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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Posse dos Conselheiros sem presença do embaixador e da Consul

Posse dos Conselheiros sem presença do Embaixador e da Consul 


António Guerra Iria, que encabeçou a Lista B, a Conselheiro; Unidos na Defesa dos Direitos dos Emigrantes, disse á revista Repórter X que tomaram posse os quatro elementos, como Conselheiros, na cidade de Genève para o: Conselho do Círculo Eleitoral da Suíça, Roma e Viana! Quanto ao representante da Lista A, Domingos Pereira, segundo informaram, deveria ter tomado posse na cidade de Zürich. Pelo que sabemos, não houve nenhum contacto entre elementos da Lista A e da Lista B desde a eleição até á presente data que foram empossados os 5 membros como Conselheiros!

Nota: em Genève, os 4 membros do Conselho, estão desagradados com a falta dos representantes portugueses na Suíça, mais precisamente o Embaixador de Portugal em Berna e a Consul, do Consulado de Genève, na entrega da posse dos representantes legais para o Conselho do Círculo Eleitoral da Suíça, Áustria e Itália. Dignos de ter também uma bandeira Portuguêsa e o som do hino nacional, a portuguesa! Pois que neste mandato, os 5 guerreiros representarão os imigrantes nos referidos três países,  coisa que os governanres esquecem e pelos vistos, estes elementos, com esta forma de terem recebido posse com ou através de um representante do Consulado não foi de todo bem visto.

António Guerra Iria,  sindicalista, irá escrever uma carta em várias direcções a relatar o desagrado. Concluiu ainda que o governo português não paga qualquer despesa aos Conselheiros,  tendo que pagarem todas as despesas de correio, telefone, deslocações internas, refeições nas deslocações, etc..; (apenas pagam uma possível ida e volta a Lisboa para uma reunião de Conselheiros de todo o mundo. Desta feita já tinha sido marcada e o Ministro dos Negócios Estrangeiros desmarcou).


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Certificado de Agradecimento; Revista Repórter X à Escola e Hospital na Guiné-Bissau

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precariedade da Escola e Hospital na Guiné-Bissau


Revista Repórter X Editora Schweiz é uma publicação com sede na Suíça. Aqui estão alguns detalhes sobre ela:

  • Propriedade: A revista é propriedade da Repórter X Editora Schweiz.
  • Fundador: O fundador é João Carlos Veloso Gonçalves, também conhecido como “Quelhas”.
  • Diretor/Chefe de Administração: Ângela Tinoco.
  • Revisão Editorial: O sociólogo político Dr. Barros

A revista aborda diversos temas e oferece informações relevantes para a comunidade. Se você deseja saber mais, pode acompanhar a Revista Repórter X Editora Schweiz nas plataformas sociais, Youtube, Site...


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precariedade da Escola e Hospital na Guiné-Bissau
Rogério Tomaz José Sampaio, sindicalista


Durante a minha estadia na Guiné-Bissau, além de visitar sítios maravilhosos, aproveitei para visitar escolas e hospitais a fim de me inteirar com a realidade do país e do povo.

Foi com grande surpresa, infelizmente desagradável que encontrei uma escola sem as mínimas condições de funcionamento, pior do que tinha deixado quatro anos antes. Apesar disso encontrei professores e alunos com entusiasmo e vontade de aprender a ler e escrever. As condições da escola contrastam com a coragem e vontade de professores e alunos em concluir o ano lectivo com sucesso. Essa situação tocou a minha parte humana e prometi enveredar esforços, para ajudar aquelas crianças a atingir os seus objetivos.

O meu primeiro gesto foi pedir aos professores quais eram as necessidades urgentes; concluímos facilmente que era urgente tapar com (Kirintim) painéis de palha entrelaçada, para evitar poeira, vento e chuva e adquirir o básico para qualquer escola.

 Mandei fazer dois quadros, um para cada sala. Financiei a festa do dia 1 de Junho, dia internacional das crianças, para que aquelas crianças pudessem sorrir nesse dia. Para que pudesse realizar esse pequeno gesto, contei com as doações de: João Gonçalves, Sandra Caetano, Carla Vieira, Carlos Galeano e naturalmente com o apoio e divulgação do REPÓRTER X e do amigo Quelhas.

