sexta-feira, 2 de abril de 2021

Aniversário revista repórter X Editora Schweiz 2012-2021

Nota Introdutória:

 Director:

João Carlos Veloso Gonçalves


Caminhamos para o Ano X da revista repórter X, notando nesta altura que o primeiro nome foi, `jornal cultura de expressão portuguesa´, logo e, como o nome indica, somos um jornal cultural, abertos a todos os tipos de temas, que nos enviem para apreciação, revisão e colocação seguidamente nas suas devidas páginas formatadas. Pouco mais tarde, precisamente quando o jornal passou da versão on-line a papel impresso, passou-se a chamar Repórter em formato revista; o X significa o POVO. O Repórter tem a ver com um todo de reportagens e presença social como em Reportagens, entrevistas em vídeo e descritas com fotografias, notícias, textos! “muitas vezes, o repórter é um psicólogo para tanta gente, dando ouvidos e palavras de apreço”.

O repórter assentou bem no perfil do Director. Um Repórter é um tipo de jornalista que pesquisa, escreve, e relata as informações, para apresentar com fontes; conduz entrevistas, envolve-se em pesquisas, e faz relatórios; pode ser relações públicas, editor, revisor, redactor e correspondente.

“O repórter não é necessariamente aquele que tem carteira profissional e exerce a função de jornalista; ser jornalista é quem está no activo, fazendo todo o género de coisas num jornal, como polivalente; a pessoa que como o Director, para além das diferentes actividades, também faz a paginação e formatação da revista, antes desses temas irem para a revisão editorial; além disso, o repórter, sendo ou não director, ou proprietário, ou chefe de administração, pode ser a ponte entre todos e aquele que rege as regras editoriais.”

A parte informativa do trabalho de um jornalista é, às vezes, chamada de reportagem, em contraste com a parte de produção do trabalho, tais como escrever artigos. Os repórteres podem dividir o seu tempo entre trabalhar numa sala de redacção e sair para testemunhar eventos ou entrevistar pessoas. Os repórteres podem ser designados para um tema específico, ou área de cobertura. Dependendo do contexto, o termo jornalista pode incluir vários tipos de editores, escritores editoriais, colunistas e jornalistas visuais, tais como foto jornalistas (jornalistas que usam o recurso da fotografia e vídeo). Eu, como fundador/ director, orgulho-me de ser um bom repórter completo; faltam-me algumas coisas académicas, como por exemplo a parte verbal e escrita, que deveriam ser mais completas; se tivesse melhor domínio disso poderia candidatar-me a um grande órgão de comunicação social, como por exemplo a CNN!

 

NOTA DA REVISÃO EDITORIAL

Em tempo de ressacarmos do surto pandémico, é também tempo para redefinirmos a vida e aquilo que fazemos nela.

Estamos todos em momento de reflexão sobre um futuro incerto, que queremos melhor, para darmos renovado sentido à vida!

E tudo faremos para que seja melhor; na Revista fazemos por adoptar novas regras mais pragmáticas, que atendam a resolver o que nos preocupou no passado.

E o que mais preocupou o director da Revista, foi o não cumprimento dos prazos de entrega dos textos, por parte dos redactores. No seu temperamento extrovertido e impulsivo teve sempre aquele tom de desabafo emocional, que não é habitual em quem tem como hábito aquela conduta diplomática de querer deitar água na fervura em todo o lado, para poder caçar moscas com mel.

O que é facto é que não devemos perder tempo e atacar o problema, que é a falta de estabelecimento de regras e critérios inflexíveis, pois que os leitores não são flexíveis. Em função disso, só devemos ter a regra de determinar um dia limite do mês, para receber textos a revisão, a partir do qual mais nenhum será aceite para publicação nesse mês.

Poderá determinar um número variável de páginas da revista, de mês para mês, mas também pode fazer surgir novos conceitos de paginação, para cumprir formatos.

