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quarta-feira, 13 de abril de 2011

PT-Comunidades informa Portugueses na Suíça: Histórias de „Barrancû en Portugá“

Serões culturais da Associação Portuguesa de Zurique por Manuel Beja, Conselheiro das Comunidades Portuguêsas... Vídeos por QuelhasGoncalves http://www.youtube.com/watch?v=g0E6vrFhOq0
Histórias de „Barrancû en Portugá“
Um excelente e original serão cultural, com o ilustre barranquenho José Bonito Navarro, cativou os frequentadores habituais das noites culturais da APZ. Nessa noite falou-se de Barrancos, uma pequena região isolada e esquecida de Portugal. Situa-se na região da raia alentejana fazendo fronteira com as regiões espanholas de Andaluzia e da Estremadura. O concelho só tem uma freguesia, a vila de Barrancos com os seus 1.700 habitantes. Já alguém lhe chamou a “cidade branca”, devido às suas casas caiadas de branco. A sua paisagem natural espalha-se por terras de Espanha. Aqui fala-se o barranquenho, um idioma próprio, fruto da evolução histórica da região. Um dialecto popular com base no falar do baixo Alentejo e algumas misturas do estremenho andaluz. De facto, rara será a família que não tenha antecedentes portugueses e espanhóis, desenvolvendo entre o povo três maneiras de comunicar; em português, em barranquenho e o espanhol. O barranquenho não é reconhecido oficialmente como um dialecto, tal como o que acontece, por exemplo, com o Mirandês Tudo isto nos foi bem explicado (em português) pelo nosso compatriota Navarro, barranquenho de alma e coração, residente há três décadas na cidade de Zurique, pedreiro qualificado, jardineiro nos tempos livres (por paixão) e grande orador quando lhe chega a vez. No rol das histórias descritas foi emocionante a referência à solidariedade de Barrancos para com os refugiados durante a guerra civil espanhola. Foi graças à coragem deste povo que muitas centenas, ou milhares, de pessoas escaparam à morte. A recordação deste tempo revela o respeito pela dignidade humana, de verdade e justiça, que surgem nos dias de hoje como símbolo de união e amizade entre os povos de um lado e do outro da fronteira. O povo de Barrancos é modesto e fiel às suas tradições populares. No calendário das festas da vila sobressaem dois grandes eventos; o dia das Flores, na segunda-feira de Páscoa, onde se sai para o campo “ comer o borrego”, convívio também alargado aos vizinhos de Encinasola , e a Feira de Agosto tendo como ponto alto a Procissão em honra de nossa Senhora da Conceição., no dia 28 de Agosto, e as touradas no centro da vila. Como se sabe, a tourada, em Barrancos, termina com a morte pública do touro na praça principal da vila (não existe praça de touros), tradição que data do início de mil oitocentos e tal. Os barranquenhos são fiéis ao princípio da morte do touro, enquanto que, as associações defensoras dos direitos dos animais protestam todos os anos, tantas vezes de forma injuriosa e infame contra este pacifico povo defensor das suas tradições. Ora, como se previa, na sala do debate, as opiniões divergiram nos dois sentidos, pró e contra a tradição. Foi neste momento exacto que as grandes capacidades de comunicador, de José Bonito Navarro, se revelaram. Com muita inteligência e “valentia” sobre enfrentar a plateia, divulgado calmamente a sua argumentação. Não sei se a todos convenceu, creio bem que sim! Este ano, no final de Agosto, irei às festas de Barrancû ! O serão cultural da APZ foi um belo acontecimento e revelou um grande senhor; chama-se José Bonito Navarro, barranquenho de alma e coração!

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