NOTA DA REVISÃO EDITORIAL
A
espuma da actualidade está conspurcada de muito desconhecimento e vício
informativo de aldrabice do carácter politiqueiro; quando digo politiqueiro,
refiro-me a uma vontade de implementar procedimentos exclusivamente económicos,
pensados por elites merceeiras, em defesa do seu interesse particular de
aplicação de uma agenda secreta de rentabilização negocial da acumulação de
riqueza, que tem de lidar com as reacções das massas populares, de onde extraem
dinheiro e tudo.
Para
muitos críticos, essa é uma forma virtual de “modus operandi”, no sentido de
programar mudanças necessárias, que objectivem o continuar dos predicados do
sistema e a manutenção do poder nas mesmas mãos, garantindo-se a tal e
verdadeira sustentabilidade funcional do sistema, que interessa.
Sempre
em primeiro lugar, o que interessa é que essas elites e dominadores políticos intermédios
do sistema garantam a sua subsistência, e que não é restrita e exclusivamente ao
que entendem as bases da população. Para os comuns e humildes basta garantir a
mesa, a cama e o agasalho e, enquanto houver isto, a tranquilidade social está
garantida e nenhuma agitação perturbadora da segurança das elites se
desencadeia. E, por isto, só se ouve falar de apoios aos humildes e pobres,
quando algo falta naqueles atributos, para manter tudo controlado.
Contudo,
para baralhar tudo, as redes sociais introduziram um factor enorme de confronto
ideológico de perturbação, ao dar voz a todas as correntes de opinião,
normalmente barradas nos órgãos institucionais de comunicação social licenciada
e logo dependentes de subsídios públicos ou apoios empresariais fortes, o que
está a originar falsas aplicações de princípios lícitos de verificação da
veracidade de notícias e opiniões. Mais, concedem a faculdade a todos de
denunciar publicações, sem ter de justificar o motivo válido e sem se
responsabilizar os erros ou má-fé da denúncia, e de quem fizer o papel de
censor faccioso ou cacique ideológico de uma qualquer ditadura, que quer calar
o pensamento legítimo, mas discordante, que expõe o secretismo, de que
precisam, para controlarem tudo; tudo é negócio e o segredo é a alma dele…!
O "lápis azul" foi o símbolo da censura e da época da ditadura portuguesa do século XX. Os censores do Estado Novo usavam um lápis de cor azul nos cortes de qualquer texto, imagem ou desenho a publicar na imprensa. Para proteger a ditadura, os cortes eram justificados como meio de impedir e limitar as tentativas de subversão e difamação.
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