Crise no voto da Diáspora e ascensão do Chega nas Legislativas de 2025,
rumo à oposição e à igualdade:
Nas eleições legislativas de 18 de Março de 2025,
o círculo eleitoral da Europa volta a ser palco de uma luta política acesa,
onde o partido Chega se destaca como uma força emergente, com fortes
probabilidades de eleger entre dois a quatro deputados. O partido promete ser a
principal oposição, capaz de desafiar os velhos arranjos políticos do PS e PSD
que, segundo suspeitas cada vez mais partilhadas, continuam a manipular o
sistema eleitoral português, mesmo fora do território nacional.
Desde há 5 décadas, há relatos e suspeitas de que
os votos dos portugueses no estrangeiro, muitos deles chamados “votos
negros”, têm sido alvo de manobras obscuras. Fontes próximas à organização
do voto denunciam que milhares de boletins enviados para emigrantes
simplesmente não chegaram aos seus destinatários. Há quem acredite que esses
votos foram retidos em Portugal e possivelmente utilizados para favorecer os
partidos tradicionais, nomeadamente o PS e o PSD, que durante cinquenta anos
fizeram “arranjinhos” para manter o controlo político e garantir que
nada mudasse no panorama eleitoral.
Esta suspeita ganhou ainda mais força nas eleições
actuais, em que o Chega, partido da liberdade e da mudança, tem conseguido
captar o descontentamento e a esperança dos portugueses, tanto em Portugal como
na diáspora. Segundo relatos de delegados nomeados pelo Chega e de outros
partidos, como no consulado de Zurique, a participação presencial foi mínima, e
o acesso dos delegados ao processo de voto foi omitido, apesar do direito a
três dias de votação para deslocados. No consulado de Zurique, foram apenas 65
votos, a maior parte estudantes. Além disso, inscreveram-se apenas cinco
eleitores, dos quais só quatros votaram presencialmente em vez de receberem os
boletins de voto em casa. Foram muitos os que, em todo o mundo, se deslocaram
aos consulados para votar e não puderam fazê-lo. O sistema é confuso e as
pessoas mais confundem as coisas! Quem não recebeu o envelope com o boletim de
voto em casa deveria reclamar para receber a segunda via, mas de certo pouco
valeria, é apenas teórico, porque houve quem reclamou e não recebeu a segunda
via para poder votar...
“Uma cidadã deslocou-se ao consulado para
solicitar o Cartão de Cidadão e verificou que, no sistema, constava como apta
para votar. No entanto, na véspera das eleições legislativas, foi-lhe
comunicado que não estava registada, motivo pelo qual não recebeu a segunda via
do boletim de voto. Foi apresentada uma reclamação dentro do prazo, mas a
situação não foi corrigida. Nas eleições anteriores, cerca de um ano antes, a
mesma cidadã recebeu o boletim de voto sem qualquer impedimento. Face à
informação actual disponível no sistema, surgem dúvidas quanto à veracidade dos
dados fornecidos durante o processo de reclamação. Estas inconsistências
levantam preocupações quanto à fiabilidade do sistema eleitoral e à garantia do
direito ao voto dos cidadãos. É fundamental que estas situações sejam
devidamente esclarecidas e corrigidas para assegurar a confiança no processo
democrático.”
Quem não recebeu o boletim de voto em casa não
votou e ponto final!
Quem disse nos consulados, ao se inscrever, que
não queria votar também não recebeu boletim para votar, só que se apresentaram
nos consulados para votar!
(Apresentaram-se nos consulados para votar quem
não recebeu o boletim de voto, aqueles que não mudaram a morada para o país que
habitam e aqueles que disseram que não queriam votar. Para combater isto, a lei
deve obrigar a que todos estejam recenseados e a poder votar em qualquer lugar,
pois há meios para ver o contribuinte e saber se não estão a fazer voto
duplicado.)
Dou o exemplo de um indivíduo que apareceu para
votar no dia em que só podiam votar os inscritos, e ele não estava inscrito.
Foram ver o que se passou e detectaram que ele recebeu o boletim de voto e
estava assinado. Alegou que nessa altura estava em Portugal, só que o documento
não mentia, tinha lá a assinatura, provavelmente de algum familiar. Verdade
que, se o deixássemos votar, corríamos o risco, como delegados e o próprio
cônsul, de ele votar duas vezes!? E foi dito ao contribuinte isso mesmo: para
ir reclamar com quem assinou ou com os correios! Outras situações de que
constava que nem inscritos no consulado estavam, provavelmente estavam
inscritos para votar em Portugal, e os que disseram NÃO ao voto ficaram
registados no consulado como isentos. Um caso de rir estava ali presente: uma
funcionária do consulado verificou que recebeu o seu boletim de voto na morada
em Portugal, quando em Portugal ninguém recebe o boletim de voto para as
legislativas. Caricato, mas contado na primeira pessoa. A isto vê-se a
competência de quem gere as eleições!? Sucederam muitos e muitos casos, pois a
desinformação do Governo, ou melhor, a forma como criaram esta votação só tem
uma razão: conseguirem manipular a eleição a favor de alguns! Por outro lado,
os portugueses estão desatentos e muitos não sabem aderir ao sistema
electrónico para se informar, e tantos outros nem interpretam bem o que ali
escrevem. Portanto, o governo e a oposição têm de melhorar o sistema e pensar
em todos e em toda a dificuldade que possamos ter.
André Ventura, líder do Chega, partido da
liberdade, denunciou publicamente a situação dos consulados e embaixadas e do
sistema português, afirmando que milhares de votos foram perdidos, ignorados ou
inutilizados, o que constitui uma grave violação do direito democrático dos
portugueses no estrangeiro. Para muitos emigrantes, estes problemas são mais do
que um incómodo, são uma afronta à sua cidadania.
O Chega surge assim como uma resposta a esta
crise, assumindo o papel de partido que quer “morder” os velhos poderes,
promovendo uma revolução política justa e transparente. O partido reivindica
ser a voz da liberdade, da igualdade real e do combate à corrupção. Defende uma
Portugal melhor, com saúde e educação dignas para todos, mas também com justiça
e responsabilidade no acesso a benefícios sociais.
À medida que os resultados das eleições europeias
e fora da Europa são aguardados, cresce a expectativa de que o Chega consolide
a sua representação parlamentar, podendo eleger de dois a quatro deputados pelo
círculo da Europa, tornando-se a segunda força política mais votada e a
principal oposição ao actual governo.
Esta realidade eleitoral representa não apenas uma mudança no equilíbrio político, mas também um desafio à velha ordem, marcada por décadas de manipulação e controlo. Os portugueses no estrangeiro, pela primeira vez em muitos anos, parecem decididos a fazer ouvir a sua voz, a exigir transparência e a apostar na mudança verdadeira, representada pelo Chega.
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