivo; tudo tretas, pois são gripezinhas, como citado por 'Bolsonaro e Trump' pois, como disse, é frequente na minha vida.

Usar a máscara é proteger os outros, isto se quiser ser higiénico consigo mesmo.

Se não temos nada, não deveríamos usar máscara; usar máscara mal-usada, no tira e põe, como em restaurantes, é nojento.

 

(estava ao meio das minhas férias e soube que na Suíça tinha havido uma manifestação com um NÃO á máscara, na qual participou muita gente sem máscara!) A palhaçada na Suíça serve para ganhar dinheiro; o governo declarou multas a quem fizesse manifestação contra a Lei aplicada e eram multas pesadas para pagarem aos polícias o trabalho de estarem presentes na manifestação.

 

Use a máscara se tem qualquer problema; se não têm problemas, não usem máscara. Já chega de nos torturarem!

 

Férias:

- Agora, vou relatar mais um pouco sobre as férias mais esquisitas, nojentas e inesquecíveis das nossas vidas pela negatividade de todos; uns criticam quem usa máscara e outros criticam quem não usa máscara…! Começo por relatar um local, que envolveu filas paralelas para entrarem num dos locais mais visitados do Algarve; refiro-me ao Zoo Marine, que não merece publicidade, mas tenho de criticar! De facto, as pessoas usaram máscaras em massa, só não compreendo a Lei que aplicaram sobre as máscaras; só os menores a partir dos 10 anos é que eram obrigados a usar máscaras! Repito, há realmente coisas muito estranhas e as pessoas estão a revoltar-se; chegou a uma altura, para além do meio-dia, em que comunicaram que o Zoo Marine estava lotado, para garantir segurança.

 

Pergunto; e os aglomerados nas filas para os divertimentos náuticos, que em maioria estavam sem máscaras, e à molhada dentro d´água?

 

Já nos bares, as pessoas estavam todas encarreiradas sem distância, mas com máscara. Se tivesse alguém contaminado no sítio errado, quem escapava!? Fartei-me de espirrar, e ninguém teve medo. Por fim, e pela 'burrice' da segurança, encerraram as piscinas às 17h30 e as pessoas pagaram bilhetes para desfrutar, e fecharam cedo, e por fim encerrou tudo às 18h00. Pagam à Rádio Comercial, que passou boa música, pouca música portuguesa, insistiu nas dicas para evitar o ‘coiso’, mas tudo em vão; sabem porquê?

Quando anunciaram que o Zoo estava esgotado, respeitando a Lei, estava esgotado com lotação igual ou superior à de dois anos anteriores, a abarrotar pelas costuras. Tretas!

Nos supermercados tinha filas e Seguranças à porta e uso obrigatório de máscara. As pessoas não cumprem as ordens; se num lado põem as máscaras, noutros sítios esquecem-se de pôr as máscaras…!

 

Falei também que o Zoo pouco trouxe de novo e citei os DINOS; agora, vou falar um pouco destes. Fizeram uma simulação da queda de um avião, a qual é só aparência. Na altura dos Dinossáurios não havia aviões e se calhar nem Dinossáurios, invenção dos cientistas que estudaram para nos enganar, tal como fizeram com a Covid.

A colecção dos médios e grandes monstros, Dinossáurios, estava bonita no seu todo; movimentavam-se, havia muito verde, água e pequenos barcos para visita. Os funcionários do Zoomarine fizeram bem a desinfestação, e direi que foi um exagero.

 

Também uma das histórias que vos vou contar depois, tem a cena do avião no aparato e na colecção dos Dinossáurios no Parque de Wetzikon, aqui na Suíça. É tudo reinventado; há um Cristo-Rei no Brasil e outro em Portugal. Há a estátua da Liberdade no porto de Nova Iorque e há na cidade do Luxemburgo e no Brasil no bairro de Vila Kennedy. Até há a Maria da Fonte na Póvoa de Lanhoso e Lisboa e já houve uma estátua em Luanda! Vejam só; até há 11 réplicas da Torre Eiffel fora de Paris e para mim fascinantes, caso da de Las Vegas, Tóquio e Paquistão! Caso para dizer, não há mais nada para inventar, a não ser pandemias e surtos e provocar guerras entre países e pessoas de bem!

 

Como sabem, aterrei em Faro e o destino foi Quarteira. De lá, visitei outros sítios bonitos. A Quarteira tem imensas palmeiras lindas. No que diz respeito a Lotes não gosto, tem aglomerados de casas e barracas; pelo meio as figueiras que se sobressaem. Encontramos a Vaca colorida, como diz o artesão suíço “a Vaca foi pintada de cor para lhe dar alegria”, pois a Vaca é o animal mais triste do planeta Terra (A vaquinha de Portugal é mais contente do que a vaquinha da Suíça). Pela cor da nossa bandeira!

A maioria dos dias esteve muito calor; nos dias de semana não se notou muitas diferenças, em relação à Pandemia, e havia muita gente na praia. Na Praia tinha desinfectantes em várias frentes, muito exageradamente, para quem sai da água salgada, já desinfectado. No Algarve come-se bem, barato e tudo fresco; cerca de 15 € cada prato com tudo incluído. Fizemos Piqueniques em Família na areia do mar. Saboreamos as Bolinhas de Berlim! Fomos a vários restaurantes; atacamos na Cataplana. Comemos muitos mistos; o bacalhau, o choco, o salmão e os gajos naquelas bandas gostam também de dar murros nas batatas; para aqueles lados algarvios decoravam os pratos com cebola, limão, azeitona e cenoura. Deixei a minha satisfação, no restaurante Gula, em Quarteira; foi o restaurante de eleição, e por esse motivo ofereci um livro da Maria da Fonte de minha autoria, a um lisboeta de Campo de Ourique, onde permanece uma estátua da guerreira do Minho.

Visitei, em Albufeira, o António Mestre, ex-gerente do Novo Banco Zurique. Disse, à Repórter X, que ninguém na emigração e neste momento deve regressar de vez a Portugal. Todos aqueles que atinjam a idade da pré-reforma, sim, devem vir de vez para Portugal. "Portugal é bom e barato para se viver".

Ao que percebi e reforcei a minha opinião, para quem viveu uma vida no estrangeiro, deve libertar-se na hora certa para desfrutar o nosso Portugal, as nossas paisagens, os nossos mares, as nossas montanhas, as nossas albufeiras, a nossa gastronomia. Tudo e todos com a marca Made in Portugal. Também estive com Cláudio Alegre, ex-concorrente da Casa dos Segredos da TVI; contou-me algumas coisas privadas, as quais não quero descrever; acrescento que foi Pai de um bebé, o Gui, com a também ex-concorrente Cristiana de Jesus e naquele momento estavam à espera de outro local, para continuarem a dar aulas de dança.

  

Quarteira, onde passei a maioria do tempo. Visitei a Exposição Lixo X Arte (between) na Galeria de Arte da Praça do Mar. A “between” conjuga lixo e arte em Quarteira” (cheguei até a pensar que estava no início, na casa da bisavó do Gui). A modernidade trouxe uma capacidade de consumo e consequentemente de desperdício tremendo, mas o Ser-Humano, irresponsavelmente, continuou a devolver o seu LIXO à Natureza, como sempre o fez…, deixando para trás uma esteira de materiais, em grande parte não orgânicos, que ela não consegue reintegrar no seu ciclo vital, com consequências de extrema perversidade.

 

Propuseram-se os artistas plásticos da “between” construir novos objectos com esses desperdícios e realizar uma exposição que mostre que, ao reutilizar alguns desses materiais, estão a dar nova vida, novo sentido, a algo que havia (aparentemente) e depois de chegado ao seu FIM.”

 

Fiz algumas fotos e posteriores publicações com a mensagem “Plásticos no mar, NÃO!”.

 

Digo também não a outro tipo de lixos e publiquei; Num cruzamento há um carro, que não está parado e nem estacionado, mas sim abandonado na via pública; como podem as autoridades locais permitir?

