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quarta-feira, 23 de março de 2022

PS assume ser o maior partido de sempre apenas com maiorias, até no Circulo da Europa

Partido Socialista, em vez de um Deputado, elegeu dois Deputados pela Europa; Dr. Paulo Pisco - Nathalie de Oliveira, lusodescendente e ex-vereadora de Metz  e a Dra. Ester Vargas fica de fora! (ex. Adidas Social na Embaixada de Portugal em Berna na Suíça). O segundo concorrente pelo PSD, foi Victor Alves Gomes, trabalha na Bélgica numa Agência da Comissão Europeia e era suplente de Carlos Gonçalves, destituído da corrida e substituído pela então Dra. Ester Vargas.

 

Já o PSD venceu no círculo Fora da Europa com António Maló de Abreu e o actual Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva ficou em segundo pelo PS



Paulo Pisco, disse-nos que houve uma margem de 12% , que não votaram em relação às primeiras eleições na repetição das eleições, para eleger os Deputados para o Circulo da Europa.


"Grande vitória!: PS 2 - PSD 0. Está feito! Fizemos o pleno no Círculo da Europa. Tivemos mais de 3 mil votos do que precisaríamos para eleger o segundo. Aos companheiros de lista, a todos quantos estiveram connosco, que participaram nas iniciativas, que nos apoiaram e nos deram a sua confiança com o seu voto, muito, muito obrigado. Esta votação prova que as comunidades não dormem e que valorizam quem as respeita e as considera, como nós sempre fizemos. Ganharam, por isso, as nossas comunidades, que disseram muito claramente que não gostam de ser instrumentalizadas nem enganadas. Juntos repetimos e conseguimos ainda

melhor." Dr. Paulo Pisco

Quelhas, Revista Repórter X

Deputado Paulo Pisco

Entrevista antes das eleições

Paulo Alexandre de Carvalho Pisco, candidato a deputado à Assembleia da República portuguesa, pelo círculo da Europa

Paulo Alexandre de Carvalho Pisco recandidatou-se a deputado à Assembleia da República portuguesa pelo círculo da Europa. Licenciado em Filosofia, com Pós-Graduação em Estudos Europeus, pertence à Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas e à Comissão de Assuntos Europeus.

Passamos a transcrever uma citação do Dr. Paulo “A relação com os portugueses e luso descendentes que estão fora do país não é fácil, não apenas por causa da distância e dispersão, mas acima de tudo porque não os conhecemos suficientemente bem”. O dr. Paulo Pisco, como deputado e como jornalista, sabe a realidade, qual o posicionamento e as propostas de resolução do grupo de candidatos do PS, face aos problemas que envolvem os emigrantes lusos, na diáspora.

Estes e outros problemas têm tido relevo na revista Repórter X.

R.X.- O que nos pode dizer em relação a situações de litígio na guarda dos filhos, em resultado de divórcios conflituosos, que as entidades públicas dos países de acolhimento não conduzem de forma imparcial, resultando inúmeras vezes na retirada da guarda da mãe/pai economicamente desfavorecidos?

P.- Essa é uma realidade que existe muito na Suíça; infelizmente tenho ouvido muitos casos dessa natureza. É uma situação muito complexa, que deve ser acompanhada pelas autoridades portuguesas, mas que depende muito das leis próprias do Estado suíço, e nesse sentido o que há a fazer é acompanhar e tentar perceber se há casos que possam requerer acompanhamento social por parte dos consulados, podendo as vítimas também pedir ajuda junto dos mesmos.

R.X.- E em relação a violência doméstica, cujos casos as autoridades locais conduzem de forma passiva, no que toca à protecção e consideração da mulher economicamente desfavorecida?

P.-Infelizmente, a violência doméstica é um flagelo que atinge todas as nossas sociedades e os deputados do Partido socialista têm procurado criar sensibilidades em relação a essas matérias; eu próprio já organizei duas iniciativas em Paris sobre a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres e nas comunidades, e sobre a violência doméstica que também atinge as comunidades portuguesas residentes no estrangeiro. O anterior governo colocou em marcha algumas iniciativas no sentido de sensibilizar as comunidades portuguesas, para que haja um combate à violência doméstica e isso não seja um fenómeno que se repita nas nossas comunidades. Infelizmente, a pandemia não permitiu que essas iniciativas continuassem. Juntamente com o secretário de estado das comunidades, José Luís Carneiro e também com a secretária de estado da igualdade, Catarina Marcelino, foram realizadas várias iniciativas nesse sentido.


