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segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Círculo eleitoral na Europa e fora da Europa no âmbito das eleições legislativas em Portugal

Eleições Legislativas para o Governo e para o Círculo Eleitoral da Europa e Fora da Europa.
Governo preocupado em ganhar com a maioria, envia para a Diáspora correio registado, que vai custar uma pipa de massa, mas deste forma procura que todos os emigrantes votem antecipadamente por correio. A revista repórter X Editora Schweiz está a agendar entrevistas para dentro e fora da Europa e também uma recepção ao Deputado Paulo Pisco, pedidos pelos intervenientes. Aguardamos!





Círculo eleitoral Fora da Europa no âmbito das eleições legislativas em Portugal.
As eleições de 30 de janeiro de 2022 para a Assembleia da República de Portugal são muito importantes. Elas permitirão escolher o próximo Governo de Portugal e assegurar a representação parlamentar de todos os círculos do território nacional e das comunidades portuguesas residentes no estrangeiro.

O Partido Socialista apresenta-se a estas eleições para renovar as suas responsabilidades governativas. Entre 2015 e 2021, colocámos as comunidades no centro da nossa política, e queremos continuar este caminho. Com compromissos claros para os próximos quatro anos, os quais estão apresentados no Manifesto Eleitoral que temos o prazer de enviar em anexo.

A lista do PS ao círculo de Fora da Europa é constituída por Augusto Santos Silva, deputado eleito em 2019, com mandato suspenso em razão do exercício das funções de Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros; Paulo Porto Fernandes, que exerceu entre 2019 e 2021 o mandato de deputado eleito por Fora da Europa, defendendo os interesses da nossa Diáspora; Isabelle Coelho-Marques, residente nos EUA; e Ana Soares, residente em Macau.

Igualmente aproveitamos o ensejo para dar conta da total disponibilidade dos respetivos candidatos e, em particular, do cabeça de lista para as iniciativas que entendam como úteis ao esclarecimento e informação de todos os portugueses na diáspora.

Para o agendamento de entrevistas ou outras iniciativas, muito agradecemos que possam enviar o vosso pedido para o endereço de e-mail pscirculoforadaeuropa@gmail.com, ao qual responderemos prontamente.

Agradecemos desde já o vosso interesse e atenção.

Cordiais saudações,

João Pedro Correia (+351 910 021 348)
Virgínia do Carmo (+351 960039138)

Quelhas, Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

domingo, 9 de janeiro de 2022

Carta aos Empreendedores: na Diáspora e em Portugal; Quelhas; Modelo Publicitário

Carta aos Empreendedores:

na Diáspora e em Portugal

 

Quelhas; Modelo Publicitário

 Director/ Chefe de Administração; Ângela Tinoco

 


O Quelhas quer voltar a ser o vosso modelo publicitário empresarial

Ex.mos Sr.s Empreendedores:

Eu, Ângela Tinoco, na minha qualidade de Director/ Chefe de Administração da Revista Repórter X, distribuída na diáspora portuguesa, dirijo-me a Vossas Excelências:

Somos a Revista Repórter X, registada na Suíça e editada em língua portuguesa, com representantes na Suíça, Liechtenstein, França, Alemanha, Portugal e Ilhas. O seu proprietário, João Carlos Quelhas, tem feito alguns trabalhos de publicidade, recentemente inserido na política, Cabeça de Lista à Assembleia Municipal da Póvoa de Lanhoso, a convite de um candidato independente e na função de organizador de eventos de campanha. Também letrista para músicas para artistas, autor de livros e editor na Repórter Editora.

Tem sido solicitado para esse fim, como uma pessoa muito conhecida nas comunidades e em Portugal; uma vez estarmos actualmente em plena crise pandémica, o director da revista tem dado azo à sua imaginação, tem ideias e quer expandir a sua actividade, para que as empresas adiram a publicidade na revista, para prepararem a retoma económica.

Posto isto, a publicidade pode ser feita em vídeo, pode ser feita em fotografia; será usada no site da revista, e nas Redes Sociais, Youtube, Facebook, Instagram, WhatsApp, Twee, Linkedin, TikTok, Google, etc.). Por fim, na revista impressa e on-line, durante todo o ano (capa de revista apenas uma ou duas vezes por ano, a Contracapa poderá ser alternada).

Nota; Os orçamentos são dados uma a um, dependendo dos serviços e do local, fazendo contas a despesas extras fora dos serviços da revista. 

Apostar na imagem da Revista Repórter X Editora Schweiz, é apostar no progresso; temos tudo, menos a televisão, mas as televisões também não têm a revista e NÓS temos a TV ONLINE e o Youtube e vídeos online.

Somos a revista do povo e o povo somos Nós!

Atentamente, o proprietário "Quelhas", João Carlos Veloso Gonçalves. Director/ Chefe de Administração; Ângela Tinoco. Revisão editorial; Sociólogo político Dr. José Macedo de Barros. Correspondentes; Suíça; José Maria Ramada. Alemanha; Maria Kosemund. França; Fernando Leão, ajudante; “Catarina Gonçalves”.  Portugal; Dra. Lídia Silvestre, marketing; “José Cavalinhos”. Patrícia Antunes.

Impressão; UDTFDPDUHV/GD. Depósito Legal, 407455/16. ISBN; 978-989-20-6498-7 Registo; CH-020.1.073.125-8. Tiragem; 3.500 Assinatura Anual. Distribuição; Suíça e Liechtenstein. França e Mónaco. Alemanha. “desde a Alemanha para todo o Mundo”. Portugal e Ilhas da Madeira e Açores.

Na expectativa da vossa atenção;

Aguardamos uma resposta ao exposto, se fazem o favor. Obrigado.