Critiquei os passeios em Quarteira, com muitos defeitos e os automóveis em cima dos mesmos. Critico ainda os estúpidos, com muitos contentores de lixo, para separar resíduos pela cidade, que deixam o lixo de fora. A cidade de Quarteira tem passeios, em que não transitam cadeiras de bebés e nem de deficientes motores; tirei muitas fotos e publiquei na rede social! Achei espectacular e quero dar os parabéns à Câmara de Loulé, por dar licença aos restaurantes, ocupando passeios e encaminhando deficientes motores e cadeiras de bebés para a estrada, pois é uma opção brutal que pode atirar estes passageiros para a morte debaixo dum automóvel, enquanto outros facturam.

 

Para terminar em beleza, entre elogios e apupos, quero dizer que gostei muito de assistir a um acto cultural venezuelano:

Mulheres Venezuelanas dançaram em frente ao mar em Quarteira, ao som da sua música tradicional, da qual gravei vídeo e onde deixei uma revista e descrevi “para além de uma foto de mulheres no Algarve que mais imaginam?” Simples, olhem na fotografia e as mulheres retratam um barco-à-vela.

 

Danzas Venezolanas Araguaney

 

“Fundado a 7 de novembro de 2018, em Quarteira, Concelho de Loulé, com impulso e apoio do Projecto Social de Apoio a Emigrantes Nacionais de Países Terceiros “Loulé Sem Fronteiras”, promovido pela Fundação António Aleixo. O Grupo Araguaney homenageia a arte da dança folclórica “Venezuelana”, pela inclusão social dos seus participantes. Com a direcção artística e coreográfica de Marisol Caetano, este Grupo assume como principal objectivo a divulgação de tradições e saberes venezuelanos, através da dança folclórica, como motivo de promoção de saberes além-fronteiras. Pretende, de igual modo, contribuir para a aproximação, coesão e integração sócio-cultural de imigrantes (Venezuelanos e outras nacionalidades) a residir no Concelho de Loulé. Actualmente, é composto por bailarinos, maioritariamente femininos, de várias idades e nacionalidades latino-americanas, incluindo também a Portuguesa. Sob o seu lema, desde o primeiro momento “Aqui pratica-se a dança venezuelana…!”, há que potenciar alegria e união, através da tradição cultural, aos participantes do grupo e a todo o público. É notória, por parte de todos os bailarinos (amadores), a grande vontade e motivação por participar, aprender, fazer, aperfeiçoar e evoluir. Futuramente, o Grupo tem como intenção incluir a vertente musical em simultâneo. Há pretensão de apresentar um espectáculo cultural de nível e diferenciado para todos os públicos, em que a dança folclórica e a música tradicional folclórica da Venezuela aparecem “ao vivo” de mãos dadas. Danzas Venezuelanas Araguaney pretende contribuir para a projecção da Dança Folclórica e, acima de tudo, homenagear e valorizar o património cultural venezuelano em território português. Doce lar; depois de sair do calor do Algarve, chego à Suíça molhada, na qual teve de haver nova adaptação.”

 

“Marisol Caetano Gonçalves “

 

A seguir vou apresentar; Viagem ao Ticino

 

 

Autor; Quelhas

 

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Filho de Linda de Suza (autora da mala de cartão) explica o estado de saúde da mãe

RETRATOS; João Lança, QUERO UMA OPORTUNIDADE



João Lança filho de Linda de Suza explica a Revista Repórter, o estado de saúde da mãe, que aos 74 anos, se encontra numa casa de repouso nos arredores de Paris, o vício do tabaco, a vida caseira a reforma, as memórias e apenas uma única certeza. A de que a cantora não pretende voltar a Portugal.

- Nas últimas semanas muitas notícias, algumas contraditórias, têm sido veiculadas sobre o estado de saúde de Linda de Suza, que em setembro foi internada de urgência. Qual é a situação da sua mãe neste momento?

- A minha mãe encontra-se, atualmente, numa casa de repouso, nos arredores de Paris, depois de ter deixado o hospital no dia 27. Está em convalescença ainda não sabemos bem durante quanto tempo, mas eu acredito que deva ser por uns bons meses. O que interessa dizer é que está a recuperar e bem acompanhada.

- Mas que problema de saúde é que ela teve em concreto?

- Teve de dar entrada de urgência no hospital por causa de uns picos de febre alta repentinos. Teve tudo a ver com as sequelas que ficaram de quando, em 2020, apanhou covid-19 e uma infeção pulmonar. Tudo isso foi agravado pelo facto de a minha mãe continuar a fumar dois a três maços de cigarros por dia. Entretanto também tinha deixado de se alimentar e por isso até foi bom ela ter sido internada, porque agora já está a ganhar peso.

- O João não a consegue trazer para Portugal? Ela não fala nisso ou já não pensa mesmo em regressar?

- No final de setembro falei-lhe no assunto, até porque era mais fácil para mim vê-la todos os dias, mas ela definitivamente não quer. Diz que já são 50 anos de França e que é ali que tem a sua casa a sua vida e a sua carreira. É uma escolha dela e eu não posso julgar.

- Fala em carreia, mas como está neste momento a carreira da Linda de Suza em França?

- Há uns quatro anos que está completamente parada temos de ser honestos, mas ainda há muita gente que a segue e que pergunta por ela. O problema é que a minha mãe já perdeu muito da voz por causa do tabaco. E depois estão sempre a inventar polémicas e isso também não ajuda.

- Nem vê a possibilidade de voltar a gravar discos?

- Não. Isso vai ser muito complicado, sobretudo por causa da voz. Vontade e ideias não lhe faltam, mas vai ser mesmo muito difícil.

- Vieram notícias de França a dizer que a Linda de Suza estava gravemente doente, com distúrbios psicológicos graves e outras notícias até diziam que ela tinha morrido!

- Eu como sei toda a verdade essas coisas passaram-me completamente ao lado. Eu nem me dou ao trabalho de justificar ou responder. Como é que as pessoas inventam estas coisas?! Devem ter uma vida muito vazia. É pura maldade e crueldade.

- E a sua mãe não se deixa abater com essas notícias?

- Não, porque eu não deixo que elas lhe cheguem. Ainda por cima ela não tem internet, nem redes sociais e por isso nem lê essas coisas.

- Como é a vida de Linda de Suza e Paris atualmente?

- Ela vive sozinha, mas sempre rodeada de amigos, quatro em especial, que vão rodando entre eles para que ela esteja sempre acompanhada. Eu estou sempre em contacto com esses amigos e falo com ela também, de dois em dois dias! Fazemos muitas videochamadas e numa das últimas conversas ela até me disse: ”Não percas o fogo!”

- Há uns anos escreveu-se que a sua mãe vivia com dificuldades financeiras por causa de uma reforma de 400 euros. Isso é verdade?

- Não. A reforma da minha mãe é muito superior a isso. Não é nenhuma fortuna, mas está mais perto dos 1500 euros, fora os direitos de autor que ela recebe de três em três meses.

- Mas em 2015 ela dizia que tinha sido roubada por agentes e produtores durante muitos anos?

- Diga-me um nome de um artista que nunca tenha sido roubado. Diga-me um, que eu digo-lhe que é mentira.

- O João ainda se lembra de ter ido para Paris com a sua mãe, apesar de muito pequeno (4 anos)?

- Recordo-me do meu primeiro dia de escola, que chorei muito.

- Mas recorda-se de sair de Portugal?

- É curioso, porque eu tenho algumas imagens iguais àquelas que se veem no filme, ela com a famosa mala de cartão e comigo ao colo.

- Quando é que se deu conta da verdadeira história da sua mãe?

- Acho que foi por volta dos meus 11/12 anos quando começamos a pensar um bocadinho mais sobre aquilo que está à nossa volta. Antes disso, nunca me apercebi das coisas, porque também nunca me faltou nada. Ela podia deixar faltar para ela, mas para mim nunca. E depois recordo-me que a nossa vida melhorou de um dia para o outro por essa altura.

- E como é que foi para si lidar com essa mudança repentina e com uma mãe que subitamente era uma estrela em Paris?

- Foi muito engraçado, porque para todo o lado para onde ia, eu era sempre a mascote. E adorava aquilo. Acompanhava sempre os músicos e os técnicos durante as férias, no verão, e a partir dos 14 anos os concertos todos. Claro que passar a adolescência em viagens, em bons hotéis e rodeado de adultos era espetacular e isso também me fez crescer muito.

- E quando é que começou a perceber que também a música podia ser o seu caminho?

