As dificuldades na Emigração
Antigamente os emigrantes
permaneciam apenas 9 meses na Suíça e 3 meses em Portugal, muitos trabalhavam
de solo a solo, tinham o seu emprego e ainda iam fazer Büros (escritórios) e
nem tão pouco gastavam um pataco num café ou numa cerveja, eram escravos do
trabalho. Juntavam dinheiro para enviar para a mulher criar os filhos e para
comprar casa e terrenos. Quando foi abolida a Lei da emigração os emigrantes
tomaram um rumo, começaram a trazer toda a família para a Suíça, os Portugueses
quadruplicaram! As nossas crianças começaram a estudar cá a língua de cá,
dependendo o Cantão para onde vieram viver, entre a linguagem alemã, italiana,
francesa ou reto-romana. As dificuldades talvez aumentassem para muitos aqueles
que tinham filhos, com a obrigatoriedade de pagar o Seguro de Doença, rendas de
casa, quando antes viviam em quartos com Wc partilhados. Foi a partir daí que
os empregos começaram a ter mais procura, mais despedimentos, menos tempo de trabalho
e até digo; os suíços incutiram uma forma de empregar a mais gente possível,
passando a empregar mais gente por exemplo a 50, 60, 70% e assim a grande parte
conseguir viver. Hoje em dia cerca de metade dos emigrantes trabalham entre 50
a 80%, muitos têm mesmo só os Büros e quem tem o seu emprego de 100% quase já
não faz Büros. Também quando a Suíça colocou a moeda do Franco quase igual ao
Euro, as pessoas deixaram de ter tanto poder econômico, pois que o Câmbio
deixou de ter interesse ao enviar para o Banco em Portugal. Cada vez mais as
Firmas pagam menos, há muita concorrência, aumentaram ao serviço e diminuíram
às horas. A mim faz-me lembrar a exploração do trabalho de pessoas que os
antigos falavam da antiga África e Brasil nas ex. Colónias. Agora com pouca
frequência os emigrantes compram Campos e matas em Portugal, casa já muito
pouco, pois ficam uma vida desabitadas a estragarem-se e a limpeza dos terrenos
é caríssimo. Também é verdade que a maioria dos emigrantes nesta era mais
moderna, já não é tão escrava do trabalho, os nossos filhos cresceram e
estudaram e muitos estão ao nível e até muito mais alto que os próprios suíços,
muitos suíços vivem quase nos Büros e agricultura a trabalhar, enquanto outras
raças se formam nas Universidades. Também já tomamos o nosso café e a nossa
cerveja e vamos ao baile e aos restaurantes muitas vezes. A isto quero dizer
que se deixou de juntar dinheiro, mas a ter uma vida digna, uma vez que o
dinheiro não é tudo. Realmente quem trabalha em família não tem dificuldades
financeiras, mas quem tiver azares com doenças ou acidentes ou desemprego
prolongado, terá muitas dificuldades, vejam os prob,emas com o Lay-off. Há
aqueles que vivem do luxo e endividam-se com créditos de carro e casa, trocam
de carro como quem troca de namorada e fazem créditos para férias à rico e á
francesa, esquecem as dificuldades que advém, exemplo desta crise na
Pandemia. Mesmo aqueles que vivem o
dia-dia, quando chega a altura das férias, recebem o 13° mês, podem usar o
Plafom da carta de crédito com precaução e dentro dos limites e fazem umas
férias razoavelmente boas e sem problemas financeiros para o futuro. É triste,
muito triste sermos tratados em Portugal por emigrantes e na Diáspora também.
Só somos nacionais para pagar o IMI e o IUC em Portugal. Criticam pela
linguagem, é certo que muitos armam-se e nem sabem falar a língua no qual
pretendem querer usar, mas muitos até por falta de cuidado ou porque está
acompanhado com um estrangeiro, ou porque nasceu fora e outros motivos falam
entre si. Entre si! Que mal tem? Não era de todo correcto falar para outra
pessoa qualquer da mesma forma. Nós no estrangeiro somos Ausländer
“Estrangeiros”, quero dizer que nos tratam desta forma tipo racismo ou têm
dúvidas? A mim aborrece-me mesmo é que me digam; Não estás bem aqui vai para o
teu país e quando sai dum sovina português, fico-lhe com uma raiva que se
pudesse mordia-o nos calcanhares´. Outra coisa que me arrelia é chamar-nos
Tugas, tuga para muitos é o diminutivo de português, porra, mas a grande parte
dos estrangeiros ou os de origem desse país que nos encontramos, apelidam-nos
de Tuga como quem diz `burro´ ou outro! O pior da emigração é que são menos
unidos na Suíça que em Portugal, gostam é de se mostrarem. Muitos atacam-se
entre si e agora com as redes sociais é tão frequente como o pão para a nossa
boca. Para terminar, eu tenho dito, cada vez mais á duas classes, os ricos e os
pobres, falando em vidas normais, porque pobres são aqueles pobres de espirito,
os doentes, os sem trabalho, os sem abrigo. Infelizmente há muita gente a
passar fome, mesmo a ter tecto e no meio de isto tudo há os da rua que por
muitas razões lá foram parar. Não critique, ajude. Nesta parte os portugueses
Auto ajudam-se quando fazem peditórios para tais fins, mas há por trás disto
quem esteja a beneficiar e temos de saber a quem ajudamos para depois
justificarmos à sociedade em geral. Ser emigrante é ter saudade da Pátria,
mesmo que tenha a família directa na presença, pois ainda restam a muitos os
Pais e os Avós, Tios, Primos e aquele amigo que cresceu connosco.
Quelhas, Director
Revista Repórter X Editora
Schweiz
Sejam bem-vindos à revista das oportunidades. Nós mudamos o conceito de fazer jornalismo... A melhor publicidade é a nossa. Pague uma publicidade em papel e receba várias publicidades grátis online. Assine a nossa revista repórter X e divulgue o que é genuinamente português. Dê valor em vez de criticar!
Sem comentários:
Enviar um comentário