Revista Repórter X


Ângela, Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Repórter X em visita a comércios tradicionais portugueses



Visitei alguns locais de restauração, pizzaria, pastelaria e clubismo na Zona de Zürich, deixei algumas revistas, irei continuar com as visitas, mas há de certeza mais estabelecimentos que não conheço, porque são novos ou mudaram de nomes ou de direcção.

Quem pode AQUI dizer-me os demais estabelecimentos deste género e outros géneros, que haverão neste Cantão?

- Os visados foram; Oceano. Renascer. Flor & Bela. Búfala. Benfica. O Douro estava fechado nesse dia. Liguei ainda ao Sabor Restaurant. Irei visitar todos quantos me incumbirem visitar. Apreciei bastante a simbologia e parcialidade entre estes comércios tradicionais portugueses, no qual os chefes e funcionários indicaram uns aos outros a mesma existência e falei com clientes que frequentam todos os locais, incluindo os gerentes que visitam uns aos outros para almoçar ou jantar. Vi muita qualidade nos manjares e muita limpeza nos espaços, simpatia e boa onda para comigo. Agradeço a parte de terem gostado da minha presença e de terem gostado muito da qualidade da revista e dos artigos variados que vão ao encontro de todos os gostos. Desejo um Bom Ano a todos.


Quelhas, Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Carla Debbie no Dubai com a repórter X

Carla Debbie no Dubai

 

Para que os leitores possam acompanha o maravilhoso percurso da modelo Luso-descendente, Carla Cristal. Ela, a incrível modelo que reiniciou o seu percurso profissional na década dos anos 90, com então 21 anos de idade. Não singrou como modelo; fez apenas alguns trabalhos de passarela, com o famoso Mukano Charles; ele é hoje um produtor de eventos entre Europa e Angola. Curiosamente em 2010, o Mukano Charles deu uma alegria ao mundo quando a miss universo foi pela primeira vez uma negra. Falo da famosa angolana Leila Lopes. Isto é um aparte sobre a ligação da modelo fotográfica Carla Debbie, e simplesmente Debbie para os amigos, como lhe chama Charles Mukano.

A Carla fazia parte do grupo de moda Afrodescendente "Panteras negras", divulgando de norte a sul de Portugal, a cultura de Angola, danças, moda e beleza; mas depois viajou para a Suíça.

Recentemente, em Outubro de 2021 a Carla Debbie esteve com duas fotografias em exposição no Art Gallery exhibition, numa das galerias mais famosas do mundo; Carrousel du Louvre em Paris, através da associação portuguesa de arte e cultura; Atlas Violeta, com a curadoria de Cristina Bernardini. E nesse momento a revista física, Repórter X, acompanhou Carla Debbie para mais um sucesso na exibição da sua Arte como modelo fotográfico no Dubai, através da associação portuguesa, Atlas Violeta e a curadoria de Cristina Bernardini. “Informo que eu, Carla Debbie, vou desfilar com a linha de roupa no Fashion África Lousane (Kamakosa 51) e também na Gala dos 10 anos da revista Repórter X, com um Tributo ao meu avô materno.”

 


A Carla Debbie esteve na primeira Gala de Afrodescendentes Zürich, onde subiu ao palco para entregar o troféu à estilista Ana Sá, que vive em Londres. Entretanto, a Carla Debbie foi Capa de revista; Moveux Magazine editada nos Estados Unidos e Edith Magazine, Gmauro Magazine, e com a imagem e textual sobre o filme no Bunker, na revista repórter X, etc.

Na Suíça, a modelo tem feito sucesso em vários magazines e deu várias reportagens, uma num dos locais mais emblemáticos de Zurique, Lago de Bellevue para a Repórter X, pelo director Quelhas.

A Carla Debbie também esteve no programa (Bem Vindos) da RTP África em Lisboa, onde o seu calendário, um projecto da Carla Debbie, foi divulgado. O calendário está à venda por um preço simbólico de 20 francos com fotografias e palavras de motivação da Carla Debbie. O dinheiro foi revertido para cabazes de Natal, para famílias desfavorecidas portuguesas. A modelo fotográfica, Carla Debbie, tem muitas perspectivas para o ano de 2022. Confessou falar na experiência no Dubai e falar do Fashion África Lousane na RTP.

 

“O Dubai é uma cidade imponente, onde o luxo e as extravagâncias imperam. Agradeço aos leitores da repórter X e redes sociais e a todos os meus fãs e seguidores.”

 

Junto deixa um registo de fotografias, que falam por mil palavras. 

A Carla Debbie leva a Revista Repórter X ao Dubai!

 

Director/ Chefe de Administração

Ângela Tinoco



Ângela, Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

MN Consulting, Martins Neto


MN Consulting, Martins Neto

 

A MN Consulting foi fundada em 2016 e tem ao dispor dos seus clientes variados serviços. Um dos serviços é a mediação de seguros, fazendo seguros a título individual, para carro, moto, bicicleta, casa, seguros de saúde, responsabilidade civil, de recheio, entre outros, sendo devidamente explicado ao cliente, aquilo que está a contratar e o que fica segurado. Também fazem seguros para empresas, nomeadamente sobre os seus funcionários. Actuam também na área dos créditos privados, investimentos, traduções, burocracias, serviços de apoio ao cliente, preenchimento de formulários para impostos, bem como preenchimento de documentos provenientes do hospital/ médico, no caso de acidentes de trabalho e acidentes da escola, entre outros.

Também actuam em colaboração com a polícia e com o tribunal, quando há necessidade de fazer traduções de alemão para português, sendo esse o ponto forte da empresa. É nesse sentido que pretendem avançar no crescimento da mesma.

O fundador desta empresa, Martins Neto, tem uma vasta experiência, pois já trabalhava nesta área desde 2009. Tem vários objectivos para a sua empresa, mas pretende actuar com os pés bem assentes na terra. A pandemia também afectou muito o seu negócio, pois muitos clientes perderam o seu emprego e houve uma diminuição da adjudicação de seguros.

