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quarta-feira, 28 de maio de 2025

Crise no voto da Diáspora e ascensão do Chega nas Legislativas de 2025, rumo à oposição e à igualdade

Crise no voto da Diáspora e ascensão do Chega nas Legislativas de 2025, rumo à oposição e à igualdade:

Nas eleições legislativas de 18 de Março de 2025, o círculo eleitoral da Europa volta a ser palco de uma luta política acesa, onde o partido Chega se destaca como uma força emergente, com fortes probabilidades de eleger entre dois a quatro deputados. O partido promete ser a principal oposição, capaz de desafiar os velhos arranjos políticos do PS e PSD que, segundo suspeitas cada vez mais partilhadas, continuam a manipular o sistema eleitoral português, mesmo fora do território nacional.

Desde há 5 décadas, há relatos e suspeitas de que os votos dos portugueses no estrangeiro, muitos deles chamados “votos negros”, têm sido alvo de manobras obscuras. Fontes próximas à organização do voto denunciam que milhares de boletins enviados para emigrantes simplesmente não chegaram aos seus destinatários. Há quem acredite que esses votos foram retidos em Portugal e possivelmente utilizados para favorecer os partidos tradicionais, nomeadamente o PS e o PSD, que durante cinquenta anos fizeram “arranjinhos” para manter o controlo político e garantir que nada mudasse no panorama eleitoral.

Esta suspeita ganhou ainda mais força nas eleições actuais, em que o Chega, partido da liberdade e da mudança, tem conseguido captar o descontentamento e a esperança dos portugueses, tanto em Portugal como na diáspora. Segundo relatos de delegados nomeados pelo Chega e de outros partidos, como no consulado de Zurique, a participação presencial foi mínima, e o acesso dos delegados ao processo de voto foi omitido, apesar do direito a três dias de votação para deslocados. No consulado de Zurique, foram apenas 65 votos, a maior parte estudantes. Além disso, inscreveram-se apenas cinco eleitores, dos quais só quatros votaram presencialmente em vez de receberem os boletins de voto em casa. Foram muitos os que, em todo o mundo, se deslocaram aos consulados para votar e não puderam fazê-lo. O sistema é confuso e as pessoas mais confundem as coisas! Quem não recebeu o envelope com o boletim de voto em casa deveria reclamar para receber a segunda via, mas de certo pouco valeria, é apenas teórico, porque houve quem reclamou e não recebeu a segunda via para poder votar...

“Uma cidadã deslocou-se ao consulado para solicitar o Cartão de Cidadão e verificou que, no sistema, constava como apta para votar. No entanto, na véspera das eleições legislativas, foi-lhe comunicado que não estava registada, motivo pelo qual não recebeu a segunda via do boletim de voto. Foi apresentada uma reclamação dentro do prazo, mas a situação não foi corrigida. Nas eleições anteriores, cerca de um ano antes, a mesma cidadã recebeu o boletim de voto sem qualquer impedimento. Face à informação actual disponível no sistema, surgem dúvidas quanto à veracidade dos dados fornecidos durante o processo de reclamação. Estas inconsistências levantam preocupações quanto à fiabilidade do sistema eleitoral e à garantia do direito ao voto dos cidadãos. É fundamental que estas situações sejam devidamente esclarecidas e corrigidas para assegurar a confiança no processo democrático.”

Quem não recebeu o boletim de voto em casa não votou e ponto final!

Quem disse nos consulados, ao se inscrever, que não queria votar também não recebeu boletim para votar, só que se apresentaram nos consulados para votar!

(Apresentaram-se nos consulados para votar quem não recebeu o boletim de voto, aqueles que não mudaram a morada para o país que habitam e aqueles que disseram que não queriam votar. Para combater isto, a lei deve obrigar a que todos estejam recenseados e a poder votar em qualquer lugar, pois há meios para ver o contribuinte e saber se não estão a fazer voto duplicado.)

Dou o exemplo de um indivíduo que apareceu para votar no dia em que só podiam votar os inscritos, e ele não estava inscrito. Foram ver o que se passou e detectaram que ele recebeu o boletim de voto e estava assinado. Alegou que nessa altura estava em Portugal, só que o documento não mentia, tinha lá a assinatura, provavelmente de algum familiar. Verdade que, se o deixássemos votar, corríamos o risco, como delegados e o próprio cônsul, de ele votar duas vezes!? E foi dito ao contribuinte isso mesmo: para ir reclamar com quem assinou ou com os correios! Outras situações de que constava que nem inscritos no consulado estavam, provavelmente estavam inscritos para votar em Portugal, e os que disseram NÃO ao voto ficaram registados no consulado como isentos. Um caso de rir estava ali presente: uma funcionária do consulado verificou que recebeu o seu boletim de voto na morada em Portugal, quando em Portugal ninguém recebe o boletim de voto para as legislativas. Caricato, mas contado na primeira pessoa. A isto vê-se a competência de quem gere as eleições!? Sucederam muitos e muitos casos, pois a desinformação do Governo, ou melhor, a forma como criaram esta votação só tem uma razão: conseguirem manipular a eleição a favor de alguns! Por outro lado, os portugueses estão desatentos e muitos não sabem aderir ao sistema electrónico para se informar, e tantos outros nem interpretam bem o que ali escrevem. Portanto, o governo e a oposição têm de melhorar o sistema e pensar em todos e em toda a dificuldade que possamos ter.

André Ventura, líder do Chega, partido da liberdade, denunciou publicamente a situação dos consulados e embaixadas e do sistema português, afirmando que milhares de votos foram perdidos, ignorados ou inutilizados, o que constitui uma grave violação do direito democrático dos portugueses no estrangeiro. Para muitos emigrantes, estes problemas são mais do que um incómodo, são uma afronta à sua cidadania.

O Chega surge assim como uma resposta a esta crise, assumindo o papel de partido que quer “morder” os velhos poderes, promovendo uma revolução política justa e transparente. O partido reivindica ser a voz da liberdade, da igualdade real e do combate à corrupção. Defende uma Portugal melhor, com saúde e educação dignas para todos, mas também com justiça e responsabilidade no acesso a benefícios sociais.

À medida que os resultados das eleições europeias e fora da Europa são aguardados, cresce a expectativa de que o Chega consolide a sua representação parlamentar, podendo eleger de dois a quatro deputados pelo círculo da Europa, tornando-se a segunda força política mais votada e a principal oposição ao actual governo.

Esta realidade eleitoral representa não apenas uma mudança no equilíbrio político, mas também um desafio à velha ordem, marcada por décadas de manipulação e controlo. Os portugueses no estrangeiro, pela primeira vez em muitos anos, parecem decididos a fazer ouvir a sua voz, a exigir transparência e a apostar na mudança verdadeira, representada pelo Chega.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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