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terça-feira, 14 de outubro de 2025

Uma em cada seis pessoas no mundo é afectada pela solidão

Uma em cada seis pessoas no mundo é afectada pela solidão.


Segundo a OMS, que tem sua sede em Genebra, uma em cada seis pessoas no mundo é afectada pela solidão.
Um relatório de uma comissão da OMS sobre relações sociais descobriu que a solidão e o isolamento social deixam as pessoas fisicamente doentes, contribuindo para 871.000 mortes por ano em todo o mundo. A solidão aumenta o risco de derrames e ataques cardíacos, diabetes, depressão, ansiedade e suicídio, entre outras coisas.
Os adolescentes solitários normalmente, têm notas piores do que seus colegas de classe, e adultos solitários têm mais dificuldade em encontrar ou manter um emprego.
As pessoas e as famílias não são afectadas apenas individualmente. Elas também custam à sociedade bilhões de dólares em custos com saúde e perda de empregos.
Mais de um terço dos idosos em todo o mundo sofrem de solidão, que reduz a expectativa de vida. Se acrescentar em muitas situações a fome e falta de cuidados médicos torne deplorável a vida do ser humano na velhice.
Estima-se que um em cada três idosos e um em cada quatro adolescentes estejam socialmente isolados, de acordo com o relatório. As causas incluem doenças, educação deficiente e baixos salários, falta de oportunidades de socialização e vida solitária, bem como as novas tecnologias.
È muito habitual, quando visitamos um familiar ou até nos cruzamos com um idoso no supermercado os idosos ao contrário da maioria dos jovens têm conversa, diga-se “falam pelos cotovelos” é no fundo a oportunidade de falar com alguém e a fuga à solidão que os atormenta no dia-a-dia.
A OMS cita a Suécia como um exemplo positivo. O país tem uma estratégia nacional contra a solidão, disse o ministro sueco dos Assuntos Sociais, Jakob Forssmed. Reconheceu-se que não são apenas as pessoas solitárias que têm um problema, mas a sociedade como um todo.
Na Suécia, esforços conscientes estão sendo feitos em muitos lugares para facilitar o contacto social, por exemplo, em lojas ou restaurantes, em bairros ou clubes. Todas as crianças e jovens receberão em breve cartões de débito, mas só poderão usá-los para reservar actividades em grupo para o seu tempo livre. A Suécia proibiu os telemóveis nas escolas públicas, disse Forssmed. Estudos demonstraram que isso aumenta o contacto social e reduz o cyberbullying. As crianças e os jovens dormem melhor e têm mais facilidade para guardar seus telemóveis no tempo livre, infelizmente no nosso país os telemóveis são uma forma de manter as crianças ocupadas e não “chatearem” enquanto os adultos vêm televisão, pior ainda, é habitual ver nos restaurante crianças a brincar e os adultos a consultar as redes sociais nos telemóveis, abdicando-se da socialização que tão útil é na sociedade. “Pois, é muito importante ter lugares, momentos e espaços nas nossas vidas onde possamos interagir cara a cara com outras pessoas sem sermos distraídos pela tecnologia”.
A solidão que os estrangeiros em qualquer parte do mundo é como um mau vizinho, eles próprios marginalizam-se da sociedade que os acolhe, pois o ponto principal da socialização seria a conversação o que os estrangeiros se negam na aprendizagem da língua local, daí a dificuldade em fazer amigos e socializar-se evitando a solidão.
Pode ser difícil para um adulto fazer amigos, mesmo no seu próprio país. Trabalho, filhos, a vida toma o seu rumo e ocupa o dia-a-dia.
Pessoalmente conheço bem a solidão. Trabalhei muitos anos no estrangeiro, vivi vários anos sozinho era uma opção de vida que não aconselho, aliás não há razão para isso as pessoas mesmo não se conhecendo cumprimentavam-se o que no nosso país a não ser que se conheçam, raramente o fazem, um “bom dia” não custa nada, um gesto de simpatia é grátis e sabe tão bem a quem o recebe.
Eu não sou dos que acham que pedir ajuda é embaraçoso, antes pelo contrário ajudar e ser ajudado seja na tarefa que for é uma forma de se socializar e como tal fugir à rotina e solidão. Ninguém gosta de impor. No entanto, aprendi no estrangeiro que pedir ajuda às pessoas é também uma forma de sair da solidão e por sua vez quem ajuda sente-se feliz em o fazer.
 Nem sempre quem vive na solidão, viva por prazer, mas que podia haver menos solidão neste mundo se todos fizessem um pouco mais, lá isso é verdade.