Eu costumo dizer que menos é mais, e será muito mais, se formos racionais, objectivos e assertivos, poupando estados de alma, que em nada acrescentam ao cumprir da nossa obrigação perante o leitor. Como pessoas, temos de ser máquinas, para podermos usufruir de uma obra melhorada, que nos deleite a todos, quando pegamos no resultado do que fazemos e nos colocamos na pele de quem é o nosso público cliente!

Vou tudo fazer, para dar esse prazer aos nossos leitores e a mim mesmo, quando pegar na Revista e a ler! O meu cumprimento a todos e votos de que consigamos fazer uma revista que cresça, seja muito rentável, capaz de remunerar justamente os contributos, e possa ser escolhida, um dia, como canal de comunicação entre as nossas autoridades administrativas de Portugal e os nossos emigrantes, recebendo subvenções de serviço público estatalmente reconhecido!

Pelo menos eu, defendo que os órgãos de comunicação social devem fazer a ponte entre a necessidade de informação do emigrante de língua oficial portuguesa e o que as autoridades políticas vão determinando, para ser Lei.

 

Revisor Editorial

Dr. José Macedo de  Barros,

Sociólogo político

Barros

Obrigado, continuamos juntos.

Todos por Todos, a Repórter X

 

· Doutora. Lídia Silvestre – Correspondente/ Contador de estórias, Portugal

· José Cavalinhos, Marketing, Portugal

· Sociólogo político Dr. José Macedo de Barros – Conselheiro/ Revisor, Portugal

· Patrícia Antunes – Transcrição de Vídeos/ Textos, Revisão, Portugal

· Maria Kosemund – Correspondente/ Entrevistador, Alemanha

· Fernando Leão – Correspondente/ Entrevistador, Autor, França

· Catarina Gonçalves – Assistente/ Transcrição de textos, França

· José Maria Ramada – Correspondente, Autor, Suíça

· Filipa da Silva - Entrevistadora, Suíça

· João Carlos Veloso Gonçalves – Editor/ Paginador, Entrevistador, Suíça

· Ângela Tinoco - Chefe de Administração.

· Transportes Nunes – Suíça/ Portugal

Quelhas,

director Revista Repórter X




Sindicato Unia - Kurzarbeit (Layoff)


Kurzarbeit (Layoff)

 

Sindicato Unia, num protesto, reivindica 100% do ordenado, para quem está no Kurzarbeit (Lay-off), a receber apenas 80%, nesta crise Pandémica.

 

A Revista Repórter X foi convidada para fazer a cobertura de uma acção, que decorreu numa das principais pontes de Luzern. Esta acção realizou-se de forma a que houvesse uma reivindicação dos direitos dos trabalhadores, ao governo suíço, nomeadamente dos apoios face à situação pandémica.

Neste protesto estiveram presentes mais de 100 pessoas, que manifestaram solidariedade com os trabalhadores dos estabelecimentos encerrados devido à pandemia, principalmente a restauração, mostrando um sentimento de injustiça perante o fecho dos seus negócios. Os trabalhadores dos ramos afectados pelas regras de controlo da pandemia, que se viram obrigados a encerrar as portas dos seus estabelecimentos, afirmam que o pagamento de 80% dos seus salários não é suficiente para sobreviver e fazer face às despesas mensais. Estas mais de 100 pessoas que participaram na manifestação, formaram um cordão humano, devidamente protegidas com máscaras e a respeitar a distância obrigatória entre elas. Foi uma manifestação pacifica, e praticamente todas as pessoas se fizeram acompanhar de cartazes com frases sentidas, mas escritas de forma educada e cordial. Esta iniciativa foi autorizada pela polícia, que esteve presente no local, assegurando-se do cumprimento de todas as regras de protecção individual, bem como de distanciamento social. Os trabalhadores/ proprietários destes estabelecimentos, e pessoas solidárias, afirmam que é necessário abrir portas para combater a crise e a fome, pois que já há pessoas na rua com cartazes a pedir “Dêem-nos o que tiverem”, solicitando bens essenciais.

