Enquanto dormia… | A coligação AD/Açores vencia as eleições para o governo regional, mas sem conseguir alcançar a maioria absoluta. As contas ficaram fechadas com uma distribuição que deixou PSD/CDS/PPM a três lugares da maioria (elegeu 26 deputados, mais quatro que em 2020); o PS conseguiu 23 lugares no parlamento regional (perdeu dois deputados mas, sobretudo, perdeu as eleiçõespela primeira vez em 30 anos); o Chega conquistou 5 lugares (tinha 2); e Bloco de Esquerda, Iniciativa Liberal e PAN ficaram com um representante cada. O PCP voltou a ficar de fora. | Na reação aos resultados, José Manuel Bolieiro falou numa “vitória inequívoca” da AD/Açores e definiu o tom para uma governação com minoria relativa — ou seja, sem contar o Chega na equação, parlamentar ou de governo. Como escrevem o Rui Pedro Antunes (enviado especial do Observador aos Açores) e a Rita Tavares, será o tubo de ensaio para Luís Montenegro, a pensar no pós 10 de março. Na História do Dia, o João Santos Duarte analisa todas as implicaçõesda estratégia de Montenegro. No Contra-Corrente, o José Manuel Fernandes e a Helena Matos vão olhar para os resultados na região autónoma mais em pormenor (já sabe que pode ligar 910024185 e entrar em direto no programa). E, como ontem foi noite eleitoral, é inevitável: temos ainda vencedores, vencidos e, neste caso, até um “embrulhado”. | As legislativas de 10 de março são o próximo grande embate eleitoral e, por isso, deixo-lhe a sugestão para que passe no nosso Previsómetro e faça os seus palpites para essa noite. Hoje começam os debates, que vamos estar a acompanhar aqui no Observador, juntamente com toda a atualidade política. | Também já esta segunda-feira, estreamos a Tarde Política na Rádio Observador, das 17h às 19h, para acompanhar as campanhas eleitorais que aí vêm. A emissão vai ser conduzida por Miguel Videira e Vanessa Cruz, com comentários de Bruno Vieira Amaral, Judite França, Miguel Pinheiro, Rui Pedro Antunes e Miguel Santos Carrapatoso. Vamos ter rubricas novas para escrutinar promessas. Um debate diário entre dirigentes dos oito partidos com representação parlamentar. E o regresso do Caça ao Voto, para analisar quem está a ganhar e a perder votos, nos debates televisivos e nas principais ações de campanha. | As dúvidas já não eram muitas e desapareceram por completo. No Coliseu do Porto, Pinto da Costa anunciou que será (re)candidato à liderança do FC Porto, numa corrida ao que diz ser o seu “último mandato”, que quer cumprir “até ao final”. Não faltaram farpas a Villas-Boas numa apresentação que, como o próprio reconheceu, surge num momento “mais difícil” para o clube — ainda que tivesse procurado separar as águas entre as ondas de choque da Operação Pretoriano e a própria instituição. Pinto da Costa não deixou de enviar um “grande abraço de solidariedade” para Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, um dos detidos na operação da última quarta-feira e que deverá ser ouvido em tribunal esta segunda-feira. No Coliseu do Porto, entre as cerca de 2 mil pessoas presentes esteve Sérgio Conceição, que selou o apoio ao presidente do FC Porto com um emocionado abraço. | A propósito de futebol (e de polícias e de eleições), depois do adiamento do Famalicão-Sporting, no sábado, ficou mais um jogo por realizar: desta vez, o Leixões-Nacional, da segunda liga. Tal como no primeiro caso, o motivo estará relacionado com o protesto das forças de segurança, que já dura há mais de um mês. Mas, por esta altura, o caso já extravasou, e em muito, as quatro linhas do campo, sobretudo depois de um dos sindicatos da PSP alertar para a possibilidade de “faltarem polícias” na noite eleitoral de 10 de março. As palavras do presidente do Sindicato Nacional de Polícias provocaram uma onda de reações — do PCP ao PAN, e também de Luís Montenegro. Numa intervenção particularmente dura para os polícias, o líder do PSD já lembrou que “ninguém está acima da lei”. Na mesma linha, o ministro da Administração Interna já avisou que não vai “tolerar incitamento a atos que ponham em causa Estado de direito”. A plataforma de sindicatos das forças de segurança acusou José Luís Carneiro de lançar um “ataque pidesco”. E a Ordem dos Médicos vai analisar eventuais irregularidades na atribuição de baixas médicas aos polícias. | No Chile, um incêndio florestal de enormes dimensões já provocou quase 100 mortos. Mas esse número poderá ainda “aumentar significativamente”, avisou o Presidente chileno, Gabriel Boric, uma vez que continuam por encontrar mais de 300 pessoas. A União Europeia ofereceu-se para ajudar as autoridades do país a combater as chamas que assolam a região de Valparaíso. |
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