Escritor: José Maria Ramada

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

O assalto em Küblis e a esmola da reforma

O assalto em Küblis e a esmola da reforma:


Um homem suíço de quarenta e três anos assaltou uma mercearia em Küblis, levou dois mil francos e foi preso no dia seguinte. A notícia oficial dá a hora, a quantia, a detenção. Não diz o que pesa mais: a razão por detrás do gesto.

Dois mil francos suíços. É exactamente o que muitos recebem ao fim de quarenta anos de trabalho e descontos. A contabilidade da reforma calcula-se muitas vezes como cinquenta francos por ano de descontos. Quarenta anos de esforço, cinquenta francos por mês, perfazem dois mil francos de reforma. Um valor que não paga casa, nem pão, nem dignidade.

Qualquer indivíduo com fome rouba uma sandes e uma cerveja para sobreviver. Eu já vi isto acontecer. O empregado do quiosque ou do restaurante vem a correr atrás, em vez de pegar em cinco, dez ou quinze francos, colocar na caixa e dar dignidade àquele homem. Se o apanhar, entrega-o à polícia. É isto que está mal.

Enquanto isso, outros roubam sem que ninguém olhe, e não são punidos. O faminto é quem leva a culpa, o sistema fecha-se e a injustiça consuma-se. Não se trata de defender o assaltante — talvez ele tenha apenas ido procurar o mínimo para não morrer. Rouba-se quando não resta dignidade, quando o Estado te esmaga, quando quarenta anos de descontos se transformam em dois mil francos. O homem de Küblis não gritou palavras, mas o seu gesto foi um grito contra a miséria escondida atrás das montanhas e dos relógios.

A reforma não pode ser esmola, a vida não pode ser castigo.


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

domingo, 12 de outubro de 2025

Solicitação urgente de resolução de avarias e incumprimentos técnicos pouco prováveis em casas de luxo

Solicitação urgente de resolução de avarias e incumprimentos técnicos pouco prováveis em casas de luxo:



Exmos. Senhores, Gfeller,

Venho, por este meio, expressar a minha profunda indignação relativamente à forma como têm sido geridos os trabalhos de manutenção na casa em questão. As situações abaixo descritas não podem continuar a ser ignoradas, pois comprometem a funcionalidade, a segurança e o nosso direito a um serviço digno, apesar de não sermos proprietários do imóvel.

Casa de banho:
Já vieram dois técnicos para efectuar trabalhos na casa de banho e não terminaram o serviço. Nenhum deles trouxe as borrachas laterais (Seitendichtung / Seitendichtprofil) das portas nem a parte de plástico na parte de baixo (Bodenschiene aus Kunststoff / Bodendichtung aus Kunststoff). Estes elementos são essenciais para a vedação das portas do duche, e a sua ausência impede a conclusão adequada do trabalho.

Frigorífico:
A senhora Auswarte veio colocar uma porta nova no congelador do frigorífico. No entanto, as dobradiças, onde a porta encaixa, apresentam folga, e o frigorífico acumula água no fundo, possivelmente proveniente do congelador, dado que a porta nova não fecha perfeitamente. O técnico que veio verificar a situação não conseguiu identificar o problema. É necessário que venha um técnico competente, capaz de resolver a questão de forma definitiva.

Portas da casa:
Todas as portas da casa apresentam problemas ao serem colocadas meia abertas, especialmente a nível do mecanismo da fechadura/ventilação (abre e fecha para apanhar ar), que se encontra penco, solto, ou eventualmente com falta de óleo. Este defeito coloca em risco a segurança, podendo causar a queda da porta, situação particularmente preocupante tendo em conta que há crianças no apartamento.
Foi agendada uma visita dos técnicos para corrigir estas portas, mas na última hora ligaram a informar que não poderiam comparecer devido a um problema num pneu, o que é totalmente inaceitável. Pergunto quem irá cobrir as horas da pessoa que ficou em casa à espera, visto que não se trata de um serviço gratuito?

