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domingo, 9 de outubro de 2022

Bem-vindo a Cabo-Verde, um País onde as pessoas desaparecem e nunca mais são encontradas


Bem-vindo a Cabo-Verde, um País onde as pessoas desaparecem e nunca mais são encontradas


 

Sou Cabo-Verdiana, nascida e criada na Ilha de Santiago, mais concretamente na cidade da Praia. Hoje, estou aqui para falar pela terceira vez, resumidamente na Revista Repórter X, para o que fui convidada, sobre o meu País, Cabo Verde.

 

A língua Oficial, e falada em Cabo-Verde, é a portuguesa e falamos também o crioulo cabo-verdiano. Os exploradores portugueses descobriram e colonizaram as Ilhas desabitadas no Século XV. Usaram e abusaram dos cabo-verdianos e outros africanos no tempo da escravatura, que transportavam principalmente para o Brasil. Para além disso, usaram as mulheres sexualmente, que sempre foram discriminadas, até aos tempos de hoje pelos próprios habitantes!

 

No momento da sua independência de Portugal, em 1975, os cabo-verdianos emigraram para todo o mundo. “A mulher africana é afrodisíaca, linda e, em qualquer parte do Mundo, elas são visualizadas com diferentes olhares, pela sua sensualidade, pela cor ou também por racismo.” Nessa altura, os portugueses também regressaram a casa como Retornados, deixando lá todos os seus bens em Cabo-Verde, assim bem como nos Países de língua de Expressão portuguesa, na África.

República de Cabo-Verde é um país insular, localizado num arquipélago, formado por dez Ilhas vulcânicas, na região oriental mediana do Oceano Atlântico, sendo uma das Ilhas não habitada. Tem Ilhas vulcânicas, que compõem pequenas montanhas. Existe um vulcão activo na Ilha no Fogo, mais concretamente na Chã das Caldeiras e é o ponto mais elevado do Arquipélago, com 2829m. Também constituídos por Ilhéus divididos em Ilhéus brancos e rasos, também o grupo barlavento com as Ilhas de São Vicente, São Antão, São Nicolau, Santa Luzia, Ilha do Sal, Ilha da Boa Vista e as Ilhas do Sotavento, Maio, Brava, Santiago e Fogo.

As temperaturas de Cabo Verde variam pouco nas estações do ano; a temperatura máxima é entre 25 graus a 30 graus, enquanto as mínimas variam entre 19 graus a 25 graus. Os meses mais frios são Março e Dezembro e as chuvas ocorrem entre Agosto e Outubro, e a temperatura da água do mar mantém-se durante todo o ano.

 

A Cultura de Cabo-Verde destaca-se pela língua oficial, o português, que é aprendida nas escolas; a língua materna é o crioulo, sendo falada nas diferentes Ilhas e de diferentes formas e dialectos.

 

O artesanato tem uma grande importância na Cultura Cabo-Verdiana; a tecelagem e a cerâmica são apreciadas, e na música há diversos géneros próprios, mas os ritmos mais destacados são caladera, funaná e a morna, que agora é considerada património Mundial.

 

Cabo-Verde tem uma riqueza, que é o seu mar, que é rico em espécies marinhas, que dá sabor à cozinha Cabo-Verdiana, com peixe e mariscos.

 

Cabo-verdianos são povos que adoram festas; em Fevereiro, em todas as Ilhas, é celebrado o Carnaval, mas as mais atractivas são na Ilha de São Nicolau e São Vicente. Em Maio, o festival da Gamboa, na cidade da Praia; em Janeiro, o Santo Amaro no Tarrafal; em Agosto, o festival da Baía das Gatas; em São Vicente, que atrai vários turistas, e é uma festa com projecção internacional.

 

A economia, em Cabo-Verde, sofre com escassez de recursos naturais e com a seca prolongada, originando um solo pobre em várias ilhas do arquipélago; a economia é mais elevada nas Ilhas, onde há Turismo.

 

Cabo-Verde é um País com alta taxa de desemprego, principalmente na camada jovem; vários jovens terminam os estudos e ficam desempregados, pelo que há muita pobreza. O salário mínimo é de 13 mil escudos, o que numa família pobre quase não dá para nada, pelo que muitas crianças não vão à escola, por falta de condições. Falta a alimentação saudável e os medicamentos.

