A capa é o que de mais singelo existe e não é
considerada pornografia. Talvez seja mais chocante o título, Prostitutas; Amor,
Sexo ou contacto físico...? E, como devem saber, não devemos omitir nada;
talvez os adultos sejam mais maliciosos que as crianças? Hoje, em dia, as
crianças têm educação sexual na escola, enquanto a maior parte dos adultos não a
tiveram e, por isso, digo que a maldade vem dos adultos, porque muitos não
tiveram formação educacional na escola. Não há nada que substitua a capa, mas
que lá está, e como disse na alínea anterior, o título é mais perturbante que a
capa. Os analistas nada de mal vêem no conteúdo do livro, quando ele retrata
factos sérios e verdadeiramente comoventes; não vai ser uma capa que vai deitar
tudo a perder, só porque existe uma opinião pessoal, de alguém, que quer mudar
tudo! Acho que não tem piada nenhuma fazer uma comunicação sem uma capa e sem
um título! A mesma coisa que apresentar um livro, sem capa e só com o miolo, é
ridículo e absurdo. As coisas são como são, é por isto e por outras coisas que
a humanidade nunca se entende…! Fiz a minha observação e não quero de maneira
nenhuma que me interpretem mal, quando sou eu próprio a dizer aquilo que penso,
pelo direito de expressão.
Estou desiludido com tudo que se passa à minha volta, porque todos querem mudar o que os outros são, pensam e constroem, por simplesmente misturarem as coisas culturais com coisas políticas, dificultando a vida a uma pessoa, que tanto faz por uma terra, em prol de uma sociedade, na comunicação social e no círculo da imigração. Refiro-me ao lançamento do meu livro; embora aceite a posição do Gabinete da Comunicação da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, não concordo com a posição tomada em conjunto pelo Pelouro da Cultura, pela não-aceitação de divulgação e espaço cedido, de um livro feito com carinho, como tantos outros, por causa de um título e com conteúdo TABU, em torno da Prostituição; sobretudo não aceito preconceitos dos que criticam antes de lerem! Acima de tudo acho e penso que está, acima de tudo, a promoção de um autor da terra, para além daquilo que possam pensar as mentes perversas.
Precisamos de uma sociedade moderna e sem Lápis
Azul, para que não sejamos censurados agora, como no tempo da Pide. É assim que
me sinto, porque não tem que ser tudo POESIA idílica. A vida real e suja de
todos pode ser transposta em arranjos limpos e puritanos poéticos, pelo que este
livro é uma filosofia, com poesia de vida...!
João Carlos Veloso Gonçalves “Quelhas”
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