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terça-feira, 26 de setembro de 2023

Revista Repórter X Editora Schweiz - Online - Nº 10 - Especial Rosangela - 26 Set. 2023 (Brasil; Escola Estatual Neuza Rezende)

O que o mar separa a internet e os média unem!


Brasil

 

por; Rosângela Alves Soares

 

O Brasil um vasto país sul americano estende-se desde a bacia Amazônia no Norte até os vinheiros e as gigantescas cataratas do Iguaçu. No Sul, o Rio de Janeiro simbolizando pela sua estátua de 38 metros de altura do Cristo Redentor situada no topo do corcovado e famoso pelas movimentadas praias de Copacabana e Ipanema, bem como imenso e animado Carnaval com desfile de carros alegóricos fantasias extravagantes e samba. O Brasil é um país de dimensões Continentais localizado do Sul com capital em Brasília apresenta econômicas e culturas. A população Brasileira chegou a 213.317.639 habitantes em 2021 de acordo com IBGE. Com São Paulo capital constitui a maior área urbana do Brasil com 12 milhões de habitantes em 2022 o segundo inquérito nacional sobre insegurança alimentar no contexto da pandemia de covid-19. Brasil apontou que 33,1 milhões de pessoas não te garanti o que comer, o que representa 14 milhões de novos Brasileiros em situação de fome. A violência no Brasil é um problema estrutural de nossa sociedade que gera pânico na população, perdas financeiras para o país que reduzir a quantidade de vida do povo Brasileiro o problema da violência no Brasil está relacionada a falência e a corrupção das instituições públicas principalmente a educação e a segurança e esse problema vem ainda porque existe racismo para eles, só os negros que matam rouba, os brancos não. Os negros estão cansados de lutar pela vida igual. Se fomos nós que construímos o Brasil por que no tempo da escravidão trabalhavam muito para os brancos de baixo de chicotes acorrentados ficavam sem comer sem amamentar seus filhos. O Brasil é isso muito desigualdade. O ser humano perdeu o amor pelo próximo temos, que nos amar mais o Brasil é um lugar lindo cheio de cachoeiras, Rios, matas, senador, praias e outras coisas mais é muito belo o Brasil muito Rico.

 

 

Rosângela Alves Soares, concluiu o 3° ano do Ensino Médio de 2023. “Nosso reconhecimento, admiração e torcida para que continues a construir sua história com dedicação e amor.”

 

Escola Estatual Neuza Rezende 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Júnior Racing Team vence três categorias na Rotax Cup

Júnior Racing Team coleciona mais sete pódios em Leiria

Tony Teixeira, empresário da Interkran, no ramo das Gruas, na Suíça, patrocinador da Racing Team, o seu melhor tempo foi o 4.°  lugar, muito perto de garantir um lugar no pódio.


Equipa sediada no Porto volta a destacar-se no Campeonato de Portugal Rotax

 

Na quarta e penúltima prova do Campeonato de Portugal Rotax, disputada este fim de semana, no Kartódromo Internacional de Leiria, a Júnior Racing Team voltou a estar em evidência em diferentes categorias, conseguindo assim colecionar mais sete pódios. João Miguel Oliveira, que dominou as primeiras duas provas da categoria DD2 em Braga e em Portimão, tendo depois encerrado o top-5 da terceira jornada em Baltar, desta vez, na quarta ronda em Leiria, depois de ser o segundo mais rápido nos treinos cronometrados, onde ficou a escassos 0,013s (!) da poleposition, viu as suas aspirações para alcançar um bom resultado a serem hipotecadas logo na Final 1, ao ser forçado a abandonar à passagem da terceira volta. O jovem piloto da Batalha, que está a cumprir a sua primeira época na categoria DD2, não baixou os braços e recuperou 12 lugares na Final 2, do 18.º ao 6.º lugar. Na Final 3, João Miguel Oliveira terminou na quinta posição. Na soma de todos os resultados, o piloto da Júnior Racing Team foi 6.º classificado na prova de Leiria, mas mantêm-se na luta pelo título. O belga Christophe Adams regressou em grande ao Campeonato de Portugal Rotax da categoria DD2 Masters, já que depois de ser o terceiro mais rápido nos ‘cronos’, garantiu dois segundos lugares e uma vitória (com a volta mais rápida), pelo que foi um meritório segundo classificado entre os Masters e ainda garantiu a terceira posição entre os ‘jovens’ da categoria DD2. António Teixeira, da Suíça, que também alinha na categoria dos potentes karts com caixa de velocidades, foi um honroso terceiro classificado entre os Masters, depois de somar dois quintos e um terceiro lugar. Mais um pódio para a Júnior Racing Team… Na categoria Sénior Max, com 32 concorrentes, Pedro Barbosa começou por ser o 14.º mais rápido nos ‘cronos’ e depois somou dois 10.ºs lugares, tendo, contudo, falta de sorte na Final 3, onde foi 20.º classificado devido a uma penalização, sendo assim 11.º classificado na prova de Leiria. Já Tomás Teixeira, da Suíça, foi o 12.º mais rápido nos ‘cronos’, somando depois um 14.º, um 21.º e um 23.º lugar, pelo que terminou jornada leiriense na 17.ª posição. Ricardo Gonçalves, ‘rookie’ na categoria Júnior, com um terceiro e dois segundos lugares, assim como com uma volta mais rápida, voltou a garantir o lugar intermédio do pódio. Jovem promissor… Afonso Lopes destacou-se logo na categoria Mini-Micro ao conquistar a pole-position, com uma volta em 49,685s. Contudo, quer na Final 1 quer na Final 3, o jovem piloto de Coruche sofreu toques que o impediram de lutar pela vitória, mas ainda foi 6.º classificado na Mini-Micro e 3.º na Micro Max, onde continua na liderança. Manuel Caetano foi o segundo mais rápido nos ‘cronos’ da categoria Mini-Micro, ficando apenas a 0,124s da pole-position. Regular nos lugares da frente, o jovem piloto de Coimbra foi um meritório 4.º classificado na Mini-Micro e subiu ao segundo lugar do pódio na Micro Max. Guilherme Santos esteve na luta pela vitória na Micro Academy, mas acabou por ser um honroso 3.º classificado.

