domingo, 30 de janeiro de 2022

Felicitamos o PS e António Costa pela maioria absoluta

O mapa cor-de-rosa mostra a maioria esmagadora dos socialistas...


Em nome pessoal, em nome da Revista Repórter X Editora Schweiz, dou os parabéns ao António Costa pela Victória e claramente, que há o interesse da continuidade dos pedidos de apoio. Pedimos apoio ao Gabinete dos Negócios Estrangeiros para a revista no qual queremos ver aprovado. Pedimos ajuda ao deputado Paulo Pisco para ajudar os portugueses da Suíça, Vidas Destroçadas. São factos comunicados ao telefone, por escrito e pessoalmente, no qual as identidades que nos representam na Suíça estão a par e em contacto também eles com o Governo.

Quelhas, Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Fundação Jean Pina e a acção solidária na Venezuela


Fundação Jean Pina e a acção solidária na Venezuela

 

A Revista Repórter X comprometeu-se, na última entrevista com Jean Pina, a dar visibilidade a todo o trabalho que este homem e a sua grande equipa da fundação Jean Pina desenvolvem junto das comunidades portuguesas. Assim, para abrir o novo ano, não podíamos deixar de referir a forma brilhante com que esta fundação fechou 2021. As suas actividades de benevolência têm passado além-fronteiras, e estão cada vez em mais cidades e países.

Dessa forma, convidamos, além do próprio Jean Pina, Jany Augusto Moreira e o Dr. Macedo Barros, para nos falarem um pouco mais sobre o Natal solidário, que esta fundação desenvolveu.

Jany Augusto Moreira reside em Caracas, na Venezuela. É, há 37 anos, dirigente associativo da comunidade portuguesa, e hoje em dia presidente da federação ibero americana dos luso descendentes. Presta também funções no consulado de Caracas. Amigo de Jean Pina, foram apresentados por Daniel Bastos, para poderem criar protocolos de união entre as comunidades portuguesas, e não deixou de louvar a iniciativa que o presidente da fundação Jean Pina teve junto da comunidade Venezuelana no fim do ano passado. Professor de carreira, trabalha há 37 anos, como mencionado anteriormente, junto de associações e instituições que apoiam a grande comunidade portuguesa, no país onde reside.

O professor Jany foi uma peça fundamental nesta operação de distribuição de cabazes de Natal na Venezuela, pois é importante a recolha de bens, mas é fundamental ter interlocutores de confiança, para que os mesmos possam chegar a bom porto. A Dra. Berta Nunes, Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, fez questão de se aliar a esta operação de Natal, sendo ela que despoletou toda esta intervenção na Venezuela. Foi criado o protocolo de actuação, que foi enviado para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, para ser aprovado, e posteriormente assinado pela secretária de Estado, pela federação ibero americana e também pela fundação Jean Pina. Colocar tudo em prática, foi muito difícil e foi um processo muito demorado, mas o professor Jany e a sua equipa, mesmo sem ter nada estabelecido, quando recebeu o apoio monetário na Venezuela, já tinham cerca de 70% dos cabazes distribuídos, adiantando esse valor e também através da ajuda do fornecedor dos bens. Jean Pina afirma que é difícil conseguir parcerias como esta, baseadas na confiança e nos valores e foi gratificante ver todo o esforço reconhecido, pela quantidade de feedbacks positivos que recebeu, através de chamadas, vídeos e mensagens. Foi assim uma iniciativa de sucesso, para quem deu e para quem recebeu, pois os bens entregues fizeram, sobretudo, muita diferença na vida de muitas pessoas.

Para o professor Jany, foi muito gratificante e ao mesmo tempo emocionante, fazer parte desta campanha solidária, uma vez que percorrendo cerca de 8 mil Km para fazer a distribuição de cabazes, conseguiu vivenciar de perto a situação de muitas famílias. O seu trabalho na área social já se desenvolve há várias décadas, mas é sempre comovente ver a felicidade de tantas famílias, que vivem sem condições básicas de vida, ao receber este caloroso mimo de Natal. A Venezuela é um dos países mais ricos do mundo, com petróleo, ouro e diamantes, mas que, infelizmente, não é bem gerido, e por isso é um país de terceiro mundo, onde por exemplo a reforma de um professor, que exerceu a sua profissão durante cerca de 30anos, como Jany, é de 10 dólares, o que equivale a 8€. Este país precisa e merece ser ajudado, pois também noutras ocasiões ajudou países em dificuldades, muitos deles vítimas de catástrofes naturais.

O Dr. Barros falou no seu projecto, já anteriormente referido noutros artigos, de levar novamente as pessoas mais necessitadas a regressar à produção agrícola para produção própria, a fim de não passarem necessidades, e Jean Pina apoia esse projecto.

O objectivo de Jean Pina e da sua fundação é continuar a ajudar, mas não apenas pontualmente. Pretende actuar com mais frequência, durante todo o ano, várias vezes por ano; mas além de ajudar famílias necessitadas com bens alimentares, também tem como objectivo incentivar as pessoas a regressar à vida activa, ajudando-as a reintegrar-se na vida social e laboral, pois muitos necessitados não têm uma casa, mas também não têm um trabalho. Assim, Jean Pina ajuda necessitados a terem a sua casa com a despensa recheada, mas muitas vezes com a condição de no dia seguinte começarem a trabalhar. Hoje em dia, têm 12 embaixadores fiéis aos princípios da fundação, espalhados por vários países, e Jean Pina orgulha-se de tudo o que, em conjunto com todos os beneficentes, têm conseguido, para levar a cabo os objectivos de ajudar mais a cada dia.

Todos estes intervenientes são independentes de partido político, pois o objectivo de se aliarem a determinados membros partidários, passa apenas por actuar da melhor forma possível, no meio social e nas actividades que desenvolvem, de forma a chegar ao maior número de pessoas possível, com as estruturas dos Estados.

As embaixadas e forças políticas não têm colaborado muito com os actos de ajuda aos portugueses espalhados pelo mundo, o que tem dificuldade as melhorias de condições que todos procuram, mas toda a crise política que vigora, por exemplo na Venezuela, irá continuar em vigor, mas todo o trabalho de colaboração na área de beneficência e os projectos associados à ajuda social irão continuar a evoluir, de forma a chegar cada dia, mais longe.