- Foi justamente nessa altura. Quando se fazia o check sound, eu ia para os instrumentos e começava a tocar neles. Acho que se apurou ali o meu gosto pela música. Logo aos 14 anos, a minha mãe oferece-me um piano e esse piano ainda é o mesmo com o qual faço as minhas composições.

- Mas gostava da música da sua mãe?

- De algumas sim, sobretudo porque eram bem-feitas e tinham bons arranjos. Mesmo uma música como ´Tiroliro´, que tinha só dois acordes, foi feita com uma orquestra de 60 músicos e feita pelo orquestrador Jean-Claude Petit que é um dos maiores do mundo.

- Mas a determinada altura decidiu voltar para Portugal? Porquê?

- Voltei com os meus 28 anos, em 1996, logo eu que dizia que Portugal “nunca”. É uma história engraçada. Em minha casa só se falava em francês, mas quando eu conheci por lá a minha mulher (portuguesa) entrei de repente numa família tradicional onde se falava português. Comecei então a aprender a minha língua. Depois veio uma altura em que eu quis conhecer o sítio onde nasci, na Amadora, na Falagueira. E foi aí que comecei a sentir o apelo das minhas raízes. Um dia virei-me para a minha mulher e disse-lhe: “Eu acho que é altura de ir viver para Portugal”, algo que a deixou muito admirada. Como tínhamos dois filhos, com 8 e 4 anos, ela disse-me logo: “Se formos não voltamos”. E foi a melhor coisa que fiz na minha vida.

- Mas veio para Portugal para fugir de alguma forma do peso do nome da sua mãe?

- Se calhar, inconscientemente, sim. Uma coisa é certa, quando cheguei foi com a ideia de fazer o meu próprio trabalho sem usar o nome dela. Se calhar, se o tivesse feito, hoje era mais conhecido.

- Mas está agora a lançar um novo disco, ´A Cor da Minha Alma´ quando já não o fazia há 20 anos. Porquê?

- Porque quando fiz o último disco, o ´Não paro de Sonhar´, muitos dos contactos que fiz diziam-me que, sem bailarinas com as pernas de fora, nunca ia conseguir nada. Diziam-me também que a minha música não era nem carne nem peixe. E eu, como nunca quis abdicar daquilo que sou nem da minha identidade, como nunca quis ´prostituir-me´ preferi fazer uma pausa, para conseguir manter sempre o meu caminho.

- O que andou a fazer então?

- Decidi ir para outros desafios e abrir um restaurante na zona do Areeiro, com a minha mulher. Estive com esse negócio durante dez anos, mas sem nunca deixar de fazer música. Um dia surgiu uma oportunidade irrecusável e acabei por vendê-lo. Foi com esse dinheiro que consegui fazer este novo disco.

- Mas nunca esmoreceu em relação à música?

- Eu acho que há público para tudo e só quero que me deem uma oportunidade, até porque ser filho de quem sou fechou-me mais portas do que abriu. Mas eu nunca paro de sonhar e acreditar sempre nos meus sonhos. Mesmo este disco, que me levou quatro meses a fazer, foi uma luta para encontrar uma equipa que quisesse pegar nele.

- E que relação ainda tem com Paris?

- Lisboa está-me no sangue, mas Paris é emoção, é a minha cultura primeira, afinal estive 28 anos em Paris. Eu estou mesmo estou mesmo entre as duas culturas.

 


Orlando Fernandes

Jornalista


quinta-feira, 24 de novembro de 2022

A emigração, o passado e o presente na saúde


 


Começou há pouco tempo, mas já é uma longa história!

 

Como qualquer cidadão português, naquela época em que havia uma crise acentuada no país, o Governo de Passos Coelho mandou-nos emigrar. Não foi por o Governo nos mandar emigrar, que viemos para a Suíça; sempre fomos empresários de sucesso na nossa terra Natal, e a dívida de Portugal e a falta de qualidade de vida dos portugueses, que começou a sentir-se quando acabou a moeda do escudo e veio a moeda do euro, logo deu lugar à crise e ao endividamento de muitos. Nessa altura tínhamos loja alugada e carros para distribuir o material vendido e também para fazer venda ambulante porta-a-porta. Antes que o tapete saísse dos pés, pensamos em emigrar, quando já muita gente nos devia dinheiro de mercadorias, que vendemos e muitas delas os tribunais portugueses não resolveram; num lapso saímos do país, sem ficarmos com dívidas. Uma grande parte da família já estava na Suíça, outros em França e Luxemburgo e também no Brasil. Fomos a tempo, de não cairmos na desgraça. Algumas pequenas contas que devíamos aos fornecedores, chegamos a um acordo e devolvemos a mercadoria não vendida, que estava em exposição e a diferença do valor de cheques pré-datados pagaram-se através de um pequeno crédito feito ao Banco, uma vez ter boas relações com os bancos, por cumprirmos sempre as nossas obrigações. E assim viemos para a Suíça, país que sempre aprendi a respeitar, logo de muito novo; sentia que havia ali ouro e hoje chamo-lhe “el dorado”. Os emigrantes, naquela época, vinham à terra de férias a conduzir altas bombas, carros com dois e quatro escapes, pneus largos, rebaixados, descapotáveis, rádio com alto som e muito coloridos com cores berrantes (já na altura ouvia dizer que alguns desses jovens, para voltarem de regresso à Suíça, tinham de pedir dinheiro, pois aqueles carros consumiam muito e eles não paravam na estrada nas exibições). Aqueles mais velhos, falo dos homens da primeira emigração, chamada `estagional´, tempo de contrato determinado por 9 meses, na época que só quase mesmo os homens emigravam e as mulheres ficavam a olhar pelos filhos, pais, avós e pelos bens de cada um, época em que éramos felizes, começaram a desenvolver mais Portugal. Sobretudo depois da emigração para o Brasil, em que alguns emigrantes naquele país sul-americano trouxeram riqueza e também da mais recente emigração a monte para França; mais tarde, sucedeu-se a Europa, mais principalmente o Luxemburgo e por fim a Suíça, que toda a gente falava do país das maravilhas, dos Alpes, da neve, das montanhas, do campo, da cidade, principalmente do chocolate, do queijo, da indústria dos relógios, na indústria dos medicamentos e na agricultura. Conhecíamos, no fundo, a terra da Heidi, cuja história da vida de uma menina órfã da Suíça foi escrita num livro infantil, no ano de 1880, pela escritora suíça Johanna Spyri. Conhecíamos os emigrantes, que chegavam e pagavam uns copos aos amigos tesos em Portugal! Principalmente, conhecemos emigrantes que fizeram riqueza em Portugal e porquê? Viviam sozinhos, embora com duas vidas, a da Suíça e a de Portugal; trabalhavam de sol-a-sol e não adquiriam `bombas´ para dar despesas na estrada; aqueles que compravam carro, eram carros familiares que pudessem transportar meia dúzia de amigos e dividiam despesas de viagens e em Portugal dava para a família fazer uns pequenos passeios, principalmente o povo do meio rural, para ir dar a conhecer o mar aos velhotes! Além destes emigrantes terem os seus empregos, eles tinham ainda escritórios com chave-na-mão, para limparem todos os dias à noite. Nessa época, o franco suíço rendia muito, pois que, no câmbio para a moeda do escudo, dava basicamente o dobro; a acrescentar muito trabalho, reduzir despesas, a maioria dividia quartos e tinham cozinhas e WC em comum, não saíam para os restaurantes, ficavam por casa a jogar às cartas, à malha, à bola, iam passear até às margens dos rios e lagos, não saíam da cidade ou das aldeias, a não ser para irem trabalhar nos carros da Firma. Neste sentido, a riqueza em Portugal aumentava, compravam terrenos pequenos e até Quintas para construir casas, punham os filhos a estudar, hoje muitos desses filhos fazem parte da nova emigração, aquela que o Governo de Passos Coelho mandou emigrar, e que hoje o Governo de António Costa manda regressar; para mim, a treta do Século, a seguir à treta da Pandemia Covid é“O Programa Regressar envolve todas as áreas governativas e inclui medidas concretas como um regime fiscal mais favorável para quem regressa, um apoio financeiro para os emigrantes ou familiares de emigrantes que venham trabalhar para Portugal e uma linha de crédito para apoiar o investimento empresarial e a criação de novos negócios em território nacional, entre outras”. Deixando este tema `regressar´ de lado e falando ainda nos tempos que mudaram, sindicalistas portugueses e de outras nacionalidades europeias conseguiram abolir a Lei `estagional´, pois foi quando os emigrantes começaram a trazer as suas esposas. Quando começaram a alugar apartamentos, para viverem uma vida conjunta em casal e com dignidade, em que muitos deixaram os filhos em Portugal, a serem cuidados pelos avós, e muitos outros nasceram já na Suíça em que a emigração cresceu bombasticamente, deu para que os filhos, que cresceram em Portugal, estudassem e fizessem cursos superiores, e uma parte deles veio para a Suíça, já em adultos.

