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terça-feira, 26 de maio de 2020

O Director do Gazeta Lusófona parte para a reforma e o Jornal mensal chega ao FIM!



O Director do Gazeta Lusófona parte para a reforma e o Jornal mensal chega ao FIM!

O Gazeta Lusófona nasceu no mês de Setembro de 1998, com Manuel Araújo e Adelino Sá, e à posteriori Adelino Sá tomou o pulso ao Jornal até aos dias de hoje e agora chegou o FIM 














(à esquerda, Adelino Sá, e á direita, Ministro do trabalho, José Vieira da Silva, na Embaixada em Berna.)!


O Director do Jornal  Gazeta Lusófona despede-se assim com estas palavras e um POEMA:

Esta é a minha última publicação. Foi um prazer partilhar momentos e emoções com todos. Não o podia fazer de outra forma, do que num poema, e é um modo singelo de vos agradecer toda a amizade disponibilizada ao longo dos anos. Fiquem bem!


Partida

Sou poeira nesta viagem do tempo
Escrevi histórias no livro das memórias
Escuto a bondade de um momento
Sinto a vida em versões contraditórias

Palavras sentidas sem rosto de pranto
E nem sempre a prece é ouvida
As letras são refúgio e o meu manto
Sem a força de contrariar a partida

Sou vida e sou lamento nesta corrida
Amordaço a paixão contida na emoção
Nas lágrimas perdidas da despedida

Sou o espelho de martírios de um fim
Abraço o tempo no regresso a casa
Num percurso em que dei o melhor de mim

Autor; Adelino Sá












(Foto; Festival de folclore, Rancho As Lavradeiras do Minho de Hinwil)







Jornalismo


Cheguei à conclusão, há muito, muito tempo, que a maioria dos portugueses emigrados não mereciam ter rádios, TV, jornais e revistas on-line e impresso! Uns porque confundem tudo que é internet com jornalismo no terreno, passo a passo, pessoa a pessoa. Outros porque cada vez mais lêem menos, por falta de tempo para ler, mas tendo tempo para outras coisas. Também, em vez de incentivar os filhos a ler para falar melhor, incutem-lhes somente a cultura local, e depois nas férias nem português falam para os avós. Alguns, em vez de ajudar, criticam. Quando devem louvar calam-se e quando é para criticar são os primeiros. Quem fala em jornalismo, fala em livros! Os próprios agentes de livrarias são os primeiros a incutir um livro de Saramago, ou duma qualquer figura pública da TV, e nunca anunciam os autores locais, pois os outros não precisam de propaganda. As rádios on-line para a canção veio dar valor aos pequenos cantores, mas muitos não saem disso; o dia tem 24 horas e podiam ir mais longe para além disso; a cultura da maioria dos apresentadores não deixa que isso seja eminente. Então ficam pelo entretenimento. Para muitos, na emigração, cultura é o folclore, futebol, política e novelas. No folclore é onde tem mais analfabetos; atenção, falo isto com todo o respeito, friso uma geração que veio para o estrangeiro na altura que deveriam estudar em Portugal e quando esta geração não existir, os seguidores desistem. No futebol, quem ganha milhões são eles que fazem parte do jogo; isso para nós não é cultura, é desporto! Na política nem se fala, criam crises económicas!
Sem o jornalismo nada rolava, não viam bola, não ouviam músicas, não viam concertos. Nada. Aqueles que estudaram e se formaram no estrangeiro, grande parte são escravos do português, quando cada vez mais há estrangeiros com interesse na nossa língua! Estou atento a tudo e observo e testemunho que nós, Revista Repórter X, temos bastantes assinantes de vários países e porquê? Um bom exemplo de interesse pela língua de Camões e da cultura lusa, que afinal ainda é a 7ª língua mais falada no mundo e está a perder-se pelos portugueses que a deturpam! Muito triste. A maior parte das empresas, diria todas as empresas podiam ajudar o jornalismo; o jornalismo fica caro, envolve o recurso humano, material e imaterial. Há muitas formas de ajudar.




(Foto; instalações, Grupo Raízes do Minho de Zurique).




Se algumas empresas têm muitos clientes e muito dinheiro, há outros que têm menos e há serviços para todos, várias escolhas, várias opções. Embaixadas e Consulados, Instituto de Camões, Ministério dos Negócios Estrangeiros, Secretário de Estado, Governo e Presidência da República; têm uma grande culpa da situação precária do jornalismo. Não há apoios remunerados, nem ajuda no marketing, etc.
Dou mais um ano, dois ou três anos, para acabar a maior parte dos jornais de língua nacional fora de Portugal e podemos agradecer aos portugueses em geral pela falta de apoio. Está aqui o exemplo de um jornal que deu o que podia dar aos portugueses e termina com dignidade e nem sempre o seu Director foi compreendido. Tantas e tantas vezes o tentaram jogar contra outros com enredos. Quantas horas conduziu e quantos Km fez na estrada fora de horas! Quantas horas esteve sentado à frente de um PC a escrever notícias! Quantas vezes foi abaixo e nunca desistiu por si. Tudo tem um limite e o Gazeta actual, agora passa à história.



(Foto; Salão da Igreja de São Félix e Santa Regula, num diálogo com o Secretário de Estado das Comunidades, Dr. José Luís Carneiro e comitiva).



Conheci o Adelino Sá através dos meus Lançamentos de livros. Foi a alguns eventos! Acompanhei-o algumas vezes e encontramo-nos algumas vezes ao acaso. Escreveu uma Nota num dos meus livros. Tivemos bons momentos!

O Director da Revista Repórter X deixa uma palavra de apreço ao seu amigo, Adelino Sá, por tudo que deu aos Portugueses na Suíça, pois quem dá o que pode, perdoa-se-lhe todos os equívocos!

 Texto e Fotos, Quelhas



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