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terça-feira, 26 de novembro de 2024

A críticas à actuação de Paulo Pisco: a necessidade de priorizar os direitos dos emigrantes

A críticas à actuação de Paulo Pisco: a necessidade de priorizar os direitos dos emigrantes



A Revista Repórter X, sempre atenta às questões que afectam os emigrantes portugueses, tem acompanhado de perto a actuação do deputado Paulo Pisco, eleito pelo círculo da Europa. Apesar de algumas iniciativas de sua autoria, a insatisfação é crescente entre os emigrantes, que consideram que os problemas que realmente afligem as suas comunidades continuam a ser ignorados. Muitos questionam o deputado por não apresentar soluções claras para questões como a dupla tributação, o RNH, Programa Regressar, o programa para investidores da diáspora, falta de acesso a serviços consulares adequados, o adidos social nos consulados e a preservação da língua portuguesa que ficam sem respostas concretas.

Embora o deputado tenha expressado críticas ao Orçamento de Estado, acusando-o de não trazer nada de novo para as comunidades, e tenha defendido a necessidade de mais inovação e visão para com as comunidades portuguesas, a realidade é que muitos emigrantes sentem que o deputado não tem focado as suas energias na resolução das questões mais urgentes. 

Quando o deputado respondeu às críticas, focou-se mais em defender as suas acções anteriores em vez de abordar directamente as críticas que lhe foram feitas. Deveria era esclarecer a sua posição sobre as questões fiscais ou sobre as necessidades concretas dos emigrantes, a sua resposta pareceu mais uma justificação do seu trabalho do que um reconhecimento da falta de acção efectiva nas áreas que mais afectam as comunidades.

A situação dos emigrantes e os seus direitos humanos continuam a ser questões de grande preocupação. Problemas como a situação das crianças retiradas aos pais e os lesados na saúde na Suíça não têm sido levados ao Parlamento, apesar das várias abordagens feitas. O programa Regressar, defendido por Paulo Pisco, foca-se em apoiar quem tem dinheiro e deveria apoiar quem tem necessidade, deixando de lado aqueles emigrantes que mais precisam de apoio. Da mesma forma, os adidos da segurança social nos consulados têm sido ineficazes e o programa para investidores da diáspora não tem trazido benefícios reais para a maioria dos emigrantes, no campo do ensino de português, pais e professores continuam a manifestar-se contra as soluções propostas, que são consideradas inadequadas.

Quanto às questões fiscais, a situação dos emigrantes na Suíça continua sem solução. Os conselheiros da Suíça afirmam que foram eles que levaram à Assembleia da República a questão do RNH Residente Não Habitual e o Duplo Imposto, e não o deputado. Portanto, as questões concretas dos emigrantes continuam sem resposta. 

Em relação à promessa de Paulo Pisco de realizar uma live para discutir as questões das comunidades emigrantes, esta é uma iniciativa importante, mas o que os emigrantes realmente precisam são acções concretas e resultados palpáveis. Recorda-se também que o deputado se comprometeu a ter uma conversa com os emigrantes, como já foi feito por outros representantes, como o deputado do Chega e o cônsul-geral de Portugal em Zurique. Aguarda-se estes compromissos, pois muitos emigrantes esperam que finalmente se traduza em soluções reais e explicativas para os seus problemas.

Além disso, o pré-candidato à presidência da República Portuguesa tem demonstrado um forte compromisso com as causas dos emigrantes, ele tem se comprometido a lutar por uma plataforma política que coloque as necessidades dos emigrantes em primeiro lugar, abordando problemas sociais e carenciados dos emigrantes. 

Em resumo, enquanto pessoa, Paulo Pisco é respeitado, mas enquanto político deixa muito a desejar. As suas políticas parecem focar-se em agradar aos que podem regressar a Portugal ou investir no país, enquanto ignora os problemas reais do sistema político actual suíço enfrentados pelos emigrantes. O que os emigrantes necessitam é de acções concretas que melhorem as suas condições de vida, e não de discursos vazios. A postura do deputado deveria focar-se, primeiramente, nos direitos dos emigrantes, em vez de continuar a defender soluções que favorecem os mais abastados ou ricos.

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

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