 

Francisco Santos, jornalista

 

 

 

 

 

 

 

 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Dinheiro sujo e manchado de sangue inocente (Chefe, escritor, José Maria Ramada).

lavagem de dinheiro ou branqueamento de capitais



Dinheiro sujo e manchado de sangue inocente

 

O que é dinheiro sujo, mas que compra apartamentos um pouco por todo o lado.

Dinheiro sujo e agora manchado de sangue, obtido de forma ilegal, mas o possuidor afirma que foi ganho de forma honesta. Dinheiro manchado de sangue com as guerras espalhadas por todo o mundo, em especial na África e na Ucrânia pelos russos.

Como no termo nome sujo, o dinheiro sujo também implica que alguém perdeu ou foi roubado apenas quem não quer ver as imagens que nos entram pela televisão e as palavras escritas por profissionais no terreno da comunicação social não vêem ou não querem, fica a ideia dos três macacos, não vejo, não ouço e não falo.

Eu, como ouço, vejo e falo através da escrita, não posso calar a revolta.

Hoje quando fazia a minha caminhada como todos os dias na rua, três pessoas falavam entre si, um deles a dado momento disse:

            - Preciso de 30 apartamentos para um cliente russo.

Parei não para ver o telemóvel como simulei, mas para ouvir melhor, (podem chamar-me “cusco”, é um pouco a missão de cada um, não pactuar com injustiças). Ao mesmo tempo, olhar para um banco de pedra onde dormia um sem abrigo. Que hipocrisia de um lado da avenida o famoso empreendimento no Dubai com as suas torres de apartamentos de luxo, podiam dar-lhe outro nome, mais português ou madeirense, mas a pompa e circunstância também fazem parte podre do mercado do imobiliário.

A conversa continuou, que já imensos foram adquiridos neste novo empreendimento de luxo da estrada monumental (bem… neste empreendimento não se fala de milhares, cada apartamento ronda o milhão e pode até ultrapassar os dois milhões), com toda a certeza não serão portugueses ou madeirenses a comprar.

Porque será que os governos, não se preocupam com a proveniência de tantos milhões?

Será tão difícil assim, identificar dinheiro sujo? Ou não convém?

Situações pouco comuns envolvendo grandes quantias monetárias causam suspeita de dinheiro sujo, numerosas transferências de contas bancárias que não têm como comprovar a origem legítima do dinheiro nem é preciso pelo que se me dá a entender, para as empresas do imobiliário e da construção civil o importante é vender, nem que o dinheiro com que a compra é paga seja suja e manchada de sangue inocente e por incrível que pareça muitas vezes é em dinheiro vivo (pois, pois o dinheiro não fala e os bancos não perguntam quando os vendedores fazem os depósitos.

Debruçando depois em casa um pouco mais sobre o assunto, vejo que os grandes negócios são feitos por russos, chineses, angolanos e em pequena quantidade por diversas nacionalidades europeias, (alemães, franceses, suíços e ingleses), mas neste último caso é fácil verificar a proveniência, poupança ao longo dos anos, reformas etc.