 

Várias famílias moram em casas de lata, passando frio, e no tempo da chuva a situação piora; pessoas e crianças já morreram por causa de incêndios nas barracas, por não terem condições. “Para além disso, muitos Pais e principalmente parceiros de Mães solteiras pôem os filhos fora de casa; muitos passam um mau bocado, principalmente fome e frio e submetem-se à prostituição com mais facilidade.”

 

Em Cabo-Verde as crianças são submetidas a prostituírem-se, principalmente em Mindelo, Santa Maria e Praia, onde vivo. Algumas jovens prostituem-se por vaidade, mas outras por obrigação ou necessidade. Os Pais, às vezes, são os autores morais. Em Cabo-Verde a prostituição é forçada, tanto na camada jovem como nas crianças mais pequenas; as pessoas fingem não ver, por medo e opressão.

 

“Em Cabo-Verde, nos últimos anos, houve vários casos de violência com espancamento, violência verbal e outros casos, em que até leva ao “feminicídio”, de forma expressiva. A sociedade culpa as vítimas, dizendo que elas gostam de apanhar do parceiro, mas na minha opinião é medo, vergonha e muitas vezes por dependerem financeiramente do parceiro. Se uma relação não está dando certo, não precisa ter espancamento nem morte; nada que uma conversa não resolva.”

  

Cabo-Verde está prestes a tornar-se um narco-Estado! Em 2014, a Mãe do principal investigador anti-drogas foi assassinada; em 2016, a Polícia Costeira apreendeu 28 Kg de cocaína num navio de Bandeira do Brasil; em 2019, apreenderam 9,5 toneladas de cocaína num navio de Bandeira do Panamá; várias pessoas são detidas com drogas nas fronteiras e entre Ilhas. Dizem que o dinheiro das drogas circula em todas as Ilhas. Infelizmente, nunca me meti nisso, porque se o fizesse nunca teria as grandes dificuldades que tenho. A minha família vive dificuldades e, desde que o meu Pai faleceu, as coisas pioraram; são sempre os menores que sofrem de represálias e tortura.

 

Em Cabo-Verde a Medicina não é muito avançada; temos o Hospital Central Agostinho Neto e também o Hospital Batista Sousa, em São Vicente, mas não têm todos os equipamentos adequados para a saúde da população. Nenhuma das Ilhas tem Hospitais qualificados, para tratar os doentes, e as pessoas morrem, por causa da demora em serem evacuadas para o hospital Central.

 

O atendimento não é lá grande coisa; só é bem tratado quem tem condições financeiras elevadas. A discriminação, em Cabo-Verde, acontece entre os Cabo-verdianos, quando os vadios acham que são mais que os restantes, desprezando a língua da outra; uma pessoa com menos condições não é bem tratada nos hospitais e nas escolas os filhos do advogado são tratados melhor do que os filhos de um lavador. Têm mais respeito por um médico do que por um condutor de autocarro, só porque o salário é diferente.

 

Bem-vindo a Cabo-Verde, um País onde as pessoas desaparecem e nunca mais são encontradas, um País onde as Mães humildes saem para buscar pão para os filhos e os Guardas-fiscais confiscam-nas e agridem-nas; um País onde o povo não tem voz e as autoridades abusam. Os governantes abusam e todos abusam, num País onde não há igualdade, nem dignidade. A maioria do povo Cabo-verdiano é hipócrita.

 

“Há famílias desestruturadas. Há crise governamental. Há pobreza intelectual. As pessoas prendem-se às memórias, com medo de superar os problemas. Muitas meninas e meninos preferem e procuram a Europa, através de outros amigos e nas Redes Sociais, e preferem prostituir-se fora do País, como profissão inicial, do que ficar na miséria em Cabo-Verde.”