Jean Pina e Jany deixaram uma mensagem de agradecimento à secretária de Estado, Dra. Berta Nunes, bem como à Dra. Catarina Paiva, adjunta da secretária de Estado, que se mantiveram sempre em contacto com esta Fundação, e mesmo com todas as falhas do consulado, asseguraram que tudo isto era realizado e ajudaram também a que esta missão solidária fosse cumprida, fazendo com que esta gota no oceano se tornasse luz na vida de tantas famílias. Também o deputado Paulo Porto acompanhou a digressão solidária pela Venezuela, mas o verdadeiro louvado foi sem dúvida o fornecedor, que depois de ser adjudicado, começou o seu trabalho, sem ter sido pago qualquer valor.
Assim, foi concluída com sucesso, mais uma acção de beneficência, iniciada por Jean Pina e pela sua Fundação Nova Era Jean Pina, e laborada e realizada ao pormenor por todos aqueles que se propuseram ajudar esta causa.

 

Prescrição Vídeo:

Patrícia Antunes

Sociólogo político, revisor:

Dr. José Macedo de Barros

Presidente:

Quelhas, João Carlos Veloso Gonçalves

 

sábado, 29 de janeiro de 2022

Portugueses lutam pelos seus direitos contra a SUVA


Portugueses lutam pelos seus direitos contra a SUVA

 grevista abandonou o grupo Vidas Destroçadas e vai para tribunal sozinha com a SUVA.”

Vidas Destroçadas é um grupo de emigrantes que lutam contra a corrupção passiva na Suíça; seguradoras, advogados, médicos; melhor contra o sistema suíço!

A Repórter X tem realizado debates em Livestream nas suas redes sociais, com estes trabalhadores de várias áreas que, por acidentes de trabalho ou por motivos de doença, se encontram em situações deveras precárias. O sistema não indemniza os trabalhadores, muitas vezes sob o argumento que as mazelas do acidente são na verdade provocadas por doença, o que na maior parte dos casos não corresponde de todo à verdade. Como consequência, os lesados não recebem qualquer reforma de invalidez e são encaminhados para o departamento de ajuda social do estado suíço (Sozialamt), ou são obrigados a integrarem-se numa actividade laboral, dita adaptada à sua capacidade física. Muitos são, porém, os casos em que as pessoas se encontram inválidas a 80%, ou até mesmo 100%, o que torna impossível o reingresso no mundo laboral. Infelizmente, em muitos casos, as pessoas acabam por ficar em situações de extrema precariedade. Sem dinheiro para pagar despesas básicas e de primeira necessidade (alojamento, alimentação, etc.), são muitos os relatos de portugueses (e não só) que dormem nas ruas. O desespero já levou alguns ao suicídio e tantos outros a regressarem a Portugal, sem verem reconhecidos e validados os seus direitos. Anos a fio a pagar impostos no país “maravilha”, para depois sermos “chutados” para fora, sem qualquer benefício e sem qualquer reconhecimento. Após a Repórter X ter reunido com o Grupo Vidas Destroçadas, no Consulado Geral de Portugal em Zurique e no Sindicato Unia em Zurique e de ter colocado a questão pessoalmente ao Deputado pela Europa, Paulo Pisco, na entrevista na sua passagem pela Suíça, e de expor da mesma forma o problema aos candidatos do MAS; Movimento Alternativa Socialista, chegamos à conclusão de que os nossos representantes políticos não estão a par da realidade que a comunidade portuguesa vive cá fora, quando confrontada com este tipo de situações. Para além de não estarem a par, poucos são os esforços que fazem, para acompanhar os portugueses lesados, como a jovem Daniela Pinto, Rui Fialho. Há dias falamos ao telefone com o Gabinete da Dra. Berta Nunes, Secretária de Estado das Comunidades. Até hoje, não obtivemos resposta. A Daniela é uma das pessoas lesadas, que iniciou greve de fome à porta da SUVA, na cidade de Lucerna. Pela segunda vez, a instituição SUVA recebeu o grupo Vidas Destroçadas, mas não chegaram a um acordo. Adiaram o debate com os lesados; neste caso concreto, com a Daniela Pinto, pretendendo assim prolongar mais ainda a espera da jovem e do Grupo integrante. No entanto, a Daniela é persistente e por isso apresentou-se às 16h00 do dia 24 de Janeiro de 2022 à porta da SUVA, acompanhada de outros membros do grupo “Vidas destroçadas”, para dar início à sua greve de fome, que durou 48 horas. No entanto, permaneceram oito dias, ali à porta, até ao fecho desta edição, a 31 Jan de 2022, de manhã até à noite, indo dormir a casa para salvaguardar a saúde de todos. Gélidos, ali permanecem desde então, até que alguém se digne a iniciar um debate sério, humano e consciente com esta jovem. A Daniela tem um filho menor a seu cargo, e é de extrema importância solucionar a sua situação o quanto antes. Ela luta por ela e pelo Grupo, pela verdade e pela justiça.

 

SUVA; o Suva, com sede em Lucerna, é o Fundo Nacional de Seguro de Acidentes da Suíça. É uma seguradora do sector público e provedora líder de cobertura de assistência médica para funcionários, em caso de acidente na Suíça.

 

Expulsão da porta da Suva:

“Fomos, agora mesmo, obrigados a abandonar a porta da SUVA, por ser um sítio “privado”! Fomos tratados como se fôssemos terroristas, de mãos fora dos bolsos, proibidos de falar o português; até parecia que estávamos na tropa, em sentido! Bem, o sítio onde podemos estar agora é bem mais frio, porque não tem cobertura nenhuma mas, aqui, a malta segue firme, forte e com frio. “PAÍS RACISTA!”, diz Daniela Pinto

 

A Polícia executa o pedido da SUVA e, a meio da noite, expulsa a Daniela e os outros membros do grupo, da entrada principal do edifício. Na entrada da SUVA existe um coberto que, de alguma forma, os protegia do frio. O grupo Vidas Destroçadas e a Daniela Pinto continuaram ainda assim, a pernoitar ao relento, em frente à instituição e continuando a greve de fome nos dois primeiros dias. Aos senhores governantes portugueses perguntamos; onde está o sentido de responsabilidade para com os cidadãos português residentes no estrangeiro?

Ao Consulado e Embaixada portuguesa na Suíça pedimos; por favor, relatem este caso com gravidade às instâncias superiores e competentes. É necessário tomarem conhecimento de todas estas situações pelas quais os portugueses cá fora passam. Existem acordos bilaterais, celebrados entre a União Europeia e a Suíça, já para não falar dos direitos humanos, que de forma alguma caem muitas vezes no esquecimento de quem nos governa e representa. Enviei a notícia para os governantes e televisões, depois de estar pessoalmente no local; enviei também conhecimento ao Deputado Paulo Pisco, ele que nos representa na Europa e prometeu fazer chegar este caso ao governo.