Onde andam os órgãos responsáveis por detectar esses crimes?

Como funciona a lavagem de dinheiro?

Todos sabem, mas ninguém que ver. A lavagem de dinheiro ou branqueamento de capitais, é a inserção do dinheiro sujo muitas vezes manchado de sangue, no sistema económico, como depósitos em contas correntes com testas de ferro, compra de produtos ou títulos, investimentos em poupança, aquisições de obras de arte, imóveis etc.

Cá está o ponto fulcral da questão, aquisição de imóveis, e para este cliente dito russo eram tão só 30 apartamentos, de onde vem ou veio esse dinheiro?

Criam-se empresas de fachada, lava-se dinheiro a rodos, espalha-se dinheiro por baixo da mesa a quem facilita as coisas, e acaba por ser um negócio aberto legalmente com a conivência dos nossos políticos que no fundo não passam como se diz em espanhol “Los monos: no veo, no oigo, no hablo”.

Brinca-se com o comum cidadão, o custo de vida sobe em flecha, as rendas são incomportáveis com os salários pagos, mas os negócios da china agora negócios dos russos ou angolanos, continuam, mesmo que sejam feitos com dinheiro sujo, manchado de sangue, impregnado de miséria e fome.

           

Chefe, escritor, José Maria Ramada


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

domingo, 24 de setembro de 2023

Temas: um retracto sobre; Escola. Ministros. Eça de Queiroz. Ucrânia. (por Ricardo Conceição; Subdiretor rádio)

Actualidade política e social nos média
Fotografia de Ricardo Conceição




















Ricardo Conceição
Subdiretor (Rádio)

Enquanto dormia…

… O telemóvel não entra. Ainda são uma minoria, mas está a aumentar o número de escolas que decidiram proibir os telefones nos recreios. O Ministério da Educação pediu um parecer para evitar uma decisão precipitada sobre a matéria. Pais e alunos acatam a decisão dos agrupamentos de forma pacífica e alguns até aplaudem a medida. Mas onde fica o equilíbrio? E estaremos a diabolizar uma ferramenta tão fundamental como o telemóvel?

“Ministros sem bom senso devem obviamente ser demitidos”. Uma semana depois do lançamento do livro “O Primeiro-Ministro e a arte de governar”, Cavaco Silva dá uma entrevista ao jornal Nascer do Sol. O ex-presidente da República traça linhas vermelhas que devem conduzir ao afastamento de membros do Governo: “falta de bom senso”; “atitudes mentirosas” e “linguagem que reflete falta de boa educação”. Ainda nesta entrevista, o antigo primeiro-ministro admite que cometeu “alguns erros” e não fez “tudo perfeito”.

Pode Eça de Queiroz descansar em paz? A transladação dos restos mortais do escritor para o Panteão Nacional está em tribunal. Entre os descendentes há quem defenda que o autor de “A Cidade e as Serras” deve ficar em Tormes, Santa Cruz do Douro, onde está sepultado. O tempo corre e a trasladação está prevista para dia 27 de setembro, quarta-feira. Eça de Queiroz morreu em 1900 em Paris e o corpo foi trasladado para Lisboa. Em 1989, os restos mortais do escritor foram levados para Tormes. Se os tribunais não travarem a iniciativa do Parlamento, o autor, que retratou os vícios e virtudes nacionais, será na próxima semana sepultado no Panteão Nacional, na Igreja de Santa Engrácia, em Lisboa. A polémica está também em destaque no Pop Up, um podcast da Rádio Observador. Esta semana, Bruno Vieira Amaral, Pedro Boucherie Mendes, Tiago Pereira e a convidada especial, Susana Romana, trocam argumentos sobre a trasladação e lembram como foi lidar com “Os Maias” na escola. Que crónica escreveria Eça sobre esta polémica?

Zelensky sai de Washington sem tudo o que queria e já está no Canadá. O presidente ucraniano pediu mais armas, mas Biden não inclui mísseis de longo alcance ATACMS no novo pacote de ajuda. Entretanto, Zelensky viajou para norte e está já em solo canadiano. É apenas uma das notícias em destaque no nosso liveblog sobre a Guerra na Ucrânia. Aqui encontra a informação atualizada ao minuto.

A guerra da Ucrânia pode mesmo durar vários anos? A pergunta impõem-se e é ao mesmo tempo um desafio à reflexão dos ouvintes da Rádio Observador, que são convidados a partilhar opiniões em direto. José Manuel Fernandes e Helena Matos são os anfitriões da discussão no Contra-Corrente e contam com a ajuda de especialistas, como Isidro Morais Pereira, para fazer um ponto de situação da guerra e tentar antecipar o futuro do conflito. É muito simples participar no programa em direto na rádio, basta seguir estes passos.