 

Testemunho; Sueliny Nunes

 

 

 

 

 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Esporal minimercados, festeja 30 Aniversários, Sáb. 15 Outubro 2022 - 19h00

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APOIO:

Revista Repórter X

Rádio Linha Horizonte

 







































Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Restaurant Café Castanheiro Grill präsentiert grosse Fado Nacht - 01. Okt. 2022

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Restaurant Café Castanheiro Grill

 

Bahnhofstrasse 2

8587 Oberaach

076 321 65 28 - 071 410 12 23

 

António Pinto Basto: Electrico 28: 

Ana Parrinha: Legende von Maria da Fonte

Gustavo: Viola de Fado

Diogo Quadros: Guitarra portuguesa


 Abendessen: 18:30/21:00 Fado 21:00/23:00 Traditionelle Musik 23:00

 

Live-Übertragung auf TV Horizonte. Youtube. Facebook. Instagram. Tik Tok

 Aus dem Magazin Repórter X

“Ein Blick auf die Welt”

 

Patrocínios:
Esporal; Comercio tradicional português, brasileiro, espanhol
Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Casa do Benfica de Zurique apresenta FADO! Sexta-Feira Dia 30 Set. 2022

Casa do Benfica de Zurique apresenta FADO! Sexta-Feira Dia 30 Set. 2022

Casa do Benfica de Zurique apresenta FADO!

Unterrohrstrasse 5 - 8952 Schlieren, Suíça

Reservas: Telf: 043 495 08 76

Informações: Whatsapp - 076 402 96 16


António Pinto Basto: Electrico 28

Ana Parrinha: Lenda da Maria da Fonte

 Gustavo: Viola de fado

 Diogo Quadros: Guitarra portuguesa

 

 

Sexta-Feira, 30 Setembro 2022, hora do jantar, a Casa do Benfica de Zurique recebe o melhor fadista português: António Pinto Basto. Ana Parrinha estreia dois belos fados! (grande surpresa...) a não perder. “entradas com reserva”

 

Patrocínio:

Casa do Benfica de Zurique

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

terça-feira, 27 de setembro de 2022

Corrupção na saúde na Suíça

Corrupção na saúde

 

Entrevista na Rádio on-line, Linha Horizonte, dos Açores, no programa “Olhar sobre o mundo” do dia 13 de Agosto de 2022, pelas 13h.

 


Entrevistado o Rui Fialho, emigrante luso na Suíça, trabalhador na construção civil, que lidera a contestação ao sistema de saúde e de gestão de acidentes de trabalho e de baixas médicas, sobretudo por ter sido um dos atingidos com as regras criminosas de gestão dos acidentes de trabalho.

Como entrevistadores, João Carlos Quelhas, pela revista Repórter X, e João Domingues, pela Rádio.

Com o patrocínio da agência César’s.

- Podemos dizer que existe um sistema de saúde suíço corrupto, entregue à gestão das seguradoras?

- É mais do que isso; são cometidas ilegalidades, que privam os emigrantes de verem os seus Direitos sociais atendidos. Alguns emigrantes cedem a esta teia de pressão, que pretende que os emigrantes, que dão encargos acrescidos, sejam conduzidos a saírem do País; origina inclusivamente suicídios e problemas familiares enormes, por verem os seus problemas de saúde não resolvidos e por degradar as suas condições financeiras. Gostava de debater essas situações com os actores políticos e diplomáticos dos dois países, mas sobretudo com os de Portugal, que parece fugirem ao problema. O que se nota é que as obrigações dos emigrantes aumentam e até são tributados nos dois países, mas os Direitos sociais diminuem. A única justificação, que recebe das entidades consulares, é de que os acordos bilaterais são omissos em muitas situações.

- Carlos Quelhas informa que já deu conhecimento a muitas entidades políticas, diplomáticas e administrativas, mas apenas teve resposta de uma delas, a embaixada em Berna, que diz não poder aceitar convites para debater estes assuntos!

- Rui responde que se deve insistir, até que sejam forçados a aceitar os convites para debate, nem que se pressione na opinião pública. É que a situação alastra a mais emigrantes portugueses, denotando haver uma intenção de se livrarem dos portugueses, que ficam menos produtivos por uma infelicidade de acidente laboral. O sistema de saúde, de gestão de reformas e apoios sociais está controlado pelas seguradoras, que manipulam médicos e outras autoridades intervenientes no processo. Até conseguem dividir os emigrantes, comprando silêncios de alguns que gerem grupos presentes, por exemplo no Facebook.

- Quais os procedimentos das seguradoras, actores do sistema de saúde e actores do controlo laboral?