 

“O Vidas destroçadas é o grupo que acompanha Daniela Pinto na greve de fome e à posterior; a revista esteve em permanência à porta da SUVA" e fazendo entrevista Live no local, desde a SUVA de Lucerna e a acompanhar o grupo Vidas Destroçadas e a Daniela Pinto.

 

Troquei mensagens com o Sr. Deputado Paulo Pisco; acredito que estava ocupado com as eleições do dia 30 Janeiro de 2022 e com o Consulado Geral de Zurique. Informei a comunicação social; a SIC fiz um trabalho de vídeo-chamada com a Daniela, mas não foi nada esclarecedor e o Jornal de Notícias cometeu erros informativos, mas passaram a mensagem e isso é muito útil. Na sequência de desentendimentos entre a Daniela e o Chefe de Grupo, Rui Fialho, grevista abandonou o grupo Vidas Destroçadas e vai para tribunal sozinha com a SUVA.”

 

É imperativo alertar o Governo português sobre estes acontecimentos e forçar aqui a comunicação entre os países envolvidos. Não podemos só ter acordos bilaterais, que obrigam os portugueses imigrados a pagar impostos sobre a riqueza e depois menosprezar os seus direitos, deixando‐os a um total abandono.

 

Tenho Dito,

Quelhas, Presidente Revista Repórter X

 

Arranjos, Marketing; Cátia Santos

 

Revisão Editorial; Sociólogo político,

Dr. José Macedo de Barros

 

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Quelhas na rádio; AGORA, com Margarida Forte em FM e Web

Vou começar por um tema que tem dado muito que falar: Vidas Destroçadas na Suíça! A Suíça quer é que os nossos emigrantes desistam das suas lutas.

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Nota Introdutória:

 

Director/ Chefe de Administração

Ângela Tinoco

 

Antes de mais; Bom Ano Novo para 2022 e que a estrela cadente nos guie. Vou começar por um tema que tem dado muito que falar: Vidas Destroçadas na Suíça! A Suíça quer é que os nossos emigrantes desistam das suas lutas. Há grupos de pessoas a reivindicarem pelos seus direitos, e que acusam um sistema corrupto no país que para muitos é o El Dourado. A Legislação de migração na Suíça é feita a favor do sistema; basta ver que se não tivermos ajuda Social para a nossa subsistência ou quem, que tenha perdido o direito ao Subsídio-de-desemprego e não arranje emprego ou quem, estando incapacitado para exercer a sua profissão, não seja considerado incapaz para trabalhar e não receba subsídio de invalidez. Caso esteja endividado, deixa de estar sujeito ao Acordo de Livre Circulação de Pessoas, ALCP, e passa a estar sujeita à LEI. A Lei que é a favor da Suíça! Pode-lhes ser mesmo retirado o Permisso, seja qual for! E se um cidadão português tiver uma incapacidade para o trabalho, mas o seguro de invalidez não reconhecer essa incapacidade na totalidade?

Há casos frequentes de pessoas, na sua maioria trabalhadores da construção civil, que estão incapazes de exercer a sua profissão, mas a quem o seguro de invalidez não reconhece a incapacidade total (não reconhecem porque é o sistema a trabalhar), afirmando que elas poderão exercer uma atividade “adaptada”. Isto quer dizer que poderão exercer uma profissão mais leve e fisicamente menos exigente (tudo uma farsa, porque nenhum empregador dá um emprego a uma pessoa que reconheça alguma incapacidade; até pela idade acima dos 40 anos, ou por não dominarmos a língua somos discriminados). Com a legislação actual, a única forma segura de estas pessoas permanecerem na Suíça é terem, como acima se afirma, rendimentos seguros ou então um emprego de cerca de 30% (14-15 horas por semana). Se não tiverem rendimentos ou um tal emprego e requererem ajuda social, perderão, mais tarde ou mais cedo, o direito de estadia na Suíça (quando se fala direito a estadia, fala-se em retirar o Permisso que dá direito de viver na Suíça). Mas antes, quem estivesse na Suíça mais de 15 anos, não perdia o direito de estadia por receber ajuda social, e à conta de muitos habilidosos e médicos corruptos, que compactuavam com o doente, tendo dividendos, no passado mamaram da Social e outros foram para Portugal com a reforma vitalícia (no entanto, a tal Lei nova do sistema suíço tem andado a vigiar os ex. emigrantes em Portugal e encontra-os a trabalhar, muitos nos seus próprios comércios, por conta de outrem ou mesmo nos seus terrenos e retiraram-lhes as reformas; alguns voltaram a emigrar e para isso já não são doentes!). Hoje em dia, a nova emigração padece, sendo que mudaram as Leis a favor da Suíça e contra os manipuladores e assim se virou o feitiço contra o feiticeiro; agora muita gente precisa e ouve constantemente nãos, e passam miséria no país mais rico e mais culto do mundo. País dos Direitos Humanos, vejamos! Sim, isso é verdade. Mas a lei mudou em 2019. Agora qualquer pessoa, mesmo quem nasceu, cresceu e sempre trabalhou na Suíça, pode perder o direito de estadia se recorrer à ajuda social. Agora outros corruptos têm o sistema coberto pela própria Lei suíça, que atribuíram sobre o trabalhador. Depois há a doença da corrupção, mas essa existe em todos os sectores. Sabemos bem que há favores e desvio de fundos, principalmente na Saúde Pública em todo o mundo (olhe o caso do Vírus e aquilo que imagina em torno desta bomba atómica mundial!). O sector da saúde é apontado como um dos principais alvos da corrupção em todo o mundo. No entanto, nas pesquisas que fizemos a respeito, ainda há importantes lacunas a serem preenchidas, principalmente pela dificuldade em se encontrar formas de mensurar a dimensão e impacto numa área tão complexa. No estudo “A doença da corrupção: o desvio de fundos e a saúde pública em todo o mundo”, a Revista Repórter X procura desenvolver formas objectivas do efeito da corrupção sobre indicadores de saúde, bem-estar, e no direito dos portugueses da Suíça. Nós somos a voz do povo e queremos ouvi-los, à posteriori transcrever os vídeos e traduzi-los nas línguas da Suíça, para fazermos chegar as nossas reivindicações ao Estado Suíço e também ao Estado Português.

 

Insistimos nas frases; “Não nos deixem morrer, incentive o seu filho à leitura. Leia quando viaja, nas suas horas vagas e nas férias. Assine e faça publicidade na Revista repórter X”

 

Fazemos; “Cartões visita. Autocolantes. Banner´s. Panfletos. Envelopes. Catálogos. Posters. Jornais. Livros. Facturas. Canetas. Cd´s. Outros. Peça já o seu orçamento grátis!”

