NOTA DA REVISÃO EDITORIAL
Em tempo de
gozarmos plenamente o Verão, embora a medo, debatemo-nos com ansiedade sobre o
futuro. Queremos saber o que vai acontecer a esta pandemia e às nossas vidas,
ficando com a noção de que os tempos mudam, trazendo maior incerteza e perigos
novos. Começamos a pensar que tudo na Terra deixou de ser pacífico e estável.
Vemos inundações, assim do nada a estalar em pleno Verão. Vemos um clima
bipolar, que oscila entre extremos. Anunciam eventos catastróficos para o
futuro mais próximo da nossa geração, ou dos nossos filhos.
Acabamos de sair
de mais um desalento desportivo no campeonato de futebol da Europa, quando
havia a promessa e esperança de revalidarmos o título de campeões; pensávamos
que podíamos esquecer, por momentos, a sucessão das crises; a económica, a
financeira e a política, nesta sucessão.
Damos sempre por
nós a deixar cair sonhos, porque Portugal continua a ser o País dos problemas
não resolvidos, sempre adiados e escondidos por trás de pequenas vitórias do
orgulho nacional. Queremos muito mais daquilo que conseguimos trabalhar. Nunca
sentimos a responsabilidade de planear para o objectivo que queremos. Julgamos
que basta sonhar, para tudo acontecer e nada fazemos para alcançar!
As vitórias
acontecem só por acaso; e ficamos logo a pensar que foi fácil e somos o topo da
evolução, talvez por sentirmos no íntimo que pouco ou nada fizemos. Achamo-nos
geniais, por sabermos improvisar e ter respostas imediatas de desenrasque.
Sinal de que vamos vivendo por inspiração e pouca dedicação ao trabalho
persistente, planeado e organizado.
Vivemos como
artistas cheios de orgulho próprio, julgando-nos os supra-sumo de tudo, muitos
cheios de complexo de superioridade e incapazes de sabermos o valor relativo
para os outros e desconhecendo as limitações próprias. Perde-se a humildade e
aposta-se no gabar de nós mesmos!
Logo, somos
incapazes de aprender com os outros.
Para resolver
isso, existe o projecto da revista, em que todos partilham o seu saber e se enriquecem
mutuamente, dando a amostra de cultura social e experiência de vida, que
permita aos outros reflectir sobre a sua vida.
Algo que faremos ecoar aqui na Revista Repórter X.
Revisor: Dr. José Macedo de Barros, Sociólogo político
Pode ainda ler:
Conversas com
MARIA DA FONTE!
(Parte 4) Continua Pág. 04
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