 

Quem ganha 4000 CHF mensais, passa a receber 3200CHF

Esta acção tem como objectivo mostrar que a UNIA está presente e pretende, como sempre, zelar pelos direitos dos trabalhadores, pois a crise não pode ser paga pelos trabalhadores que recebem ordenados mais baixos, mas sim suportada pelo governo e pelos cantões.

O governo suíço prometeu pagar os ordenados a 100% aos trabalhadores com ordenados menores, nomeadamente abaixo dos 4000 CHF.  O que acontece é que o governo colocou o 13º mês no balanço anual dos salários de cada família, e dessa forma aumentou a média mensal da maioria, ultrapassando os 4000 CHF. Assim, quem ganha 4000 CHF mensais, passa a receber 3200CHF, o que torna um ordenado muito precário para arcar com todos os custos mensais de rendas, alimentação de famílias inteiras, etc. Assim, os trabalhadores dos ramos com ordenados mais baixos (hotelaria, limpeza e lojas), afirmam que já o salário por inteiro é pouco; 80% é quase impossível para viver. A UNIA tem recebido muitos pedidos de ajuda de famílias, que estão a passar dificuldades.

Assim, Giuseppe Reo, Cristiano e Ana Maria Pica, reforçam a importância da inscrição no sindicato UNIA, para que possam recorrer a ajudas e, dessa forma, reivindicar muitos dos seus direitos.

 

O objectivo principal da UNIA é criar contratos colectivos de trabalho, assegurando a existência de salários mínimos obrigatórios (uma vez que a lei Suíça não tem salários mínimos obrigatórios), 13º mês obrigatório, melhores férias e melhores seguros de saúde. Na Suíça central, a maioria dos secretários da UNIA são portugueses, o que facilita as ajudas às nossas comunidades.


Podem contactar o número principal (0041 848 651 651), e depois selecionar o número correspondente à língua que pretendem falar. Apenas um dia por semana, há atendimento na língua portuguesa, mas se selecionarem a opção 1, alemão, irão ser atendidos por alguém que fala língua portuguesa ou espanhola, e por isso facilmente serão ajudados, em qualquer dia da semana. A Revista Repórter X agradece o convite para esta iniciativa, e desta forma poder contribuir para a divulgação deste serviço publico e de interesse comum a todos os emigrantes.

 

Transcrição Vídeos; Patrícia Antunes

Reportagem; Quelhas

 

 


Quem quer namorar com o agricultor/a - Catarina Manique

Quem quer namorar

com o agricultor/a

 

Catarina Manique, que participou no programa da Sic “Quem quer namorar com o agricultor”, aceitou o convite da Revista Repórter X, para uma entrevista em directo no Facebook. Desde que conheceu a revista, Catarina ficou muito agradada com a forma como a revista destaca os emigrantes e consegue corresponder às necessidades e gostos de cada um.

Nasceu no Distrito de Castelo Branco, e vive agora em Joanes, no Fundão. Tem 31 anos de idade e tem carteira profissional de Técnica de Gás e Soldador. Queria estudar hotelaria, mas uma amiga arrastou-a para esta formação.

Mais tarde, fez uma formação de jovem agricultora. De momento, trabalha numa empresa agrícola e pecuária, da qual é proprietária, juntamente com a mãe, Teresa Faísca. O padrasto também costuma trabalhar na quinta, e às vezes pedem ajuda a um casal da zona.

Catarina gosta verdadeiramente dos trabalhos do campo e dos animais e, depois de ter tido leucemia, não conseguia encontrar trabalho como técnica de gás, pensa que por discriminação e por ser mulher. Mesmo no estágio profissional, quase sempre estava em loja e por isso nunca mais renovou as carteiras dessa área. Por não ter trabalho na área, fazia trabalhos de agricultura e cuidou de uma senhora idosa. Entretanto, a mãe desafiou Catarina a comprarem cabras e ela ficaria a trabalhar na quinta. Não sabiam nada sobre esses animais, mas arriscaram e no início foi difícil, pois nem sabiam ordenhar esses animais. Passados cerca de 2 anos, decidiu pedir um apoio ao Estado, como jovem agricultora, para criar mais condições de trabalho, e também para os animais. Os terrenos são apenas para os animais, não fazem qualquer produção; somente o padrasto tem cerejeiras.