 

Novo Ano, vida nova e assim continuamos a bom ritmo com alguns temas dos nossos principais colaboradores; “Nota da revisão. Sobradelo da Goma. Vidas Destroçadas na Suíça. Nazaré. O emprego. O meu amigo Jota. Nunca fiques onde não te valorizam. Sensualidade. “Os três Reis Magos”. Quelhas; Modelo Publicitário. Descendente de músicos; Ricardo Gomes. Carla Debbie no Dubai. Entrevista a João Pina, Groupe Pina Jean. Natal solidário; Fundação Nova Era Jean Pina. Mais Azul. MN Consulting, Martins Neto. Poema.”

 

Nota; Moras na Suíça e és artista, cantor, escritor ou outro?

Inscreve-te na 10ª Gala Revista Repórter X a 2 Abril 2022!

 

 



Votação presencial no estrangeiro para a eleição da Assembleia da República

NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL; Revista Repórter X


Votação presencial no estrangeiro para a eleição da Assembleia da República

Os eleitores recenseados no estrangeiro que tenham exercido o direito de opção pelo
voto presencial para a eleição da Assembleia da República devem, para esse efeito,
dirigir-se a 29 ou 30 de janeiro às embaixadas e postos consulares onde decorrerá a
votação presencial.
A lista dos locais de voto no estrangeiro está disponível na página da Administração
Eleitoral da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.
No dia 29, a votação decorrerá entre as 8h00 e as 19h00 locais em todos os continentes.
No dia 30, o horário mantém-se em todos os locais à exceção do continente americano,
onde a votação tem início às 08h00 e encerra entre as 12h00 e as 17h00, consoante o
local. A lista dos horários de votação nas embaixadas e postos consulares está publicada
no site da Comissão Nacional de Eleições.
Apresentando-se perante a mesa de voto, o eleitor deve indicar o nome e entregar ao
presidente da mesa o documento de identificação civil. Na falta de documento de
identificação, o eleitor pode identificar-se por meio de qualquer outro documento
oficial que contenha fotografia atualizada ou através de dois cidadãos eleitores que
atestem, sob compromisso de honra, a sua identidade, ou, ainda, por reconhecimento
unânime dos membros da mesa.
Recorde-se, por fim, que os eleitores que não tenham exercido o seu direito de opção
pelo voto presencial no prazo legalmente estabelecido — neste caso, até 5 de dezembro
passado — votam por via postal e devem, para o efeito, devolver a carta com o boletim
de voto até ao dia 29 de janeiro.

Lisboa, 27 de janeiro de 2022

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

MAS - Movimento Alternativa Socialista

 



Entrevista a José Sebastião e Ângela Tavares, candidatos pelo Círculo da Europa a deputados da Assembleia da República portuguesa pelo, MAS - Movimento Alternativa Socialista.

 

José Sebastião vive na França e trabalha na Suíça. Emigrou em 1988 devido ao baixo nível de condições de vida que o seu país, Portugal, tinha para lhe oferecer. Trabalhou vários anos na construção civil, subindo ao longo dos anos na hierarquia do sector. Sempre esteve ligado ao meio sindical como militante e também ao meio associativo, sendo um dos fundadores da Associação Cultural Lusófona Laços, que trabalha para todos aqueles que falam português, bem como membro de outras associações como por exemplo a Associação Mulher Migrante, dirigida por Ana Casa Nova Pinto. É ainda membro do conselho de administração da Casa Cultura, que é uma federação de associações sediada em Genebra, com 60 associações dos cinco continentes. É secretário sindical desde 2008, conhecendo de perto os problemas dos migrantes e não migrantes, sejam problemas de trabalho como problemas sociais, pois muitos deles procuram o sindicato UNIA para lhes ajudar a resolver todo tipo de questões. O sindicato UNIA conta com cerca de 200 mil membros, sendo que 30 mil são de língua portuguesa. Já passou por vários setores, nomeadamente a área da limpeza, mas em Genebra, hoje em dia, é responsável pela área da construção civil, andaimes, pedreiros, pintura etc. Uma vez residente em França, está também ligado ao meio associativo em França e ao meio político no local onde reside, Lion, uma área muito abandonada pelos nossos responsáveis.

 

Ângela Tavares, tem 46 anos, é natural de Lisboa e vive na Suíça desde 2014. Em 2015 começou a exercer funções no sindicato UNIA, e hoje é responsável na área da migração, conhecendo bem as lacunas da comunidade portuguesa na área de trabalho e na área social.

 

Cátia Santos, natural de Matosinhos, emigrou para a Suíça em 1998 e já trabalhou e estudou várias áreas. Entre 2015 e 2019 viveu em Lisboa. É uma aficionada por política e conhece Sebastião há muitos anos, devido ao excelente trabalho que este tem desempenhado junto das comunidades. Atualmente é formadora e terapeuta de terapias holísticas, bem como administradora numa empresa em Zürich. O seu descontentamento com os últimos governos portugueses e o seu gosto pela política, fazem Cátia saudar os novos partidos políticos que vão sendo criados, e daí o seu interesse em participar nesta entrevista, tendo como objetivo conhecer as soluções do MAS, entrevistando estes candidatos.

O partido, MAS foi criado em 2000 por cerca de 200 membros do Bloco de Esquerda, que não concordavam com o rumo que o Bloco de Esquerda estava a levar. A partir dessa data, o MAS participa nas eleições em Portugal, sendo que este ano foi a primeira vez que participou nos 22 círculos eleitorais, na Europa e fora da Europa. Em 2019 participou pela primeira vez junto das comunidades europeias, onde Sebastião foi cabeça de lista.

 

O MAS propõe-se a apresentar uma alternativa credível às politicas feitas pelo PS e PSD, procurando colocar as pessoas à frente do capital. Na Europa, o MAS apresenta-se como citado anteriormente, pela segunda vez como uma alternativa credível por diversas razões, como por exemplo, o conhecimento que têm sobre os problemas dos emigrantes portugueses, bem como das comunidades portuguesas na Europa, tendo propostas concretas, sem demagogia, indo ao encontro das dificuldades presentes em toda a Europa.

José Sebastião e Ângela Tavares, sabendo da realidade em que vivem os emigrantes, e devido ao trabalho na área do sindicato, com experiência na parte da negociação e luta pelos direitos humanos, afirmam que o posicionamento e as propostas de resolução do grupo de candidatos do MAS, irão trazer grandes avanços face aos problemas que envolvem os emigrantes lusos na diáspora.

