Portugueses
lutam pelos seus direitos contra a SUVA
Vidas Destroçadas é um grupo de
emigrantes que lutam contra a corrupção passiva na Suíça; seguradoras,
advogados, médicos; melhor contra o sistema suíço!
A Repórter X tem realizado
debates em Livestream nas suas redes sociais, com estes trabalhadores de várias
áreas que, por acidentes de trabalho ou por motivos de doença, se encontram em
situações deveras precárias. O sistema não indemniza os trabalhadores, muitas
vezes sob o argumento que as mazelas do acidente são na verdade provocadas por
doença, o que na maior parte dos casos não corresponde de todo à verdade. Como
consequência, os lesados não recebem qualquer reforma de invalidez e são
encaminhados para o departamento de ajuda social do estado suíço (Sozialamt),
ou são obrigados a integrarem-se numa actividade laboral, dita adaptada à sua
capacidade física. Muitos são, porém, os casos em que as pessoas se encontram
inválidas a 80%, ou até mesmo 100%, o que torna impossível o reingresso no
mundo laboral. Infelizmente, em muitos casos, as pessoas acabam por ficar em
situações de extrema precariedade. Sem dinheiro para pagar despesas básicas e
de primeira necessidade (alojamento, alimentação, etc.), são muitos os relatos
de portugueses (e não só) que dormem nas ruas. O desespero já levou alguns ao
suicídio e tantos outros a regressarem a Portugal, sem verem reconhecidos e
validados os seus direitos. Anos a fio a pagar impostos no país “maravilha”,
para depois sermos “chutados” para fora, sem qualquer benefício e sem qualquer
reconhecimento. Após a Repórter X ter reunido com o Grupo Vidas Destroçadas, no
Consulado Geral de Portugal em Zurique e no Sindicato Unia em Zurique e de ter
colocado a questão pessoalmente ao Deputado pela Europa, Paulo Pisco, na
entrevista na sua passagem pela Suíça, e de expor da mesma forma o problema aos
candidatos do MAS; Movimento Alternativa Socialista, chegamos à conclusão de
que os nossos representantes políticos não estão a par da realidade que a
comunidade portuguesa vive cá fora, quando confrontada com este tipo de
situações. Para além de não estarem a par, poucos são os esforços que fazem,
para acompanhar os portugueses lesados, como a jovem Daniela Pinto, Rui Fialho.
Há dias falamos ao telefone com o Gabinete da Dra. Berta Nunes, Secretária de
Estado das Comunidades. Até hoje, não obtivemos resposta. A Daniela é uma das
pessoas lesadas, que iniciou greve de fome à porta da SUVA, na cidade de
Lucerna. Pela segunda vez, a instituição SUVA recebeu o grupo Vidas Destroçadas,
mas não chegaram a um acordo. Adiaram o debate com os lesados; neste caso
concreto, com a Daniela Pinto, pretendendo assim prolongar mais ainda a espera
da jovem e do Grupo integrante. No entanto, a Daniela é persistente e por isso
apresentou-se às 16h00 do dia 24 de Janeiro de 2022 à porta da SUVA,
acompanhada de outros membros do grupo “Vidas destroçadas”, para dar início à
sua greve de fome, que durou 48 horas. No entanto, permaneceram oito dias, ali
à porta, até ao fecho desta edição, a 31 Jan de 2022, de manhã até à noite,
indo dormir a casa para salvaguardar a saúde de todos. Gélidos, ali permanecem
desde então, até que alguém se digne a iniciar um debate sério, humano e
consciente com esta jovem. A Daniela tem um filho menor a seu cargo, e é de
extrema importância solucionar a sua situação o quanto antes. Ela luta por ela
e pelo Grupo, pela verdade e pela justiça.
SUVA; o Suva, com sede em
Lucerna, é o Fundo Nacional de Seguro de Acidentes da Suíça. É uma seguradora
do sector público e provedora líder de cobertura de assistência médica para
funcionários, em caso de acidente na Suíça.
Expulsão da porta da Suva:
“Fomos, agora mesmo, obrigados a abandonar
a porta da SUVA, por ser um sítio “privado”! Fomos tratados como se fôssemos
terroristas, de mãos fora dos bolsos, proibidos de falar o português; até
parecia que estávamos na tropa, em sentido! Bem, o sítio onde podemos estar
agora é bem mais frio, porque não tem cobertura nenhuma mas, aqui, a malta
segue firme, forte e com frio. “PAÍS RACISTA!”, diz Daniela Pinto
A Polícia executa o pedido da
SUVA e, a meio da noite, expulsa a Daniela e os outros membros do grupo, da entrada
principal do edifício. Na entrada da SUVA existe um coberto que, de alguma
forma, os protegia do frio. O grupo Vidas Destroçadas e a Daniela Pinto
continuaram ainda assim, a pernoitar ao relento, em frente à instituição e
continuando a greve de fome nos dois primeiros dias. Aos senhores governantes
portugueses perguntamos; onde está o sentido de responsabilidade para com os
cidadãos português residentes no estrangeiro?
Ao Consulado e Embaixada
portuguesa na Suíça pedimos; por favor, relatem este caso com gravidade às
instâncias superiores e competentes. É necessário tomarem conhecimento de todas
estas situações pelas quais os portugueses cá fora passam. Existem acordos
bilaterais, celebrados entre a União Europeia e a Suíça, já para não falar dos
direitos humanos, que de forma alguma caem muitas vezes no esquecimento de quem
nos governa e representa. Enviei a notícia para os governantes e televisões,
depois de estar pessoalmente no local; enviei também conhecimento ao Deputado
Paulo Pisco, ele que nos representa na Europa e prometeu fazer chegar este caso
ao governo.
“O Vidas destroçadas é o grupo que
acompanha Daniela Pinto na greve de fome e à posterior; a revista esteve em permanência
à porta da SUVA" e fazendo entrevista Live no local, desde a SUVA de
Lucerna e a acompanhar o grupo Vidas Destroçadas e a Daniela Pinto.
Troquei mensagens com o Sr.
Deputado Paulo Pisco; acredito que estava ocupado com as eleições do dia 30 Janeiro
de 2022 e com o Consulado Geral de Zurique. Informei a comunicação social; a
SIC fiz um trabalho de vídeo-chamada com a Daniela, mas não foi nada
esclarecedor e o Jornal de Notícias cometeu erros informativos, mas passaram a
mensagem e isso é muito útil. Na sequência de desentendimentos entre a Daniela
e o Chefe de Grupo, Rui Fialho, “grevista abandonou o grupo Vidas Destroçadas
e vai para tribunal sozinha com a SUVA.”
É imperativo alertar o Governo
português sobre estes acontecimentos e forçar aqui a comunicação entre os
países envolvidos. Não podemos só ter acordos bilaterais, que obrigam os
portugueses imigrados a pagar impostos sobre a riqueza e depois menosprezar os
seus direitos, deixando‐os a um total abandono.
Tenho Dito,
Quelhas, Presidente Revista
Repórter X
Arranjos, Marketing; Cátia Santos
Revisão Editorial; Sociólogo
político,
Dr. José Macedo de Barros
1 comentário:
Boa noite,infelizmente sao centenas de casos como a Daniela inclusive o meu e de louvar a coragem dela e das pessoas que a apoiam sugeria se me permitissem de haver um contato movel para se criar um grupo para desmascarar esse tipo de atitudes da suva- ai em que a unica preocupacao e cotizar e negar direitos fundamentais consagrados na sua propria constituicao
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