 

 

 

As várias gerações de emigrantes

Hoje já há quem adquiriu casa na Suíça, através de créditos bancários, uma vez que para pagar um apartamento ou casa custa um balúrdio; só se consegue liquidar o crédito lá para a terceira geração. As terras, em Portugal, começaram a ficar ao abandono, quando antes eram todas fabricadas; o povo local começou a envelhecer e os jovens a emigrar ou a saír para as grandes metrópoles de Portugal.

A seguir a estes, veio a Nova Emigração, chamada de "geração à rasca", por, e como disse inicialmente, por culpa do `macaco´, digamos por causa da crise em Portugal; quem não se lembra da austeridade e da Troika!? Nesta época da vida, a maioria dos primeiros emigrantes já faleceu; há uma segunda geração, que está na reforma, e uma terceira geração que está ainda no activo; alguns foram para Portugal, com reformas ou pensões de invalidez chorudas! Aqui, vou evocar alguma coisa na área da saúde! Na área da saúde, sempre ouvi dizer até aos dias de hoje que a Suíça tem bons equipamentos na saúde, mas que faltam profissionais e vejo que eles nesta nova era estudam muito no corpo dos pacientes; qualquer coisa que tenhamos, querem logo operar e querem que assinemos a responsabilidade sobre uma infantilidade que pode ser deles, e eu acho que nem aqui e nem noutros países é justo, porque estão a deitar-se de fora de um acto praticado, onde ficamos nas mãos deles para o bem e para o mal. Logo, considero que não querem responsabilidades, mesmo que a mesma seja deles e aqui começam os problemas na saúde e a omissão, porque nenhum médico vai falar a verdade se o paciente falecer, ou ficar incapacitado para o trabalho!

Adiante, e seguindo o meu raciocínio, naquele tempo que só os homens vieram para a emigração na Suíça, sempre houve doenças e acidentes e a Suíça cumpriu sempre com os seus deveres e obrigações, pois sempre exigiu do contribuinte emigrado que pagasse os seus impostos. País com regras e bons costumes, sempre zelou pelo país e por quem cá vivia. Já hoje, não podemos dizer que é bem assim! Acho que as coisas mudaram e a culpa é de muitos emigrantes, que se aproveitaram, ao fingir que estavam inaptos para o trabalho, enganando médicos e seguradoras, melhor, corrompendo os médicos, hoje virou-se o feitiço contra o feiticeiro. Já no tempo que eu visitava a Suíça, para lançamento dos meus livros em edição de autor, ouvia dizer que este ou aquele, e até na primeira pessoa, que estava a tratar da invalidez antecipada por doença ou por acidente e até por estarem malucos da cabeça (malucos finos); uma terça parte deles mentia com os dentes todos e alguns, por partir uma unha, já queriam embalar no sonho surreal, pois que nessa altura era fácil conseguir o que pretendiam, tapando os olhos vendados aos profissionais de saúde e seguradoras. Naquela época havia pouca manipulação, mas, mesmo assim, subornavam os profissionais e a intenção era regressar a Portugal com valores a cair no Banco, para viver à rica e à francesa, alguns já com boas casas e terrenos e dinheiro no Banco, em Portugal. Por este motivo de enganadores, hoje, os novos emigrantes sofrem de discriminação na saúde; estamos quase ao abandono pelos médicos, advogados e seguradoras, etc.  A Suíça incutiu novas Leis, novas regras, colocou em Portugal, e outros países europeus, fiscais a seguirem os passos dos emigrantes retornados à origem com uma invalidez. A muitos ex-Emigrantes apanhou-os a trabalhar por conta de outrem e outros a trabalhar nos seus terrenos agrícolas, cafés e restaurantes, e logo de imediato lhes retiraram o direito a receber aquilo que tinham conseguido na Suíça. Por outro lado, é sabido que agora aqui na Suíça paga o justo pelo pecador; uns estavam a receber, porque usaram a manha e outros coitados, incapacitados, mas não mortos, que por cuidarem das suas coisas como passatempo e para terem produtos nas suas terras para se alimentarem, foram punidos de igual forma ao que mentiu sobre a doença. Na verdade, hoje a Suíça, através das suas identidades, nunca querem dar uma pensão vitalícia a nenhum acidentado e a nenhum doente, querendo-os pôr a trabalhar até à exaustão, afirmando que podem ter um trabalho adaptado. Aqui, faço um reparo ao Estado suíço, sobre aqueles que ficaram sem a pensão de invalidez, por estarem a fazer pequenos trabalhos em casa ou no campo deles próprios, e aqui os suíços estão a corromper. Se, para eles, hoje a nova emigração depois de sofrer um acidente pode ter um trabalho adaptável, porque é que os inválidos em Portugal tinham que estar fechados em casa ou a ganhar vícios de café entre outros vícios, se não tivessem um passatempo, mesmo que esses afazeres fossem produtivos para a vida quotidiana da família? Na Suíça, ou em qualquer lugar do mundo, há regras; essas regras severas agora são a favor da Suíça, um sistema que os protege dos próprios tribunais suíços e dos tribunais superiores, considerados a terceira instância, apesar de esse grau de hierarquia não existir formalmente no Poder Judiciário. Tal como comecei `a emigração, o passado e o presente na saúde´, connosco `começou há pouco tempo, mas já é uma longa história´ e até aqui descrevi o porquê de emigrarmos para a Suíça, claramente à procura de uma vida melhor, que para muitos foi a desgraça, pagando o justo pelo pecador.

 

SUVA

 

 

 

Luta pelos direitos contra a SUVA

 

Neste momento, debatemo-nos sobre a situação macabra da nova emigração, de quem caiu na desgraça, teve o azar de ficar doente, ou de ter sido acidentado, onde o sistema suíço mente sobre a verdadeira realidade do caso em questão e são muitos os casos de diversas realidades, aprendendo com os ex. compatriotas, que fizeram o mesmo no passado com as instituições suíças?! No passado recente, e com vergonha de se manifestarem, e porque existe a barreira da língua neste país cultural que dificulta a vida a todos, usando quatro línguas num país dos mais pequenos do Mundo, onde nem os próprios suíços se comunicam de Cantão para Cantão, agora nasceram Grupinhos de cidadãos maioritariamente com depressões causadas pelo acidente, doença e falta de cuidados pelos mesmos, deixando-os à sua sorte, tentando atrasar os processos, para desistirem da luta do dia-a-dia pelos direitos que têm, após alguma desgraça, seja ela de que carácter for. Os grupos foram criados por vários lesados após acidentes de trabalho, que estão a ser vítimas de erros e injustiças por parte de empresas, seguradoras, médicos e outros intervenientes. Após conhecer a história de alguns membros, a `Revista Repórter X Editora Schweiz´ decidiu dar voz a este/ s grupo/ s e indivíduos, de forma a ajudar a dar visibilidade aos seus casos, para que se comecem a ver desfechos mais positivos, do que aqueles que têm acontecido.

 

SUVA; o Suva, com sede em Luzern, é o Fundo Nacional de Seguro de Acidentes da Suíça. É uma seguradora do sector público e provedora líder de cobertura de assistência médica para funcionários, em caso de acidente na Suíça.