Nesta newsletter encontra todas as notícias de que precisa para começar esta sexta-feira bem informado. E já sabe que, ao longo do dia, temos toda a informação sempre atualizada no site do Observador e na nossa rádio. Bom fim de semana.

























































































sábado, 23 de setembro de 2023

MEMÓRIA; LUÍS ALELUIA, ATÉ SEMPE

Orlando Fernandes,  jornalista, colaborador Revista Repórter X 2021 / 2023




MEMÓRIA; LUÍS ALELUIA, ATÉ SEMPE

 

Sem pré-aviso claro, Luís Aleluia, de 63 anos, o eterno e icónico “Menino Tonecas”, decidiu pôr termo à vida, na garagem da sua casa, no passado dia 23. A autópsia revelará as causas da morte e eventualmente outras situações que ultrapassam a decisão mais dolorosa para um ser humano – a de acabar com a sua própria vida. Poucas horas antes de partir, escreveu no seu Facebook:

“A memória de nós são pedaços da gente que se colam no coração dos que amamos. Façam o favor de ser felizes.” Ninguém percebeu que era uma despedida.

A mulher, Zita Favretto, e os filhos, José e João, estão em dor profunda pela sua partida fora do tempo, tal como os colegas. Noémia Costa terá sido a última pessoa que falou com Aleluia em vida. A atriz tornou pública a sua “dor enorme”, garante que não consegue dormir com os pensamentos que a têm assaltado e, de alguma forma, culpabiliza-se por não ter ajudado o amigo.

No programa Casa Feliz, SIC Noémia deu testemunho da dor que está a viver e revelou pormenores sobre os últimos momentos de vida do ator, com quem contracena em Patrões Fora, a sitcom da SIC:

“Éramos aqueles irmãos do corarão que a vida dá. Conheci muito bem o Luís e com ele chego à conclusão de que nunca conhecemos, muito bem, alguém. Não sabemos o que vai dentro da mente. Questiono-me porque é que ele não me pediu ajuda. Fui a última pessoa com quem falou, mas ele não disse. Porque é que não gritou por socorro?”

Prestes a começar as gravações da próxima novela da SIC, com nome provisório de Preço de Fama, que versa sobre os dramas do teatro e que também será gravada no Parque Mayer, a catedral dos artistas, em Lisboa, a atriz está em choque.

“Questiono-me só por isso, porque sentimo-nos tão impotentes. Achamos sempre que podíamos fazer alguma coisa e acabamos por não conseguir fazer nada.” Momentos antes do ator ter posto fim à vida, os dois trocaram mensagens: “Percebi logo que havia qualquer coisa que não estava muito bem, mas depois das mensagens que fomos trocando, no fim, o Luís liga. E porque é que eu não percebi aí?”

O homem que arrancou sorrisos a várias gerações e que foi coprotagonista com José Morais e Castro do fenómeno televisivo As Lições do Tonecas, RTP 1, avançou, no Alta Definição, da SIC, em 2018, sinais das mágoas do passado que ainda o feriam. O ator recordou a sua infância difícil.

Revelou ter sabido da morte do pai com tuberculose por telegrama. Confessou a violência doméstica às mãos de um padrasto alcoólico. E recordou a importante da sua passagem pela Casa do Gaiato, em Setúbal, onde entrou aos 9 anos, para depois ser resgatado pela mãe, aos 16.

“Não sou amargo perante os outros, mas sou amargo por dentro. Sou uma pessoa triste, ao contrário do que as pessoas pensam”, reconheceu neste magazine, em que falou também da paixão de ser ator e da gratidão que sentia pelo público que enche uma sala: “Posso ser feliz, agora trago dentro de mim uma mágoa.”

A questão sobre o que diria se lhe pedissem para escrever uma frase para ser lida 50 anos mais tarde, Luís Aleluia foi lapidar: “Fiz o que pude.”

Foi relembrada agora cedo demais.

Zita Favretto, a mulher, tornou pública a sua consternação:


“Luizinho, estou sem chão! O meu grande amor preferiu partir mais cedo…Não estou de acordo! Mas só me resta aceitar a tua última vontade. Que Deus te guarde lá no céu, como eu te guardarei sempre no meu coração. Hoje partiu um homem bom, como conheci muito poucos…descansa em paz, meu amado. Até sempre. Vou tentar dar mais aos nossos meninos tudo o que sempre desejámos e tentarei fazer deles uns bons seres humanos. O teu bom exemplo vai ajudar-me, certamente. Amo-te e amar-te-ei sempre! Havemos de nos encontrar um dia.”

