Desastre alpino: montanha com gelo e rochas soterra aldeia de Blatten:
Chegou à redacção da Revista Repórter X uma notícia alarmante vinda dos Alpes Suíços. Uma enorme avalanche provocada pelo colapso do glaciar Birch devastou a aldeia de Blatten, no cantão de Valais, deixando a localidade praticamente soterrada.
Segundo as informações recebidas, cerca de
90% da aldeia ficou destruída. Um dos seus habitantes, de 64 anos, continua
desaparecido. O desastre ocorreu apenas nove dias depois de os cerca de 300
moradores terem sido evacuados devido ao risco iminente de um deslizamento de
terra.
“O inimaginável aconteceu”, lamentou o
presidente da câmara de Blatten, Matthias Bellwald. Emocionado, garantiu que a
comunidade mantém a esperança: “Perdemos a nossa aldeia, mas não perdemos o
nosso coração.”
O glaciar Birch, coberto por milhões de
toneladas de detritos, colapsou quase por completo, provocando um deslizamento
brutal de gelo, lama e rochas. Uma nuvem de poeira varreu a encosta e um
terramoto de magnitude 3,1 foi registado na sequência do impacto.
O glaciar avançava entre 2,5 e 3,3 metros
por dia, tendo levado o governo suíço a ordenar evacuações em Maio, incluindo a
retirada de gado e residentes do vale de Lötschental. A destruição foi
registada por drones, e os trabalhos de avaliação dos estragos continuam. A
reconstrução poderá demorar anos.
As autoridades alertam para um risco
acrescido de inundações, pois o material que deslizou bloqueou o leito de um
rio próximo, onde já se começa a formar uma acumulação perigosa de água. A
possibilidade de novas evacuações não está excluída. O exército suíço foi
mobilizado com bombas e equipamento para tentar controlar o fluxo de água e
remover escombros. O acesso à aldeia continua restrito a não residentes.
A evacuação dos animais também chamou a
atenção pública: 52 bovinos, ovelhas e coelhos foram retirados por via aérea,
numa operação que circulou pelas redes sociais. Blatten situa-se a 1.540 metros
de altitude e é conhecida pela sua arquitectura tradicional alpina, com casas
em madeira escurecida pelo tempo, sendo o ponto habitado mais alto do vale de
Lötschental.
Nota:
A Revista Repórter X tem feito vídeos e
fotos, deixando áudio sobre várias passagens e momentos, entre eles esta última
na Páscoa na viagem de Zurique em direcção a Itália, via ao Tícino, cujo relata
as cachoeiras, muitas cachoeiras, das pequenas às grandes que parecem
autênticos rios. Todo este panorama tem a ver com a chuva contínua ou
torrencial e principalmente com o derretimento de neve dos Alpes, já noutras
alturas deparamos com as concavidades de onde passam as cachoeiras quando
transbordam secas, quer dizer que as águas provenientes de enxurradas ou de
neve trazem muita terra e pedras ali presentes, cujo moradores aproveitam para
extrair areia para construção local, logo se sabe que pode dar numa catástrofe
quando a tempestade e as chuvas são duradouras. Há tantas casas ali por baixo,
rios que recebem a água, estradas e linhas férreas, pois estamos sempre
sujeitos, se não for mais, levarmos com pedras lapidadas pela cabeça abaixo.
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