- As seguradoras controlam o trabalho dos médicos, pois que estes trabalham para as seguradoras no sistema de saúde, forçando-os a alterar diagnósticos e relatórios, adequando-os ao interesse da seguradora. Nomeadamente, as seguradoras trabalham com o interesse das entidades patronais, procurando suavizar as causas dos acidentes, para que as mazelas apresentadas não se devam a condições de trabalho delas, alegando que havia causas anteriores, não sendo o acidente determinante. Como exemplo, refere que uma pessoa foi despedida, por ter recorrido a baixa médica; a seguradora entravou o processo, apresentando um relatório médico fraudulento, a negar a necessidade de baixa. Por isso, a pessoa foi falar com a médica autora do relatório, quando estava em público, pelo que esta acabou por declarar um relatório de teor diferente. Mesmo assim, foi informada pela entidade paternal que estava despedida.

- Porque ainda não envolveram os actores políticos neste caso?

- Carlos Quelhas insiste que já o fez, junto das autoridades portuguesas, incluindo os deputados pelo círculo da Europa e pelo distrito de Braga. Contudo, nenhum deu atenção ao caso. Muitos confidenciam que o sistema está a responder cegamente a um passado de abusos, em que alguns compravam relatórios médicos, para atestar incapacidade elevada para o trabalho, originando pensões elevadas.

- Rui confirma que deve haver esse sentimento subjacente a esta atitude de perseguição, mas focada nos que não têm domínio da língua, não conseguindo defender-se e por estarem isolados de grupos de acção e defesa. No caso dele, apesar da duração do conflito, que teve com as autoridades suíças, durante 5 anos, conseguiu obrigar ao respeito dos Direitos dele, embora ainda não totalmente, mas continuará a sua luta, mesmo quando estiver em Portugal, e planeia ir reclamar junto das sedes do governo português e da presidência da República.

- Que conselho quer dar aos emigrantes lusos?

- Em primeiro lugar, devem ter todas as informações junto das autoridades portuguesas nos círculos da emigração. Nomeadamente, quando tiverem de escolher uma seguradora, procurem saber qual a menos conflituosa. Também, quanto aos pareceres médicos, devem pedir segundas opiniões em profissionais independentes do sistema, se possível.

- Um ouvinte que interveio no programa diz ser vítima do mesmo e até hoje ninguém quer reconhecer um acidente de trabalho.

- Rui reforça que muitas vezes a própria autoridade que vai reconhecer o acidente, elabora relatórios falseados, para minimizar o que sucedeu. De seguida, o clínico ainda reforça que a mazela apresentada se deve a uma situação anterior ao acidente, para diminuir a responsabilidade da entidade patronal.

- Porque razão as autoridades contactadas, para resolver os conflitos, não ajudam nada, por exemplo na conclusão do caso do Rui?

 

- O que sabe é que já está saturado de remar contra tanta falta de vontade e vai regressar a Portugal, fazendo-lhes essa vontade. Soube, por experiência própria, que as nossas autoridades diplomáticas nada fazem e as autoridades suíças estão todas alinhadas na mesma estratégia; até os tribunais acautelam a vontade da seguradora. Fazem tudo para atrasar respostas, recorrendo a reencaminhamentos de processo e alegando que não têm competência no caso.

- Um outro ouvinte refere que a nacionalidade dos acidentados é essencial para dar seguimento ao processo; sabe que se estiverem suíços em causa tudo funciona direitinho. Mas o certo é que todos contribuem o mesmo para o sistema.

 

Continua Pág. 11

 

 

Quem tem razão, os doentes lesados ou o sistema!

 

Contudo, há uma possibilidade de resolver melhor, se accionarem o seguro de invalidez.

- Segundo Rui, assim é. Mas não acredita que outro tipo de seguro dê melhor resposta.

- Carlos Quelhas dá outro exemplo, em que a seguradora AXA estava a pagar um seguro relativo à SUVA, mas depois cessou quando recebeu ordem da SUVA, para deixar de pagar a indemnização mensal, deixando o doente confuso sobre quem tinha responsabilidade na suspensão. O que é facto é que a maioria dos médicos tem contrato com as seguradoras.