 

Orlando Fernandes

jornalista

 

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Revista Repórter X Editora Schweiz - Online - Nº 9 - Especial Euclides Cavaco - 24 Set. 2023 (poeta popular do povo)

 Um dos mais carismáticos portugueses das Letras autoelogia o Quelhas e a Revista Repórter X


À conversa com Euclides Cavaco

 

Foi reportado o patrocínio a esta conversa, pela Agência César's AG.

Iniciou-se a conversa entre amigos, dando temas para exploração pelo poeta Euclides Cavaco. Começou por dizer que a Páscoa, na diáspora lusa, é um acontecimento visto pelos portugueses, e da sua experiência no Canadá, como uma festa religiosa de família.

Euclides Cavaco nasceu em condições de pobreza, numa aldeia de Mira, Coimbra (Beira Litoral). Sentiu, na sua infância, que não havia futuro na terra e migrou para Lisboa, onde foi trabalhador estudante.

Ao desafio da naturalidade de Quelhas, Euclides Cavaco aproveitou para esclarecer as raízes romanas de Braga, da Bracara Augusta e sua importância na Galécia. De seguida, referiram como se conheceram, pelo mesmo interesse de divulgar a realidade da diáspora lusa, que os aproximou entre o Canadá e a Suíça. Inclusivamente, já fizeram programas em conjunto, com poemas e fado, na rádio "Clube do Emigrante", e que ainda estão disponíveis no Youtube, já há muitos anos, embora não consigam precisar quando.

Tocando na época festiva que se vive, Euclides leu um poema alusivo à Semana Santa:

 

 

SEMANA SANTA

 

Dobram tristes na igreja

Na torre que se agiganta

Os sinos p’ra quem deseja

Viver a Semana Santa.

 

Morreu Cristo numa cruz

Pela bondade ser tanta

P’lo martírio de Jesus

Se evoca a Semana Santa.

 

Há cânticos da paixão

Que algum povo crente canta

Cultos de celebração

Próprios da Semana Santa.

 

 

Há quem faça penitência

E se almoça já não janta

Em jejum e abstinência

Durante a Semana Santa.

 

Neste mundo atormentado

Que a maldade desencanta

Devia ser transformado

P’ra sempre em Semana Santa.

 

O mais profundo sentido

Que tem a Semana Santa

É quando Cristo remido

Do sepulcro se levanta!…

 

autor: Euclides Cavaco

 

Após isto, chamou a atenção para que tem o cuidado de indicar estas leituras no site dele, de excelente orador e declamador; aproveitou para declamar outro poema, intitulado de "Quaresma":

 

 

TEMPO DE QUARESMA

 

Quaresma no seu sentido

É tempo de reflexão

De viver mais recolhido

Penitência e oração.

 

Inicia Quarta Feira

De cinzas, nas liturgias

Durando a quaresma inteira

Cerca de quarenta dias.

 

Relembrando o sofrimento

E a morte de Jesus

Do tão cruel tormento

Que sofreu por nós na cruz.

 

Quadra de contrição

Aos cristãos do mundo traz

Num outorgar de perdão

Mais bondade, amor e paz.

 

Tempo de meditação

Para todo o que tem fé

Que crê na ressurreição

De Jesus da Nazaré.

 

E quando a Páscoa chegar

Pela aleluia trazida

É tempo de celebrar

A ressurreição e vida.

 

E, declamou outro, de seguida, intitulado "Perdão":

 

 

PERDÃO

 

Ser capaz de perdoar

É nobilíssima acção

Tem alma maior que o mar

O que concede o PERDÃO.

 

O outorgar do PERDÃO

É qual gesto de humildade

Que emana dum coração

Onde há fecunda bondade.

 

Quem sabe dar o PERDÃO

Mesmo a quem não se arrepende

É uma excelsa lição

Que nos fascina e transcende.

 

Grande exemplo do PERDÃO

Foi-nos dado por Jesus

No tormento da paixão

Antes de expirar na cruz.

 

Rematou com outro poema, intitulado "Santa Páscoa":

 

 

SANTA PÁSCOA

 

"Santa Páscoa em alegria

Amigos para este dia

Neste poema hoje traço

Trazendo com simpatia.

A todos vós um abraço

Paz, saúde e bem-estar

Apraz aqui desejar

Sem muita formalidade.

Com humildade leal

O meu abraço Pascal

A todos com amizade."