Os seus funcionários ainda continuam a trabalhar a partir de casa, pois torna-se mais fácil, cómodo e seguro para todos, face à situação pandémica.

Para qualquer esclarecimento adicional, poderão contactar através dos seguintes contactos, ou dirigir-se ao escritório, localizado na morada infracitada.

 

MN Consulting
Marktgasse 18
8302 Kloten

Contactos
info@mn-consulting.ch
044 813 69 34
076 411 69 34

 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Nazaré

Nazaré

 

Recentemente, ao fazer o meu percurso de férias, passando pela bonita zona balnear da Nazaré, deparei-me com duas senhoras, de seus nomes Noémia Borda de Água e sua amiga Maria Rosa.

“A Nazaré é uma vila portuguesa, do distrito de Leiria, sede do município homónimo e com cerca de 10 300 habitantes. Situa-se na antiga província da Estremadura e integra a Comunidade Intermunicipal do Oeste e a região do Centro.”

Estavam sentadas na rua com duas placas nas suas mãos que diziam “Alugam-se casas e quartos”, enquanto Dona Noémia, a senhora mais comunicativa, cantava uns lindos fados com sua brilhante voz (que nos tempos de sua mocidade, se alguém da área a encontrasse, de certeza que a contratariam). Então, sentei-me ao pé delas e “puxei paleio”, porque logo senti que seria interessante uns momentos de prosa com tais simpáticas senhoras. Assim que me sentei, puxei do telemóvel e pus a gravar a maravilhosa conversa, para que não perdesse nenhum pormenor interessante. No desenrolar da mesma procurei saber um pouco mais sobre a história cultural desta terra, questionando a Dona Noémia. Perguntei:

- Como era há uns anos atrás a vida do mar?

- Era de pobreza, daquela que se queria comer e não havia, era uma sardinha para três pessoas e quando era.

- O que vai no coração das mulheres e famílias dos pescadores?

- É uma vida negra e amarga de uma enorme ansiedade e com medo que não regressem.

- Quanto tempo ficavam no mar?

- Há pesca todos os dias, como também existia a pesca ao bacalhau, que durava seis meses lá para a Noruega, em que estes ficavam longe de tudo e de todos.

- Além do mar quais são os outros meios de subsistência da vossa terra?

- Além da pesca, é o turismo e o comércio; são os três meios principais.

- Ouvi dizer que houve um marco histórico muito importante da política para a Nazaré, o qual veio ajudar no desenvolvimento da vossa terra; é verdade, querem-me falar sobre isso?

- Sim. Se não fosse o antigo Presidente da República, o Sr. Mário Soares (naquela altura), que resolveu construir um porto de abrigo, para melhorar a segurança de muita gente. Foi motivo para a Nazaré ter um futuro melhor, mais seguro, mais tranquilo e com mais qualidade de vida.

Assim, numa conversa curta e objectiva; e assim terminamos a nossa conversa com a Dona Noémia e sua amiga Maria Rosa. Foi gratificante este encontro com pessoas tão simples, que o que têm no coração, têm na boca e como complemento o seu sorriso contagiante. Como costumo dizer, “um sorriso multiplica milhões de sorrisos bem como nos seus olhos aguacentos de um passado amargo, mas com o espírito de luta e guerreirismo”. No final, para nos deliciar, Dona Noémia presenteou-nos com mais um fado intitulado “O Xaile de minha mãe”.

 

 

“O topónimo "Nazaré" está intrinsecamente ligado à Lenda de Nossa Senhora da Nazaré.

Ao longo do século XX, a Nazaré evoluiu progressivamente de uma vila piscatória para uma vila dedicada ao turismo, tendo sido um dos primeiros pontos de interesse turístico internacional em Portugal. A indústria do turismo é hoje uma das principais empregadoras da vila.

Faz parte da tradição nazarena o uso de sete saias pelas suas mulheres. A explicação não é consensual, mas está intimamente ligada à faina; as nazarenas tinham o hábito de esperar os maridos e filhos, da volta da pesca, na praia, sentadas no areal, passando aí horas em vigília. Usavam as várias saias para se cobrirem, as de cima para proteger a cabeça e ombros da maresia e as restantes para tapar as pernas.

As sete saias das mulheres e a camisa de flanela e barrete preto dos homens atraíram, durante os anos 50 e 60, do século passado, nomes como Lino António, Jorge Barradas, Stanley Kubrick ou Cartier-Bresson, que documentaram, em pintura e fotografia, o dia-a-dia do povo nazareno.

É hoje impossível falar da Nazaré, sem referir o recorde mundial da maior onda já surfada, de 30 metros, estabelecido por Garrett McNamara, na Praia do Norte, em Novembro de 2011.

Devido à projecção mundial que têm as ondas gigantes da Nazaré, a vila tornou-se na anfitriã dos maiores campeonatos internacionais de surf e recebe muitos desportistas dessa modalidade, assim como milhares de curiosos e de turistas que vêm apreciar as suas corajosas demonstrações.”

 

Fernando Leão

Representante Repórter X em França

 

 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Entrevista; João Pina, Groupe Pina Jean - Natal solidário; Fundação Nova Era Jean Pina

Entrevista; João Pina, Groupe Pina Jean

 


João Pina é o presidente da Fundação Nova Era Jean Pina, em França, desde 2019. Nascido na freguesia de Trinta, concelho da Guarda, emigrou para França, onde reside desde 1988 e é hoje um empresário de sucesso no setor da construção civil, possuindo actualmente várias empresas, que fazem parte integrante do Groupe Pina Jean.

Depois de chegar a França, esteve 5 anos sem autorização de residência, e a única forma de a conseguir era ter um patrão que lhe oferecesse um contrato, ou estabelecer-se por conta própria. Arriscou na segunda opção, em 1993, abrindo uma empresa ligada à marcenaria. Em 2001 deu-se a ascensão e o maior crescimento e, até 2009, todas as empresas do grupo estavam abertas, umas de raiz, outras adquiridas. Hoje o grupo tem 10 empresas, umas produtivas, outras não produtivas e tem 62 funcionários no seu grupo. A maioria são oriundos da Guarda e oferece, a todos eles, aulas de francês para uma adaptação mais fácil e, sempre que pode, uma habitação.

Sempre lutou arduamente para poder crescer e dar as melhores condições de vida à sua família. Levou toda esta garra de Portugal e, depois de ter tido um acidente que quase lhe tirou a vida, e ter tido uma segunda oportunidade, João decidiu que queria também dar novas oportunidades a outras pessoas que tenham perdido tudo, quer por acidentes, catástrofes, questões de saúde, falta de trabalho, ou outros motivos de força maior. João considera que, antes do seu acidente, era uma pessoa com uma vertente um pouco leviana. Embora sempre trabalhasse muito para conseguir crescer na vida e dar o melhor à sua família, também tinha vícios, como por exemplo álcool e excentricidades monetárias e festas. A partir do dia do seu acidente, a sua vida mudou e começou a reconhecer aquilo que realmente era importante, e uma das suas prioridades foi começar a ajudar quem também precisa de uma nova oportunidade.

Esses trabalhos de ajuda iniciaram-se no seu concelho de nascimento, a Guarda, e foram-se arrastando pela Europa, e depois pelo mundo fora.

Até há 3 anos atrás, foi muito difícil gerir as suas acções de beneficência, pois todos os custos eram suportados por João, a título particular. Em 2019, foi aconselhado pelo, na época, presidente da câmara municipal da Guarda, Álvaro Amaro, hoje deputado europeu na Bélgica, a oficializar esses actos e criar uma fundação. Seguiu então o conselho do presidente e contactou várias pessoas, para se tornarem embaixadoras da sua fundação e dessa forma conseguir angariar fundos monetários, e apoios sociais e culturais. Nesse ano, conseguiu cerca de 500 apoiantes.

Este ano, no Natal, vão distribuir 1200 cabazes com 17 produtos de qualidade, e vão ainda ajudar cerca de 5 mil famílias. Todos os seus funcionários contribuem com o valor de um cabaz (50€), e contribuem ainda com trabalho físico, para cargas, descargas e transporte dos cabazes. João está sempre na linha da frente de todos os trabalhos. Fizeram várias parcerias com locais, onde possam adquirir bens alimentares, uma delas a pastelaria de Belém, situada em Paris. Contam com um apoio monetário da proprietária e também paletes de alimentos, mas também utilizam esse local para recolher bens alimentares, roupas, brinquedos e outros bens. Também são parceiros da companhia de Portugal, que contribui com paletes de bens alimentares e permite também que coloquem no local um carrinho, para que os clientes do supermercado possam deixar o seu contributo com o mesmo tipo de bens. Têm um protocolo com a associação lusófona Cap Magellan, muito conhecida pelos grandes eventos que organiza, nomeadamente a gala onde são homenageadas pessoas e instituições que se destacam nas comunidades, e que dá uma grande visibilidade à fundação. Também em França há um protocolo de colaboração com a Associação LusoPoissy. O protocolo com a Aldeia de Crianças SOS, na Guarda, com carácter anual, visa oferecer trimestralmente produtos alimentares, de higiene pessoal e de limpeza e com a Associação “Ajudaris”, em Portugal, que tem o objectivo de combate à pobreza e exclusão social.

No âmbito do Protocolo firmado com a Casa do Benfica na Guarda, e da qual é o patrono, foi realizada uma recolha de bens alimentares, brinquedos e roupa, que foi entregue à Loja Social Mão Amiga. O Grupo Pina Jean tem um acordo de parceria com o Tennis Club de Croissysur- Seine, TCCS (78). Este clube recebe cerca de 150 pessoas e acolhe 50 crianças portadoras de deficiências motoras. É padrinho da instituição de beneficência Casa da Criança, na Guarda, e visita com frequência a pediatria do Hospital da Guarda, levando sorrisos e presentes às crianças aí internadas.

Firmou um protocolo de colaboração, no Âmbito do Ensino Escolar, com o Estabelecimento Prisional da Guarda, Direcção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, onde o objectivo é trabalhar na educação dos reclusos. Têm sido atribuídos prémios de mérito, de ordem monetária, “Prémio João Pina”, aos melhores formandos dos vários anos/ tipos de formação do concelho da Guarda, bem como aos reclusos.

Também têm protocolo com a junta de freguesia da Guarda, que contribui com trabalho braçal para a elaboração dos cabazes. A assinatura do protocolo de colaboração com o Centro de Dia e Lar de Idosos de Santana de Azinha, no Concelho da Guarda, tem por objectivo primordial oferecer sonhos aos utentes do mesmo. Nesse lar, são também angariados bens, junto das famílias dos utentes.

Existem protocolos com inúmeras câmaras municipais, por todo o Portugal, e o objectivo dos protocolos com as câmaras não é só para poder dar, e sim para incentivar a que também elas doem e contribuam com os bens tradicionais das suas terras, ou mesmo com valores monetários. Na Venezuela os cabazes são distribuídos através da secretária de estado das comunidades, Dra. Berta Nunes e também do presidente da fundação ibero-americana de luso-descendentes, Jany Ferreira.

 

Continua Pág. 15

 




Natal solidário; Fundação Nova Era Jean Pina

 

Continuação Pág. 14

 

Todos os transportes são feitos por empresas fidedignas, e que graciosamente oferecem o mesmo, para que os produtos cheguem ao destino final, e não haja desvios. Em cada local, existem receptores dessas cargas, da confiança de João, e a partir daí é que são direccionadas até às famílias. Trabalham de forma transparente, entre todos os participantes nas tarefas, e são divulgados todos os intervenientes nas redes sociais, para que seja fácil o acesso a essa informação, por todos. Na chegada à Guarda, por exemplo, todas as quantidades são controladas pela câmara municipal e junta de freguesia; em Fafe o capitão da Cruz Vermelha e os responsáveis pelo canil (que recebem bens para animais) estão encarregues dessa logística.

Recentemente, foi estabelecida uma parceria com Daniel Bastos, de Fafe, que hoje é também embaixador da fundação. Após as eleições, foram realizadas várias reuniões com presidentes de várias instituições, incluindo o canil e a Cruz Vermelha, supracitados, a fim de estabelecer as formas de colaboração entre todos.

Todos os patrocínios, a nível monetário, para com outras instituições, são suportadas pelo grupo Jean Pina, e não pela fundação.

Esta fundação presta auxílio a sem-abrigo, crianças, pessoas com dívidas, famílias em situações degradadas, como falta de alimentação, roupas, entre outros bens de primeira necessidade.

Este ano decidiram não realizar jantar de beneficência, ao contrário do que aconteceu em 2019 e onde estiveram 1200 pessoas, devido às restrições pandémicas mas, em contrapartida, serão ajudadas 5 mil famílias, em vez de cerca de 350, como foi nesse ano.

A casa do Benfica homenageou João com um busto, o que o fez sentir emocionado e lisonjeado. Considera essa homenagem como uma forma de agradecer, pelo apoio que prestou à casa do Benfica, pagando as suas dívidas, bem como as ajudas que tem proporcionado às instituições e famílias da Guarda. João é patrocinador da equipa de Juvenis da Casa do Benfica em Paris; todo o equipamento possui o logotipo da empresa que administra, bem como uma vertente Social para a Santa Casa da Misericórdia de Paris. Também foi escrito um livro sobre a sua vida, “Jean Pina, de sonhador a promotor”, por uma professora de seu nome Elisabete Dente, como forma de gratidão pelas suas acções. É também orgulhoso por ser o único emigrante detentor de uma medalha de mérito, atribuída pela câmara municipal da Guarda.

Para João, um grande devoto de Nossa Senhora de Fátima, e que acredita que todas as suas acções e todo o seu sucesso têm interferência da virgem, “não é o quanto fazemos, mas quanto amor colocamos naquilo que fazemos”; nem “é o quanto damos, mas quanto amor colocamos em dar”, e acredita verdadeiramente no valor humano. Acredita que foi Nossa Senhora de Fátima que lhe salvou a vida, e por isso tem um altar em sua homenagem, em sua casa.

João Pina já foi entrevistado por vários canais televisivos portugueses, SIC, TVI e RTP, e várias publicações de notícias em Portugal e França sobre as suas actividades de benemérito.

Além da sua ligação com revistas e jornais, tem também acordos com rádios de Portugal, França, Luxemburgo, Bélgica, entre outros países.

Estas ligações de respeito com todos estes órgãos, bem como com câmaras municipais, associações culturais e de literatura, têm resultado em muitos benefícios para esta fundação, pois a divulgação é essencial para um crescimento do número de apoios e ajuda e que a fundação seja vista como um núcleo sério e de confiança. Todos os apoiantes são informados das aplicações dos contributos. Um dos principais apoios tem sido para com os portugueses presentes na Venezuela. Também os porta vozes desta fundação, espalhados por todo o mundo, são fundamentais para a divulgação da mesma, ajudando na angariação de novos apoios e contribuições.

 

“Esteve presente nesta entrevista também o Dr. Barros, que por sua vez felicitou João Pina por todo o seu percurso e pela forma como aquele acidente sofrido o redireccionou para o futuro, nomeadamente para as causas sociais. Dr. Barros foi candidato à câmara municipal da Póvoa de Lanhoso, e tem um objectivo de mostrar à sociedade que todos temos a capacidade de reagir perante as situações mais complicadas, conforme aconteceu com João. Acredita que os cidadãos, que se mantiveram na sua terra, são capazes de descruzar os braços e podem ser-lhes entregues as ferramentas para não passarem necessidades. Acredita que no caso da Póvoa de Lanhoso, um concelho rural, faz sentido motivar as pessoas a voltar aos cultivos e fazê-las regressar ao trabalho, produzindo bens de primeira necessidade, nomeadamente a alimentação com recurso à agricultura e pecuária, e dessa forma fornecer também à sua comunidade melhorias de nível alimentar, com bens de qualidade.  Além disso, pretendem ajudar a remodelar casas com condições degradadas. Este projecto passa por seleccionar as famílias com necessidades de ajuda, e a partir daí conhecer os recursos que cada uma dessas famílias possui, sejam terras, conhecimentos ou instrumentos de trabalho, e proporcionar um trabalho de equipa entre eles. Neste momento, existem 2 famílias a ser ajudadas, com remodelação das suas casas e com ajuda para produção de produtos hortícolas e de pecuária.

Este projecto, apoiado pelo novo presidente da câmara da Póvoa de Lanhoso, Frederico Castro, passa por encontrar uma quinta rural, que possa ser autossustentável, sem depender dos grandes fornecedores, a nível de energia e outros recursos, e possa ser trabalhada nas áreas acima citadas. Dessa forma, poderá ser trabalhada também a arquitectura futurista, de modo a produzir novos recursos e a ultrapassar as carências da população. Têm ainda como objectivo acolher crianças e idosos, de forma a fazê-los passar o seu tempo, fazê-los sentir-se válidos e ao mesmo tempo trazer melhoramentos a nível psicológico, fugindo do sentimento de prisão dos lares.

João Pina, depois de ouvir a finalidade do projecto, mostrou-se disponível para conversar e ajudar, pois parece-lhe um projecto interessante de cidadania e verdadeira solidariedade para a independência dos necessitados.

Para o Dr. Barros, este projecto de João Pina está mais desenvolvido do que as pessoas imaginam e do que a própria comunicação social transparece. A fundação tem chegado a muitas comunidades pelo mundo fora, e a Revista Repórter X vai actuar numa ampla divulgação da mesma, para que possa chegar ainda mais longe. Foi sugerida uma parceria mais estreita com o nosso órgão de comunicação social, para que haja uma divulgação de todas as suas acções no continente, bem como junto da diáspora portuguesa espalhada pelo mundo. Essa sugestão foi aceite de imediato, e será estudado o melhor método para actuar, pelos membros responsáveis.

Na impossibilidade de mencionar todos os intervenientes nestas acções, todos os padrinhos e todos os contribuintes, endereçamos um agradecimento especial, em nome da Repórter X e de João Pina, pois graças à ajuda de todos, esta fundação está a fazer a diferença no mundo.”

 Entrevista; Quelhas, repórter X 

Entrevistado e introdução João Pina, Dr. Barros 

Transcrição de Vídeos; Patrícia Antunes 

Revisão Editorial; Sociólogo político, Dr. José Macedo de Barros

 

 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Descendente de músicos; Ricardo Gomes


Descendente de músicos; Ricardo Gomes

 

Nascido a 27 de Novembro de 1982, na freguesia de Gulpilhares, Concelho de Vila Nova de Gaia, distrito do Porto. Neto de Joaquim Gomes, compositor, cantor e fundador do conjunto Pai e Filhos, onde também era músico o seu Pai Domingos. Cresceu e desenvolveu o gosto pela música. Entre esses momentos, muito pequeno já subia aos palcos nas actuações do conjunto. Logo o prazer levou-o no caminho da música. Inicialmente sobe aos palcos, fazendo parte do grupo Extrovertidas, seguindo a Banda Bandaneia, passagens importantes para o seu caminho. Seguidamente, participa no primeiro trabalho discográfico com a Banda Artmuzik, sem dúvida uma participação que lhe dá reconhecimento como voz principal do grupo. Após o fechar de um ciclo marcante na Banda Artmuzik, segue-se o segundo trabalho no grupo mítico Iniciadores. Terminado esta ligação ao grupo Iniciadores, segue a solo e em duo o trajecto musical entre danceterias, festas e romarias. Cada vez mais dedicado à música, o dia-a-dia é vivido na apresentação do seu trabalho, tornando-se como única fonte de rendimento. Infelizmente, com a pandemia não foi possível continuar a exercer o seu trabalho; foi fechado o mundo para quem sobrevive da música. Em casa, com todas as dificuldades que o momento trouxe, surge a vontade de fazer valer o que mais lhe dá prazer, a música. O primeiro, entre outros posteriormente, começa a dar música, alegria num momento duro para todos, usando como base de transmissão o Facebook. Início no mundo desconhecido, os directos, logo trouxeram cada vez mais espectadores presentes na sua transmissão. Sentia-se a felicidade dos ouvintes, que o acompanharam e mostraram a sua gratidão por assistir a esses directos. De todos os cantos do mundo, entre emigrantes, de todo o Portugal continental, ilha da Madeira e ilha dos Açores; em plena pandemia tornou-se cada vez mais conhecido, criando um espaço, que preserva ainda hoje como gratidão pela presença dos seus seguidores e fãs. Após a abertura, começa a fazer jus à sua dedicação na pandemia. Os convites vão surgindo, com idas já concretizadas à Suíça e recebido por emigrantes, às Ilhas dos Açores e presenças em festas. São prova de que o trabalho, dedicação e amor à música trouxe o seu devido reconhecimento. Agradecimento a todos os seus fãs, amigos, ouvintes e a todos os que são parte de um caminho próspero. Mais ainda virá em breve.

 

Vitor Gomes

 

 


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Sobradelo da Goma: cap. – I, II, III - uma terra esquecida no tempo, que o tempo ainda lembra!

Sobradelo da Goma:

uma terra esquecida no tempo, que o tempo ainda lembra

 

Este texto leva-nos numa viagem sobre a história de Sobradelo da Goma e as suas gentes, desde o passado até ao presente, desde que a memória lembre e não atraiçoe, pois alguma coisa pode ficar esquecido. Estes testemunhos foram todos retirados de pessoas vivas e outras já falecidas.

 


Sobradelo da Goma é uma freguesia situada no Concelho da Póvoa de Lanhoso, Distrito de Braga; no lado onde o Sol nasce, no horizonte pela manhã, indica o Leste, com cerca de 800 habitantes. Era no passado composta pelos seguintes lugares; Alcouce, Berraria, Cabanelas, Carreira, Chêlo, Duquesas, Igreja Velha, Lajes, Outeiro, Pinhel, Penas, Souto Velho, Vaje, Várzeas, Varzielas, Vinha, Ferrador, Lameiras, Belmonte, Ponte, Barbeitos e Carneiros, Godinhos, Vilarinho de Baixo e Vilarinho de Cima. É uma paróquia do Concelho da Póvoa de Lanhoso e da diocese de Braga. Hoje, muitos destes lugares deram lugar a ruas e muitas freguesias juntaram-se, designadas por União de Freguesias, mas Sobradelo da Goma continua como estava, devido a ser uma freguesia grande. Lembro que a electricidade entrou pelo lugar da Vinha e tão rápido chegou à minha casa, a Varzielas, portanto há cerca de 50 anos! A minha casa foi das primeiras a ter luz, nem toda a gente aderiu à electricidade dentro de casa; desde essa altura passamos a ter luz pública, para iluminar os caminhos de terra batida, hoje quase todos alcatroados (os meus pais disseram-me; não metas ali nada dentro de metal, mas mal viraram as costas meti um arame, e logo foi sacudido e até vi estrelas; ainda hoje tenho medo à electricidade, nem suporto choques estáticos da roupa ou objectos). Éramos uma sociedade sem luz eléctrica, nem telefone, nem rádio e nem TV. Eu, e os `putos´ do meu tempo, íamos ver TV a preto e branco para a venda do Nelinho, outros para as restantes vendas espalhadas pela freguesia e ao pé de casa via, com a minha mãe e meus irmãos, a telenovela no Joaquim Dias e Maria Moreira, era a casa do Chedas. Mais tarde uns tempos, lá tivemos TV a preto e branco. Hoje, temos Fibra Óptica, energias renováveis, eólicas, estradas em todos os lugares da freguesia, água canalizada em que 50% é proveniente da Barragem dos Pisões. Quase não havia automóveis. Só algumas motorizadas e algumas bicicletas. Quase não havia socialização na população. Juntávamos para desfolhadas, para vindimas e pisar vinho, para fazermos semeadas de batatas à enxada. Ir à Missa era o mais comum para as pessoas se verem e conversar. Havia as festas e arraiais para dançar, onde surgiam os engates, que vinham a dar em casamento; grande parte dos paroquianos da Goma casavam dentro da freguesia ou com jovens de freguesias vizinhas. Cabia aos paroquianos a manutenção económica do pároco de qualquer freguesia. Como disse inicialmente, a nossa freguesia era uma das mais populosas do Concelho. Costumava-se dizer que o Padre da freguesia era o lavrador mais rico; recebia dos paroquianos, milho, vinho, azeite, centeio e feijão. Todo o agricultor era obrigado a contribuir com o dízimo em colheitas. A casa paroquial, onde vivia o inquilino, ou seja o Padre da Freguesia, situada no largo da Igreja, tem uns grandes fundos, onde possuía as arcas em madeira para receber os cereais, vários pipos e grandes barris para depositar o vinho. O azeite costumava ser depositado em ânforas ou talhas de barro. Os meus pais contribuíam com um cântaro de vinho, cerca de 15 litros e uma rasa de Milho, cerca de 28 quilos. Já os meus avós, antes dos meus pais, contribuíam com o dobro, na altura que possuíam uma grande Quinta, pois tudo dependia da produção de cada agricultor! Os grandes Senhorios e Caseiros davam também azeite, cerca de 15 litros, cinco rasas de milho e uma de centeio. A freguesia tinha mais de 100 quintas. O Padre vendia uma parte dos produtos, pois havia muita gente que não possuía Quintas e nem pequenos terrenos e quem não tinha era pobre, a não ser que tivesse estudos e tivesse alguns estatutos pessoais e civis! Esses povos tinham outros sustentos e compravam os seus bens essenciais com dinheiro e muitas vezes com trabalho. Era usual usar as medidas através de uma vara ou aos palmos e a chamada braça, abrindo os braços bem abertos de um homem, cerca de 2, 20 metros. As pessoas trabalhavam de sol a sol e no fim do almoço faziam uma sesta para apregoar o cansaço.

 

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Sobradelo da Goma; cap. II

uma terra esquecida no tempo, que o tempo ainda lembra

 

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Mulheres e homens iam à missa; no final, as mulheres iam cozinhar e muitos homens aproveitavam o final, para irem até às tascas tomar uns copos de vinho. Naquela altura ninguém trabalhava aos Domingos, excepto para alimentar o gado e regar os cultivos. O passatempo dantes era jogar a malha, namorar, ir até às tascas beber, ou ir a uma festa local, ou de outra freguesia. Havia alambiques de azeite, havia lagares de vinho, havia moinhos; hoje, o que há, está abandonado à sua sorte!

 

Guerra Mundial


Desde há muitos anos que o nome desta freguesia é conhecido por bons motivos e muitos nomes vão aqui constar. O avô paterno do director da Revista Repórter X, de seu nome Joaquim Gonçalves, foi sargento na guerra mundial na Batalha de La Lys, na região da Flandres, nas Trincheiras em França. Joaquim Gonçalves, na terra conhecido como sargento `Quelhas´, era oriundo de Calvelos, Guilhofrei; casou com Elisa Rodrigues de Sobradelo da Goma. O sargento era família da Mouta de Vilarinho de Baixo e dos Rodrigues de Carreira. O director da revista herdou o apelido “Quelhas” de seu avô, pois nasceu na casa do Quelhas, no Lugar de Varzielas. Sobreviveu à guerra mundial e veio para Portugal, trabalhar para o Estado. Foi guarda-rios e viveu em Braga, onde nasceu Manuel, o pai de Quelhas. Tinha mais dois irmãos; Ernesto, emigrou para o Brasil e lá faleceu e uma irmã, Arlinda, que viveu na Póvoa de Lanhoso, no centro, e tinha a Tasca do Cantinho, mais tarde mercearia, onde hoje se situa a Óptica 1, que pertence ao Álvaro Oliveira ou conhecido como Álvaro do Cantinho, que é também Provedor do Idoso numa tutela da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso no presente ano 2021. Fez parte de uma filarmónica em Sobradelo da Goma, da qual não há registos, mas segundo conterrâneos mais velhos, efectivamente existiu. Era um homem conceituado, com muitas terras, umas que herdou de uma tia povoense que vivia com a sua irmã, na casa do Cantinho e outras que comprou, e que mais tarde foram penhoradas por um erro de um familiar, que decidiu comprar um camião, quase único em Portugal e correu-lhe mal (a área era todo o envolvente da ex. Discoteca Isabelinha, aviários da Groba, David Guimarães e do Abel Trolas). Apenas restou a casa de família, onde nasceu Quelhas e as terras herdadas, que, mesmo assim à morte dos pais, as terras deram um bolo dividido em cinco, na herança daquilo que ficou e que outrora foi habitado e fabricado, onde viveram cinco irmãos, `Quelhas´ - João Carlos, Arlindo, Maria Augusta, Luís Filipe e Carla Cristina.