 

Foi neste contexto que comecei a entender que a Suíça não é o que era, e que nem tudo na Suíça `reluz e é ouro´, pois que sendo leigo até aqui sobre o sistema de saúde suíço, apenas sabia que eram muito rápidos para operar, ao contrário de Portugal, que demora anos. No entanto, sofri aqui neste país Helvético três pequenas cirurgias com eficácia, uma à apêndice e outra a uma fístula e ainda outra a uma artéria tirada de uma perna para um braço. No entanto, não é o que relatam; a maior parte dos cidadãos sofreram acidentes de trabalho, alegando que ficaram piores na saúde, em geral e principalmente problemas de ossos. Estes emigrantes lutam contra a corrupção passiva na Suíça de seguradoras, advogados e médicos, melhor contra o sistema suíço! Tem-se realizado debates em Livestream nas redes sociais, com estes trabalhadores de várias áreas que, por acidentes de trabalho ou por motivos de doença, se encontram em situações deveras precárias. O sistema não indemniza os trabalhadores, muitas vezes sob o argumento que as mazelas do acidente são na verdade provocadas por doença, o que na maior parte dos casos não corresponde de todo à verdade. Como consequência, os lesados não recebem qualquer reforma de invalidez e são encaminhados para o departamento de ajuda social do estado suíço (Sozialamt), ou são obrigados a integrarem-se numa actividade laboral, dita adaptada à sua capacidade física. Muitos são, porém, os casos em que as pessoas se encontram inválidas a 80%, ou até mesmo 100%, o que torna impossível o reingresso no mundo laboral. Infelizmente, em muitos casos, as pessoas acabam por ficar em situações de extrema precariedade.

 

Sem dinheiro para pagar despesas básicas e de primeira necessidade (alojamento, alimentação, etc.), são muitos os relatos de portugueses (e não só) que dormem nas ruas. O desespero já levou alguns ao suicídio e tantos outros a regressarem a Portugal, sem verem reconhecidos e validados os seus Direitos. Anos a fio a pagar impostos no país “maravilha”, para depois sermos “chutados” para fora, sem qualquer benefício e sem qualquer reconhecimento. Houveram reuniões no Consulado Geral de Portugal, em Zurique e no Sindicato Unia em Zurique, houveram ainda questões colocados pessoalmente ao Deputado pela Europa, Paulo Pisco, numa entrevista na sua passagem pela Suíça, e de expor da mesma forma o problema aos candidatos do MAS, Movimento Alternativa Socialista, chegamos à conclusão de que os nossos representantes políticos não estão a par da realidade que a comunidade portuguesa vive cá fora, quando confrontada com este tipo de situações. Para além de não estarem a par, poucos são os esforços que fazem, para acompanhar os portugueses lesados. Já falamos ao telefone com o Gabinete da Dra. Berta Nunes, ex-Secretária de Estado das Comunidades, e não obtivemos resposta. Um grupo de pessoas lesadas esteve em frente à SUVA e uma delas iniciou greve de fome, na cidade de Luzern. Depois, e pela segunda vez, a instituição SUVA recebeu o grupo de pessoas, mas não chegaram a um acordo. Adiaram o debate com os lesados, pretendendo assim prolongar mais ainda este Grupo integrante. No entanto, o grupo foi persistente e por isso apresentou-se às 16h00 do dia 24 de Janeiro de 2022 à porta da SUVA, para dar início à sua greve; um elemento fez greve de fome, que durou 48 horas. No entanto, permaneceram oito dias, ali à porta, até 31 Jan de 2022, de manhã até à noite, indo dormir a casa, para salvaguardar a saúde de todos. Gélidos, ali permanecem desde então, até que alguém se digne a iniciar um debate sério, humano e consciente com este grupo. Esta luta foi de extrema importância, para tentarem solucionar a situação o quanto antes. O Grupo, simplesmente, estava ali a lutar pela verdade e pela justiça. Sabemos que a SUVA consentiu uma reunião, que não veio a dar em nada; piorou a situação, desabou o Grupo que lutara junto e descambou uns para cada lado; aquilo que as instituições pretendem é desestabilizar psicologicamente os lesados. A Suíça só quer cá quem tem saúde e trabalhe, dê rendimento ao país; quando um emigrante cai nas malhas da desgraça, eles querem é que se vá embora, com o rabo a abanar sem os seus direitos! Também sabemos que o ex-Consul de Portugal em Zurique foi chamado à SUVA e foi-lhes pedido para que alguém do grupo fosse representado, mas ignoraram os nossos E-mails e não dizem nada sobre a situação desse encontro do Consulado com a SUVA! Não sabemos se na realidade comunicaram às instâncias superiores e competentes em Portugal, já que a Embaixada de Portugal em Berna não ergueu uma palha do chão! É necessário tomarmos conhecimento de todas estas situações pelas quais os portugueses cá fora passam. Existem acordos bilaterais, celebrados entre a União Europeia e a Suíça, já para não falar dos direitos humanos, que de alguma forma caem muitas vezes no esquecimento de quem nos governa e representa. Enviamos a notícia para os governantes e televisões, depois de estarem pessoalmente no local; enviei também conhecimento ao Deputado Paulo Pisco, ele que nos representa na Europa e prometeu fazer chegar este caso ao governo. Até agora há muitas perguntas sem respostas! Brevemente, voltaremos à carga; houveram novas eleições e novos eleitos.

 

 

 

 

 

Agora a nossa/ minha história!

 

Começou há pouco tempo, mas já é uma longa história!

 

Como foi dito acima, foi empresária e a crise atirou-a para a Suíça; sempre trabalhou em Portugal no tempo da escravatura infantil, a partir dos 12 anos de idade e sempre descontou no país. Mais tarde casou, foi mãe e teve filhos aqui neste país; tem netos, a mais recente geração de pessoas com sangue português nascidos num país, que pode ser deles, uma vez não viver em mais nenhum país. É este país que escolhemos para viver e nos acolheu e queremos viver, mas também lutar pelos nossos direitos e pelos direitos dos nossos filhos e netos. Cá na Suíça, esta funcionária trabalhou durante 14 anos consecutivos na mesma empresa a 100%, primeiro num Hotel e depois numa empresa de Limpeza, e ainda horas em escritórios. Quando cá chegou à Suíça, não tinha problemas deste género de saúde, de que hoje padece, nem os familiares tiveram estes sintomas; sofre de problemas dermatológicos, que a levou lentamente ao limite pouco a pouco, e ano após ano foi piorando e sendo hospitalizada algumas vezes intermitentemente, por uma semana, quinze dias e um mês para ser tratada. Melhorava, mas sempre voltou ao mesmo! Inicialmente, os tratamentos foram dolorosos, a cortisona tirava-a da angústia, retirando as `carpas´ da pele, até causticarem. Numa visita a Portugal ficou muito mal; andava em recuperação e foi a um dermatologista a Braga que lhe disse que o médico lhe deu a dose a mais e que lhe queimou as mãos. No Hospital, receitaram-lhe outro medicamento, `Toctino´, em que veio a perder metade do cabelo.  Fez sessão de luzes, LIP (Luz Intensa Pulsada), no qual as unhas triplicaram de espessura. Entre algumas injecções, tomava o `Dupixent´ em casa; enfim, fez todo o tipo de análises e de terapias, algumas em que melhorava, mas por pouco tempo. Com certeza que, quando era internada, não tinha contactos com nada e com tratamentos diários veio quase sarada, mas por pouco tempo. Invocaram a alergia ao pelo de animais, ao pólen, a metais e a tanta coisa, que não se sabe a verdade dos factos. Por fim, dizem que é dos produtos de limpeza e da água. Na verdade, a água da Suíça tem metais muito pesados, para os suíços considerada uma boa água, mas vejo realmente e tenho essa percepção que esta água é prejudicial para quem a bebe da torneira e até acelera a queda de cabelo, na maioria dos homens que ficam carecas e mulheres com pouco cabelo. Entre baixas e internamentos e ficar em casa, começou a ser muito frequente, nos últimos três anos e consecutivamente no ano 2022, em que atingiu um ano de baixa sempre a 100%, na qual o empregador nunca fez a rescisão do contrato; a empresa sempre esperou pela funcionária, a ver se tinha melhoras, pois que todos os clientes privados gostam dela, pelo seu profissionalismo. Ora, e aos poucos é que são elas, e quando digo atrás que não sabia nada sobre o sistema de saúde suíço, fiquei a tirar as minhas ilações com os grupos que reclamavam com a SUVA e IV, Advogados, Médicos e Hospitais. Participei numa reunião no Hospital Universitário de Zurique, cuja médica brasileira e mais três médicos comunicaram que a paciente não poderia trabalhar mais na profissão que tinha e pelo que se deveria inscrever na IV e SUVA, e assim o fez. Hoje com presença assídua da paciente em Consultas no Hospital, Clínicas e consequentemente SUVA, venho a ligar os factos de que há um sistema montado na saúde, duma espécie de bola de neve, onde cada um atira a bola para o outro, a ver quem parte o degelo! Começando pelo início, embora esteja a escrever uma sequência de factos e informações, pareceres pessoais e outros afirmativos, que mesmo afirmativos e informativos com validade, com este sistema podem não ser validados pelas instituições em causa e talvez, também, pelo tribunal suíço; julgo que para estes casos será preciso recorrer aos tribunais internacionais dos direitos humanos! Esta tal baixa a 100% deu lugar ao pagamento, por parte da seguradora da empresa empregadora da paciente, a Axa Seguros, da “krankentaggeld” durante um ano, mas, depois, recebemos uma carta, a dar conta que a Axa Seguros ia cancelar o pagamento.