 

Acreditam ser uma alternativa credível, pois quando vêm os deputados que representam os cidadãos portugueses na assembleia da república há 20 anos, todos os 4 anos fazem as mesmas promessas que continuam sem cumprir. O MAS, por exemplo, pretende lutar para acabar com as propinas no ensino português, incluindo o ensino português no estrangeiro, em que os emigrantes pagam para os filhos terem acesso ao ensino de língua portuguesa. Ainda assim há uma discrepância entre países, pois por exemplo, na Suíça essa propina é paga, mas na França não.  Esta é uma promessa feita pelo PS há 6 anos atrás, e que nunca foi levada a cabo. Querem com esta proposta, causar mudanças no ensino da língua portuguesa, que hoje em dia está ao cargo do Instituto de Camões e querem que volte para a responsabilidade do Ministério da Educação, à semelhança do que acontece em Portugal, pois afirmam ter os mesmos direitos que os residentes no seu país. Desde que o governo implementou essa propina, houve uma diminuição drástica das crianças que estudam a língua portuguesa, bem como uma diminuição drástica de professores na Europa, havendo uma má qualidade no ensino da língua. Dessa forma, afirmam que não há professores suficientes para lecionar, sendo necessário contratar mais.

 

Há propostas para os filhos de emigrantes terem aulas de português online, e acreditam que isso é tirar qualidade ao nosso ensino. O ensino de qualidade tem que ser presencial. Para o MAS, o ensino é uma mais valia e não um custo.

Afirmam que os dois deputados que representam o país na Europa, são prisioneiros dos próprios partidos, estando sem uma voz capaz de reportar os problemas que vigoram nas comunidades portuguesas na Europa. Para o MAS, os próprios deputados encaram alguns problemas como sendo custos, como por exemplo acontece com a área do ensino, e dessa forma, os mesmos não levantam a voz perante os partidos.

O descontentamento sobre os serviços prestados pelos consulados aos cidadãos é também um problema geral. O MAS exige que em todos os consulados exista uma biblioteca de livros em português e um gabinete de apoio aos jovens e mulheres. A existência destes gabinetes irá criar uma ligação de proximidade com as comunidades e com Portugal, uma vez que os jovens estão muito desligados das suas origens e, por exemplo, seriam ajudados a conhecer as vagas disponíveis nas universidades portuguesas, tanto em Portugal como na localidade onde residem. Os jovens migrantes têm muitas vezes dificuldades financeiras a nível social e de ensino, podendo ser apoiados nesse sentido. Relativamente às mulheres, estas são quem continua a ter condições de trabalho mais precárias, bem como trabalhos mal pagos e sofrem de mais violência doméstica, que tem aumentado desde o início da pandemia bem como o apoio à descriminação dos migrantes que também é muito comum. Existem muitas informações que os migrantes não têm conhecimento, mesmo ótimas soluções que a Suíça oferece a todos os cidadãos, incluindo a nível de ensino recorrente para adultos, e que este gabinete poderia ajudar a divulgar.

Neste momento, existe o recenseamento automático disponível para os emigrantes, que por sua vez podem votar por carta. O MAS defende que as votações devem ser presenciais, no consulado ou então por via eletrónica. Também defendem o aumento do número de deputados, mediante o número de recenseados, pois apenas dois deputados para a Europa inteira são muito pouco, e não é equilibrado relativamente aos critérios de eleição do número de deputados eleitos em Portugal.

O cônsul é eleito pelo governo, e após chegar ao seu local de trabalho, tem 6 meses para formar um conselho consultivo, sendo o cônsul a nomear as pessoas para o mesmo. É desconhecida a forma de eleição e a constituição desse conselho e por isso, o MAS sugere que este seja eleito pela comunidade, de forma eletrónica ou presencial, com eleições, para que seja uma eleição democrática.

Também defendem que os deputados devem ter os seus cargos limitados a dois mandatos, e não exercer durante décadas como vigora no presente. Tanto os presidentes da República como presidentes municipais, têm limitação de mandatos, e com os deputados deve acontecer o mesmo. No caso do deputado pela emigração, tem esse cargo há 20 anos, e o que advém é que longos mandatos originam perda do foco, criação de maus hábitos e perda do interesse em continuar a trabalhar. Afirmam que os deputados não têm mãos a medir, no que confere a almoços e jantares, mas quando se trata de conferências e reuniões para resolver problemas do interesse da população e da emigração, não comparecem e não têm tempo.

Sobre os consulados, o MAS também apresenta uma proposta muito concreta. Atualmente, os consulados permitem fazer marcações numa plataforma online, e essa plataforma está em Portugal, e dessa forma, as coisas não funcionam bem, sendo Sebastião contra a localização da plataforma em Portugal. Muitas vezes as pessoas demoram horas a conseguir fazer uma marcação no consulado.

 

A proposta do MAS passa por fazer uma redefinição das áreas consulares, pois muitos estão situados em zonas onde não servem praticamente ninguém, tendo as pessoas que fazer deslocações de várias horas para lá chegar, contratar mais funcionários, investir em tecnologias para que as pessoas não passem horas à espera que o sistema esteja operacional, por sobre carregamento.

Os consulados precisam de estabelecer uma ligação de proximidade com os emigrantes, e os emigrantes precisam de sentir isso. Existir um consolado para grandes áreas, impossibilita muitas pessoas de terem acesso ao mesmo, e por isso sugerem pequenos consulados, em maior número. Para Sebastião, os membros do consulado fazem um excelente trabalho, apenas falta organização e estrutura. Os consulados não podem servir apenas para renovar o Cartão de Cidadão, mas devem também criar apoios para os jovens, mulheres, crianças vítimas de descriminação, por exemplo, por terem nacionalidade portuguesa.

Defendem também a existência de um provedor do emigrante, a quem os emigrantes possam expor os seus problemas, e esse mesmo provedor poderá elaborar um documento com essas mesmas questões, e faze-las chegar à Assembleia da República, ao conselho das comunidades e ao governo.