Considera que para se ser agricultor, é mesmo essencial gostar do que se faz.

Na quinta, têm cabras (cerca de 450) e ovelhas (cerca de 150 ovelhas) e também algumas borregas. Têm também galinhas e porcos, que cria para estimação e cães (cerca de 650 animais no total). Os animais alimentam-se no campo com verduras, e têm sempre alimento seco à discrição na manjedoura. Não têm ainda maquinaria suficiente e, por isso quando é necessário, contratam pessoas, para fazerem os trabalhos com tractores.

Juntamente com a mãe, tem também uma queijaria tradicional, que nasceu há cerca de 2 anos. Os queijos são produzidos por ambas, apenas com leite das suas cabras e ovelhas. Catarina trata também da distribuição. O queijo chama-se Queijo da Francela Tradicional, e podem encomendar através da página de Facebook “Quinta da Lameira”. O Marketing é feito pela Catarina e pela irmã mais velha. Quando está na quinta, Catarina faz imensos vídeos, para dar a conhecer o seu trabalho e a vida na quinta e, dessa forma, promover o seu negócio.

Anteriormente ao programa, Catarina esteve casada, mas divorciou-se.

Durante o programa em que participou, conheceu vários pretendentes e mesmo tendo uma ligação especial com um deles (Daniel Malheiro), construíram entre todos uma forte amizade, e não passou disso. Chegou a ser vista com Daniel em Lisboa, mas Catarina firma, ao contrário do que foi publicado pelas revistas, que apenas são amigos e que Daniel só a ajudou a levar as suas coisas ao hotel. Desde o programa, todos os concorrentes mantiveram o contacto.

 

O António Hipólito quer namorar com  a  Catarina Manique; participou na edição anterior do mesmo programa, e também trabalha na agricultura.

De momento, namora com o António Hipólito, participante da edição anterior do mesmo programa, e que também trabalha na agricultura. António é natural de Portel, mas tem estado com a Catarina no Fundão. Ainda não sabem se vão casar, acham prematuro tomar essa decisão, mas de momento estão a conhecer-se e estão felizes.

Participar no programa teve muitas vantagens para a Catarina. Muitas pessoas quiseram provar e consumir os seus queijos e muita gente visita a quinta. Além disso, graças a isso criou várias amizades, tanto dentro como fora do programa. Todas as gravações que Catarina fez, foram na sua quinta e com os seus animais. Apenas não quis mostrar a sua casa, e por isso foram viver para outra casa, para não expor tanto a sua vida particular e manter a sua privacidade. Estas declarações vêm desmentir as publicações das revistas cor-de-rosa, que afirmaram que a quinta foi emprestada para que esta pudesse entrar no programa.

Catarina teve leucemia, como citamos acima, doença essa que a deixou com o medo de não poder ter filhos. Devido à quimioterapia, os seus órgãos reprodutores ficaram afectados e todos os exames dão a entender que não poderá conceber um filho sem a ajuda da inseminação artificial. Já aceitou o facto de estar impossibilitada de ter filhos, mas não é um assunto que de momento a incomode, e será uma questão para ser pensada posteriormente.

Catarina deixa um agradecimento a quem não a abandonou nos momentos difíceis, mesmo quando as revistas cor-de-rosa a deitaram abaixo e a arrastaram para um grande sofrimento, a pontos de se desligar do mundo social. Quando recebeu o convite da Repórter X para esta entrevista, ficou reticente, pois estava com medo de ser difamada novamente, mas agora enaltece a Revista Repórter X, por ser repórter, sem pisar ninguém.