 

Claramente que reclamamos, a dizer o seguinte; a trabalhadora esteve ao serviço durante 14 anos, na mesma firma, e tem direito a “krankentaggeld” por 2 anos! A Axa respondeu que iria averiguar o caso e até hoje não deu resposta!  O facto é que a AXA deixou de pagar e começou a pagar a SUVA! Neste momento já estávamos com um pé atrás, achando muita coincidência, pois que antes uns dias, uma médica do hospital tinha reunido com mais dois médicos, que nada conheciam do caso da utente, para prescrever no computador, mandando-a trabalhar sem dó nem piedade; nem viram a situação dela de saúde, em que se reclamou com eles por a paciente ser sempre atendida por estagiários, e nunca era o mesmo estagiário, e que nenhum sabia do problema gravíssimo da paciente. O que me meteu mais raiva é que uma médica era portuguesa. Não gostaram e ainda me disseram que se não estivesse bem, que se mudasse para uma clínica e foi o que foi feito (nas clínicas também não lhes interessa doentes com problemas graves; interessa mais é ganhar dinheiro com doentes ligeiros, para não terem chatices e a paciente foi obrigada a voltar ao hospital Universitário).

 

Nessa negação da baixa médica, que é obrigatório confrontar com direitos Humanos, quando os pacientes estão doentes, mas que médicos corrompidos não respeitam a Lei, a conduta persecutória dá no que dá e pensam que as pessoas se intimidam! A paciente, a seguir, foi ao médico de família, que viu a sua desgraça, coisa que não se soubesse, e deu de novo a baixa a 100% à paciente; o médico acrescentou que estava lá para ajudar e em caso de ter advogado, diria e fazia tudo que estivesse ao seu alcance, dizendo mesmo que era conhecido pelo mau da fita pela SUVA, por ser correcto. Ali, a paciente contou o sucedido ao médico de família e ele escreveu uma carta para ir a uma clínica, a qual viu a paciente uma meia dúzia de vezes e mandou-a para outra clínica; a paciente começou a sentir-se psicologicamente cansada e rejeitada e esta segunda nova Clínica só a atendeu uma vez e disse que tinha de voltar para o hospital; e como “filho pródigo”, e porque a coisa não é para brincar, a paciente volta ao hospital para mais do mesmo! E a paciente continua a não ser tratada condignamente pelos profissionais, com negas de relatórios e baixas médicas e ainda por discriminação da linguagem.

 

 

SUVA

 

O sistema actual é corrupto

Numa de mais algumas consultas, os médicos do hospital deixaram de passar a baixa médica; ora, a paciente tinha que ir pagar uma consulta ao médico de família, sem ter essa necessidade, e isto já cheirava a esturro do estrugido queimado! Eu, como acompanhante da paciente, a maioria das vezes, um dia bati o pé à doutora e exigi a baixa médica, dizendo que quem seguia a doente eram os médicos no hospital e que o médico de família resumia-se a ser informado pelo que lhe enviavam escrito. Disse não. Pressionei e obriguei a médica Chefe a falar comigo; até o meu alemão fluiu com a indignação e nervosismo, disse que sabia de Leis e que ela era obrigada a passar a baixa médica; a médica acabou por dizer que era pressão da SUVA; eu prontamente disse-lhe que eram todos corruptos e que estavam a compactuar com a SUVA e disse que os tipos também fizeram o mesmo com a empresa. A médica ficou boquiaberta; ameacei a dizer que já tinha dito tudo isto em tribunal, porque eu já sabia e confirmei melhor nessa conversa, de que teriam de passar a baixa. Na última consulta, à data desta carta, a médica dessa consulta tratou mal a paciente e a acompanhante; eu não me tinha feito acompanhar. No entanto, escrevi ao Chefe de dermatologia e responderam que iriam ver o caso, mas até hoje não sabemos de nada, pelo que recusamos mais consultas com essa médica miserável, que deve pensar que os pacientes são cães.

 

Na mesma semana, a IV envia também uma carta, a dizer para a paciente ir trabalhar, ou para se inscrever na RAV, `fundo desemprego´, sem que esta instituição mandasse um médico deles ver a paciente; ora, ficámos zangados. Respondemos tal como fizemos com a AXA; quem eram eles, para tomar uma decisão, sem mais nem menos e nem tão pouco tiveram o contacto directo com a paciente? Prestaram-se a analisar o caso e até hoje não temos respostas. Muito estranho! Como sou uma pessoa atenta a tudo, comecei a juntar dois mais um, igual a três e não me enganei; juntando o que sabia dos grupos e das histórias contadas em Live, as dúvidas eram poucas, havia aqui cambalacho. Logo seguido a estes últimos desenvolvimentos, recebo um telefonema da empresa da empregada, a dizer que tinha que fazer a rescisão de despedimento. Foi aqui que tive quase a real certeza, que o sistema era um caso muito sério de tentativa de golpe da palavra manipulação do grupo, que assentava aqui. Nessa comunicação, foi esclarecido que a Empresa tinha sido abordada pela SUVA e as nossas conclusões começavam a ser reais.

 

A Empresa não despediu a funcionária e eles ficaram danados. No entanto, fomos ao médico de família, o qual se prontificou a ajudar, e esclareceu que a paciente com baixa a 100% não pode trabalhar neste momento e não se pode inscrever no fundo de desemprego, uma vez de baixa a 100% e, por outro lado, referi ao médico que a paciente não foi despedida e que não ia procurar trabalho, até que isso acontecesse. Também perguntei se de baixa, mesmo desempregada, era obrigada a ir para a RAV “fundo desemprego”, pois que de baixa ia enganar o empregador, quando na verdade não pode trabalhar. Na semana a seguir foi a ida à SUVA, que antes já tinha sido vista duas vezes pelo médico deles e que na abordagem vem com uma decisão, a qual não aceitamos. A SUVA disse que ia pagar só 4 meses e que a AXA deixava de pagar, sendo que a AXA adiantou o valor designado por “krankentaggeld”; tudo muito estranho e logo pensei que era mais um barrete, para nos enganar. Não sei se funciona assim, tenho dúvidas, e logicamente que nós reclamámos da decisão. Estes fizeram como a IV; mandaram a paciente inscrever-se na RAV “fundo desemprego”; impus-me e fiz várias perguntas sem respostas, alegando que estavam a representar o chefe máximo. Nesse mesmo dia, saímos da SUVA e fomos directamente à Empresa. Não me enganei! Na verdade, a SUVA telefonou à Empresa, para eles despedirem a empregada, confirmado pelo marido da empregadora, que é advogado. Este é o tal caso de corrupção, que todos os lesados falam com tanta realidade. Como já referi, esta tal bola de neve funciona e andam aqui a tramar o desgraçado, que sempre cumpriu com os seus direitos e deveres e eles estão a lixar-se para a saúde física e moral dos emigrantes, que tanto dão a este país. Ora, a Empresa ao saber disto, diz que não vai dar o despedimento, porque esperam que a funcionária fique melhor. As instituições fazem telefonemas entre eles; neste caso, poucas são as dúvidas de comunicação entre a AXA, SUVA, IV, Hospital, médico de família e por fim a empresa! O que eles pretendem? Pretendem fugir do caso, silenciando para pagar uns mesitos e, em algumas declarações registadas, pagarem umas pequenas indemnizações, para silenciar o pobre do paciente, que sofre por piedade e dor. Porque as mandam para a RAV “fundo desemprego”? Mandam inscreverem-se na RAV, para que não assumam responsabilidades e para que deixemos os casos passar validade de reclamação, enquanto cai uma misera côdea de 80% do ordenado que tinham e finda, depois dos dois anos, e depois não podem recorrer. O que acontece, depois de não ter direito ao fundo de desemprego? Estão condenadas a duas coisas; ou vão para a Segurança Social ou vão embora para o seu país de origem, recebendo os Fundos que têm, mediante os anos que trabalharam na Suíça e o valor que descontaram. Se cá ficarem a receber da Social, estão a ser pagos com o próprio dinheiro, que levavam para Portugal de fundos e que vai diminuindo ao lote. Quem tem o direito de assumir o que quer que seja, atira para a RAV e assim atiram a responsabilidade para os outros indirectamente, porque o sistema é o mesmo e a LEI protege-os da forma que fizeram a mesma LEI. Isto, se os patetas dos emigrantes forem na treta, pois que devem reclamar sempre nas datas previstas e devem consultar directamente o tribunal, e não um advogado, que pode também ele corromper, ou apenas querer ter benefícios de lucro, nunca sabemos!