A minha visita ao hospital de Bolama foi desolador, tinha ficado chocado com a situação da escola, pior fiquei com a visita ao hospital. 

Partiu o meu coração, ver as condições que os profissionais daquele hospital têm que enfrentar para tratarem os doentes. Não exagero, quando digo que esses profissionais são heróis, porque só quem quer arruinar o seu currículo, aceita trabalhar naquelas condições e eles trabalham com afinco apesar das adversidades.

Face à toda esta triste constatação, decidi apelar à todos os leitores e amigos de boa fé, que me ajudem aquelas pobre crianças, com um franco ou um euro, para levantarmos quatro paredes e cobrir com zinco, para que aquelas crianças, não tenham no próximo ano, estarem sujeitas a estudar ao relento.

Quanto ao hospital, qualquer oferta é bem-vinda, porque falta tudo. O pequeno gesto que Victor da Costa teve em oferecer termômetros e medidor de tensão arterial, foi recebido com imensa satisfação pela equipa hospitalar.

Deixo a minha conta bancária, onde quem quiser, poderá contribuir com a sua ajuda.

Rogério Tomaz José Sampaio

Novo Banco 
IBAN: PT 50 0007 0304 0004 5520 0050 5


UBS SUÍÇA:
IBAN  CH 88 0023 1231 4080 8388 0

 
A favor da Escola: Ponta Zé Guiné-Bissau

Para qualquer esclarecimento:

Contactar Rogério Sampaio

Whattsapp: +41 78 653 20 48

+351 962 835 410

Email: rotojosaster@gmail.com

 Rogério Sampaio, sindicalista



Hospital

Escola

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial



A vitória da AD nos Açores. O protesto que ameaça as legislativas. E a candidatura de Pinto da Costa

Fotografia de Pedro Raínho
Pedro Raínho

Enquanto dormia…

A coligação AD/Açores vencia as eleições para o governo regional, mas sem conseguir alcançar a maioria absoluta. As contas ficaram fechadas com uma distribuição que deixou PSD/CDS/PPM a três lugares da maioria (elegeu 26 deputados, mais quatro que em 2020); o PS conseguiu 23 lugares no parlamento regional (perdeu dois deputados mas, sobretudo, perdeu as eleiçõespela primeira vez em 30 anos); o Chega conquistou 5 lugares (tinha 2); e Bloco de EsquerdaIniciativa Liberal e PAN ficaram com um representante cada. O PCP voltou a ficar de fora.

Na reação aos resultados, José Manuel Bolieiro falou numa “vitória inequívoca” da AD/Açores e definiu o tom para uma governação com minoria relativa — ou seja, sem contar o Chega na equação, parlamentar ou de governo. Como escrevem o Rui Pedro Antunes (enviado especial do Observador aos Açores) e a Rita Tavares, será o tubo de ensaio para Luís Montenegro, a pensar no pós 10 de março. Na História do Dia, o João Santos Duarte analisa todas as implicaçõesda estratégia de Montenegro. No Contra-Corrente, o José Manuel Fernandes e a Helena Matos vão olhar para os resultados na região autónoma mais em pormenor (já sabe que pode ligar 910024185 e entrar em direto no programa). E, como ontem foi noite eleitoral, é inevitável: temos ainda vencedores, vencidos e, neste caso, até um “embrulhado”.

As legislativas de 10 de março são o próximo grande embate eleitoral e, por isso, deixo-lhe a sugestão para que passe no nosso Previsómetro e faça os seus palpites para essa noite. Hoje começam os debates, que vamos estar a acompanhar aqui no Observador, juntamente com toda a atualidade política.

Também já esta segunda-feira, estreamos a Tarde Política na Rádio Observador, das 17h às 19h, para acompanhar as campanhas eleitorais que aí vêm. A emissão vai ser conduzida por Miguel Videira e Vanessa Cruz, com comentários de Bruno Vieira Amaral, Judite França, Miguel Pinheiro, Rui Pedro Antunes e Miguel Santos Carrapatoso. Vamos ter rubricas novas para escrutinar promessas. Um debate diário entre dirigentes dos oito partidos com representação parlamentar. E o regresso do Caça ao Voto, para analisar quem está a ganhar e a perder votos, nos debates televisivos e nas principais ações de campanha.