 

 

Transcrição Vídeos; Patrícia Antunes

Entrevista; Quelhas


Fernando Leão - Escola de vida de um Barman na primeira pessoa

Escola de vida de um Barman na primeira pessoa

 

Fernando Leão

Representante Repórter X, França

Colaboração; Catarina Gonçalves

 

Tinha eu cinco anos de idade, acabava de imigrar “para fora cá dentro”, da terra que me viu nascer; Freamunde, Paços de Ferreira, no qual fui obrigado, olhando ao emprego do meu pai (carteiro), que ficou como efectivo na terra que ainda hoje vivo, que é Rebordosa, Paredes e pretendo continuar até aos fins da minha vida. Tivemos que nos adaptar a novas pessoas, novos amigos e a família Lopes em Santa Luzia, (nossos senhorios), foi a primeira a entrar no nosso coração. Então fomos viver para o rés-do-chão e logo ficou uma afinidade, porque sentíamos necessidade de nos ligar a alguém para nos sentirmos mais em casa e desta forma, encontramos carinho e apoio que necessitávamos e foi uma forma de nos sentirmos mais amparados.

Aos poucos fui frequentando a casa comercial Lopes, casa farta com mercearia, tasca, café́, casa de pasto e também uma pequena fabrica de móveis. Então fui de pequenino acompanhando todas as lides desta Grande casa na altura: ajudar na cozinha a descascar batatas, por a mesa para as diárias que se serviam, principalmente aos trabalhadores, depois arrumar e limpar, no café́ tirava cafés, servia as bebidas, lavava a loiça, fazia a limpeza geral no bar. Recebia e dava trocos aos clientes, pois a Sra. Tina já́ fazia confiança em mim, sendo eu uma criança, mas felizmente já tinha bons valores, porque esta senhora e seu marido, o Sr. Lopes, fizeram de mim, um Homem para a vida comercial e pessoal (bem como os meus queridos pais, foram um complemento reforçando a Humildade e seriedade, diziam eles que eram os melhores valores para chegarmos bem longe, com essa boa escola de vida). Todos esses valores foi um bom início para a minha vida de restauração/cafeteria, que ainda hoje continuo a trabalhar no mesmo ramo (apesar de uma interrupção de 8 anos como empregado de escritório, mas não era com isso que eu me identificava). Tenho um episódio que nunca irei esquecer e foi marcante para toda a minha vida. A Sra. Tina tinha o hábito de ficar com moedas que viriam a sair de circulação, para dar umas quantas a cada e filho e netos. Então eu também queria ter uma dessas moedas (eram de 1 escudo e 50 centavos, diziam que eram de prata, penso eu), então eu tirei uma de cada para mim.

Resultado; a Sra. Tina veio ter comigo e perguntou-me por aquelas duas moedas que faltavam na gaveta (naquele tempo em gavetas de madeira, não tão sofisticada como nos dias de hoje), disse-lhe que tinha pegado numa de cada para mim. Então disse-me textualmente:

- Sabes Nandinho, o que tu fizeste, inconscientemente pensas-te que não tinha mal algum, mas sim tem mal e sabes porquê?

Isso pôde-se considerar um roubo. Eu sei que a tua intenção eras das melhores, mas não. Que te sirva de Lição, sempre que quiseres alguma coisa, não pegues, pede-me que eu dou-te. Assim sendo estás a ser um Homem sério para a nossa sociedade e verás que vais ser sempre um Homem de muito respeito e não precisas de ser rico. Hoje posso dizer que foi uma grande Lição de vida para mim. Como diz o provérbio popular; «Não quero ser um homem rico, mas sim um rico homem». Sinto um grade orgulho em conhecer esta Grande Senhora Dona Albertina e seu marido António Lopes, porque toda esta escola que me incutiram e com a dos meus queridos pais, posso dizer que cheguei a um dos mais altos patamares da vida, os bens materiais não são os melhores, os morais são os mais importantes. E para rematar esta história verídica, uma pessoa que esteja à frente de um balcão, tem que adquirir este grande curso de vida, para saber estar e sobretudo ter bastante psicologia, para saber lidar com todo o tipo de pessoas.