 

Tinha algumas dúvidas perante tudo o que escrevi, mas batem certo as histórias, contadas nos grupos, e o que estou a seguir de perto, e acho que depois de dar entrada no Tribunal, logo a seguir pode-se ir para instâncias superiores e internacionais! Num determinado tempo, quem tem de assumir o caso, é a IV, o fundo de Invalidez que toma conta do paciente, que a SUVA está a pagar. Nesta altura, o que posso dizer, é que a empresa não fez o despedimento e a SUVA não avançou com a decisão, e era isto que eu esperava, porque eles contavam com o ovo no cu da galinha, mas a empresa não despediu.

 

 

 

 

Dantes, os emigrantes subornavam os médicos

 

O “krankentaggeld”, que o Seguro AXA pagava, agora foi a SUVA que se responsabilizou pagar, mas falta quase um ano, para os dois anos que a Lei determina. Só depois, a IV é obrigada a tomar conta do caso, uma vez que inicialmente se deitou de fora e ambos, SUVA e IV, querem enganar a paciente, induzindo-a em erro, mandando-a inscrever-se no fundo-desemprego, quando esta não pode trabalhar; para mim, é corrupção, além de corromper os empregadores, hospitais, médicos e advogados.

 

Na primeira pessoa, digo que advogados também são corruptos, porque primeiro querem receber antes da consulta e depois na consulta querem valores adiantados, para lerem os processos, ou iniciar os processos, caso não tenham iniciado, e sabendo que não tem interesse de seguir o caso. Um desses Advogados disse mesmo que não lutava contra a SUVA e que não sujava o seu bom nome, e recusou seguir com o caso na defesa em tribunal, depois de nos vigarizar; embora sabendo que os valores eram para consultas, tínhamos a ideia que seria um advogado sério, porque os advogados devem ser sérios, senão iam para comerciantes, e sabendo que não ia seguir com o processo, não devia aceitar sequer ver o processo. Exigimos-lhe ainda um valor de volta, que não recusou para não ter problemas connosco. Daí sermos pacíficos, e não divulgar o nome dele; no entanto, fizemos queixa ao tribunal de Winterthur. No nosso caso, o processo tinha começado, mas a consulta neste advogado foi aldrabada e incorrecta.

 

A SUVA, com base em relatórios do hospital, reclamados por nós no hospital, e no caso de se distinguir se a doença é provocada ou doença normal, o que gerou revolta quanto ao diagnóstico, e teorias erradas. Debatemos isto, no momento que contei atrás, sobre a recusa da baixa médica e em consultas externas, com um tradutor que pedimos, para percebermos a 100%, no qual a médica que consultou, e mais a médica chefe, declararam oralmente que iam reparar o erro e que declarariam que a doença era provocada e mandavam esse novo relatório à SUVA; até hoje, a SUVA não se prenunciou. O hospital Universitário de Zurique e todos os médicos dizem que o problema de saúde da paciente está considerado como Berufskrankheit (doença ocupacional) e os médicos cometeram sucessivos erros ao facturarem e a passarem as receitas como Krankheit (doença), o que é falso. A Kankenkassen (seguro de doença) da paciente, disse-nos para pedir ao hospital a rectificação de tudo, para que a SUVA pague as despesas de saúde. Nós pedimos, mas eles não quiseram rectificar e, assim, a SUVA não paga despesas extras atrasadas, livrando-se de nós, com a boa acção de fazer um novo relatório para enviar à Suva e que nada adiantou.

 

A Suíça, perante as suas instituições, quer que todo o aleijado, deficiente, vá trabalhar, mandando-o trabalhar num adaptável, pois que, não sabendo a língua, nada nem ninguém vai dar um trabalho na mesma área a esse paciente/ trabalhador, mesmo não usando produtos e nem água. Ideias de malucos, que querem mandar na vida das pessoas, pô-las a trabalhar até à exaustão, ou até à morte, ou querem que elas se vão embora, porque não estão cá a fazer nada, apenas a dar prejuízo. Esquecem-se que a economia do país é rica, graças aos emigrantes, e esta paciente trabalhou alguns anos, sem ter ido ao médico, nem dado despesas ao Estado, e sim pagando impostos e dando lucros, e portanto não podem nunca dizer que a paciente vinha doente de Portugal. Por isso, a doença mais provável é Berufskrankheit. (doença ocupacional) e quem diz que não foi provocada e veio para ficar? Agora, também não vamos discutir com eles se a doença foi provocada por mil e uma coisas ou é definitivamente apenas doença; o facto é que são obrigados a tratar das pessoas, como humanos e na constituição mundial do direito á saúde e sobrevivência, ou então viramos canibais. Têm de ser ajudadas, perante a Lei, nem que seja pelo tribunal. Muitos desistem e vão embora para os países de origem, porque se calam. Muitas vezes, na Suíça, insistem em cursos da língua, como quem diz “não sabes a língua para te adaptares a um trabalho de escritório ou outros do género”, o que não é de todo correcto, porque há pessoas que têm dificuldade em aprender línguas e são melhores, mas muito melhores naquilo que fazem, que alguns que falam línguas. Tem de haver uma solução e devemos dialogar, não concordando com aquilo que eles querem a favor deles e contra os direitos legais do acidentado ou do doente.

 

As instituições-mãe, a seguradora SUVA ou a INVALIDEZ IV, têm de assumir a verdade dos factos. A Suíça gosta de transmitir o bom para fora e camuflar o mau cá dentro, e começa na comunicação Social. Viva aqueles que denunciam quem não cumpre, na defesa dos seus direitos, depois de terem cumprido os seus deveres e hoje é lamentável sabermos que no passado houve “mamões” a enganar o Estado suíço, subornando os médicos e advogados com valores graúdos, e hoje as coisas inverteram-se; agora, pagamos todos por isso. Às vezes, tenho vergonha duma sociedade incoerente.

 

 

 

SUVA

 

 

Tribunal; Recorrer à decisão da SUVA e IV

 

1 – Os médicos, no hospital da Universidade de Zurique, que atenderam a Paciente, estão quase todos a fazer a aprendizagem e, em vez de escreverem nos relatórios Acidente de trabalho/ Arbeitsunfall, escreveram Doença/ Krankheit, e isso é completamente errado. Os tratamentos foram diversificados; uns tiveram uma boa aceitação no corpo da paciente e outros fizeram-lhe muito mal (caiu-lhe 50% do cabelo, as unhas ficaram muito espessas, os pés mais tarde ficaram também afectados).

 

2 – Uma Junta médica, no hospital da Universidade de Zurique, constituídos por 4 médicos gerais, mandaram a Paciente inscrever-se na SUVA e SVA, porque não tinha mais condições de trabalhar; portanto, pedimos este relatório e todos os relatórios existentes para lutar pelos direitos humanos. Se os médicos gerais do hospital dizem que a Paciente não pode trabalhar, quem são os médicos da SUVA e SVA, para contradizer os médicos do hospital Universitário de Zurique?

 

3 – O médico de família diz que a Paciente não pode trabalhar, na situação que está de Acidente de trabalho/ Arbeitsunfall e, por esse motivo, vai continuar a dar o Certificado médico/ Artzeugnis e que ajudaria pela verdade, em toda a situação juntamente com um advogado, pedindo para se consultar um profissional, para nos defender em tribunal. Por outro lado, a Paciente é quem sabe se pode trabalhar ou não; ela é que sente a dor, o incómodo e a discriminação. Também ninguém dá trabalho adaptado à Paciente, na situação grave em que se encontra.