As dúvidas já não eram muitas e desapareceram por completo. No Coliseu do Porto, Pinto da Costa anunciou que será (re)candidato à liderança do FC Porto, numa corrida ao que diz ser o seu “último mandato”, que quer cumprir “até ao final”. Não faltaram farpas a Villas-Boas numa apresentação que, como o próprio reconheceu, surge num momento “mais difícil” para o clube — ainda que tivesse procurado separar as águas entre as ondas de choque da Operação Pretoriano e a própria instituição. Pinto da Costa não deixou de enviar um “grande abraço de solidariedade” para Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, um dos detidos na operação da última quarta-feira e que deverá ser ouvido em tribunal esta segunda-feira. No Coliseu do Porto, entre as cerca de 2 mil pessoas presentes esteve Sérgio Conceição, que selou o apoio ao presidente do FC Porto com um emocionado abraço.

A propósito de futebol (e de polícias e de eleições), depois do adiamento do Famalicão-Sporting, no sábado, ficou mais um jogo por realizar: desta vez, o Leixões-Nacional, da segunda liga. Tal como no primeiro caso, o motivo estará relacionado com o protesto das forças de segurança, que já dura há mais de um mês. Mas, por esta altura, o caso já extravasou, e em muito, as quatro linhas do campo, sobretudo depois de um dos sindicatos da PSP alertar para a possibilidade de “faltarem polícias” na noite eleitoral de 10 de março. As palavras do presidente do Sindicato Nacional de Polícias provocaram uma onda de reações — do PCP ao PAN, e também de Luís Montenegro. Numa intervenção particularmente dura para os polícias, o líder do PSD já lembrou que “ninguém está acima da lei”. Na mesma linha, o ministro da Administração Interna já avisou que não vai “tolerar incitamento a atos que ponham em causa Estado de direito”. A plataforma de sindicatos das forças de segurança acusou José Luís Carneiro de lançar um “ataque pidesco”. E a Ordem dos Médicos vai analisar eventuais irregularidades na atribuição de baixas médicas aos polícias.

No Chile, um incêndio florestal de enormes dimensões já provocou quase 100 mortos. Mas esse número poderá ainda “aumentar significativamente”, avisou o Presidente chileno, Gabriel Boric, uma vez que continuam por encontrar mais de 300 pessoas. A União Europeia ofereceu-se para ajudar as autoridades do país a combater as chamas que assolam a região de Valparaíso.



Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

O que é o Hamas e por que essa organização ataca Israel?

O que é o Hamas e por que essa organização ataca Israel?

 

O Hamas é uma organização nacionalista e islamista que se coloca como grupo de resistência palestino contra Israel, isto porque terão os seus motivos. Alguns entendem e outros não entendem, o Hamas como uma organização terrorista.

Nota: A guerra entre Israel e a Palestina começou simplesmente por conquista de territórios e num mundo moderno isto não havia existir, antigamente no tempo dos reinados, no tempo da Não civilização, no tempo que o armamento era artesanal, os povos conquistavam terras, hoje não faz sentido!

Em 1947 as Nações Unidas propuseram a criação de dois Estados (judeu e árabe) na Palestina. A ideia foi aceita pelos judeus, mas os árabes não concordaram.

Pergunto, quem são os terroristas, o Hamas ou Israel?

Pois que pelo que estudei, Israel é que não concordaram e desencadearam a guerra na Palestina e conquistaram, (roubaram), terras, tais como a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, assim como a Faixa de Gaza.

E que papel tem aqui os Estados Unidos da América, quando podia acabar com a guerra num lapso! Ás vezes pensamos que os nossos aliados também são os nossos inimigos e por si também são directamente culpados pelos conflitos e da guerra dos milhões que dá lucros, muitos lucros aos envolvidos, mais que o petróleo, pois, as armas tem de se derreter com carne humana, entre crianças e velhos sem defesa. Temos de dar a liberdade à Palestina!

