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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

A vitória da AD nos Açores. O protesto que ameaça as legislativas. E a candidatura de Pinto da Costa

Fotografia de Pedro Raínho
Pedro Raínho

Enquanto dormia…

A coligação AD/Açores vencia as eleições para o governo regional, mas sem conseguir alcançar a maioria absoluta. As contas ficaram fechadas com uma distribuição que deixou PSD/CDS/PPM a três lugares da maioria (elegeu 26 deputados, mais quatro que em 2020); o PS conseguiu 23 lugares no parlamento regional (perdeu dois deputados mas, sobretudo, perdeu as eleiçõespela primeira vez em 30 anos); o Chega conquistou 5 lugares (tinha 2); e Bloco de EsquerdaIniciativa Liberal e PAN ficaram com um representante cada. O PCP voltou a ficar de fora.

Na reação aos resultados, José Manuel Bolieiro falou numa “vitória inequívoca” da AD/Açores e definiu o tom para uma governação com minoria relativa — ou seja, sem contar o Chega na equação, parlamentar ou de governo. Como escrevem o Rui Pedro Antunes (enviado especial do Observador aos Açores) e a Rita Tavares, será o tubo de ensaio para Luís Montenegro, a pensar no pós 10 de março. Na História do Dia, o João Santos Duarte analisa todas as implicaçõesda estratégia de Montenegro. No Contra-Corrente, o José Manuel Fernandes e a Helena Matos vão olhar para os resultados na região autónoma mais em pormenor (já sabe que pode ligar 910024185 e entrar em direto no programa). E, como ontem foi noite eleitoral, é inevitável: temos ainda vencedores, vencidos e, neste caso, até um “embrulhado”.

As legislativas de 10 de março são o próximo grande embate eleitoral e, por isso, deixo-lhe a sugestão para que passe no nosso Previsómetro e faça os seus palpites para essa noite. Hoje começam os debates, que vamos estar a acompanhar aqui no Observador, juntamente com toda a atualidade política.

Também já esta segunda-feira, estreamos a Tarde Política na Rádio Observador, das 17h às 19h, para acompanhar as campanhas eleitorais que aí vêm. A emissão vai ser conduzida por Miguel Videira e Vanessa Cruz, com comentários de Bruno Vieira Amaral, Judite França, Miguel Pinheiro, Rui Pedro Antunes e Miguel Santos Carrapatoso. Vamos ter rubricas novas para escrutinar promessas. Um debate diário entre dirigentes dos oito partidos com representação parlamentar. E o regresso do Caça ao Voto, para analisar quem está a ganhar e a perder votos, nos debates televisivos e nas principais ações de campanha.

As dúvidas já não eram muitas e desapareceram por completo. No Coliseu do Porto, Pinto da Costa anunciou que será (re)candidato à liderança do FC Porto, numa corrida ao que diz ser o seu “último mandato”, que quer cumprir “até ao final”. Não faltaram farpas a Villas-Boas numa apresentação que, como o próprio reconheceu, surge num momento “mais difícil” para o clube — ainda que tivesse procurado separar as águas entre as ondas de choque da Operação Pretoriano e a própria instituição. Pinto da Costa não deixou de enviar um “grande abraço de solidariedade” para Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, um dos detidos na operação da última quarta-feira e que deverá ser ouvido em tribunal esta segunda-feira. No Coliseu do Porto, entre as cerca de 2 mil pessoas presentes esteve Sérgio Conceição, que selou o apoio ao presidente do FC Porto com um emocionado abraço.

A propósito de futebol (e de polícias e de eleições), depois do adiamento do Famalicão-Sporting, no sábado, ficou mais um jogo por realizar: desta vez, o Leixões-Nacional, da segunda liga. Tal como no primeiro caso, o motivo estará relacionado com o protesto das forças de segurança, que já dura há mais de um mês. Mas, por esta altura, o caso já extravasou, e em muito, as quatro linhas do campo, sobretudo depois de um dos sindicatos da PSP alertar para a possibilidade de “faltarem polícias” na noite eleitoral de 10 de março. As palavras do presidente do Sindicato Nacional de Polícias provocaram uma onda de reações — do PCP ao PAN, e também de Luís Montenegro. Numa intervenção particularmente dura para os polícias, o líder do PSD já lembrou que “ninguém está acima da lei”. Na mesma linha, o ministro da Administração Interna já avisou que não vai “tolerar incitamento a atos que ponham em causa Estado de direito”. A plataforma de sindicatos das forças de segurança acusou José Luís Carneiro de lançar um “ataque pidesco”. E a Ordem dos Médicos vai analisar eventuais irregularidades na atribuição de baixas médicas aos polícias.

No Chile, um incêndio florestal de enormes dimensões já provocou quase 100 mortos. Mas esse número poderá ainda “aumentar significativamente”, avisou o Presidente chileno, Gabriel Boric, uma vez que continuam por encontrar mais de 300 pessoas. A União Europeia ofereceu-se para ajudar as autoridades do país a combater as chamas que assolam a região de Valparaíso.



Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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