 

 

4 - A Paciente foi para Tribunal com advogado ou sem advogado; quer lutar pelos seus direitos, há direitos e há deveres e é pela sobrevivência que quer lutar, pela verdade, contra a Lei que está mal estabelecida, pois a Lei está contra as pessoas que ficam gravemente afectadas na saúde, e isso vai ter que mudar um dia. Caso seja preciso, a seguir ao Tribunal, iremos ao tribunal europeu. Já estamos também em contacto com o Governo Português, para que dialogue com o Estado suíço, sobre esta situação grave do serviço privado de saúde da Suíça, que afecta centenas de portugueses.

 

5 – A Paciente recusa-se a ir para a RAV, pois não foi despedida pela empresa; está de Baixa médica a 100%, e considera corrupção e irresponsabilidade da SUVA e SVA, por querer mandá-la para a RAV, sabendo que não pode trabalhar e que ninguém lhe dá emprego e, de seguida, quer mandá-la para a Social, para pagar a sua sobrevivência com o seu próprio dinheiro, que acumulou para a reforma e não é justo.

 

6 – Verifiquei que só há erros, acima citei os erros cometidos pelo hospital da Universidade de Zurique, entre definir o correcto; é Acidente de trabalho/ Arbeitsunfall e não é Doença/ Krankheit e o Seguro de saúde/ Krankenkassen da Paciente disse para pedirmos ao hospital, para que corrijam as prescrições dos Artzeugnis, Receitas médicas, internamentos no hospital, para a SUVA pagar tudo correcto à Paciente.  Também é errado o que a SUVA de Zurique escreveu à Paciente, a dizer que ela estava desempregada, é falso, repito, a Paciente está de Baixa médica! No relatório da SUVA diz que a Paciente trabalhou a 65% para a empregadora; é mentira, a Paciente   trabalhou a 100% na empresa.

 

7 – Da SUVA, telefonaram à empresa da Paciente, para a despedir; isso é crime e tentativa de corrupção. Também telefonaram ao hospital, para que não dessem mais baixa à Paciente e a médica estagiária mandou a Paciente trabalhar com as mãos e pés completamente em sangue, obrigando a Paciente a recorrer ao médico de família, que sabe muito bem o desespero da Paciente e como é grave a situação da Paciente. Também a SUVA falou com o marido da empregadora, que é advogado e, nessa tentativa de forçar a empresa a despedir a Paciente para a Paciente ir para a RAV, disseram-lhe que a Paciente iria receber 4 anos e depois podia recorrer.

 

8 – Vamos juntar todas as provas e ir a tribunal, como disse de início, sozinhos ou com advogado; vamos lutar pelos direitos humanos em tribunal e, se necessário, no tribunal europeu e estamos a contactar também o Dr. António Guterres das Nações Unidas (ONU). Já contactamos o Deputado Paulo Pisco pessoalmente, pelo telefone e E-mail e uma grande parte dos políticos portugueses; Presidente da República Portuguesa, Governo da República Portuguesa, Ministério dos Negócios Estrangeiros, Secretariado de Estado das Comunidades Portugueses, Deputados pela Europa, Presidente da Assembleia da República Portuguesa, Deputados na Assembleia da República Portuguesa, Embaixada de Portugal em Berna, Consulado Geral de Portugal em Zurique, entre outros Consulados na Suíça, e Conselheiros do Consulado Geral de Portugal em Zurique, entre outros Conselheiros na Suíça.

 

9 – Este caso, se não for tratado como deve ser tratado, com dignidade, com isenção, com imparcialidade, vamos chamar a Comunicação Social portuguesa. Já está previsto virem cá ouvir os emigrantes portugueses lesados pelo sistema de saúde na Suíça, e dois Deputados da Assembleia da República portuguesa, uma vez que estamos a ser ignorados pela Embaixada de Portugal, em Berna e pelo Consulado Geral de Portugal, em Zurique. Não sei o que todos receiam! A Paciente não vai desistir.

 

10 – Esperamos que o Tribunal avance com este caso em frente e seja justo, porque temos tudo para vencer e junto à verdade; já juntamos documentos e pedimos ajuda ao médico de família e hospital Universitário de Zurique, e já nos fornecerem documentos e relatórios a corrigirem os erros que citei nas frases acima, pois o Juiz é humano e acreditamos na justiça. A verdade e os direitos da Paciente em primeiro lugar, pela sua vida, pela sua sobrevivência. Adoramos a Suíça, construímos aqui uma nova vida na Suíça, depois de uma grande crise em Portugal; a família que está a crescer e é nesta terra que escolhemos viver, e por isso lutamos por igualdade, seja contra quem for.

 

 

 

 

Carta de reclamação aos imperfeitos da SUVA

 

Caros senhores SUVA/ IV

 

Eu venho comunicar a minha indignação sobre a vossa reacção ao caso de doença, em relação à pessoa que estou a seguir.

 

A pessoa não foi despedida, a empresa  não escreveu o Kundigung à pessoa; é falso. Há alguém na SUVA que dorme, ou está a tentar desequilibrar ou aludir ao engano, repito, a pessoa  não foi despedida. Quem quer que despeça a pessoa é a SUVA, porque já telefonaram à empresa, para despedir a funcionária; eles sabem, como patrões, que a funcionária é a melhor funcionária que têm e a única de confiança a 100%, perante o trabalho e perante a família.

 

A SUVA não é correcta, ao telefonar ao empregador da pessoa, para a despedir.

Também a SUVA telefonou ao Hospital Universitário de Zürich, para não dar baixa médica à Paciente.

Sou defensor dos direitos humanos, sou activista e sou pela verdade, e chamo a isto corrupção e abuso de poder.

 

Estão a fazer da pessoa uma idiota, mas a pessoa não é uma idiota; a pessoa apenas não fala o alemão, mas tem quem lhe lê e traduz as cartas e sabe algumas Leis. Ela era empresária em Portugal!

 

Então sabe muito bem que a SUVA quer despacha-la para a RAV, para não pagar o salário mensal. A SUVA está a fazer tudo, para não pagar o salário, a que tem direito.

 

Vamos ver uma coisa! Quem sabe se a  pessoa pode trabalhar? São os médicos no hospital e o médico de família ou a SUVA? Os médicos, em geral, dizem que a paciente não pode trabalhar. Não vamos discutir se é doença provocada ou doença normal. O facto é que a paciente, mais uma vez, foi parar ao hospital um dia destes muito mal; para a SUVA isto é uma brincadeira, mas para a família não é brincadeira. Pois se a SUVA se quer livrar da pessoa, a IV que se responsabilize pelo caso da doente!

 

Não me venham mandar a funcionária para a RAV, quando ela não tem autorização para trabalhar; ela continua a ter baixa de 100%. É um abuso da pessoa, que está na SUVA a pressionar a doente. É falta de ética.  É falta de moral. É uma falta de respeito. Agora já não falam num trabalho adaptado, já falam num trabalho de 10%, para a pessoa se inscrever na RAV para trabalhar 10%! Nossa Senhora, que mais querem impingir? Mas quem sabe se a pessoa pode trabalhar ou não 10%, são os médicos ou é a SUVA? Ainda agora, nas urgências, obrigaram a doente a andar de canadianas, por causa de uma nova infecção numa perna! Vocês estão a pôr a pessoa num estado de nervos e o foro psicológico afectado; é inadmissível a vossa pressão, a vossa habilidade. Estão a tratar as pessoas imigrantes como lixo.

 

Caros senhores, haja coerência.  Haja responsabilidade. Enviamos todos os documentos para tribunal, pois foi o caminho que encontrei, para combater toda esta pressão provocada pela SUVA. A SUVA não está acima da Lei e, se for preciso, iremos ao tribunal europeu. Vou pedir para falar com o Engenheiro Guterres, Secretário-geral das Nações Unidas, em Berna, e expôr o caso da pessoa, da doente ou da Paciente, como lhe queiram chamar!

 

Aguardamos resposta a todas as questões, e usem a boa-fé.

 

João Carlos Veloso Gonçalves


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial