Sabemos,  da nossa vida privada, que o desespero nunca foi bom conselheiro, nos  momentos de aflição e emergência da nossa situação de vida, quer em  termos económicos, quer em termos financeiros, quer em termos de  escassez de recursos, essenciais à nossa sobrevivência, ou manutenção de  um estatuto adquirido, pois que agimos em função de uma pressão  psicológica intensa, que nos tolda o raciocínio lógico, que devíamos  fazer sobre as consequências das nossas decisões a quente!
Ora,  ampliando o âmbito dos nossos problemas caseiros, hoje, mais do que  nunca, devemos pensar à escala mundial, porque os interessados movem-se  sempre a uma escala, proporcional ao seu poder de intervenção na vida  dos outros...!
E sabemos  bem que o poder que nos controla é, de facto, o poder da riqueza  financeira dos grupos transnacionais; que agem, para resolver os seus  problemas e necessidades, no âmbito da sua identidade nacionalista, ou  de grupo restrito/ discreto de interesses accionistas, em proveito da  actividade económica particular de operadores, até alheios à sua cultura  de bens morais e de sensibilidade solidária humana!
Sabemos  quais são os problemas, com que se debatem os actuais decisores do  mundo; a escassez crescente de recursos, face ao crescimento demográfico  da espécie humana. Fala-se da projecção futura da escassez energética,  da escassez de água, da escassez alimentar e até da "escassez  financeira", contrapostas ao aumento demográfico humano; esta, a que  está a originar a actual crise...!
E  o curioso é que são os países emergentes, quer do ponto de vista do  crescimento económico, quer do ponto de vista da pressão demográfica,  quer do ponto de vista da detenção de recursos energéticos clássicos de  escala, que se perfilam para ajudar os países em crise...!
E  a outra curiosidade é que os países em crise, por intermédio dos  representantes políticos dos seus Estados, se dispõem a vender as suas  participações estatais accionistas em empresas, ainda detidas por  centros de decisão nacionais, controladoras de recursos como a água, a  energia, a mobilidade, etc., como forma de devolverem rapidamente os  empréstimos, contraídos para se desenvolverem acima das suas  possibilidades!
E a  terceira curiosidade é que esses países, em crise, são os que têm  recursos, cobiçados pelos potenciais interessados na privatização,  grupos económicos definitivamente ligados aos países, onde esses  recursos vão ter cada vez maior importância nas suas estratégias de  crescimento económico, em função da pressão demográfica populacional lá  registada!
Num tempo em  que se fala, e bem, do desenvolvimento sustentado, não podemos  deixar-nos alienar pelo crescimento, nomeadamente económico, permanente,  uma vez que este é sempre limitado pelas condições naturais e pela  capacidade natural de suporte da vida no nosso planeta; os recursos são  finitos e as populações dimensionam-se, incontornavelmente, à  disponibilidade quantitativa e qualitativa deles!
Ora,  o nosso governo actual, permeado de ingénuos, que cederam à pressão do  desespero financeiro, endereçou convites a investidores da China, Médio  Oriente, Índia e de outros países emergentes..., para comprarem  participações accionistas nos negócios portugueses da água, transportes,  energia e extracção e processamento de recursos naturais! Ou seja,  querem entregar a decisão, sobre os preços dos bens essenciais à nossa  sobrevivência, a accionistas que não se identificam culturalmente com a  necessidade do nosso povo, pelo que nos sujeitaremos à ganância e  necessidades próprias dos governantes económicos de outros povos, que  ainda estão longe de entenderem a necessidade da cooperação entre povos,  na salvaguarda dos recursos naturais do planeta, de forma a  estabelecermos o verdadeiro desenvolvimento sustentado, que não se  compadece com os orgulhos das classes milionárias, unicamente apostadas  na velha mentalidade de concentração de recursos em poucas mãos!
E quais são os argumentos, para privatizar tudo?
Que  as empresas públicas funcionam mal, que os funcionários públicos  trabalham mal, que os administradores públicos são corruptos, que a  "Troika" quer, que é preciso cortar na despesa, que é preciso ter menos  Estado mas mais impostos, que as empresas privadas são mais eficientes,  que o consumo só é racionalizado quando se paga um preço, e outras  falácias, facilmente deitadas por terra, dizendo que não se deve acabar  com o que funciona mal, mas sim deve-se corrigir, começando por  identificar problemas, para promover a mudança intelectual de atitudes,  mentalidades e competências, que são transversais à generalidade das  pessoas, quer trabalhem no sector privado ou no sector público e ainda  não entenderam que tudo devem a quem servem, sejam clientes ou  contribuintes! Que o Estado se constituiu, para garantir a justiça das  relações, entre todos, e para impedir a exploração das nossas  necessidades mais básicas e vitais, controlando os ímpetos primitivos  dos egoístas e gananciosos, acumuladores de riqueza e competidores,  sonegadores de oportunidades aos outros!
Isto é, os governantes ainda não entenderam a missão do Estado, que dizem querer servir!
Ou  seja, querem vender-nos aos que nada entendem de regulação e  redistribuição de recursos e muito menos de justiça social, portanto,  que nada entendem de eco-economia, nem de recirculação de bens e  racionalidade de usos, num esquema de preservação de todas as espécies!
Por  enquanto, estamos num processo de aprendizagem e divulgação de  informação, na bruma da crise; cada vez mais, outras consciências são  despertadas e a cognição das pessoas mais humildes aumenta, por força do  acesso à informação, hoje disponibilizada para as classes médias,  precisamente as que sofrem com a crise e com a perda de estatutos; no  passado, o liberalismo capitalista conseguiu ter aliciados os  trabalhadores da classe média, pela via de uma certa distribuição de  rendimento e conforto melhorado, mas hoje já não conseguem isso, o que  dita o crescente ódio às ideologias liberais capitalistas e,  fundamentalmente, à velha mentalidade de domínio e escravização das  sociedades, em benefício da felicidade extrema de uns poucos senhores do  planeta...!
Isso quer  dizer que, se houver teimosia em avançar com o programa de liberalização  capitalista mundial, haverá trevas, porque a luta se fará no limite do  medo pela perda da sobrevivência, num último grito violento dos que  estão a ser esmagados pela ganância dos anti-sociais, que querem montar o  negócio, sobre a exploração de tudo o que precisamos para sobreviver!
As  respostas são sempre equivalentes às pressões, no sentido de se  conseguir um novo equilíbrio, ditado pela capacidade de resiliência da  Natureza e até pela capacidade de um povo se regenerar! Face ao pântano,  em que se encontram os decisores políticos, surge a possibilidade de  uma nova lufada de ar fresco...!
Por isso, tratam-se as águas inquinadas, por processos de injecção de ar em profundidade...!
POR MACEDO DE BARROS
http://socialhumano.blogspot.com
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sábado, 19 de novembro de 2011
A HISTÓRIA DAS PRIVATIZAÇÕES E A PERDA DE SOBERANIA DE UM POVO!
Sabemos,  da nossa vida privada, que o desespero nunca foi bom conselheiro, nos  momentos de aflição e emergência da nossa situação de vida, quer em  termos económicos, quer em termos financeiros, quer em termos de  escassez de recursos, essenciais à nossa sobrevivência, ou manutenção de  um estatuto adquirido, pois que agimos em função de uma pressão  psicológica intensa, que nos tolda o raciocínio lógico, que devíamos  fazer sobre as consequências das nossas decisões a quente!
Ora,  ampliando o âmbito dos nossos problemas caseiros, hoje, mais do que  nunca, devemos pensar à escala mundial, porque os interessados movem-se  sempre a uma escala, proporcional ao seu poder de intervenção na vida  dos outros...!
E sabemos  bem que o poder que nos controla é, de facto, o poder da riqueza  financeira dos grupos transnacionais; que agem, para resolver os seus  problemas e necessidades, no âmbito da sua identidade nacionalista, ou  de grupo restrito/ discreto de interesses accionistas, em proveito da  actividade económica particular de operadores, até alheios à sua cultura  de bens morais e de sensibilidade solidária humana!
Sabemos  quais são os problemas, com que se debatem os actuais decisores do  mundo; a escassez crescente de recursos, face ao crescimento demográfico  da espécie humana. Fala-se da projecção futura da escassez energética,  da escassez de água, da escassez alimentar e até da "escassez  financeira", contrapostas ao aumento demográfico humano; esta, a que  está a originar a actual crise...!
E  o curioso é que são os países emergentes, quer do ponto de vista do  crescimento económico, quer do ponto de vista da pressão demográfica,  quer do ponto de vista da detenção de recursos energéticos clássicos de  escala, que se perfilam para ajudar os países em crise...!
E  a outra curiosidade é que os países em crise, por intermédio dos  representantes políticos dos seus Estados, se dispõem a vender as suas  participações estatais accionistas em empresas, ainda detidas por  centros de decisão nacionais, controladoras de recursos como a água, a  energia, a mobilidade, etc., como forma de devolverem rapidamente os  empréstimos, contraídos para se desenvolverem acima das suas  possibilidades!
E a  terceira curiosidade é que esses países, em crise, são os que têm  recursos, cobiçados pelos potenciais interessados na privatização,  grupos económicos definitivamente ligados aos países, onde esses  recursos vão ter cada vez maior importância nas suas estratégias de  crescimento económico, em função da pressão demográfica populacional lá  registada!
Num tempo em  que se fala, e bem, do desenvolvimento sustentado, não podemos  deixar-nos alienar pelo crescimento, nomeadamente económico, permanente,  uma vez que este é sempre limitado pelas condições naturais e pela  capacidade natural de suporte da vida no nosso planeta; os recursos são  finitos e as populações dimensionam-se, incontornavelmente, à  disponibilidade quantitativa e qualitativa deles!
Ora,  o nosso governo actual, permeado de ingénuos, que cederam à pressão do  desespero financeiro, endereçou convites a investidores da China, Médio  Oriente, Índia e de outros países emergentes..., para comprarem  participações accionistas nos negócios portugueses da água, transportes,  energia e extracção e processamento de recursos naturais! Ou seja,  querem entregar a decisão, sobre os preços dos bens essenciais à nossa  sobrevivência, a accionistas que não se identificam culturalmente com a  necessidade do nosso povo, pelo que nos sujeitaremos à ganância e  necessidades próprias dos governantes económicos de outros povos, que  ainda estão longe de entenderem a necessidade da cooperação entre povos,  na salvaguarda dos recursos naturais do planeta, de forma a  estabelecermos o verdadeiro desenvolvimento sustentado, que não se  compadece com os orgulhos das classes milionárias, unicamente apostadas  na velha mentalidade de concentração de recursos em poucas mãos!
E quais são os argumentos, para privatizar tudo?
Que  as empresas públicas funcionam mal, que os funcionários públicos  trabalham mal, que os administradores públicos são corruptos, que a  "Troika" quer, que é preciso cortar na despesa, que é preciso ter menos  Estado mas mais impostos, que as empresas privadas são mais eficientes,  que o consumo só é racionalizado quando se paga um preço, e outras  falácias, facilmente deitadas por terra, dizendo que não se deve acabar  com o que funciona mal, mas sim deve-se corrigir, começando por  identificar problemas, para promover a mudança intelectual de atitudes,  mentalidades e competências, que são transversais à generalidade das  pessoas, quer trabalhem no sector privado ou no sector público e ainda  não entenderam que tudo devem a quem servem, sejam clientes ou  contribuintes! Que o Estado se constituiu, para garantir a justiça das  relações, entre todos, e para impedir a exploração das nossas  necessidades mais básicas e vitais, controlando os ímpetos primitivos  dos egoístas e gananciosos, acumuladores de riqueza e competidores,  sonegadores de oportunidades aos outros!
Isto é, os governantes ainda não entenderam a missão do Estado, que dizem querer servir!
Ou  seja, querem vender-nos aos que nada entendem de regulação e  redistribuição de recursos e muito menos de justiça social, portanto,  que nada entendem de eco-economia, nem de recirculação de bens e  racionalidade de usos, num esquema de preservação de todas as espécies!
Por  enquanto, estamos num processo de aprendizagem e divulgação de  informação, na bruma da crise; cada vez mais, outras consciências são  despertadas e a cognição das pessoas mais humildes aumenta, por força do  acesso à informação, hoje disponibilizada para as classes médias,  precisamente as que sofrem com a crise e com a perda de estatutos; no  passado, o liberalismo capitalista conseguiu ter aliciados os  trabalhadores da classe média, pela via de uma certa distribuição de  rendimento e conforto melhorado, mas hoje já não conseguem isso, o que  dita o crescente ódio às ideologias liberais capitalistas e,  fundamentalmente, à velha mentalidade de domínio e escravização das  sociedades, em benefício da felicidade extrema de uns poucos senhores do  planeta...!
Isso quer  dizer que, se houver teimosia em avançar com o programa de liberalização  capitalista mundial, haverá trevas, porque a luta se fará no limite do  medo pela perda da sobrevivência, num último grito violento dos que  estão a ser esmagados pela ganância dos anti-sociais, que querem montar o  negócio, sobre a exploração de tudo o que precisamos para sobreviver!
As  respostas são sempre equivalentes às pressões, no sentido de se  conseguir um novo equilíbrio, ditado pela capacidade de resiliência da  Natureza e até pela capacidade de um povo se regenerar! Face ao pântano,  em que se encontram os decisores políticos, surge a possibilidade de  uma nova lufada de ar fresco...!
Por isso, tratam-se as águas inquinadas, por processos de injecção de ar em profundidade...!
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