 

O texto a seguir é de: Daniel Neves Silva

 

"O Hamas é uma organização nacionalista e islamista que surgiu na Palestina, na década de 1980, e tem como foco a luta contra Israel. Essa organização possui um braço armado, mas também atua politicamente, possuindo grande parte das cadeiras do Legislativo palestino desde 2006, além de realizar trabalhos sociais. Israel, Estados Unidos e a União Europeia consideram o Hamas uma organização terrorista."

 

O que é o Hamas?

O Hamas é entendido como uma organização nacionalista palestina e islamista que está sediada na Faixa de Gaza desde a década de 1980, quando surgiu. O termo Hamas é oriundo de Ḥarakat al-Muqāwamat al-Islāmiyyah, que significa “Movimento de Resistência Islâmica”. Trata-se de uma das organizações mais ativas na questão que envolve a Palestina.

 

O Hamas surgiu como uma organização de orientação sunita e atualmente possui diferentes formas de atuação na Faixa de Gaza. Assim, apresenta um serviço social, que procura dar apoio a palestinos em necessidade, e um braço político, que governa a Faixa de Gaza. Também possui um braço armado, o qual realiza ações militares contra Israel.

 

Algumas nações, como Israel, Estados Unidos, além da União Europeia, consideram o Hamas uma organização terrorista, mas outras nações, como Rússia e Egito, não entendem o Hamas como tal. Além disso, analistas internacionais denunciam a forma autoritária pela qual o Hamas governa a Faixa de Gaza, apontando a perseguição que os opositores políticos desse grupo sofrem."

 

Surgimento do Hamas:

O surgimento do Hamas remonta à criação da Irmandade Muçulmana, no Egito, em 1928. A Irmandade Muçulmana surgiu da preocupação de Hassan al-Banna com a crescente secularização das sociedades islâmicas. Ele acredita que as sociedades islâmicas deveriam passar por reformas profundas para reforçar a importância dos valores islâmicos.

 

Assim, al-Banna desejava aplicar os valores do islamismo ao mundo moderno, iniciando uma reforma, primeiro no Egito, mas que depois se espalhasse pelos outros países muçulmanos. Um dos objetivos da Irmandade Muçulmana era garantir que os países muçulmanos fossem governados com base na sharia, a lei islâmica, que estabelece uma série de normas para a vida dos fiéis.

 

No final da década de 1930, a Irmandade Muçulmana já era uma força política no Egito e, na década de 1940, chegou oficialmente à Palestina, introduzida por Hassan Youssef com o mesmo objetivo da Irmandade Muçulmana no Egito: promover a islamização da sociedade. Na Palestina, assim como no Egito, a Irmandade Muçulmana passou a realizar uma série de trabalhos sociais, investindo na construção de escolas e hospitais, por exemplo.

 

A partir de 1967, quando Israel ocupou toda a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, uma série de ideais mais radicais começou a ganhar força no interior da Irmandade Muçulmana como forma de resistência. Assim, começou a ganhar espaço a ideia de que a construção de uma sociedade mais islamizada passaria pela jihad, a guerra santa.

 

A década de 1960 também presenciou o fortalecimento dos movimentos de resistência na Palestina contra a ocupação de seu território por Israel. Em 1964, por exemplo, surgiu a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), sob a liderança de Mahmoud Abbas. Esse grupo era secular, portanto sem influências islamistas, e possuía orientação socialista, atuando por meio de táticas de guerrilha contra Israel.

 

Na década de 1980, a resistência palestina era liderada pela OLP. Havia um desejo do governo israelense de dividir a resistência palestina, financiando um movimento que pudesse se contrapor à OLP. Esse movimento foi a Irmandade Muçulmana, uma vez que os israelenses esperavam que ela se mantivesse mais ligada às causas sociais e religiosas.

 

Entretanto, na década de 1980, uma mudança ideológica aconteceu entre os membros da Irmandade Muçulmana na Palestina, levando-os a decidir pelo seu envolvimento com a política. Os acontecimentos no final de 1987, conhecidos como Primeira Intifada, foram decisivos para que o Hamas surgisse enquanto organização desvinculada da Irmandade Muçulmana.

