Deputado pela Europa, José Dias Fernandes
exige justiça para os emigrantes
A Revista Repórter X tem vindo a denunciar graves situações sociais que afectam os emigrantes na Suíça, incluindo a separação de pais e filhos pela instituição Kesb, a ausência de indemnizações e reconhecimento de invalidez por parte da SUVA, e a injustiça da dupla tributação. Neste contexto, José Dias Fernandes, deputado do Chega eleito pelo círculo da Europa, voltou a destacar as dificuldades enfrentadas pelos emigrantes e criticou duramente o Governo central português.
Durante a sua intervenção na conferência Portugal+ Londres, promovida pelo jornal BOM DIA, Dias Fernandes acusou o Executivo de tratar a diáspora apenas como “uma mais-valia financeira”, ignorando as suas necessidades reais. “Lisboa olha para os emigrantes como um recurso económico, mas esquece que somos cidadãos de pleno direito”, afirmou.
O deputado questionou a persistente discriminação contra os emigrantes:
“Porque nem todos os emigrantes podem votar?”
“Porque os nossos filhos não têm direito ao ensino em português?”
“Porque existe dupla tributação?”
“Porque não se aplica a livre circulação de bens aos emigrantes?”
“Porque somos perseguidos fiscalmente pelo Estado e pelas autarquias locais?”
Dias Fernandes também abordou a elevada taxa de votos anulados nas últimas legislativas, considerando-a uma afronta à democracia. “Foram anulados 122.327 votos, representando 37% do eleitorado da diáspora. Isto é inaceitável e um descrédito total para o tão falado 25 de Abril”, enfatizou, acrescentando que este fenómeno só pode indignar as comunidades e os seus representantes.
Com palavras fortes, comparou a situação dos emigrantes à segregação racial na África do Sul do tempo de Mandela. Justificou a afirmação apontando exemplos concretos:
Emigrantes pagam taxas de lixo anuais em Portugal mesmo que só residam temporariamente no país.
Pagam IMI, mas não podem votar nas autarquias locais.
Não têm direito a circular em Portugal mais de seis meses com um carro com matrícula do país de residência.
Para José Dias Fernandes, estes problemas decorrem do facto de “quem tem representado a diáspora não ser emigrante nem ter familiares directos emigrados”. Defendeu ainda que é urgente dar voz às comunidades portuguesas no estrangeiro e tratar os emigrantes como cidadãos de primeira classe, com os mesmos direitos que qualquer outro português.
A Revista Repórter X continuará a acompanhar de perto estas questões, amplificando as denúncias e exigindo respostas. Afinal, os emigrantes não podem ser esquecidos nem tratados apenas como um recurso financeiro, mas sim como uma parte essencial de Portugal.
Revista Repórter X Editora Schweiz: A voz dos emigrantes, o eco da justiça.
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