Maria da Fonte,
nascida e criada,
num fontanário
em Font’Arcada.
A lenda é antiga,
mas há quem a conte,
que descia um monte,
uma rapariga,
chamada Maria da Fonte,
para beber naquela fonte,
onde foi nascida.
E aquela hora por ela marcada,
juntou multidões de paus,
foices/roçadoras, chuços, forquilhas e enxadas.
O povo na encruzilhada,
esperava a Maria,
seguiam depois bem juntos,
ao longo da estrada,
para matar o regedor e as gentes dos Cabrais,
para deixar registada,
a fonte sagrada,
onde tivera nascido.
Lutaram aquela hora marcada,
puseram o governo fora com a revolução.
E quando tudo acabou,
um certo dia,
como era esperado,
Maria desapareceu, na encruzilhada,
não veio mais à fonte,
seus olhos divinos p´ra sempre fechou,
mas somente às vistas do povo.
Aldeia falou,
tocaram os sinos e Maria voou!?
E aquela hora,
por ela marcada,
juntou multidões na encruzilhada.
Mas oh santo Deus,
escureceram-se os céus,
fugiu a beldade,
e diz-se na encruzilhada,
que Maria da Fonte fugiu desesperada.
E, o fontanário vai ter saudade...
Têm piada esta balada?!...
in livro: Maria da Fonte
Autor, jornalista e repórter : Quelhas
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