O Conselho das Comunidades Portuguesas, foi criado com o intuito de funcionar como o parlamento das comunidades portuguesas. A iniciativa foi incrível, mas não foram criadas ferramentas que lhes permitissem trabalhar. É um conselho eleito democraticamente, que trabalha para a comunidade, que deve ser consultado quando o governo cria politicas/leis para a emigração ou assuntos do estrangeiro. O CCP também pode fazer propostas de melhorias ao governo, sendo assim uma forma bilateral de partilha de serviços e informação. O problema que existe é que não há meios de trabalho. O CCP não tem verba e nunca é consultado pelo governo. Dessa forma, o conselho deve ter um orçamento para poder trabalhar em prol das comunidades e dos emigrantes, sob alçada do Presidente da Assembleia da República, pois o ministério dos negócios estrangeiros não dá ferramentas de trabalho. O antigo presidente da república, Cavaco Silva, associou o conselho da diáspora, elegendo os seus membros (não eleitos pelos emigrantes), mas em contrapartida, ao conselho da diáspora foram dadas ferramentas de trabalho, o que nos remete para falta de democracia. Sebastião sugere que se os membros do conselho da diáspora querem fazer parte do CCP, podem apresentar-se para eleições.

Sugerem ainda a necessidade de criar um Ministério da Emigração, pois os emigrantes encontram-se sob alçada do Ministério dos Negócios Estrangeiros, e os emigrantes não são negócios nem estrangeiros. Defendem a criação do Ministério da Emigração, para que este trate dos assuntos gerais da emigração, onde se possa coordenar o ensino da língua portuguesa, o apoio associativo, todos os problemas ligados aos consulados e às comunidades, apoios sociais, problemas sociais de crianças descriminadas e mulheres vítimas de violência de género. Assim, o Ministério da Emigração teria um orçamento para poder trabalhar, tal como os outros ministérios.

Depois de apresentadas as ideias dos candidatos do MAS, foram colocadas algumas questões aos mesmos, nomeadamente a Ângela Tavares, pela Cátia e por João Quelhas.

 

R.X.- O que nos pode dizer sobre o litígio na guarda dos filhos, em resultado de divórcios conflituosos, que as entidades públicas dos países de acolhimento não conduzem de forma imparcial, resultando inúmeras vezes na retirada da guarda da mãe economicamente desfavorecida?

 

S. – Não é por acaso que o MAS tem gabinetes de apoio aos jovens e às mulheres, pois é inadmissível que as mulheres tenham que fugir de um país ou andar escondidas, para proteger os seus filhos. Há situações de extremismo e racismo, falta de apoio pela parte dos consulados.

 

A.- Conheço alguns casos onde se evidenciam essas situações, e por uma questão de racismo ou de extremismo, as leis são mais severas com os migrantes. Existem muitas mães que têm fugido por causas mínimas e ridículas, mães que são visitadas pela comissão de proteção de menores por motivos insignificantes, e a criação deste gabinete poderá ajudar muitas mulheres nesse sentido.

 

R.X.- E sobre a violência doméstica, cujos casos as autoridades locais conduzem de forma passiva, no que toca à proteção e consideração da mulher economicamente desfavorecida?

 

A.- A violência doméstica estaria igualmente incluída no serviço de apoio às mulheres, citado anteriormente.

 

R.X.- Existem muitas situações de desproteção dos emigrantes face a situações de subemprego e de desemprego duradouro, que conduz a situação de mendiguez e sem-abrigo. O que têm a dizer sobre este tema? E sobre desproteção social face a acidentes de trabalho, que resultam em incapacidade para o trabalho e muitas vezes originam casos de falsidade dos factos revelados pelos serviços médicos junto das seguradoras, para impedir o assumir de indemnizações e compensações ao trabalhador acidentado?

 

S.- Tendo em conta que existem leis e especificidades em cada país, relativamente ao desemprego, leis sociais, sobre saúde e acidentes, na embaixada existem apoios a nível financeiro e apoios jurídicos, disponíveis a todos que precisem deles, mas a forma como eles atuam é deficiente, a política de ação não é correta e por isso essas pessoas ficam desprotegidas. A melhor ajuda que podem dar a quem quer e precisa regressar a Portugal, são salários dignos que permitam às pessoas viver.

Nós somos candidatos pelo círculo da Europa, existe um programa no site do MAS onde estão todas as propostas relativamente a todos os assuntos, sejam racismo, mulheres, descriminação, social, economia, ecologia, entre outros temas. Toda a gente fala dos problemas da Europa, mas esquecemo-nos dos problemas do nosso país, como por exemplo, o elevado custo da luz, dos combustíveis, impostos da habitação. A TAP é um meio de transporte importantíssimo como ligação a todas as comunidades portuguesas, e assim, defendemos a nacionalização da mesma, bem como as empresas estratégicas para o país, como a PT que se perdeu, bem como os CTT e a EDP. O governo em Portugal não tem visão politica relativa às comunidades nem ao próprio país.

 

A.- Na minha opinião a desproteção de lesados é um grande problema. O problema não está nos médicos e sim no sistema, conheço bem esse grupo e as respostas que são dadas às pessoas, incluído o convite para ir embora. Baseiam-se nas leis federais da Suíça, que deviam ser revistas a nível nacional, mas aqui questionamo-nos, onde está o nosso governo? Os emigrantes estão abandonados, os acordos bilaterais entre a Suíça e Portugal e a Europa não vigoram. É importante por isso que existam consulados de proximidade para que estes possam ter conhecimento das problemáticas dos emigrantes e possam ser resolvidas.

 

R.X.- O que tem o MAS a dizer sobre e prostituição legal na Suíça? Acham que deviam legalizar a prostituição noutros países ou deixar de ser legal, onde é, por exemplo na Suíça, Holanda, entre outros?

 

S.- Na Suíça as prostitutas são livres de exercer o seu trabalho, pagam os seus impostos e segurança social, seguros de saúde, tem autorização de residência, são obrigadas a cumprir normas de higiene bem como fazer consultas médicas regulares de controle. Não sei a posição do MAS quanto a esta questão, mas vou saber. Quanto à minha opinião, considero que tendo todas as condições acima citadas, não há nenhum problema em considerar a prostituição um trabalho e não é comparável a Portugal, onde o fazem em sítios não próprios, sem nenhum controle sanitário, contraindo muitas vezes doenças.

 

A.- A minha opinião como mulher, é que sou a favor da legalização da prostituição nos termos citados pelo Sebastião.

 

C.- Foi fundamental o trabalho do sindicato UNIA nesta legalização, eu estive envolvida na mesma, e é importantíssimo que ela permaneça legal. Foi uma luta grande de todas as mulheres, pois são direitos das mulheres que foram conquistados. Eu, como mulher e como pessoa, tenho por princípio não julgar a escolha profissional de cada um, e hoje em dia, são homens e mulheres a ter esta profissão, e que merecem ser respeitados. O facto da legalização da prostituição, tem reduzido o tráfico humano, a colocação de menores na prostituição e protege muito as pessoas envolvidas na mesma, bem como os seus direitos. Só trás benefícios a todos os intervenientes.

 

R.X.- Na Suíça a inflação e o custo de vida são altos, os ordenados são baixos, principalmente na agricultura, na limpeza, na restauração. Cada vez mais, as pessoas evitam trabalhar a 100%, para conseguir diminuir os impostos, o que os leva a ter ordenados que só lhes permitem viver o dia a dia, sem possibilidade de por exemplo, construir casas em Portugal, como antigamente.

A situação do Tripulo imposto com o acordo bilateral da Suíça e Portugal, com o qual se pagam impostos em ambos os países tem sido um assunto carente de muita discussão. O que nos podem dizer sobre isto?

 

S.- A ideia que a Suíça é um país onde se ganha muito dinheiro já está ultrapassada. A Suíça bem como os emigrantes passam por muitas dificuldades, os trabalhos manuais são mal pagos, a Suíça não tem estipulado o salário mínimo, a vida é muito cara e ao fim do mês sobra pouco, sem praticar vidas de luxo. Assim como a maioria dos portugueses não conseguem comprar casas no estrangeiro, uma minoria consegue até comprar ilhas. Assim como os residentes na Suíça não conseguem comprar casas em Portugal. As reformas são baixas e ainda querem aumentar a idade da reforça. O acordo bilateral foi um acordo com a OCDE, e os nossos governantes não acautelaram os interesses dos emigrantes, e quando o imposto entrou em vigor, os políticos esconderam-se. Os governos em vez de criarem riqueza querem criar ricos. Tudo isto é uma visão política e os trabalhadores estão à mercê do capital.

 

Por exemplo, em Portugal existe um regime especial de reforma para políticos, como se houvessem pessoas especiais. Na Suíça existe um limite mínimo e um máximo para a reforma, existindo só um sistema para todos. Em Portugal, os governos têm carros, motoristas e reformas absurdas, e eu já vi o Presidente da Suíça a ir para Berne de comboio, e não tendo lugar vago, ia sentado nas escadas do comboio. Outros governantes vão para o parlamento de bicicleta, o que em Portugal é impensável.

 

C.- Tento focar-me em soluções e não em problemas. Aqui na Suíça não existem salários mínimos previstos no código de trabalho nacional, bem como mais de 4 semanas férias, 13º mês, baixa médica, proteção contra o despedimento, entre outras, e as pessoas têm que entender que quando vêm para a Suíça ou quando cá estão, têm que escolher entre os sindicatos que têm à disposição e sindicalizar-se, pois se algum determinado direito não estiver contemplado no código nacional de trabalho, só o sindicato pode negociar esses direitos, representando os trabalhadores. Também é necessário requalificar-se na sua área, podendo recorrer a cursos oferecidos pelas câmaras municipais a custo zero, ou a baixo custo. Essa requalificação passa muitas vezes por aprender a falar a língua local, e existem muitas ferramentas de apoio para os emigrantes. Os sócios da UNIA têm acesso a muitos apoios na requalificação.

 

S.- Tem havido uma explosão de emigração para a Suíça de profissionais de enfermaria, devido à falta de pagamento de salários dignos em Portugal, ficando o nosso país com falta dos mesmos. Os governos preferem pagar salários de 4mil euros aos deputados, e pagar uma ninharia aos profissionais de saúde e a quem é útil ao país.

Queremos dizer à nossa comunidade que conhecemos os seus problemas e temos solução para os mesmos. Não é por acaso de desde 1975, o país e comunidades são governados pelo PS e PSD, e há uma necessidade de novos partidos no parlamento, para que haja resolução dos problemas de todos os emigrantes. Se tivermos a confiança dos emigrantes e trabalhadores, as nossas propostas são claras e este ano será o ano da mudança. Esperamos entrar pelo círculo da Europa, para poder lutar pelos direitos dos emigrantes.

 

Ficamos nesta entrevista a conhecer as propostas do partido, MAS, e dos candidatos pelo círculo da Europa, bem como muitas das necessidades dos nossos emigrantes e das áreas em que existem mais lacunas e mais problemas a resolver.

 

As questões foram feitas pelo:

Sociólogo político, revisor Dr. José Macedo de Barros

Director/Chefe de Administração; Ângela Tinoco

Presidente; Quelhas, João Carlos Veloso Gonçalves

 

Prescrição Vídeo: Patrícia Antunes

Cátia Santos, convidada RX

 

Entrevista a Paulo Alexandre de Carvalho Pisco, candidato a deputado à Assembleia da República portuguesa, pelo círculo da Europa.

Deputado Paulo Pisco

 

Entrevista a Paulo Alexandre de Carvalho Pisco, candidato a deputado à Assembleia da República portuguesa, pelo círculo da Europa.

 

Paulo Alexandre de Carvalho Pisco recandidatou-se a deputado à Assembleia da República portuguesa pelo círculo da Europa. Licenciado em Filosofia com Pós-Graduação em Estudos Europeus, pertence à Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas e à Comissão de Assuntos Europeus. Citamos Dr. Paulo que, ligado aos assuntos dos nossos emigrantes, afirmou “A relação com os portugueses e lusodescendentes que estão fora do país não é fácil, não apenas por causa da distância e dispersão, mas acima de tudo porque não os conhecemos suficientemente bem.”

 

Dr. Paulo Pisco, como deputado e como jornalista, sabe a realidade, qual o posicionamento e as propostas de resolução do grupo de candidatos do PS, face aos problemas que envolvem os emigrantes lusos, na diáspora. Estes e outros problemas têm tido relevo na revista Repórter X.

 

R.X.- O que nos pode dizer em relação a situações de litígio na guarda dos filhos, em resultado de divórcios conflituosos, que as entidades públicas dos países de acolhimento não conduzem de forma imparcial, resultando inúmeras vezes na retirada da guarda da mãe/ pai economicamente desfavorecidos?

 

PP.- Essa é uma realidade que existe muito na Suíça; infelizmente tenho ouvido muitos casos dessa natureza. É uma situação muito complexa, que deve ser acompanhada pelas autoridades portuguesas, mas que depende muito das leis próprias do estado suíço, e nesse sentido o que há a fazer é acompanhar e tentar perceber se há casos que possam requerer acompanhamento social por parte dos consulados, podendo as vítimas também pedir ajuda junto dos mesmos.

 

R.X.- E em relação a violência doméstica, cujos casos as autoridades locais conduzem de forma passiva, no que toca à protecção e consideração da mulher economicamente desfavorecida?