 

Disse-me um dia um Senhor:

- O Sr. Fernando tem uma grande psicologia para além da média, porque podem estar aqui ao redor do balcão17 pessoas e ele consegue ir ao encontro de cada um e adapta-se a forma de ser de cada um deles. Nós barman´s somos mais uns confidentes que propriamente empregados de balcão, porque para funcionar bem, principalmente com pessoas alcoolizadas, nós temos que ter essa psicologia para saber gerir tudo isso, para que tudo corra pelo melhor para que não haja confusão. Há́ pessoas que se refugiam nos bares, quando têm problema familiar, seja com os filhos ou com a sua mulher ou mesmo problemas financeiros, eles procuram alguém que os saiba ouvir e saibam guardar. Quantas vezes uma pessoa desabafa que tal pessoa que lhe fez isto ou aquilo e vem a outra de seguida dizer o mesmo da mesma. O que temos que fazer é ouvir ambos os lados e deitar água na fervura para que as coisas não se compliquem.

No nosso tempo, não haviam telemóveis, telefonavam para combinarem certas saídas e se nós fôssemos pessoas de confusões, tínhamos estragado muitos lares e felizmente vivem muito felizes, porque um Homem sabendo ocupar o seu lugar é uma grande virtude. O maior orgulho que eu posso ter nesta vida amargurada e difícil, nunca tive alguém que viesse ter comigo a dizer que eu criei qualquer tipo de confusão, seja com quem for. Por isso a grande escola de vida que cultivei com os meus pais mais e a dos meus segundos pais, fizeram de mim o Homem que ainda hoje sou humilde, Generoso e educado para com a nossa sociedade.

 

 

 

Maria Beatriz Rocha Trindade - uma vida de trabalho académico sobre migrações

Maria Beatriz Rocha-Trindade:

uma vida de trabalho académico sobre migrações

 

No decurso das últimas décadas o estudo sobre o fenómeno migratório tem sido profusamente enriquecido com um conjunto diversificado de atividades e trabalhos que têm dado um importante contributo para o conhecimento da emigração portuguesa.

Neste conjunto diversificado de atividades e trabalhos, onde se cruzam os olhares interdisciplinares das ciências sociais, encontram-se, entre outros, livros, artigos em revistas científicas, congressos, conferências, relatórios, dissertações de licenciatura, mestrado e doutoramento. 

 

Autora, prefaciadora, coordenadora e colaboradora de várias obras relacionadas com a emigração portuguesa, Maria Beatriz Rocha-Trindade (esq.) apresentou em 2017 o livro “Terras de Monte Longo” do historiador Daniel Bastos (dir.)

 

Autora de uma vasta bibliografia sobre matérias relacionadas com as migrações, onde se destacam, entre outros, os livros Sociologia das Migrações (1995), Migrações - Permanência e Diversidade (2009), A Serra e a Cidade - O Triângulo Dourado do Regionalismo (2009) ou Das Migrações às Interculturalidades (2014). E colaboradora habitual de revistas científicas internacionais neste domínio, Maria Beatriz Rocha-Trindade, nascida em Faro, é Doutorada pela Universidade de Paris V (Sorbonne) e Agregada pela Universidade Nova de Lisboa (FCSH).

Professora Catedrática Aposentada na Universidade Aberta, foi responsável pela fundação nos inícios dos anos 90, nesta instituição de ensino superior público, do Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais (CEMRI). Um centro pioneiro na área das Migrações e Relações Interculturais, que conta atualmente com mais de meia centena de investigadores, e que tem dinamizado ao longo dos últimos anos uma intensa pesquisa interdisciplinar e formação avançada na área das migrações e das relações interculturais em contexto nacional e internacional.