 

Em 14 de dezembro de 1987, foi emitido um comunicado, conhecido como Estatuto do Hamas. A posição dos membros do Hamas, perante a existência de Israel e os crescentes assentamentos israelenses em territórios palestinos, tornou-se mais intransigente.

 

O estatuto mencionava que:

“O Movimento de Resistência Islâmica sustenta que a Palestina é um território de Wakf, (legado hereditário) para todas as gerações de muçulmanos, até o Dia da Ressurreição. Ninguém pode negligenciar essa terra, nem mesmo uma parte dela, nem abandoná-la, ou parte dela. Nenhum Estado Árabe, ou mesmo todos os Estados Árabes (juntos) têm o direito de fazê-lo; nenhum Rei ou Presidente tem esse direito, nem tampouco todos os Reis ou Presidentes juntos, nenhuma organização, ou todas as organizações juntas – sejam elas palestinas ou árabes – têm o direito de fazê-lo, porque a Palestina é território Wakf, dado para todas as gerações de muçulmanos, até o Dia da Ressurreição."

 

Quanto a Israel, a postura do Hamas se tornou a seguinte:

Israel existirá e continuará existindo até que o Islã o faça desaparecer, como fez desaparecer a todos aqueles que existiram anteriormente a ele.

 

O surgimento do Hamas fez com que ele passasse a rivalizar com outras organizações que lutavam pela causa palestina, como o Fatah, um dos grupos que existem no interior da OLP. Um dos principais nomes do Hamas nesse período foi Sheik Ahmed Yassin, que defendia que o Hamas tinha como propósito garantir a libertação da Palestina e formar um Estado islâmico na região.

 

Assim, o Hamas se colocou como a principal organização que atuava por meio das armas na luta contra a ocupação da Palestina. A atuação militar do Hamas contra Israel se deu a partir da Primeira Intifada, os protestos populares de palestinos contra Israel em 1987. A ala militar do Hamas é conhecida como Brigadas Izz ad-Din al-Qassam.

 

Hamas na atualidade:

Atualmente, o Hamas é o principal grupo político a atuar na Autoridade Nacional Palestina, a entidade responsável por administrar os territórios que são povoados por palestinos, a Faixa de Gaza e parte da Cisjordânia. Desde 2006, o Conselho Legislativo da Palestina é ocupado, em sua maioria, por políticos do Hamas.

 

Isso se deu por meio de uma eleição, e a própria população palestina votou, em sua maioria, para o Hamas. Essa eleição foi realizada em 2006 e nela a organização recebeu quase 45% dos votos, permitindo que ela conquistasse 74 das 132 cadeiras disponíveis. Em 2021, estava previsto que uma nova eleição legislativa acontecesse, mas ela foi adiada pelo presidente palestino Mahmoud Abbas.

 

Embora o Hamas seja visto por muitos países ocidentais como uma organização terrorista, uma parte considerável da população palestina os apoia, sobretudo pela atuação deles na luta contra Israel. Segundo o jornalista Mohammed Omer, isso acontece por conta das péssimas condições de vida em que a população palestina é obrigada a viver e pelos frequentes ataques israelenses na região, causando a morte de muitos inocentes."

 

"Analistas internacionais também registram que o arsenal de armamentos do Hamas é consideravelmente poderoso, incluindo diferentes tipos de mísseis que têm capacidade de alcance de até 160 km, o que ameaça todo o território de Israel. Acredita-se que o arsenal do Hamas tenha cerca de cinco mil mísseis. Além disso, estima-se que o grupo tenha cerca de 40 mil soldados"

 

"Questão Palestina

A disputa travada entre Israel e Hamas é mais um capítulo da Questão Palestina, que se iniciou no começo do século XX e que se mantém até hoje. Essa questão se iniciou no começo do século quando o movimento sionista passou a defender o retorno dos judeus para a Palestina e o direito da comunidade judia de possuir o seu Estado.