 

 

Poema e voz de Euclides Cavaco

 

Continua pág. 06

 


“Cavaco” poeta de sonhos

 

Continuação Pág. 05

 

Apesar da sua riqueza vocabular, fluidez de discurso e alusões de críticos, Euclides Cavaco não se considera o melhor poeta da actualidade e diz que cada um tem a sua qualidade e diferença. Não aceita que Quelhas o considere como melhor poeta, como não aceita que ninguém se considere tal. Considera que apenas junta palavras e dá um sentido às mesmas. A poesia é a elegância da língua e tem vários formatos com o seu valor específico.

Quelhas considera que as pessoas não vivem em comunhão e há mais individualismo que no passado das aldeias, talvez em resultado das redes sociais. Euclides Cavaco acha que a recordação das coisas do passado, na escrita, é uma forma de regresso ao passado de bem. É a forma de rejuvenescer e fazer novos formatos diferentes de acção, para reorientar para o futuro. Com o que sabemos do presente, temos sempre a sensação de todos terem uma parte boa e outra má, mas cada um deve ter cuidado na selecção de amigos, para saber em quem depositar confianças.

Reportaram o livro de Euclides Cavaco "terras da nossa terra", onde o poeta aprofunda o conhecimento dos locais mais conhecidos de Portugal. Com o prefácio de José Seara Matias, que Quelhas leu "É fácil escrever um livro, que seja difícil de perceber, mas é difícil escrever um livro, que seja fácil de compreender. Em terras da nossa terra, Euclides Cavaco traz-nos um sopro da epopeia lusitana, que raro, mesmo hoje, em livro se identifica. De fácil leitura, profusa com excelentes poemas, onde adequadamente documenta as terras da nossa terra. Euclides Cavaco conquistou o mérito de ser um dos melhores poetas vivos da língua de Camões, com uma obra intensa valiosa."

Quelhas quis fazer uma comparação diferenciada entre a sua qualidade poética e a de Euclides Cavaco, lendo o seu poema "Minho". Euclides Cavaco apenas regista que contacta com todos os poetas e agradece também a contribuição de Quelhas, o qual considera ser um expoente da divulgação da cultura portuguesa além-fronteiras. Assim, rapidamente se pronunciou numa homenagem amiga, no poema "Quelhas":

 

 

QUELHAS Nobre filho da PÓVOA DO LANHOSO

 

O QUELHAS, é o filho mais famoso

Figura que me apraz cantar em verso

Que nasceu na Póvoa do Lanhoso

A Terra que se orgulha ser seu berço.

 

 

 

Mas um dia por destino ou opção

Não deixou qual vontade ser omissa

Num impulso e por sua decisão

Resolveu ir viver para a Suíça.

 

Levou prá Diáspora na bagagem

Do seu Minho a semente cultural

E funda com relevo e com coragem

Em língua portuguesa um JORNAL.

 

Exalta nos seus livros e artigos

Sua Terra e do Minho o horizonte

Entrevista o povo e os seus amigos

Divulga quem foi Maria da Fonte.

 

Seu portal com altruísmo propala

Cultura, poetas e escritores

D’artistas seus talentos assinala

Divulga a nossa música e cantores.

 

O QUELHAS, este poema retrata

Num perfil exemplar e de valor

Da cultura singular diplomata

Merece ter áurea de EMBAIXADOR!...

 

 

Neste seguimento, quis dedicar outro poema ao Quelhas, considerando ser um dos pilares da comunidade portuguesa emigrada, e sentindo-se norteado pela profunda admiração que nutre por Quelhas.

 

 

AO TALENTOSO AMIGO QUELHAS

 

O nosso amigo Quelhas

P'la sua nobre missão

Merece rosas vermelhas

E preito de gratidão.

 

Por difundir Portugal

Deve sentir-se orgulhoso

Da sua Terra Natal

Que é a Póvoa do Lanhoso.

 

Um verdadeiro altruísta

Mui genuíno e com arte

P’lo seu trabalho conquista

Amigos em toda a parte.

 

O seu empenho na Net

É a mais bela moldura

Quão notável que reflecte

Padrões da nossa cultura.

 

Tudo faz sem exigir

Nada por tudo o que fez

O Quelhas faz-nos sentir

Orgulho em ser Português.

 

Que continue a acender

Na cultura estas centelhas

P’ra sempre poder dizer

Obrigado amigo Quelhas!...

 

Quelhas agradece e confirma que sente tudo o que foi dito nos poemas acima. Mais, está a explorar uma nova veia criadora em si, no campo da elaboração de letras para músicas, a par das galas culturais da revista Repórter X.