O pioneirismo da insigne académica e investigadora está igualmente expresso na introdução em Portugal do ensino da sociologia das migrações, primeiro na Universidade Católica, no curso de Teologia, em 1994, e dois anos depois, na Universidade Aberta, a nível de licenciatura e de mestrado.

Membro de diversas organizações científicas portuguesas e estrangeiras, designadamente da Comissão Científica da Cátedra UNESCO sobre Migrações, da Universidade de Santiago de Compostela, do Museu das Migrações e das Comunidades, criado em 2001 por deliberação do Município de Fafe, e da Comissão Científica do Centro de Estudos de História do Atlântico/CEHA, a Professora Maria Beatriz Rocha-Trindade, coordena presentemente a Comissão de Migrações da Sociedade de Geografia de Lisboa.

Constituída por membros oriundos de vários quadrantes da sociedade que têm estudado e refletido sobre o fenómeno migratório, emigração/imigração, a Comissão de Migrações da Sociedade de Geografia de Lisboa, uma das mais relevantes instituições culturais do país, tem sido responsável pela dinamização de relevantes iniciativas no campo do fenómeno migratório. Como por exemplo, em 2019, quando realizou o colóquio “CPLP - que presente e que futuro?”, ou no ano anterior, o “Fórum Luso-Estudos/ Edição 2018”, o seminário “Enologia, Mobilidade e Turismo” e a conferência “Jornalismo para a Paz em contexto de mobilidade”.

O percurso de vida singular e o trabalho académico laborioso da Professora Catedrática Maria Beatriz Rocha-Trindade, Titular da Ordre National du Mérite, de França, com o grau de Chevalier, da Medalha de Mérito do Município de Fafe e da Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública, de Portugal, estão sublimemente sintetizados nas palavras do docente e investigador Jorge Malheiros, no prefácio da obra Das Migrações às Interculturalidades: “a investigação em migrações em Portugal não seria a mesma coisa sem a Professora Maria Beatriz Rocha-Trindade”.

  

Professor; Daniel Bastos

 

 


Rio Sihlcity - Há uma ponte no rio

Há uma ponte no rio, mas não é uma ponte qualquer; não está atravessada, mas encontra-se ao comprido!

 

 

Há uma ponte num rio

Mesmo ali em Sihlcity

A água desliza nos suportes

Que apoiam a estrutura

E o rio está abrigado da chuva

E mesmo assim continua molhado!

 

Esse rio é o Sihl, que se junta ao rio Limmat

 

Autor:

João Quelhas

 

Sihl é um Suíço Rio que sobe perto do Montanha Druesberg, no cantão de Schwyz, e eventualmente flui para o Limmat, no centro do cidade de Zurique. Ele tem um comprimento de 73 km (45 mi), incluindo o Reservatório Sihlsee, através do qual o rio flui.

A água é abduzida do rio no Sihlsee, levando à diminuição dos fluxos de água a jusante e consequente redução na qualidade da água.

 

O rio flui através, ou ao longo da fronteira dos cantões de SchwyzZurique E Zug. Os principais assentamentos do Vale Sihl estão todos no cantão de Zurique, e incluem as cidades de Langnau am Albis E Adliswil, juntamente com um segmento sudoeste da cidade de Zurique. Acima de Langnau am Albis, a cerca de 13 km da confluência com o Limmat, não há grandes assentamentos ao lado do rio, e apenas algumas pequenas aldeias. Enquanto o cidade de Einsiedeln está situado perto do Sihlsee, é na verdade no vale de um rio afluente, o Alp.

 

Curso do rio Sihlsee

 

O Sihlsee, o vale superior do Sihl e a montanha Druesberg

O rio sobe para o lado nordeste da Montanha Druesberg, no município de Unteriberg do cantão de Schwyz, e flui para o norte para a vila de Studen. Cerca de 2 km a jusante de Studen, o rio entra no artificial Sihlsee reservatório no seu extremo sul. Nas proximidades, o Minster também flui para o Sihlsee e foi, antes da construção do reservatório, um afluente directo do Sihl. Os fluxos tributários de Eubach, Rickentalbach e Grossbach também fluem para o Sihl, através do Sihlsee.