R.X.- Tem conhecimento de pais a quem lhes foram retirados os filhos por algumas entidades?

P.- Esse é um problema da sociedade Suíça, que é dramática obviamente para as famílias e para as mães que sofrem esse tipo de situação e, na realidade, essas pessoas carecem de acompanhamento social e devem-no procurar nas nossas estruturas consulares.

R.X.- Conhece situações de desproteção dos emigrantes face a situações de sub-emprego e de desemprego duradouro, que conduz a situação de mendiguez e sem-abrigo?

P.- Haverá situações de natureza social, que poderão eventualmente requerer a intervenção do Estado português, mas não é agora um assunto sobre o qual nos tenham chegado muitos casos desse tipo. Obviamente que há aquelas situações em que os portugueses procuram uma vida melhor e não conseguem encontrar, ou não têm sorte e acabam por cair em situações de precariedade social, mas mais uma vez eu acho que essas situações devem ser reportadas às nossas autoridades/ consulados, para que haja alguma intervenção. Eu julgo que aos cidadãos portugueses, que eventualmente caiam na situação de dormir nas estações de comboios, é preciso que se criem condições para que eles possam ser repatriados e se não têm condições de residir na Suíça.

R.X.- E sobre a desproteção social face a acidentes de trabalho, que resultam em incapacidade para o trabalho e muitas vezes originam casos de falsidade dos factos revelados pelos serviços médicos junto das seguradoras, para impedir o assumir de indemnizações e compensações ao trabalhador acidentado?

P.- Tive hoje conhecimento pela primeira vez, de algumas situações dessa natureza, e de que havia essa atitude por parte das seguradoras; de qualquer maneira, comprometi-me com quem falei, de transmitir essa situação às autoridades suíças e politicas, com quem também me encontrei hoje e falamos sobre diversos assuntos relacionados com a comunidade portuguesa aqui na Suíça, e esse será um dos temas, que acrescentarei à lista de problemas, a abordar em reuniões futuras com as mesmas.

R.X.-  Actualmente, existe uma falta de resposta dos serviços consulares e diplomáticos, no sentido de articular as queixas junto das autoridades governamentais, diplomáticas e administrativas dos países de acolhimento, para activar planos de emergência que tratem das necessidades imediatas dos compatriotas atingidos pelas infelicidades.

P.- Nos casos de precariedade social, eu julgo que é importante que as autoridades portuguesas tenham conhecimento das situações em que essas pessoas se encontram e possam ser repatriadas para Portugal. Eu julgo que quando há casos de grandes dificuldades, como essas que são relatadas, é necessário que haja uma intervenção.

R.X.- Repatriados, mas não de mãos a abanar e sim com os seus direitos.

P.- Se tiverem direitos na Suíça, é óbvio que têm o direito de reivindicar os mesmos.

R.X.- Como sabe os médicos e seguradoras, por vezes, omitem a verdade, para não pagar direitos.

P.- Isso são dados de natureza objectiva e existem aqui na Suíça várias entidades, que ajudam os portugueses a enfrentar esse tipo de situações e é óbvio que tudo que é legitimo e de Lei tem que ser atribuído pela Lei e não pode haver nenhum tipo de fuga às responsabilidades, por parte das autoridades suíças.

R.X.- Como nos pode esclarecer quanto à falta de serviço administrativo nos consulados e embaixadas, que resolvam os problemas administrativos dos emigrantes em Portugal, para poderem tratar na diáspora dos assuntos e obrigações com os serviços do Estado português, nomeadamente Finanças, Ministério da Justiça e Serviços Municipais?

P.- O Partido Socialista e os candidatos do PS pelo círculo da Europa têm um manifesto eleitoral, que em 10 pontos resume todas as nossas propostas e, portanto, essas propostas têm a ver com todas as questões relacionadas com a vida da nossa sociedade. São questões relacionadas com o ensino do Português no estrangeiro, atendimento consular, movimento associativo, facilitação da participação dos portugueses residentes no estrangeiro nas eleições, investidores na diáspora, questões culturais, fiscais e da segurança social.

R.X.- Todos estes pontos aqui ditos, foram comunicados aos Consulados de Portugal na Suíça, Embaixada de Portugal em Berna, Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, Ministério dos Negócios Estrangeiros, Câmaras Municipais suíças, sem que houvesse qualquer feedback.

Falei, através de uma chamada telefónica, para o Gabinete da Dra. Berta Nunes, Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas e levei a cabo reuniões com o Sindicato Unia e o Consulado de Zurique. Existem muitas perguntas sem resposta!


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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