 

autor: Euclides Cavaco

 

 

 

Em retribuição pela consideração que Euclides Cavaco tem por Quelhas, leu-lhe um verso de homenagem:

 

Homenagem: Euclides “Cavaco” poeta de sonhos

Locutor de rádio, Compositor & Poeta – London, Canadá

 

Euclides Cavaco, amigo

Homem de grande valor

Faz dos poemas declamados

Palavras e melodias d´amor…

 

Euclides Cavaco, amigo

Confunde também corações

O povo está contigo

E com tuas canções…

 

Euclides, Homem de talento

Contamina os apaixonados

Com palavras ao vento

Nos seus Links dourados…

 

Euclides, suas obras literárias

São livros evidentes

Tem menções honrosas

E ideias convincentes…

 

Euclides na média

E muitas dedicatórias

Uma rica Biografia

E propostas calorosas…

 

Por esse Mundo fora…

autor: Quelhas

 

Continua Pág. 07

 

 

Euclides diz que Canadá é o seu País e Portugal a sua pátria

 

Continuação Pág. 06

 

Euclides Cavaco diz contribuir também para divulgar a cultura portuguesa, no outro lado do atlântico, no Canadá. Diz que Canadá é o seu País e Portugal a sua pátria.

Por isso, escreve em língua portuguesa e tem 8 livros publicados, valorizando a diáspora portuguesa.

Faz notar que a diáspora portuguesa representa um terço dos portugueses, ultrapassando já 5 milhões. Algo que é ignorado pelos governantes, que considera charlatães, nada fazendo pela cultura portuguesa no exterior e no mundo; a contrariar isso, muito tem sido feito pelos portugueses emigrados, com o seu contributo além-fronteiras. Portugal já devia ter um ministério para as comunidades emigradas, pelo peso das comunidades lusas emigradas. Os políticos olham sempre do lado do caciquismo partidário de conceder favores onde estão os apoiantes. Nesta fase da conversa e surgindo da indignação, Euclides Cavaco declamou uma sátira:

 

 

OS   POLÍTICOS

 

P’ra conseguir o seu tacho

Brigam e põem-se abaixo

Passam o tempo a mentir

Fingem pra nos agradar

E depois de nela entrar

Não querem de lá sair.

 

São como um galo matreiro

Que p’ra subir ao poleiro

Usam suas artimanhas

Mas depois das eleições

Transformam-se em galifões

Deixando tudo às aranhas.

 

Iguais às faces do vento

Mudam a cada momento

Nunca nos inspiram fé

Mostram sempre o que não são

Fazem promessas em vão

E quem se trama é o Zé.

 

Seu fulcro é só aparência

Mas a sua incompetência

É insolente e ousada

São apáticos à crítica

E só vão para a política

Por não saber fazer nada.

 

autor: Suele Cid

 

A conversa, para amenizar a ira, foi conduzida para o Fado. Euclides Cavaco acha dar vida ao Fado, escrevendo para os fadistas, tendo gravado 250 temas para serem musicados, e têm sido cantados por muitas vozes. Já tem cerca de 150 fados gravados, em todo o mundo, por fadistas, que usam as suas letras, embora nunca tenha comercializado nenhum poema para Fado. Só exige que seja colocado o seu nome de autor do poema. Quelhas também fez poemas para Fado. Euclides nunca faz juízos de valor do trabalho dos outros e guarda para si a apreciação, bem como tem dificuldade em avaliar a qualidade crítica dos seus; contudo, gosta mais de uns temas do que de outros. Salienta, em si, o maior gosto pelo poema "Novo Mundo".

Euclides Cavaco já cantou algumas vezes o Fado e achou que afugenta os espectadores, pelo que não mais insistiu nisso. Na última vez, numa sala apinhada de ouvintes, cantando de olhos fechados, como sempre fez, quando os abriu no final do fado, reparou que só uma pessoa estava na sala. Questionando aos funcionários o que se tinha passado, ouviu que se tinham levantado e saído, fazendo debandada geral.

Rumaram para os assuntos históricos, tendo referido a figura histórica de Mumadona, representada numa estátua em Guimarães; para dizer que o povo diz que há quem tem duas caras e quando vêem um político, dizem que este tem duas caras. Segundo Euclides Cavaco, a Mumadona Dias foi fundadora da cidade de Aveiro e nada mais sabe do que isso em relação a essa figura lendária, que foi muito anterior à fundação de Portugal, pelo que levou a conversa para o seu contributo ao elogio da história de Portugal.

Euclides Cavaco tem feito hino de muitas efemérides históricas, a partir da que considera ser a primeira, a batalha de S. Mamede. Falando de estátuas, Quelhas refere a da "Padeira de Aljubarrota e outra a de "Maria da Fonte". Focando na de "Maria da Fonte", Euclides Cavaco considera que o nome é simbólico e não real, sendo o nome de um acto histórico. A questão é saber quem era a Maria da Fonte. Iguala-a a Catarina de Eufémia, no Alentejo. Na batalha de Aljubarrota considera haver um misticismo sobre a "Padeira" e sobre a "ala dos namorados". Talvez estas duas lendas sejam apenas mitos aliados da verdade, em que o protagonismo foi do condestável Nuno Álvares Pereira, pelo engenhoso processo de tácticas de combate.

A diáspora lusa é também repleta de heróis e é valorizada pelos próprios emigrantes e não pelos dirigentes e elites. Porque a sociedade é de elites e que não se aproximam das bases e grupos sociais; não os move o amor ao povo e logo nem à pátria. Quem dá vida à portugalidade são os grupos associados de emigrantes, que dinamizam actividades. Cada um é reconhecido pelas comunidades, onde dinamizam e aparecem, pelo que Euclides Cavaco tem mais de 250 troféus, em reconhecimento do seu contributo para os grupos, durante 50 anos. Reconhece que tem também condecorações dos políticos, sobretudo no Canadá, onde a comunicação social o declarou como rei do pequeno Portugal. Já foi agraciado pelo Presidente da República e por intermédio de Manuela Aguiar ou José Lello, não sabe bem precisar qual, como secretário de Estado das comunidades.

Considera que os deputados, pelo círculo da Europa e fora da Europa, não residem junto das comunidades, sendo uma lacuna inconcebível. Não há ninguém para proteger os portugueses perseguidos nas comunidades estrangeiras, sobretudo quando dificultam as legalizações. Euclides Cavaco acha que só a própria comunidade lusa da diáspora se dinamiza para ajudar os seus conterrâneos em dificuldade, embora Euclides Cavaco ache que não tem garra para essa tarefa. Em resposta a uma questão, de se achava ser merecedor de medalha de comendador, diz que isso seria uma pedrada na paródia de Zé das medalhas, em que as medalhas são dadas a quem nada merece, embora saibam do excelente trabalho de outros não considerados. Mais facilmente os políticos atribuem medalhas a quem nada faz pelo país, como foi o caso da atribuição da chave de Lisboa a uma individualidade, que nada tem a ver com o nosso país e nada faz pelo povo português e suas iniciativas comunitárias.

A este propósito de engrandecimento luso e dinamização das comunidades emigradas, Quelhas aludiu à gala da revista Repórter X, na Suíça, onde teve movimentação de pessoas e por quem se interessa por falar de Portugal. Falou também da cooperação com o jornal "Bom dia", do Luxemburgo, onde a revista Repórter X escreve sobre viagens, reveladoras de locais agradáveis da Europa.

Terminaram com agradecimentos mútuos e Boa Páscoa.

Quelhas fechou a conversa, promovendo o último livro de Euclides Cavaco e a sua missão de divulgação da cultura de Portugal, sobretudo na rádio "Amizade". Enalteceu a revista Repórter X, no contributo de divulgação destes e todos os artistas da diáspora lusa deixando mais uns poemas que o Quelhas desconhecia…

 

Continua Pág. 08

Um dos mais carismáticos portugueses das Letras autoelogia o Quelhas e a Revista Repórter X

 

Continuação Pág. 07

 

Dedicatória á Revista Repórter X e ao seu autor QUELHAS

 

Com origem na cidade de Zurique

É editado o jornal REPÓRTER   X

Em português p'ra que o mundo a saber fique

Que mesmo ausentes amamos nosso País.

 

O QUELHAS, é o autor deste Jornal

Onde divulga as letras, cultura e arte

Com relevância p'ras coisas de Portugal

E portugueses que existem por toda a parte.

 

Entre os artistas e o povo é uma ponte

Que promove com desmedido altruísmo

E onde evoca a nossa Maria da Fonte

Síntese de coragem e heroísmo

REPÓRTER X, é viva luz no horizonte

Parabéns QUELHAS, pelo teu portuguesismo.

 

 

AO   REPÓRTER   X

Parabéns pelos 11º aniversários

 

Ao nosso Repórter X

Com toda a pompa merecida

Que seja muito feliz

Nos seus onze anos de vida.

 

Um projecto de cultura

E tarefa nada amena

Embora por vezes dura

Decerto valeu a pena.

 

Desejos de anos felizes

E um futuro com progresso

Consumando directrizes

De prestígio e de sucesso.

 

Parabéns ao Director

O QUELHAS pela nobreza

Ser grande divulgador

Da cultura portuguesa.

 

Como poeta agradeço

Toda a sua simpatia

E o seu valor reconheço

Dado ao mundo da poesia.

 

Fazer dos meus versos quis

Um poema relicário

Auguro ao Repórter X

Um feliz Aniversário!...

 

autor: Euclides Cavaco