Observações gerais:
Temos assistido a múltiplas visitas de técnicos, cada um especializado numa área distinta: uns para as portas, outros para o frigorífico e outros para a casa de banho. Questionamos se a terceira visita será realmente conclusiva, visto que os custos de deslocação são da nossa responsabilidade, apesar do apartamento não ser nosso!
Saliento que, se um dano fosse causado por nós, naturalmente assumiríamos o pagamento; contudo, tratam-se de avarias técnicas, problemas de material ou falta de manutenção, que não decorrem de mau uso. Não possuímos nem conhecimento técnico nem autoridade sobre o imóvel para resolver estas questões. Pergunto ainda se estas situações podem ser cobertas pelo seguro, e, caso não sejam, quem assumirá a responsabilidade? Caso o nosso seguro não pague, a Gfeller tem de assumir o pagamento, pois também pode meter para o seguro!

Obrigação dos técnicos:
É imprescindível que os técnicos profissionais tragam todo o material necessário no seu carro de trabalho. Tal como um trabalhador da limpeza leva consigo o material necessário e só o utiliza se for preciso, os técnicos devem dispor de todos os elementos para executar os serviços. Não é aceitável ter que ir buscar material posteriormente ou marcar uma nova visita por falta de recursos e o cliente pagar. Não vamos pagar serviços de passeios de técnicos para trás e para a frente como se andassem a passear!

Dado o exposto, exijo uma intervenção imediata e competente que resolva definitivamente todas as situações mencionadas. É inaceitável que continuemos a suportar custos e inconvenientes por falhas que não nos pertencem, colocando em risco a segurança e funcionalidade do apartamento.

Aguardo uma resposta rápida e a marcação de técnicos que possuam todos os conhecimentos e materiais necessários para concluir os serviços de forma correcta e definitiva.

Com os melhores cumprimentos,
Rosa Gonçalves


Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

sábado, 11 de outubro de 2025

Solicitação urgente de retificação de fatura e resolução de problemas de internet

Solicitação urgente de retificação de fatura e resolução de problemas de internet:



Exmos. Senhores da Swisscom,

Venho, por este meio, exigir esclarecimento definitivo relativamente à fatura que me foi enviada pela Swisscom, contendo cobranças acrescidas referentes a um serviço SMS Premium da Marvel Média, que não foi solicitado nem autorizado por mim. Retornei a fatura à Swisscom para que me seja enviada uma versão nova, corrigida, sem este valor indevido.

Solicito expressamente:

1. Retificação da fatura e envio imediato da fatura corrigida, sem a cobrança do serviço SMS Premium da Marvel Média.


2. Bloqueio definitivo de todos os serviços SMS Premium, da Marvel Média e de quaisquer outros serviços premium que possam gerar custos adicionais não autorizados na minha conta, incluindo o bloqueio dos 4 números da Revista Repórter X, para impedir qualquer cobrança indevida futura.



Não aceito atrasos nem desculpas. Exijo que a Swisscom tome medidas imediatas e envie confirmação escrita de que a fatura foi corrigida e que todos os serviços não autorizados foram bloqueados.

Além disso, informo que a minha internet continua extremamente fraca, tanto no telemóvel como no PC. A velocidade está muito lenta e frequentemente interrompida, dificultando a realização de programas e chamadas online em directo pelo Streamyard, incluindo video entrevistas da Revista Repórter X. Exijo que o problema seja resolvido sem contacto telefónico, pois quero que seja solucionado diretamente.

Aguardo resposta urgente e definitiva sobre ambos os assuntos. É necessário que estas situações sejam corrigidas de forma imediata, clara e eficaz.

Com os melhores cumprimentos,

Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Deputado, José Dias Fernandes, um percurso moldado pela coragem e pela persistência

Deputado, José Dias Fernandes, um percurso moldado pela coragem e pela persistência

Foto: academia do bacalhau 

Nasceu a 30 de maio de 1959, em terras portuguesas de trabalho e sacrifício. Desde cedo mostrou que a força da vontade é mais poderosa do que as fronteiras. Aos 7 anos iniciou a escola primária e aos 11 já concluía o exame de admissão, pronto para enfrentar o mundo.

Aos 16 anos, com a juventude ainda por amadurecer, tentou pela primeira vez emigrar para França. Foi barrado pelo destino, regressou, tentou de novo e tornou a voltar. Mas quem nasceu para vencer não se rende ao primeiro não. Com uma mochila leve e o coração cheio de sonhos, partiu rumo a Andorra-la-Vella. Levava apenas pão, maçãs e a coragem dos que nada têm a perder.