- Rui refere que está a ser contactado por muitos emigrantes na mesma situação, que se mantinham silenciosos, mas vêem agora alguém que pode ajudar a reunir todos. Estão agora a ser orientados com a experiência dele.

- Mais um ouvinte declara que esteve de Baixa média, que acabou, e ainda não lhe disseram nada da aplicação da reforma de invalidez, que está mais que atestada.

- Carlos Quelhas remata, dizendo que por vezes as pessoas não fazem tudo o que deviam, como aconteceu noutro caso, em que um beneficiário, após pedido de reforma por invalidez, foi logo para Portugal, sem proceder às formalidades legais, que devem incluir o levantamento da pensão. Entretanto, em Portugal foi mudada a medicação, que estava totalmente errada, fazendo com que melhorasse substancialmente. Entretanto, pediu acção judicial contra os serviços clínicos Suíços e vai ver o resultado. Aqui, coloca a questão; será que é sistemático fazerem prescrição errada de medicação, para debilitar os doentes?

- Nesta situação, Rui diz que podemos pensar muita coisa e acabamos por ter medo da intervenção do sistema Suíço, clínico e de avaliação de baixas médicas. Depois, são quase 12 anos a tentar defender os direitos em tribunal, sempre que as decisões clínicas sejam desfavoráveis aos beneficiários.

 

 

Inclusivamente no caso dele, será depois o calvário de ter de ir para o tribunal europeu e internacional dos Direitos do Homem.

- Segundo outro ouvinte, para agravar isto, quem decide sair da Suíça, perde parte dos direitos, como por exemplo acesso aos meios complementares de terapia, como cadeiras de rodas.

- Rui confirma. Mais, até perdem valores parciais de reforma se abandonarem o País. Não há dúvida que as decisões políticas impedem tudo o que seja beneficiar os emigrantes. Mais ainda, as instituições judiciais acabam por dificultar resoluções, tentando forçar a desistência dos processos, para lá de ser muito caro recorrer aos tribunais, o que debilita e demove da intenção. Por causa de situações de acidente de trabalho e baixa médica destroem-se famílias, pessoas e situações económicas.

- O trabalho adaptado à nova situação de incapacidade é solução para estes casos difíceis?

- Até nesta situação são colocados entraves; Rui pediu formação para se adaptar a outro trabalho e foi recusada. Parece que não há interesse na reintegração no mercado de trabalho e tudo aponta é para se livrarem do emigrante.

- Seria possível reunir as entidades envolvidas nestas situações, para serem confrontadas com tudo o que se disse aqui?

- Segundo Rui, seria excelente se eles se disponibilizassem, mas não acredita nisso, pois que ele já tentou e fecharam-se na resposta, pois que sabem que seriam expostas publicamente as falsidades dos relatórios técnicos e clínicos. Mais, seriam entendidas as formas de crime que o sistema pratica contra os emigrantes. Dá como exemplo até as autoridades políticas portuguesas, em que por exemplo o senhor Presidente da República respondeu que não pode intervir. Mesmo os Partidos de oposição foram alertados, dizendo que iam levar o assunto a discussão, e depois nada fizeram.

 

 

 

Assim sendo, vão expor tudo isto em manifestações programadas para Portugal, junto a estas entidades todas.

- Carlos Quelhas relata outro caso, em que um acidentado ligou a um advogado e este disse para ligar, por um número de valor acrescentado, de modo a dar informação. Nesse telefonema posterior acabou por indicar as quantias exageradíssimas, a pagar, para tentar saber se o caso era plausível. Foi paga a exorbitância, para depois receberem a comunicação que o advogado não ia agir contra a seguradora, denotando conflito de interesses. Só depois de muita reclamação, este advogado vigarista e desonesto aceitou devolver 1/5 do que recebera.

- Rui confirma isto ser usual, pois que até com ele se passou, dado que já pagou 4000 francos só para lhe ser lida uma sentença e dar parecer do que devia fazer a seguir, sem garantias de sucesso!

- O locutor da rádio interrompeu com uma exclamação de que afinal a calamidade não é só portuguesa, demonstrando-se que há uma crise mundial, favorável a diferenças de tratamento e abuso económico de pessoas.

- Que mensagem quer o Rui deixar a todos os emigrantes e quem nos ouve?

- No seu caso, lutou 5 anos contra o sistema, depois de o azar lhe ter batido à porta, num acidente de trabalho na construção civil. Conseguiu parte da resolução, que os obrigou a assumir a realização de cirurgias de tratamento. A família ficou afectada e ele ficou psicologicamente enfraquecido, mas nunca desistiu de lutar por si e por todos os emigrantes na mesma situação, pois que o silêncio é com o que contam os injustos. Pede que os portugueses se unam, nomeadamente organizando acção conjunta no tribunal europeu! Agradece a participação da rádio, pois que a comunicação social portuguesa não quer saber do assunto. Vão pressionar os agentes políticos para se juntarem à discussão, pois que não irão desistir de dar eco ao assunto na opinião pública, por todos os meios existentes.

 

 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Adopção de crianças na Alemanha

Adopção de crianças na Alemanha

 

Entrevista Repórter X aos pais, via on-line, cujo filho lhes foi retirado pela segurança social alemã.

 


O Carlos Quelhas esteve à conversa com Elisete Tomé (mãe do Leandro, angolana) e Carlos Tomé (pai do Leandro, alemão com nacionalidade portuguesa e descendente de portugueses emigrados), para se apurar as razões e circunstâncias, que originaram a retirada do seu filho único, Leandro, pela segurança social, quando este tinha 10 anos; actualmente, o Leandro acabou de completar 14 anos e encontra-se à guarda de uma instituição privada, de acolhimento de menores em situação de risco, protocolada pelo Estado alemão.

Tudo começou, quando o Leandro foi objecto de perseguição agressiva (bullying) na escola, tendo inclusivamente sido ameaçado de morte. Anteriormente, tinha sido diagnosticado como hiperactivo e, nas palavras da mãe, muito hiperactivo. Nesse quadro, o jovem acabou por entrar em depressão, face à pressão ameaçadora dos colegas, pedindo para não ir à escola. Por causa disto mesmo, os pais limitavam o seu convívio, impedindo que fosse para o exterior da casa, onde residiam.

A escola acabou por formular certas objecções e alertas para as entidades de protecção de menores, alegando que a mãe não tinha condições de saúde, decorrentes de complicações de cesariana que a impede de usar roupa normal, para poder cuidar da criança. Para apressar o processo de intervenção estatal, a professora do Leandro aliciou este, para confirmar que era objecto de maus-tratos, por parte dos pais.

Desde então, logo que a criança foi retirada da guarda dos pais, por sentença do tribunal, tem havido um conflito intenso dos pais com as instituições estatais responsáveis pelo processo. Face a este enquadramento, a revista colocou algumas questões:

- Costumam fazer visitas ao filho?

- Em cada semana, aos sábados, têm 2 horas para visitar e falar com o filho. Durante as visitas, a criança chora por ali estar e alega não se sentir bem, nem comer bem; paralelamente, os pais notam que não há cuidados de higiene mínimos, nem lhe dão uma alimentação conveniente, o que os obriga a tratarem dele, quando lá vão, administrando produtos de tratamento do cabelo e pele, dado que a mãe distribui produtos naturais de tratamento, como também levando alimentos do seu gosto.

- Qual a situação social dos pais?

- Estão em situação de desemprego e costumam ser apontados, por não vestirem convenientemente, quando andam na rua e se dirigem às instituições, onde não aceitam bem que andem de fato de treino, apesar de que a mãe é forçada a isso, por causa dos problemas de saúde.

- Aconselharam-se junto dos advogados?

- Têm o seguimento de uma advogada, que os encaminha para os actos processuais do tribunal, decorrentes da retirada da guarda aos pais. Neste momento, levaram o caso ao tribunal superior, por alegarem que não foram ouvidos pelo juiz, que pronunciou a retirada do filho. Souberam que o juiz alegou perigo de fuga e rapto da criança pelos pais, ao saber por comunicação dos pais, que estes tinham a possibilidade de regressar a Portugal, onde se criou uma oportunidade de trabalho e que lhes permitia regressar com o filho, para o que apelavam para o tribunal. Na Alemanha não conseguem encontrar um trabalho que os liberte ao sábado, dia de convívio com o filho.

- Parece que o factor emprego não é determinante para retirar filhos, pois que há pais com emprego, a quem foram também retirados os filhos; concordam?

- É verdade que sim e tudo parece apontar para uma pressão de retirada de filhos, para os colocar em instituições preparatórias do processo de adopções.

- Que declarações prestou a escola, por intermédio da professora do Leandro, e que apressaram o processo de retirada pelo tribunal?

- Pelo reportado pela criança, a professora começou por aliciar com brinquedos e mimos, talvez para sugerir que não teria aquele tratamento com os pais; face ao quadro comportamental do Leandro, recomendaram ensino especial para crianças com dificuldades de aprendizagem, alegando a hiperactividade e medicação, como forma transitória de o desligarem dos cuidados dos pais.

 

 

Um inferno abusivo na retirada de menores aos pais pelas instituições

 

É algo incompreensível, dado que o Leandro tinha bom aproveitamento escolar. Há um sentimento, por parte da mãe, que é vítima de racismo e inferiorização, uma vez que a professora chegou a sugerir ao marido que se divorciasse, para conseguir novamente a guarda da criança, dado que fala bem o alemão e a mãe não. Notam que as pessoas africanas, que falam bem o alemão, já não têm problemas desta ordem.

- Já contactaram as autoridades portuguesas consulares ou da embaixada, ou apresentaram o caso aos representantes políticos parlamentares eleitos pela Europa?

- A mãe já fez o contacto, expondo a situação junto do consulado, nomeadamente das consequências psicológicas e físicas nela e no marido, que desencadearam crises nervosas e atendimento no hospital. Igualmente, alertou para a falsidade de testemunhos, tais como os prestados por uma cunhada, que alegadamente deve ter sido paga para um dado sentido do depoimento. Também reportaram que os avaliadores públicos da situação, uma ucraniana e um alemão, prestaram informação falsa nos relatórios enviados ao tribunal.

- Há ouvintes, nesta entrevista, que alertam que é prática recorrente a Alemanha fazer este jogo, para forçar os pais a saírem do país, quando concluem que não são úteis e só geram despesa. Concordam?

- Têm a mesma sensação.

- Sentem que têm capacidade financeira para cuidar do filho?

- Claro que sim, pois que conseguiram cuidar bem dele durante os primeiros 10 anos da vida do filho e com muito melhor qualidade física e emocional, que o que está a fazer a instituição de guarda do filho, fazendo os pais muito mais atenção individualizada aos problemas comportamentais do menino. Só quando se dirigiram às instituições, para dar conta das perseguições ao filho, é que chamou a atenção reactiva e exagerada dos técnicos. Tiveram a sensação de que até incentivaram mais essa perseguição, por acção instigadora da professora, para dificultar a guarda e controlo da situação aos pais.

- A revista alega ter vídeos, em seu poder, onde se mostram situações de perseguição agressiva de alunos nas escolas, onde inclusivamente os professores incentivam outros alunos, partindo de uma acção de reprovação de condutas em meio escolar, de forma negativa e totalmente reprovável por parte de professores, que deviam ter conhecimento da forma como lidar com as situações de conflito de grupos. Os pais têm conhecimento disso?

- Sabem que se fala algumas vezes de situações assim e parece que alguns professores têm papel determinante nestes processos, como se ganhassem alguma coisa com isso. No caso do filho deles, de facto só aconteceu o problema depois de o Leandro ter mudado para a leccionação desta professora, e que precipitou tudo.

- Que mensagem querem deixar aos ouvintes da entrevista?

- Aconselham a escolher bem os Estados alemães, para onde querem ir trabalhar e residir, pois que certas regiões são de comportamento mais despropositado e insultuoso, parecendo mais agressivos e sem educação no trato social, sendo racistas. No caso deles assim foi e até a professora envolvida lhes disse textualmente, que tudo faria, para que o filho não regressasse a casa.

- Sentiram que as entidades e pessoas envolvidas nunca assumem os erros de avaliação e processuais?

- Claramente, dado terem sempre muita arrogância no trato e condução dos processos, não querendo dar conhecimento das falhas aos superiores. Basta ver que não são diligentes em muitas situações, como por exemplo crianças ao abandono nas ruas e ninguém quer saber; só se focam nos casos que lhes comunicam, como fizeram estes pais, quando reportaram a perseguição e problemas psicológicos do filho. Para finalizar, deixaram uma mensagem de conforto e carinho ao filho e apelaram às autoridades, para corrigirem o erro do seu caso.

 

 

 

 

Transição do texto: Dr. José Macedo de Barros,

sociólogo político

 

 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Revista Mensal Nº 126 - Set. 2022 - Ano XI. Tiragem 5.000 Uni.

Nota Introdutória:

 

Director/Chefe de Administração

Ângela Tinoco

 

“Um olhar sobre o mundo” um programa de rádio na Linha Horizonte nos Açores para toda a diáspora, no qual a repórter X, na pessoa do João Carlos `Quelhas´, abraçou um novo projecto em paralelo a convite do radialista, João Domingues, para falar de assuntos nos quais quase ninguém quer falar, muito menos os políticos, principalmente aqueles que na altura de serem eleitos andam atrás do Zé povinho e depois ficam-se pelas promessas. A cada `olhar´ para as Comunidades, iremos abordar temas tabu e culturais. O programa começou em Düsseldorf na Alemanha com a família Tomé no qual falamos da criança retirada aos pais desfavorecidos e depois houve um contacto com o Consulado de Estugarda e é nesse sentido que damos vóz, para chegarmos a mais ouvidos e todos juntos lutarmos pela liberdade de cada um.  Na sequência e de seguida falamos no sistema corrupto e passivo na saúde na Suíça incutida pela SUVA, IV/SVA, médicos, advogados, seguradoras e firmas, no qual e desde Zurique na Suíça, o lesado; Rui Fialho, explicou que este problema é bem mais grave que aquilo que parece. Também a política, ativista e Présidente da Association Brisez Le Silence a viver em Lausana na Suíça, veio dar o testemunho sobre a adopção de crianças no qual existem muitos erros e que depois não assumem os erros para deliberar os mesmos erros, tal como disse o Dr. Mário Botas, que tratou de um caso na Alemanha com sucesso, pois que assumiram o erro e que todos e quaisquer assunto de retirada de menores passa pelo tribuanl, ao que parece, a Suíça não funciona assim, de quatro casos que tivemos em mãos, todas as crianças foram arrancadas a ferro e fogo dos prejunitores. Este OLHAR irá abranger tudo e todos e também os protagonistas dos EVENTOS a seguir!

- Agora sobre um olhar comercial, a repórter X estive muito tempo sem vender capas e de repente não há capas de revista para todos, TODOS querem ser capa!

- Nesta edição incurtamos a revista, há menos artigos, mas bons, reflecto das férias!

- E de repente ficamos sem dois correspondentes directos e demos-lhe a liberdade de serem colaboradores, no qual contamos com o seu apoio como tantos outros que respeitem as regras e o protocolo da revista.

- Desenham-se novos eventos; 3 Setembro, o desfile de moda no Clube Amigos da Gândara, com as lojas Dream Castle kids, Elsa Ferreira, Confident Store, Patrícia Finisterra, entretainer; Tom Sawyer, apresentador, Pedro Nogueira.

- Já dia 30 de Setembro e 01 de Outubro , na Casa do Benfica de Zurique e, em Roschach, através do empreendedor Fernando da Costa, haverá FADO com os fadistas; António Pinto Basto e Ana Parrinha, Viola de Fado, Gustavo e Guitarra portuguesa, Diogo Quadros.

- Dando uma ronda aos principais títulos de ressalvar o piloto português a residr na Suíça nos primeiros da corrida pelos jornalistas, F. Jerônimo/ A. Oliveira .  A nota da revisão pelo Dr. Barros é sempre um ponto forte e quase sempre político. Mantemos o contacto com os políticos que nos dão conta; “Prolongamento e renovação do Programa Regressar até 2023”.  As viagens e histórias da Lídia, do Quelhas, da Kosemund, da Susana Teixeira, do Ramada, do Orlando e do Leão!  A poesia e a prosa e as críticas do Quelhas nunca faltarão. “Um olhar sobre o mundo” está a acontecer, faça-o acontecer!...

 

























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