Número total de visualizações de páginas

Traductor de Português para outras línguas

terça-feira, 19 de julho de 2022

Poema; Não é da idade (Quelhas)

Não é da idade!

 

Rio por fora e choro por dentro

Não sabes o meu pensamento

Triste e cansado

Não é da idade

Talvez da saudade

 

Sei que há uma fraqueza

E mais que um sentimento

Que sinto de certeza

No meu discernimento

Que me leva ao lamento

 

Até agora era uma icónica

E passou a ser presente

A culpa do sentimento

De nunca ter contado

E sempre ter guardado

 

Ai, no meu cofre fechado

A ganhar bolor

No fundo da gaveta

Nada disto é treta

Da escrita a decompor

 

Desabafo nos meus livros

Nos tempos perdidos

Na minha alma

Aquela que me acalma

Nas noites descomedidas

 

Por ser uma alma boa

De nada sentir à toa

Sou consistente e verdadeiro

Confio no inconfiável

Que me amaldiçoa

 

Nem todo poema é amor

Pode ser até furor

Ter ali fantasia

Transmitindo a felicidade

Dum pequeno sonhador

 

Às vezes nada existe

Embora a ideia persiste

Quando pode ser um protesto

Usando o verso

E tentar desabafar

 

O porquê de rir por fora

Espalhar-te de lágrimas por dentro?

Ser feliz sem o ser

Enganar o próprio amor

E a tua felicidade

 

Não é da idade

Embora possa parecer

Eu bem-quero crer

Ou até querer

Que era da mocidade

 

Mas algo está errado

Nesta meia felicidade

Que me tem atraiçoado

Numa vida de afazeres

E de ter tanto perdoado

 

Tudo se torna uma rotina

A fazermos vista fina

E omitimos a verdade

Daquilo que é a felicidade

Duma vida condigna

 

Nunca gosto de dizer não

Detesto que me neguem

Uma mão lava a outra

E duas mãos lavam a cara

Nem tudo são contos de Fada

 

As pequenas desavenças

Trazem alguns conflitos

Mas o ódio e a perseguição

São muito mais traiçoeiras

E causam a grande desilusão

 

A inveja é evidente

Há corruptos e ladrões

Vejo tudo no meu consciente

O mundo a desfalecer

Mas nunca perco a feijões

 

Sou vencedor e sempre venci

Há-de vir quem me tira do sério

Pelo meu grande valor moral

Que trago comigo de Portugal

Sem qualquer mistério

 

Sou eu e sempre serei

Não vou mudar o mundo

E nem a mim porque sim

A minha dignidade vem do fundo

Da raiz e da humildade

 

Da razão e felicidade que nunca me tirarão!

 

Autor; Quelhas

 

 

 

 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

1 comentário:

Anónimo disse...

Parabéns João Carlos, conhecido como o "Quelhas". Conheço o Quelhas faz muito tempo. Quando me procurou para que o orientasse na publicação do seu primeiro livro. Logo esgotou e a partir daí foram vários os que publicou. Devido as condições de vida mo seu/nosso país, o PORTUGAL (que eu amo), viu-se obrigado a emigrar, como ,,aconteceu com tantos e tantos nossos conterrâneos. Porém, o amor às letras e à cultura - que adquiriu no seu país, sempre o acompanhou. Hoje, além de ser autor de algumas obras, é também um apaixonado pela divulgação da mesma. E na Suíça, ele desenvolveu várias vertentes ligadas à Cultura. Para isso, criou uma Revista onde dá vez e voz a tantos emigrantes como ele que, partindo em busca de vida melhor, não esqueceram as raízes onde cresceram e aprenderam a valorizar ainda mais essas mesmas raízes. E nada melhor que, continuar a dar "vida" aos seus sonhos, desejos e ambições. Assim, graças ao talento empresarial e o amor pela cultura, pela arte em si, pelos valores e direitos de todo e qualquer cidadão. Al.ém de dar a conhecer e ajudar novos talentos a dar os primeiros passos, ele tornou se embaixador de todos os oprimidos e marginalizados pelo poder patronal. Trata de ajudar os Emigrantes mais inibidos, quer a nível de saúde, como nos problemas com a Segurança Social entre outros. Assim, em terras que não são nossas, através da sua RX, televisão e rádio, o João Quelhas leva a voz do seu país e seu povo, a vários cantos do mundo. Portugal é hoje um País amado e respeitado, quer pelo seu passado Grandioso, quer pelas gentes que hoje o habitam e lhe chamam de sua Pátria. Vocês, emigrantes, não deixem de conhecer esta revista e procurar junto da mesma saber de tudo o que precisa. Eveu, como Portugesa que sou, costumo duzer qye, quando não estou em casa, falta-me tudo. Ah! Aproveito para dizer dizer que, a mesma revista " RX " está aberta e pronta a ajudar todo e qualquer cidadão que necessite de seus préstimos e não só aos Portugueses. Isso seria muito, muito desilegante, para não dizer incorrecto.
Bom, já me alonguei demasiado. Espero não ter sido muito cansativa. Um forte abraço para a equipa da Reporter X, e muita saúde e muita boa sorte para todos os que buscam em terras estranhas melhores condições de vida.