Entre expulsões e regressos, encontrou finalmente o caminho da estabilidade, regressando a França com documentos e esperança. Iniciou o seu percurso como estagiário em cofragem de betão armado e, com o talento dos autodidatas, rapidamente se destacou. Aos 20 anos já dominava o AutoCAD e liderava equipas de construção nos Alpes Franceses.

No início da década de 1980, foi promovido a chefe de chantier. Em 1981, um acidente de trabalho quase lhe mudou o destino, mas coincidiu com a eleição de François Mitterrand e a regularização dos emigrantes. A sorte e o esforço uniram-se, e José Dias Fernandes passou a ser um nome respeitado na construção francesa.

Comandou equipas, dirigiu obras, supervisionou helicópteros e ergueu estruturas nas montanhas e nas cidades. Casou, criou família e, aos 27 anos, foi chamado a Paris para coordenar a obra da pirâmide do Louvre, símbolo de modernidade e ousadia. Aí chefiou centenas de trabalhadores e demonstrou que o talento português sabe erguer o impossível.

Aos 29 anos, fundou a sua primeira empresa, EGB, e logo se impôs na construção de lares, pontes e infraestruturas de grande envergadura. Depois, nasceu a S.A. Européenne du Bâtiment, que o ligou aos maiores grupos de engenharia da Europa. Sempre com um olhar solidário, ajudou dezenas de compatriotas a criarem as suas próprias empresas, tornando-se um pilar silencioso do sucesso emigrante português.

Fundou ainda uma empresa em Portugal dedicada ao recrutamento, colaborou na construção da Ponte Vasco da Gama e participou em obras marcantes como a Barragem do Alqueva. Seguiram-se projetos de renome — a Fundação Louis Vuitton, a Torre Odéon, a sede da L’Oréal, o Campus Orange, entre muitos outros.

Em 2008, entrou no setor imobiliário e, em 2014, consolidou o seu império empresarial sob uma holding, dedicando-se à promoção e arrendamento de imóveis. Quando a vida o confrontou com a doença, teve a sabedoria de passar o legado à filha, mantendo-se como Presidente, símbolo da continuidade e do dever cumprido.

Mas José Dias Fernandes não parou. Em 2017 fundou a associação O Fiel Amigo – O Bacalhau, um elo de fraternidade entre os portugueses da diáspora. A reforma não o afastou da vida pública: em 2024 foi eleito Deputado pelo círculo da Europa pelo partido Chega, e em 2025, após nova eleição, voltou a ser escolhido pela confiança da comunidade portuguesa espalhada pelo continente.

A sua história é a de um homem que atravessou fronteiras com fé e suor, que construiu pontes físicas e humanas, que ergueu obras e também esperanças. Um emigrante que se fez empresário, e um empresário que se fez voz do seu povo.

autor: Quelhas
Revista Repórter X.



Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Pagas outras taxas no contador de água sem consumo; a Póvoa de Lanhoso tem a água mais cara do país

Pagas outras taxas no contador de água sem consumo; a Póvoa de Lanhoso tem a água mais cara do país: 


O actual executivo da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso pode multiplicar as promessas, mas a realidade é outra. Engana o povo com discursos e brilho de festas, enquanto deixa no esquecimento o peso das contas que caem todos os meses sobre as famílias. 

Na Póvoa de Lanhoso, os munícipes enfrentam uma realidade preocupante no que diz respeito às tarifas de água. Mesmo nos meses sem consumo, são obrigados a pagar valores elevados, reflectindo uma estrutura tarifária que, em alguns casos, pode ser até 8 a 10 vezes superior à média nacional. 

Na terra da Maria da Fonte, onde se proclama progresso, o progresso traduz-se em tarifas desmedidas, sem relação com o consumo real, penalizando quem menos tem e descredibilizando a gestão municipal. A cada mês, a água que não corre das torneiras transforma-se em receita garantida para os cofres camarários. 

A Revista Repórter X teve acesso a facturas recentes que revelam que, durante meses e anos consecutivos, os habitantes pagaram em média 16,05 € por mês, com consumo nulo de água. Este valor inclui: 

  • Abastecimento de água (tarifa fixa doméstica): 3,45 €  

  • Saneamento (tarifa fixa): 6,55 € 

  • Resíduos sólidos (tarifa fixa e variável): 4,31 € 

  • Taxa de gestão de resíduos: 1,53 € 

Quanto ao preço da água por metro cúbico: 

Como o consumo foi 0 m³, o valor pago não corresponde a qualquer metro cúbico, pelo que tecnicamente o preço por m³ é infinito se considerarmos apenas o consumo real. Para efeitos de comparação, o valor do abastecimento fixo (3,45 €) dividido por 1 m³ de água hipotético seria 3,45 €/m³; mas a realidade é que se paga 16,05 € sem consumir nada, o que demonstra o absurdo da cobrança. 

Este desfasamento acentuado levanta questões sobre a equidade e a transparência na cobrança dos serviços públicos. Os dados disponíveis indicam que, em 2024, o custo médio da água na Póvoa de Lanhoso foi de aproximadamente 365,14 €, enquanto a média nacional situava-se em torno de 49,90 € (tarifasdeagua.pt). 

Comparação com o preço médio nacional: 

Segundo dados disponíveis, o preço médio nacional da água ronda os 1,50 € a 2,00 € por m³, dependendo da região e do consumo. Portanto, o custo de 16,05 € por m³ na Póvoa de Lanhoso é aproximadamente 8 a 10 vezes superior à média nacional. 

Conclusão: 

Este elevado custo fixo mensal, independentemente do consumo, coloca a Póvoa de Lanhoso entre os municípios com as tarifas de água mais caras do país. Tal situação levanta questões sobre a transparência e a justiça na cobrança de serviços essenciais à população. 

De acordo com os dados disponíveis, o custo médio da tarifa fixa da água em Portugal é de cerca de 3,43 €/m³. Na Póvoa de Lanhoso, a tarifa fixa mensal para utilizadores domésticos sem consumo é de 3,1656 € por 30 dias, o que corresponde a aproximadamente 3,43 €/m³, considerando um consumo hipotético de 1 m³. Portanto, se considerarmos um consumo hipotético de 1 m³, o custo por metro cúbico na Póvoa de Lanhoso é comparável à média nacional, no qual juntamente com alguns municípios tem os custos mais elevados, pois há municípios que se paga apenas entre os 1,50 € a 2,00 € por m³. Contudo, na prática, os valores cobrados aos munícipes sem consumo são significativamente superiores, o que levanta sérias questões sobre a equidade e a transparência na aplicação destas tarifas. 

Estes encargos fixos, aplicados independentemente do consumo, resultam em custos mensais elevados para os munícipes. Segundo dados da ERSAR, o custo médio unitário do serviço de abastecimento de água em alta na Póvoa de Lanhoso é de 1,03 €/m³, enquanto o custo médio unitário do serviço de saneamento de águas residuais urbanas é de 1,08 €/m³. Contudo, a tarifa final cobrada ao consumidor inclui uma componente fixa substancial, que, no caso em análise, representa 100% do valor facturado, sem que haja consumo efectivo. Comparativamente, a média nacional da tarifa fixa de água situa-se em torno de 3,43 €/m³, conforme dados da ERSAR. Portanto, a Póvoa de Lanhoso apresenta valores significativamente superiores, o que levanta questões sobre a equidade e a transparência na aplicação destas tarifas. 

O caso da Póvoa de Lanhoso ilustra um problema de transparência e justiça: o contribuinte paga por um serviço que não consome, enquanto a gestão municipal parece privilegiar o espectáculo em detrimento das necessidades reais da comunidade. 

A Câmara Municipal tem investido em eventos festivos e celebrações, utilizando fundos públicos, o que gera preocupações sobre a priorização dos recursos financeiros. Enquanto os cidadãos enfrentam tarifas elevadas, questiona-se se os investimentos em festas e fogos de artifício são a melhor aplicação dos recursos públicos. 

A Revista Repórter X continuará a acompanhar esta situação e a exigir esclarecimentos por parte das autoridades competentes, visando garantir a justiça e a transparência na gestão dos serviços públicos. 

Revista Repórter X 




Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial

Família de Genebra denuncia falhas graves em seguradora de saúde

Família de Genebra denuncia falhas graves em seguradora de saúde

Genebra, Suíça; Uma família residente em Genebra enfrenta uma situação preocupante envolvendo a seguradora Assura, após tentarem unificar seus planos de saúde e se depararem com graves falhas no atendimento, atrasos e duplicação de seguros. O caso, revelado à nossa redação, evidencia problemas de comunicação, falhas na execução de pedidos de cancelamento e atrasos em pagamentos devidos.

Segundo relato da cliente, identificada apenas como Sra. R., a família estava anteriormente segurada da seguinte forma:

  • Seguro básico: KPT

  • Seguro suplementar: INNOVA

O marido e o filho estavam inscritos em outro plano, Helsana. Em 2024, a família decidiu centralizar todos os seguros na Assura, sendo auxiliada por um consultor de seguros.


1. Problemas com cancelamentos e mudanças de seguro

  • Cancelamento do seguro básico (KPT) não aceito: A cliente já tinha consciência de pendências financeiras, mas confiou nas garantias do consultor de que ele resolveria a situação. Após meses de espera e diversas tentativas de esclarecimento, o cancelamento não foi processado, mantendo a família em KPT mesmo após solicitar a mudança.

  • Cancelamento de seguros suplementares não realizado: A Sra. R. informou explicitamente que os planos INNOVA, Helsana do marido e do filho também deveriam ser cancelados, fornecendo todos os dados necessários. O consultor não executou os pedidos e agora alega não ter sido informado. Como resultado, os contratos permanecem ativos e foram perdidos os prazos de cancelamento, gerando duplicação de seguros.

  • Consultor prometeu soluções que não se concretizaram: Apesar de saber que os cancelamentos não seriam aceites, o consultor continuou a afirmar que tudo seria resolvido, com o único objetivo de vender a nova apólice.


2. Falhas na comunicação e profissionalismo

  • Informações contraditórias e atrasadas foram fornecidas repetidamente.

  • A cliente teve de insistir diversas vezes para obter respostas.

  • Erros não foram assumidos e as soluções apresentadas nunca correspondiam ao solicitado.

  • Promessas de pagamento de uma prémia de indicação foram adiadas e não cumpridas.

Em contato telefônico, a seguradora pediu desculpas, explicando que o consultor enfrentava dificuldades pessoais, sem, no entanto, resolver a situação.


3. Contato com o superior do consultor

A cliente tentou resolver o problema com o superior do consultor, Sr. B., sem sucesso:

  • Propostas de adiar a resolução para 2026 ou cancelar contratos sem pagamento da prémia foram oferecidas, mas não atendiam às necessidades da família.

  • Solicitações de confirmação oficial por escrito de que o marido e o filho não estavam segurados na Assura foram recusadas, sendo emitida apenas uma mensagem de WhatsApp, considerada insuficiente.


4. Prémia de recomendação pendente

O consultor havia prometido que o pagamento seria feito diretamente à cliente, mas enviou o valor à irmã da cliente, causando transtornos e atrasos. Até o momento, a prémia de 980 CHF não foi paga.


5. Situação atual (desde março de 2025)

  • O seguro KPT manteve a família ativa, impedindo a migração completa para Assura.

  • Grandes faturas foram emitidas para a família, incluindo seguro básico e suplementares, mesmo que alguns já estivessem ativos em outros planos.

  • O contrato da cliente com Assura foi rescindido sem aviso prévio, sem compensação ou justificativa.

  • A duplicação de seguros permanece, resultando em custos elevados.

  • A prémia de indicação continua pendente.


6. Demandas da família

  1. Emissão de confirmação oficial de que o marido e o filho não estão segurados na Assura.

  2. Pagamento imediato da prémia de 980 CHF.

  3. Correção das duplicações de seguro.


Resumo do caso

Apesar de inúmeras tentativas de resolução direta com o consultor e seu superior, nenhuma solução satisfatória foi oferecida. O caso resultou em:

  • Cancelamentos não realizados e seguros indevidamente ativos

  • Duplicação de seguros suplementares

  • Faturas elevadas e inesperadas

  • Rescisão contratual sem compensação

  • Prémia de 980 CHF não paga

  • Falta de confirmação oficial do status de seguros da família

O episódio em Genebra evidencia falhas graves no atendimento ao cliente e alerta para a necessidade de maior supervisão e clareza nos processos das seguradoras suíças.




Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial