Caliente, a festa Latina em Zurique, onde encontrei o português, Fernando
Portuga, italianos, suíços, brasileiros, mas principalmente gentes do sul da
América. Pequenas entrevistas aconteceram debaixo de chuva torrencial, ao
baixar do pano mais Caliente na Suíça.
Havia muitos comes e bebes,
cada país representava as suas tradições, a música e a gastronomia, as
bandeiras nacionais. Contudo o Fernando Portuga e família, quase perdidos entre
Latino-americanos, lá estavam a vender as suas bifanas e o vinho verde da
região do Minho. Para quem comeu petiscos na Casa Portuga, gostou muito e
incentivou os amigos que em correria visitaram o local. Valeu a publicidade que
curiosamente os portugueses acharam graça ao Placar que dizia: Bifanas mit Brot,
em vez de, Schweinefilets mit Brot no qual tiraram fotografias e colocaram no
facebook, no contexto riram da “piada” único e simplesmente por estar escrito
em português e alemão. A bandeira nacional portuguesa exibida não deixou passar
ninguém despercebido. Parabéns Fernando Oliveira.
Enquanto a Casa Brasileira,
representada pela Marta Pereira, vendia o seu feijão negro ou seja a saborosa
Picanha com Cerveja, Sangria ou Caipirinha, usual lá para aqueles lados
tropicais do Brasil “caliente”, onde as bandeiras e a música chamavam clientes
para saborearem o prato mais conhecido do Brasil em terras helvéticas para além
do Samba.
Soubemos que as barracas mais
pequenas rondavam entre os 5000.00 e 8000.00 francos, caso da Casa Portuga e da
Feijoada Brasileira. O tempo esteve com horas muito chuvosas durante os três
longos dias na Caliente, digo mesmo com espaços de sol e bom tempo, mas também
com grandes descargas de água, consideradas tempestades, que num ápice chovia
como cântaros, como podem verificar no vídeo do repórter X no encerramento
destas festas. No rescaldo destas grandes festas em torno da Helvetia Platz,
teve milhares e milhares de pessoas, muitas barracas ou tendas se quisermos,
com gente de todo o lado a representar o seu país, Portugal, Brasil, Itália,
entre outros, e em grande parte os sul-americanos, como Cuba, Republica
Dominicana, México, etc.. No final de contas, os negócios ficaram
aquém das expectativas, culpa do mau tempo que se fez sentir em certas
ocasiões, que atirou a maior parte dos visitantes para dentro dos
comércios por ali existentes e muitas e muitas pessoas que regressaram a casa e
não voltaram. Os comerciantes louvaram a organização do Evento, acrescentando
que o valor era exorbitante, mas que ficaram com segurança tanto de dia como
principalmente de noite enquanto descansavam, e que ficava muito caro para no
final da festa Caliente limpar todo o lixo, portanto que
fica dispendioso para a manutenção e pessoal envolvido, havendo
outras despesas adicionais como luz e água, entre outros. No entanto, e neste
compasso de incerteza, dizem não saber se realmente tiveram lucro e que muitos
se sujeitavam mesmo ao prejuízo, caso não tirassem para o aluguer e para pagar
ao pessoal que ajudou. Na verdade, houve multidões, mas como se costuma
dizer, nem tudo que reluz é ouro e a chuvinha veio visitar com muita frequência
a Caliente, talvez para a refrescar ou acalmar as ideias e o
álcool consumido em exagero muitos visitantes, pois, assistimos
exactamente nesta ponta final, quando muitos andavam debaixo da chuva que mais
pareciam canais pluviais, onde outros até dançavam, nem o homem dos
guarda-chuvas brasileiro se safou a vender, porque o álcool abrigava a chuva
dos neurónios de quem já pouco ou nada sabia o que fazia.
Artigo: Quelhas
Revisão: Patrícia Antunes
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