  

O Sihlsee tem cerca de 8,5 km de comprimento, e fica perto da cidade de Einsiedeln. É o maior lago artificial da Suíça e é apreendido por uma represa de 33 metros de altura. A eletricidade é gerada, desviando-se a água por um túnel do Sihlsee, que tem uma elevação do nível da água de 889 m (2.917 pés), através do Etzelwerk Hidroeléctrica estação de energia em Altendorf, no Lago Zurique, que tem uma elevação do nível da água de 406 m (1.332 pés). Isso levou à diminuição da vazão de água rio abaixo da barragem, com impacto negativo na qualidade da água e tendência para que o rio seque em certos locais, durante condições de baixa vazão no Inverno.

 

 

As corredeiras Sihlsprung

Abaixo da represa, o Sihl entra num estreito vale glacial e continua, recebendo a água de seu afluente o Alp, antes de entrar brevemente no cantão de Zurique, perto da vila de Hütten. O rio, então, continua na fronteira entre os cantões de Zug e Zurique, passando pelo Sihlsprung Rapids, ao longo do caminho. Na aldeia de Sihlbrugg, o rio entra no cantão de Zurique, pela segunda e última vez. Ao norte de Sihlbrugg, o rio flui através de um vale levemente povoado e fortemente arborizado, acompanhado por uma estrada principal e linha ferroviária.

O Floresta sihlwald, um raro exemplo de uma floresta em grande escala e original, está nas encostas do Albis, que se erguem do rio para oeste. Neste ponto, o Lago Zurique fica apenas 2 km a leste, mas é separado do rio pela Montanha Zimmerberg.

 

Chegando à cidade de Langnau am Albis, na margem oeste do rio, e a aldeia de Gattikon, na margem leste, o vale torna-se mais populoso e industrial, com a indústria originalmente atraída pela energia de água disponível. A partir daqui, o fundo do vale é continuamente construído através da cidade de Adliswil para o limite da cidade de Zurique. Uma vez na cidade, o rio flui entre o Leimbach, Wollishofen, Friesenberg, Alt-Wiedikon e Enge, antes de chegar ao centro da cidade (Neste trecho, o rio é atravessado por muitas pontes e por um trecho de 1,2 km (0,75 mi) da Rodovia A3, que corre ao longo e sobre o rio num viaduto).

 

 

O Sihl como rota para uma auto-estrada

Mais perto do centro da cidade, a Linha ferroviária SZU corre em túnel, ao longo e sob o rio. Um acesso a essa linha Selnau, que é construída na forma de uma ilha artificial, dentro do rio. Apenas a jusante daqui o Fosso de Schanzengraben, que é alimentado do Lago Zurique e anteriormente protegido o perímetro oeste do Altstadt, flui para o Sihl, pouco antes do último, onde flui sob a Estação ferroviária de Zuririch Hauptbahnhof. A estação tem plataformas em dois níveis do rio, realmente túneis sobrepostos, em 5 bueiros cada um com um comprimento de 190 metros (623 pés) e uma abertura clara de 12 metros (39 pés) por 3 metros (10 pés). Pouco depois de passar sob a estação, o Sihl junta-se ao Limmat no ápice do Parque Platzspitz.

 

 

Risco de inundação

O rio flui através do Sihlsee, cerca de 50 quilômetros a montante do centro da cidade de Zurique, e estudos mostraram que uma falha da barragem poderia levar a uma onda de inundação de 8 metros de altura, atingindo a cidade em 2 horas. Esta ameaça é exacerbada pelo facto de que o rio passa pela estação de Zurique Hauptbahnhof, num túnel que limita a capacidade de fluxo do rio, levantando preocupações sobre a capacidade do túnel, para lidar com eventos extremos de inundação. Esta ameaça levou a cidade de Zurique a desenvolver, publicar e testar planos de evacuação para as áreas afectadas da cidade.

 

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