 

Individualidades



Houveram e há ainda entre nós muitas pessoas importantes na terra dos ourives, para além do Sargento; muitos vieram ao de cima, quando saíram para a primeira emigração, principalmente para o Brasil; caso da família do Vale, falecidos, os benfeitores da estrada brasileira. Há muitos familiares vivos, caso do Ferreiro, José do Vale! Como as famílias dos presidentes de junta desde o 25 de Abril de 1974. Zeca da Groba, falecido. Casimiro da Silva, falecido. Manuel Armando, falecido. David Guimarães, falecido; aqui o Vice-presidente substitui este presidente no activo à sua morte, Claudino Carneiro, ainda vivo. Manuel Poças Martins, falecido. Aristides Costa, ainda vivo. Abílio Monteiro Rodrigues, ainda vivo, é o presidente actual na freguesia de Sobradelo da Goma no ano 2022. O sargento Quelhas era da família do Quinhas  da Venda de Vilarinho de Cima, mãe do Engenheiro Alves, que para além de ter vivido em Sobradelo e transitado para Brunhais com os pais e irmão Carlos, que teve e empregou muita gente na confecção têxtil, eram oriundos de Guilhofrei por parte da mãe e dos nossos avós. Tem outros familiares, a Dolores da Casa da Capela do Rebelo em Carreira. Já a esposa Elisa pertencia à família Rodrigues e família do Rego (A família do Rego é também uma família conceituada; eles têm uma costela da freguesia de Castelões, Guimarães. Conhecidos hoje em dia por trabalharem na arte da filigrana, e terem a conhecida Oficina do Ouro no Lugar das Penas daquela freguesia. Também têm um presidente de Junta e um Vereador na Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso até ao ano 2021. No ano 2022 mantém apenas o Presidente de Junta!)

 

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Sobradelo da Goma; cap. III

uma terra esquecida no tempo, que o tempo ainda lembra

 

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A família da Mouta, Gonçalves Veloso, confunde-se como parentescos do Quelhas pela parte da mãe, pois tem o nome VELOSO, Ermelinda Ribeiro Veloso, enquanto o pai, GONCALVES, tem Manuel Rodrigues Gonçalves, logo cruzam os nomes entre famílias. Reparem, dois nomes na família da Mouta como Gonçalves Veloso! No entanto, a mãe Ermelinda, tem sim familiares, conhecida como família do SOL, RIBEIRO; nasceram em Belmonte, no sopé de Várzeas e sobrinhas no Souto Velho, as saudosas irmãs Cidália Ribeiro, que foi catequista e era solteira, e a Mariazinha Ribeiro que teve muitos filhos; a Mariazinha Ribeiro casou com o  Poças, sobrinho do Manuel Poças, que viveu em Várzeas e que tinha um irmão chamado João Poças, que casou com a irmã de minha avó Erminda Ribeiro Veloso, que se chamava Adosinda Ribeiro Veloso. O João Poças e Manuel Poças nada tinham a ver com a família do Sol; apenas se cruzaram nas famílias. O João Poças casou com a Adosinda Ribeiro, irmã de Erminda Ribeiro, as quais foram vizinhas no lugar de Fundevila em Garfe e eram da Casa do Sol, ou apenas a mãe delas nascera em Belmonte e casou para Garfe. Suscita aqui a dúvida e por outro lado o Poças, sobrinho dos dois, João e Manuel Poças, também casou com a sobrinha, Mariazinha Ribeiro da família do Sol, a viver no Souto Velho! Julga-se que talvez a família, conhecida por alcunha de Mouta, com o nome Gonçalves Veloso, do lugar de Vilarinho de Baixo, se cruzou também com familiares da Família Ribeiro de Belmonte noutras vertentes do passado. Mas também se põe a hipótese de que a Família Rodrigues do lugar da Berraria, com sobrinhos no Outeiro, António, Celeste e Laurinda Rodrigues do Rego por parte do Pai, se cruzou com a família Gonçalves de Calvelos, para além do Sargento Quelhas, que casou para Varzielas com a Elisa Rodrigues. A conclusão foi feita pelo Cientista Veloso, que confirmou que as pessoas conheciam-se na missa e nos arraiais das festas da freguesia e também por intermédio de familiares, e namoravam e é de todo provável sem confundir. Na incerteza, quase certeza, sabe-se que a Felizarda Fernandes era prima de Joaquim Gonçalves (Sargento Quelhas); viveram numa grande casa, na Casa do Cancela na freguesia de Guilhofrei, da mesma família do Guarda Cancela que esteve no Posta da GNR da Vila da Póvoa de Lanhoso. Felizarda Fernandes era natural de São Silvestre, Vieira do Minho; casou com António Veloso e deste casamento nasceu o pai do cientista António Joaquim Gonçalves Veloso, de seu nome Manuel Veloso, que casou com Erminda Gonçalves da Igreja Velha e é de todo impossível ligar exactamente estes parentescos, mas que coincidem, eles coincidem e são certos aos olhos dos vivos ainda hoje; já o ditado popular dizia que somos todos irmãos!

 

Nota; este texto é um esboço de um futuro livro. Continua em Fevereiro 2022


Quelhas, Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial