quinta-feira, 1 de abril de 2010

Convidado de honra: Ana Sofia Pinto - Prof. Escritora/Históriadora

Biografia: Ana Sofia Gouveia da Fonseca Pinto Nome: Ana Sofia Gouveia da Fonseca Pinto Nacionalidade: Portuguesa Naturalidade: S. Sebastião da Pedreira (Lisboa) Residência: Belém Data de Nascimento: 19/ 07/ 1980 Sou professora de História e tenho feito alguns trabalhos de investigação. Esta sempre foi a profissão que quis desempenhar. Quando era criança e me questionavam acerca da profissão que gostaria um dia de vir a exercer a resposta era sempre a mesma: “quero ser professora”. A partir do 12.º ano hesitei entre ser professora primária ou entre ser professora de Português ou História. Tive neste ano dois professores que me marcaram muito: o meu professor de Português e o meu professor de História. Os conteúdos destas disciplinas eram interessantes e nutria uma enorme admiração pelos professores. Foram professores de tal forma marcantes pelo seu rigor científico, profissionalismo e exigência que nunca esqueci os seus nomes. Porém a minha paixão pela História, pela busca incessante do passado de forma a decifrar e compreender melhor o presente, falou mais alto e optei por ingressar na Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas onde me licenciei em História e frequentei após o término da Licenciatura o Ramo de Formação Educacional de forma a poder vir a exercer a profissão que hoje desempenho. O meu estágio profissional foi realizado numa escola de Oeiras, a Escola Secundária Quinta do Marquês. Se dúvidas alguma vez existiram sobre a profissão que queria um dia vir a desempenhar estas dissiparam-se totalmente no meu ano de estágio. Percebi claramente que esta tinha sido a opção correcta porque me fazia feliz. Não existe nada que nos deixe mais felizes, mais realizados na vida do que o desempenho de uma actividade que nos proporcione satisfação e um extremo bem-estar. Após o meu estágio leccionei em Alvalade, na Escola dos Mestres, e em Oeiras, na Escola EB. 2,3/Conde de Oeiras, e actualmente desempenho funções de docência na escola EB.2,3/ Secundária Dr. Azevedo Neves que é considerada a “escola mais africana do país”. Grande parte dos alunos da escola onde lecciono habita em bairros degradados como a Cova da Moura, o Bairro do Zambujal, o Bairro 6 de Maio, o Bairro da Estrada Militar e o Casal de Santa Filomena. A escola Azevedo Neves é uma escola desafiante, faz-me levantar diariamente da cama com motivação, cada dia é um dia diferente... Nesta escola os professores têm tarefas árduas pela frente: têm que lidar com o absentismo, com carências económicas e afectivas… Mas muitos professores gostam da escola e querem aqui ficar. E estes são aqueles que se envolvem, que vêem chorar e muitas vezes também choram com os alunos, que procuram ajudar dando conselhos e procurando saber as razões do absentismo… A sabedoria não é um processo inato nem findo… A sabedoria é uma qualidade que vai sendo adquirida paulatinamente e é preciso que o ser humano esteja plenamente consciente de que nunca irá alcançar a plenitude da sapiência. Portanto devemos observar aqueles que nos rodeiam e procurar aprender com eles, com a sua experiência de vida, com a sua dedicação, com o seu profissionalismo, com o seu labor rigoroso… Nesta escola tenho aprendido muito com o Professor José Rocheta, professor de Educação Tecnológica, a quem foi atribuído pelo Ministério da Educação, no ano de 2008, o Prémio de Mérito Integração. Muitas vezes observo-o no seu labor e admiro-o; admiro a sua motivação, a sua entrega, a sua disposição para o trabalho. É sem dúvida um pedagogo para os professores que leccionam nesta escola. Este é um professor que não “baixa os braços”, que vai ter com os alunos quando estes faltam à escola, que vai até aos bairros bater-lhes à porta de modo a procurar saber as razões do seu absentismo, que fica na escola a trabalhar até tarde. Receber um elogio do professor José Rocheta, um elogio vindo de um pedagogo na área da docência é sem sombra de dúvida a melhor oferenda que uma jovem da minha idade pode receber. E quando ele me tece um elogio dá-me vontade de continuar, de não baixar os braços, de desejar um dia vir a ser tal como ele é para muitos professores desta escola: UMA REFERÊNCIA. Sou uma pessoa que vive o ensino. A sala de aula é o meu palco, é o local onde gosto de actuar, faz-me sentir viva, feliz, completa! Gosto de motivar os alunos para as temáticas que lecciono recorrendo a dramatizações, à audição de músicas das épocas históricas a que me reporto e mediante a utilização de réplicas ou de originais (moedas, revistas, jornais, indumentárias…) dos períodos históricos estudados. Esta é uma profissão de percalços e quando me refiro a percalços faço menção a dificuldades, a obstáculos que urge ultrapassar. Procuro visionar os obstáculos que se cruzam na minha estrada como desafios que se me impõem não apenas a mim, mas a todos aqueles que exercem esta profissão. E se por vezes as forças ameaçarem faltar, devo lembrar-me que o aluno é a primeira e a última razão de se ser professor, e que por ele, continuarei o meu trabalho, buscando e procurando incessantemente dar o meu humilde contributo para a melhoria do ensino: porque apesar das adversidades, devo estar convicta de que valerá sempre a pena…, continuarei porque esta é uma paixão e uma vontade que vem de dentro, afinal como diria Sebastião da Gama Pelo Sonho é que vamos… - Relativamente à minha produção bibliográfica esta teve o seu início a convite da Doutora Raquel Pereira Henriques, professora de História e actualmente vice-presidente da Associação de Professores de História, por quem tenho uma enorme admiração devido às suas maravilhosas qualidades humanas e profissionais. A Doutora Raquel pensou em criar uma colecção intitulada Histórias na História, que incidisse sobre diversas temáticas históricas e fui convidada para escrever um dos volumes. Aceitei este convite com um enorme entusiasmo e sou por isso a autora do segundo volume da colecção intitulado: O Mistério da Maria da Fonte: obra que nos fala, aliando factos reais e ficção, daquela figura misteriosa que, numa manhã nebulosa, vestida de colete de lã e saiote encarnado, com duas pistolas metidas numa larga faixa e de carabina ao peito desafiou o século, ficando conhecida para sempre na História de Portugal pelo nome de Maria da Fonte. Também a convite da Doutora Raquel Henriques escrevi o caderno pedagógico n.º27, da Associação de Professores de História, com o título: Uma Viagem ao Tempo dos Descobrimentos Portugueses. Aprender com o Esmeraldo de Situ Orbis. Novamente por intermédio da Doutora Raquel foi-me proposto um trabalho de parceria com a Associação de Professores de História: a correcção científica da colecção: Era uma vez um rei…, constituída por 12 livros, lançada pelo Jornal Expresso em Abril de 2006. Por referência da Associação de Professores de História fui convidada para elaborar um artigo para a História Universal Cronológica, Editora Ediclube intitulado: O Processo de Globalização visto numa perspectiva histórica. Também por referência desta Associação foi-me proposto um trabalho de parceria com a Universidade Nova de Lisboa – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (Instituto de História Contemporânea) que consistiu numa pesquisa histórica relativa à Lei de Separação da Igreja do Estado (1.ª República), no Diário do Senado. Encontro-me neste momento a realizar alguns trabalhos de pesquisa. Jogos: • Elaboração de questões sobre: a Ditadura, o Movimento dos Capitães, A Guerra Colonial, O 25 de Abril e o Prec (trata-se de um trivial a sair na semana do 25 de Abril de 2010). Sites: • Em concretização: elaboração de um site com conteúdos históricos (artigos da minha autoria, excertos de obras e de artigos devidamente citados), documentários históricos originais, músicas de épocas históricas, fotografias históricas (site de âmbito escolar. Divulgação a partir de Fevereiro de 2010). A escrita é tal como o ensino uma actividade muito importante na minha vida. Gosto de escrever, gosto de pesquisar, gosto de descobrir, gosto de explorar… E a escrita é tudo isto. Procuro, sempre que tenho disponibilidade, conciliar a minha profissão com a actividade de escrita e pesquisa. Convidado de Honra pelo autor povoense Quelhas "Ana Sofia Gouveia da Fonseca Pinto" aspinto2003@yahoo.com.br http://anasofiagouveiadafonsecapinto.blogspot.com/

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