 

PP.-Infelizmente a violência doméstica é um flagelo, que atinge todas as nossas sociedades e os deputados do partido socialista têm procurado criar sensibilidades em relação a essas matérias; eu próprio já organizei duas iniciativas em Paris sobre a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres e sobre a violência doméstica. A covid não permitiu que fosse dada continuidade a essas iniciativas do governo junto das comunidades portuguesas, no sentido de diminuir a realidade que é a violência doméstica. Juntamente com o secretário de estado das comunidades, José Luís Carneiro e também com a secretária de estado da igualdade, Catarina Marcelino, foram realizadas várias iniciativas.

 

R.X.- Conhece situações de desprotecção dos emigrantes, face a situações de sub-emprego e de desemprego duradouro, que conduz a situação de mendiguice e sem-abrigo?

 

PP.- Haverá situações que requerem a intervenção do Estado, mas não nos têm chegado muitos casos desse tipo. Há situações em que os portugueses procuram melhores condições e não conseguem encontrar, mas mais uma vez essas situações devem ser reportadas às nossas autoridades/ consulados, para que haja alguma intervenção. Relativamente aos portugueses que dormem nas estações de comboios, devem ser ajudados a ser repatriados, actuando nos seus direitos, uma vez que na Suíça não têm condições de vida.

 

R.X.- E sobre a desprotecção social face a acidentes de trabalho que resultam em incapacidade para o trabalho, e muitas vezes originam casos de falsidade dos factos revelados pelos serviços médicos junto das seguradoras, para impedir o assumir de indemnizações e compensações ao trabalhador acidentado?

 

PP.- Tive hoje conhecimento, pela primeira vez, de que havia essa atitude por parte das seguradoras; no entanto, comprometi-me com quem falei, a reportar a situação às autoridades suíças e políticas, e será um dos temas que acrescentei à lista de problemas a abordar em reuniões com as mesmas.

 

R.X.- Actualmente, existe uma falta de resposta dos serviços consulares e diplomáticos, no sentido de articular as queixas junto das autoridades governamentais, diplomáticas e administrativas dos países de acolhimento, para activar planos de emergência que tratem das necessidades imediatas dos compatriotas atingidos pelas infelicidades.

 

PP.- É importante que as autoridades portuguesas sejam informadas dos problemas associados, e tudo aquilo que é de Lei deve ser assumido pelas autoridades suíças.

 

R.X.- Como nos pode esclarecer quanto à falta de serviço administrativo nos consulados e embaixadas, que resolvam os problemas administrativos dos emigrantes em Portugal, para poderem tratar na diáspora dos assuntos e obrigações com os serviços do Estado português, nomeadamente Finanças, Ministério da Justiça e Serviços Municipais?

 

PP.- Os candidatos do PS pelo círculo eleitoral da Europa têm 10 pontos que resumem todas as nossas propostas e, portanto, essas propostas têm a ver com todos os assuntos relacionados com as comunidades portuguesas, nomeadamente deste assunto que referiu bem como movimentos associativos, participação de portugueses nas eleições e investidores na diáspora, questões culturais, fiscais e da segurança social.

 

Fátima recebe o Dr. Paulo Pisco no seu aniversário, que discursou aos presentes.

 

 

Recandidato; Assembleia da República portuguesa pelo círculo da Europa

 

R.X.- Todos estes pontos aqui ditos, foram comunicados aos Consulados de Portugal na Suíça, Embaixada de Portugal em Berna, Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, Ministério dos Negócios Estrangeiros, Câmaras Municipais suíças, sem que houvesse qualquer feedback. Falei através de uma chamada telefónica, para o Gabinete da Dra. Berta Nunes, Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas e levei a cabo reuniões com o Sindicato Unia e o Consulado de Zurique. Existem muitas perguntas sem resposta!

 

 

 

A Revista Repórter X tem feito um trabalho digno de informação sobre casos sociais e económicos graves na emigração, como discriminação, abuso de poder, racismo, corrupção, mentira, fome, desespero, endividamento, falta de socialização, vergonha, suicídio, ida embora para Portugal sem nada, depois de pagar impostos uma vida inteira. Isto só acontece porque a Suíça não lhes pagou os seus direitos e o Governo Português nada fez para ajudar em casos burocráticos, e que apenas faz valer o jogo de interesses do Acordo Bilateral ou do acordo de Xangai, para extorquirem o valor em impostos triplicadamente cobrados; questionamo-nos onde está o respeito humano para com a emigração?

 

PP.- Certamente, existem situações em que é necessário o Estado intervir, e quando o Estado tiver conhecimento das mesmas; tenho a certeza que o Estado irá reagir e tem todo o interesse em resolver todo o tipo de questões, como já aconteceu com questões fiscais, em que o governo se deslocou à Suíça para resolver. Sou deputado desde 2009, e nunca me esqueci dos nossos compatriotas espalhados por toda a Europa. Procuro sempre ir ao encontro deles e conhecer as suas necessidades e expectativas.

 

R.X.- A votação nos Consulados deixou de funcionar bem, porque obrigam o eleitorado a inscrever-se para votar e penso que poucos o fazem!

 

PP.- Essa afirmação não é precisa, pois há diferentes meios de votação para as diferentes eleições. Para a Assembleia da República vota-se por correio e para a Presidência da República as pessoas têm que se deslocar. Para serem eleitores, têm que se inscrever no recenseamento eleitoral.

 

R.X.- Sei que o Dr. Paulo Pisco defende o voto electrónico; no entanto defende que esse voto electrónico deve ser para as Presidenciais e Legislativas, mas penso que também devia ser para as Autárquicas, pois o nosso apego à terra Natal é tão importante ou mais que o país e eu, como cidadão e como Candidato por um Partido à Assembleia Municipal da Póvoa de Lanhoso, fui impedido de votar lá, porque estou inscrito em Zurique e fui impedido aqui na Suíça, porque não há o voto electrónico!

 

P.P.- A única vez que foi realizada uma votação electrónica para as Autárquicas foi em Espanha, e esse acto foi imediatamente abandonado, por ser algo problemático. O voto nas autárquicas é por si só um voto de proximidade e grande parte das freguesias tem a maioria dos seus conterrâneos a residir no estrangeiro. Quanto ao voto electrónico será feita uma experiência para o Conselho das Comunidades, e se correr bem pode ser utilizado na votação dos emigrantes para a Assembleia da República.

 

As questões foram feitas pelo:

 

Sociólogo político, revisor:

Dr. José Macedo de Barros

Director/ Chefe de Administração:

Ângela Tinoco

Presidente:

Quelhas, João Carlos Veloso Gonçalves