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terça-feira, 27 de maio de 2025

Finanças continuam a falhar com emigrantes que tentam cumprir obrigações fiscais

Finanças continuam a falhar com emigrantes que tentam cumprir obrigações fiscais

 

As dificuldades enfrentadas pelos cidadãos portugueses emigrados continuam a multiplicar-se quando o assunto é cumprir com as obrigações fiscais através do sistema das Finanças. No caso relatado esta semana por um contribuinte da Suíça, a falta de operacionalidade no portal das Finanças e os sucessivos erros do sistema e as dificuldades de entender o mesmo levaram a mais um protesto formal.

 

No seguimento de um contacto telefónico com as Finanças centrais, o cidadão em causa procurou confirmar se os pagamentos do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) e do IUC (Imposto Único de Circulação) tinham sido devidamente registados após serem efectuados por transferência bancária, utilizando o IBAN indicado nas comunicações. Para sua surpresa, foi-lhe comunicado que não existia qualquer registo desses pagamentos.

 

De imediato, foi-lhe recomendado o envio das provas de pagamento através do sistema interno do Portal das Finanças, o que prontamente fez, anexando os comprovativos do banco das referidas transferências relativas ao IUC e IMI. Também solicitou o registo do seu endereço electrónico no sistema para receber notificações futuras relativas ao IUC, de forma a evitar as habituais multas por atraso no pagamento — situação recorrente devido ao esquecimento causado pela ausência de aviso.

 

O pagamento do IMI, realizado em nome de dois titulares que residem actualmente na Suíça, originou ainda mais confusão. Apenas um deles recebeu a carta de aviso directamente na morada suíça, enquanto o outro, cuja correspondência fiscal é tratada por um representante nomeado em Portugal, não recebeu qualquer notificação. De acordo com informações anteriores, esta falha deveu-se ao "apagão" em Portugal, que tem afectado a entrega postal de correspondência das Finanças.

 

Após o protesto do cidadão por não ter sido recebida a documentação necessária para pagamento, as Finanças reagiram com rapidez e enviaram finalmente o talão de pagamento para o representante em Portugal. No entanto, o contribuinte já tinha efectuado a transferência, mencionando claramente na descrição que o valor total correspondia aos dois titulares, deixando o nome, morada e contacto, precisamente para não existirem dúvidas. Além disso deixou o número de referência da carta recebida na Suíça para melhor identificação uma vez se tratar do mesmo imóvel pago a meias por duas pessoas…! Apesar disso, três dias depois, não havia qualquer registo ou justificação oficial sobre o pagamento.

 

Perante esta situação, foi enviada uma carta aberta às autoridades fiscais, manifestando indignação e exigindo esclarecimentos formais. O cidadão considera estas dificuldades constantes como obstáculos à cidadania digital e um castigo indireto aos emigrantes que desejam cumprir as suas obrigações a tempo e horas.

 

A Revista Repórter X Editora Schweiz continuará a acompanhar este caso, dando voz aos cidadãos que, mesmo a milhares de quilómetros de distância, não desistem de cumprir com as leis do seu país — apesar das barreiras burocráticas e técnicas impostas pelo próprio Estado.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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