 

O crescimento da população judia na Palestina gerou atritos entre as comunidades árabes, habitantes da região havia séculos. A questão permaneceu sem resolução entre as décadas de 1920 e 1940, até que foi entregue à Organização das Nações Unidas, a ONU, que decidiu, no final da década de 1940, realizar a divisão da Palestina entre judeus e palestinos.

 

A divisão da Palestina não foi aceita pelos árabes porque — alegou-se na época — os palestinos tinham ficado com as terras menos férteis e com menos mananciais de água. A oficialização do Estado de Israel deu início a um conflito: a Primeira Guerra Árabe-Israelense. Esse conflito e outros conflitos travados (Guerra dos Seis Dias e Guerra do Yom Kippur) foram consideradas desastrosos para os palestinos, que perderam uma série de territórios.

 

Até hoje, o Estado da Palestina não existe oficialmente, e analistas internacionais denunciam a forma como o Estado de Israel trata os palestinos. Muitos defendem a ideia de que Israel impõe uma política discriminatória parecida com o Apartheid, o regime segregacionista que existiu na África do Sul, na segunda metade do século XX.

 

Mohammed Omer, por exemplo, denuncia uma série de ações contra as populações palestinas na Faixa de Gaza. Ele fala de execuções sumárias de cidadãos inocentes, de saques promovidos em propriedades palestinas por tropas de Israel, dos bombardeios que resultam na morte de civis, da falta de energia elétrica e de água potável, etc.

 

Por outro lado, muitos, incluindo o Estado de Israel, criticam o Hamas pelos bombardeios promovidos contra cidades israelenses e acusam o Hamas de promover ações terroristas. Além disso, como mencionado, muitos questionam a forma como o Hamas trata seus opositores e denunciam que até práticas de torturas são realizadas pela organização."

 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

domingo, 4 de fevereiro de 2024

Houthis estão na mira dos Estados Unidos e aliados: quem são, de onde vêm, como chegaram ao poder e que força têm?

Houthis estão na mira dos Estados Unidos e aliados: quem são, de onde vêm, como chegaram ao poder e que força têm?

 

 


Nota: Os donos do Mundo, Estados Unidos da América e Reino Unido estão a atacar os Houthis, isto porque os Houthis assumiram o controlo de grande parte do norte do Iémen – controlam o principal porto de Hudeidah, que gera até mil milhões de dólares em receitas ao Governo Houthi. Por outro lado, forçaram milhares de navios a desviar-se para contornar a África do Sul, no qual tem de fazer muitos mais milhares de milhas e custos acrescidos, então os EUA e RU, bombardeiam em ataque e em defesa desta causa os Houthis. Pergunto:

 

- Este é o caminho certo, quando os Estados Unidos da América e o Reino Unido deveriam apregoar a paz mundial ou interessa destruir armamento, para gerar milhões e fazerem mais armamento na indústria do ramo das armas e das bombas!?

 

 

 

 

o texto a seguir é de; Francisco Laranjeira 

 

 

Os Houthis, também conhecidos como Ansar Allah (ou “apoiantes de Deus”), são um grupo violento de milícias em controlo sobre grande parte do norte do Iémen. Formado na década de 1990, o grupo recebeu o nome do seu fundador, Hussein Badreddin al-Houthi, e segue o ramo Zaidi, do Islão xiita, que representa entre 20 e 30% da população do Iémen.

Tornaram-se manchete por todo o mundo na sequência dos ataques perpetrados a navios no Mar Vermelho e foram alvo já de retaliações dos Estados Unidos e Reino Unido, juntos num esforço de pacificar a zona. De acordo com Natasha Lindstaedt, professora na Universidade de Essex, num artigo no site ‘The Conversation’, há quatro coisas que é necessário saber sobre este grupo islâmico.

 

 

Por que foram formados?

A ascensão dos Houthis entronca na turbulenta história do Iémen, que tem lutado para construir um Estado unificado: no entanto, o resultado são instituições fracas, nacionalismo fraco, insurreição e separatismo desde a sua formação, em 1990. Recorde-se que a área que é agora o Iémen foi dividida em dois territórios – norte e sul – desde o séc. XIX até 1990. Após o colapso do Império Otomano, o Iémen do Norte ganhou a independência em 1918. Já o Sul ficou sob controlo britânico até 1967.

