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terça-feira, 9 de março de 2021

As dificuldades na Emigração

As dificuldades na Emigração

 

Antigamente os emigrantes permaneciam apenas 9 meses na Suíça e 3 meses em Portugal, muitos trabalhavam de solo a solo, tinham o seu emprego e ainda iam fazer Büros (escritórios) e nem tão pouco gastavam um pataco num café ou numa cerveja, eram escravos do trabalho. Juntavam dinheiro para enviar para a mulher criar os filhos e para comprar casa e terrenos. Quando foi abolida a Lei da emigração os emigrantes tomaram um rumo, começaram a trazer toda a família para a Suíça, os Portugueses quadruplicaram! As nossas crianças começaram a estudar cá a língua de cá, dependendo o Cantão para onde vieram viver, entre a linguagem alemã, italiana, francesa ou reto-romana. As dificuldades talvez aumentassem para muitos aqueles que tinham filhos, com a obrigatoriedade de pagar o Seguro de Doença, rendas de casa, quando antes viviam em quartos com Wc partilhados. Foi a partir daí que os empregos começaram a ter mais procura, mais despedimentos, menos tempo de trabalho e até digo; os suíços incutiram uma forma de empregar a mais gente possível, passando a empregar mais gente por exemplo a 50, 60, 70% e assim a grande parte conseguir viver. Hoje em dia cerca de metade dos emigrantes trabalham entre 50 a 80%, muitos têm mesmo só os Büros e quem tem o seu emprego de 100% quase já não faz Büros. Também quando a Suíça colocou a moeda do Franco quase igual ao Euro, as pessoas deixaram de ter tanto poder econômico, pois que o Câmbio deixou de ter interesse ao enviar para o Banco em Portugal. Cada vez mais as Firmas pagam menos, há muita concorrência, aumentaram ao serviço e diminuíram às horas. A mim faz-me lembrar a exploração do trabalho de pessoas que os antigos falavam da antiga África e Brasil nas ex. Colónias. Agora com pouca frequência os emigrantes compram Campos e matas em Portugal, casa já muito pouco, pois ficam uma vida desabitadas a estragarem-se e a limpeza dos terrenos é caríssimo. Também é verdade que a maioria dos emigrantes nesta era mais moderna, já não é tão escrava do trabalho, os nossos filhos cresceram e estudaram e muitos estão ao nível e até muito mais alto que os próprios suíços, muitos suíços vivem quase nos Büros e agricultura a trabalhar, enquanto outras raças se formam nas Universidades. Também já tomamos o nosso café e a nossa cerveja e vamos ao baile e aos restaurantes muitas vezes. A isto quero dizer que se deixou de juntar dinheiro, mas a ter uma vida digna, uma vez que o dinheiro não é tudo. Realmente quem trabalha em família não tem dificuldades financeiras, mas quem tiver azares com doenças ou acidentes ou desemprego prolongado, terá muitas dificuldades, vejam os prob,emas com o Lay-off. Há aqueles que vivem do luxo e endividam-se com créditos de carro e casa, trocam de carro como quem troca de namorada e fazem créditos para férias à rico e á francesa, esquecem as dificuldades que advém, exemplo desta crise na Pandemia.  Mesmo aqueles que vivem o dia-dia, quando chega a altura das férias, recebem o 13° mês, podem usar o Plafom da carta de crédito com precaução e dentro dos limites e fazem umas férias razoavelmente boas e sem problemas financeiros para o futuro. É triste, muito triste sermos tratados em Portugal por emigrantes e na Diáspora também. Só somos nacionais para pagar o IMI e o IUC em Portugal. Criticam pela linguagem, é certo que muitos armam-se e nem sabem falar a língua no qual pretendem querer usar, mas muitos até por falta de cuidado ou porque está acompanhado com um estrangeiro, ou porque nasceu fora e outros motivos falam entre si. Entre si! Que mal tem? Não era de todo correcto falar para outra pessoa qualquer da mesma forma. Nós no estrangeiro somos Ausländer “Estrangeiros”, quero dizer que nos tratam desta forma tipo racismo ou têm dúvidas? A mim aborrece-me mesmo é que me digam; Não estás bem aqui vai para o teu país e quando sai dum sovina português, fico-lhe com uma raiva que se pudesse mordia-o nos calcanhares´. Outra coisa que me arrelia é chamar-nos Tugas, tuga para muitos é o diminutivo de português, porra, mas a grande parte dos estrangeiros ou os de origem desse país que nos encontramos, apelidam-nos de Tuga como quem diz `burro´ ou outro! O pior da emigração é que são menos unidos na Suíça que em Portugal, gostam é de se mostrarem. Muitos atacam-se entre si e agora com as redes sociais é tão frequente como o pão para a nossa boca. Para terminar, eu tenho dito, cada vez mais á duas classes, os ricos e os pobres, falando em vidas normais, porque pobres são aqueles pobres de espirito, os doentes, os sem trabalho, os sem abrigo. Infelizmente há muita gente a passar fome, mesmo a ter tecto e no meio de isto tudo há os da rua que por muitas razões lá foram parar. Não critique, ajude. Nesta parte os portugueses Auto ajudam-se quando fazem peditórios para tais fins, mas há por trás disto quem esteja a beneficiar e temos de saber a quem ajudamos para depois justificarmos à sociedade em geral. Ser emigrante é ter saudade da Pátria, mesmo que tenha a família directa na presença, pois ainda restam a muitos os Pais e os Avós, Tios, Primos e aquele amigo que cresceu connosco.

Quelhas, Director

Revista Repórter X Editora Schweiz

 

 

  


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