Chega levanta dúvidas sobre integridade do processo eleitoral no estrangeiro e Delegado João Carlos Veloso Gonçalves manifesta-se preocupado com falta de apoio:
O delegado do partido Chega no Consulado de Portugal em Zurique, João Carlos Veloso Gonçalves, dirigiu-se por escrito ao responsável da mesa eleitoral, Dr. Gonçalo Motta, manifestando o seu desagrado com a forma como o processo eleitoral está a ser conduzido e denunciando falhas na organização e apoio à sua função.
Segundo a mensagem, João Carlos afirma querer estar presente “à espera de quem não vem” no dia 18, referindo que das 8h00 até ás 19h00 são 11h00 horas preso para a votação durante o dia e deveria ter dois apoios a acompanhá-lo na representação do Chega. Como declarou, “segundo o partido, você enganou-me”, assumindo-se como leigo na matéria, mas consciente de que a presença de pelo menos dois elementos seria essencial para assegurar turnos e permitir, por exemplo, uma pausa para almoço.
As preocupações principais foram transmitidas pelo próprio partido Chega, que, segundo João Carlos, alerta para a existência de irregularidades noutros consulados: “há consulados com certas quantias escritas para votar e no final enviam para Lisboa mil, dois mil, cinco mil votos, etc., manipulando a verdade, votando pelos cidadãos, tendo o poder por ter os cartões de cidadão no consulado.” O delegado afirma não estar a inventar, e que poderá confirmar pessoalmente quem lhe transmitiu tal informação. Embora rejeite a ideia de que pessoas de bem o façam, admite: “acho que há pessoas para tudo”.
Com base nas informações que recebeu, João Carlos reforça que, se o número de eleitores inscritos em Zurique for realmente cinco, não é admissível que se repita o que terá acontecido noutros locais, como em Paris, onde os votos finais terão sido muito superiores aos previstos inicialmente.
A mensagem reforça ainda o compromisso do delegado com o seu dever e seriedade: “não quero que quem confia em mim duvide que eu não sou capaz.” Conta também que já foi criticado por não ter estado presente nos dias anteriores, com acusações injustas de estar a ser pago para uma função da qual estava ausente — algo que rejeita com base nas informações de que apenas cinco eleitores estavam inscritos e de que o próprio Cônsul-Geral de Portugal em Zurique terá dito que se tentaria concentrar a votação num único dia e hora, sem que, segundo João Carlos, isso tenha sido posto em prática.
Por fim, conclui que, por pressão do partido Chega, estará presente na tarde do dia 18 como delegado, até ao encerramento das urnas.
João Carlos Veloso Gonçalves
Delegado do Partido Chega
Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial
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