As identidades tribais permanecem fortes, especialmente no Norte, e muitos grupos diferentes mantiveram o poder. Os xiitas Zaydi lutaram pelo controlo do território que hoje conhecemos como Iémen durante milhares de anos, com algum sucesso, e sob os Houthis, controlam partes do norte do Iémen.

Se avançarmos para a era moderna, o Iémen tem enfrentado conflitos constantes e fracassos estatais. O Norte era governado pelo ex-presidente iemenita Ali Abdullah Saleh, desde 1978, que assumiu a presidência de um Iémen recém-unificado em 1990. Os familiares de Saleh controlavam partes essenciais do exército e da economia – e a corrupção era abundante. Embora o Governo central tenha mantido o país unido – Saleh chegou a afirmar que governar o Iémen era como “dançar sobre cabeças de cobras” – depois de uma tentativa de secessão do Sul em 1994, havia muitos grupos com queixas do comando de Saleh.

O grupo mais notável a desafiar o Governo central no Iémen foram os Houthis. Além de suportarem décadas de marginalização política, negligência, exclusão económica e, por vezes, terror por parte do Governo central, os Houthis estavam preocupados com a crescente influência saudita no país – e com o poder crescente do salafismo e do wahhabismo, vistos como doutrinas religiosas importadas.

O ponto de inflexão para os Houthis foi a invasão do Iraque pelos Estados Unidos em 2003. Influenciados pelo sucesso do Hezbollah em repelir as forças ocidentais, os Houthis ganharam o apoio do grupo baseado no Líbano, assim como do Irão – embora os seus responsáveis neguem qualquer ligação.

 

 

Como ganharam o poder?

Para enfrentar o poder crescente dos Houthis, Saleh lançou uma campanha militar em 2003, com a ajuda da Arábia Saudita. Embora as forças de Saleh tenham conseguido matar o líder Houthi, Hussein al-Houthi, em 2004, os Houthis venceram frequentemente Saleh e o exército saudita.

Provaram ser uma força formidável, ousando mesmo cruzar para a Arábia Saudita em 2009, forçando o reino a mobilizar o seu exército para enfrentar a crescente ameaça Houthi.

Depois de eclosão da revolução iemenita eclodiu, em 2011, os Houthis lutaram para tirar Saleh do poder, para se juntarem a ele em 2015 – quando se desfez a aliança, os Houthis levaram a melhor, matando Saleh em dezembro de 2017.

Os Houthis também têm sido uma força importante na guerra civil iemenita em curso (que começou em 2014), que causou cerca de 377 mil mortes, muitas das quais civis. Embora seja o Governo do Sul que é reconhecido internacionalmente, os Houthis assumiram o controlo de grande parte do norte do Iémen – controlam o principal porto de Hudeidah, que gera até mil milhões de dólares em receitas ao Governo Houthi.

 

 

Qual é a sua influência regional?

Hoje, os Houthis têm cerca de 20 mil combatentes. Desde a morte de al-Houthi, o movimento tem sido liderado principalmente pelo seu irmão, Abdul-Malik al-Houthi, que afirmou que não hesitará em atacar os Estados Unidos e respetivos aliados.

Desde o início do conflito em Gaza, os Houthis têm tentado capitalizar o conflito para aumentar o seu perfil internacional e como uma demonstração de poder que lhes poderia ganhar mais influência negocial. Alegando ser solidários com o povo palestiniano, os Houthis iniciaram uma série de ataques a navios comerciais no Mar Vermelho.

 

 

Controlam o acesso ao Mar Vermelho?

Embora a maioria dos ataques Houthi no Mar Vermelho não tenham sido bem-sucedidos, forçaram milhares de navios a desviar-se para contornar a África do Sul, o que acrescentou custos e tempos significativos.

Em retaliação às dezenas de ataques no Mar Vermelho, os Estados Unidos e o Reino Unido responderam com o seu maior ataque contra os Houthis desde 2016. No entanto, os ‘avisos’ não foram recebidos e os Houthis estão mais ansiosos do que nunca para enfrentar os Estados Unidos de frente.

 

 


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