Pesquisar neste blogue
Übersetzung in Ihre Sprache
Número total de visualizações de páginas
sexta-feira, 10 de outubro de 2025
IMPOSTO RNH: O REGRESSO QUE CUSTA CARO
quinta-feira, 9 de outubro de 2025
António da Fonte e a arte de cumprir sem se perder
António da Fonte e a arte de cumprir sem se perder
António da Fonte tem 64 anos, olhos cansados, mas mente desperta. Trabalha como temporário no controlo do transporte público, observa rotas, bilhetes e horários, e ainda assim encontra-se no fundo, de desemprego. Porquê? Porque, mesmo com emprego, o sistema insiste em obrigá-lo a procurar outro trabalho fixo, mesmo que não tenha nada a ver com a sua experiência ou profissão. É um desrespeito aos cidadãos, uma tentativa de encaixar cada um numa moldura que não lhe pertence.
António sabe disso e joga com inteligência. Ele cumpre formalmente, envia nomes e contactos, respeita prazos, mas escolhe com sabedoria: não vai abandonar a segurança e o trabalho que conhece para satisfazer exigências absurdas. Cada coisa no seu lugar, carpinteiro na carpintaria, talhante no talho, médico no hospital, pescador no mar. Ele mantém-se fiel à sua experiência, à sua dignidade, ao seu ritmo.
Enquanto a burocracia insiste, António descansa, recupera energia e dedica-se ao que importa, família, leitura, escrita e observação do mundo. O trabalho real não se mede apenas em horas ou formulários, mas em atenção, cuidado e contribuição significativa.
O sistema ignora as tarefas invisíveis, as pausas necessárias e o conhecimento acumulado ao longo de décadas. António da Fonte não se sacrifica; protege o que é seu, cumpre o formalismo e ainda encontra tempo para viver plenamente.
Esta história não é apenas de um homem. É de muitos temporários, de trabalhadores discretos que sabem que obedecer às regras não significa abdicar da própria vida. É um lembrete silencioso e firme de que o valor do trabalho humano vai muito além dos formulários e carimbos, e que a verdadeira inteligência é saber cumprir sem se perder.
António da Fonte
Este executivo não merece ficar; é tempo de dar lugar a outro
MAREP: O REGRESSO A PORTUGAL QUE CUSTA CARO
quarta-feira, 8 de outubro de 2025
Convite: A Revista Repórter X convida artistas interessados a participar em exposições individuais na Glasi
terça-feira, 7 de outubro de 2025
Prostitution, love, sex and physical contact: an analysis of discreet practices in Switzerland
Sou jornalista. Não de diploma, nem de título pendurado na parede.
segunda-feira, 6 de outubro de 2025
Declaração e Queixa Venho por este meio denunciar práticas abusivas e sem nexo por parte de organismos ligados ao mercado de trabalho na Suíça, nomeadamente o RAV e a AMOSA
Declaração e Queixa
Venho por este meio denunciar práticas abusivas e sem nexo por parte de organismos ligados ao mercado de trabalho na Suíça, nomeadamente o RAV e a AMOSA.
Primeiro ponto:
a AMOSA toma a liberdade de enviar e-mails não solicitados, a promover questionários sobre a utilização da Inteligência Artificial na procura de emprego. Ninguém lhes deu autorização para usarem os meus dados, ninguém tem de ser influenciado por estudos e pressões para aceitar a Inteligência Artificial como norma. Cada pessoa procura trabalho como entende, com as ferramentas que quer. Não cabe a uns diplomatas de gabinete dizer como cada cabeça deve pensar. Isto é abuso e manipulação.
Segundo ponto:
o caso concreto de uma funcionária que trabalhou 18 anos na sua profissão, depois de escola e aprendizagem, e por capricho e orgulho do empregador foi despedida. Entrou no RAV, e em menos de um mês conseguiu trabalho de 57%, três dias por semana, com 3.500 francos limpos. Repito, 3.500 limpos, valor que muita gente só atinge a trabalhar a 100%, até Sábados e Domingos. Pois o RAV, em vez de valorizar a iniciativa da pessoa, pressiona-a para procurar outro emprego, e se surgir um emprego a 100% quer que abandone o que arranjou antes, mesmo que seja apenas para ganhar mais 500 francos, mas à custa de trabalhar todos os dias, nem que tenha que ser também Sábados e Domingos incluídos. Isto é burrice, isto é ignorância, isto é exploração. Obrigar alguém a trocar qualidade de vida e equilíbrio por trabalho dobrado em empresas exploradoras, só para cumprir estatísticas, é um comportamento sem lógica e sem dignidade.
Estes dois exemplos mostram o mesmo:
um sistema que já não serve as pessoas, mas apenas se serve delas. Um sistema que se esconde atrás de relatórios, questionários, estudos e modernidades como a Inteligência Artificial, enquanto na prática trata os trabalhadores como peças descartáveis.
Por isso, apresento esta queixa:
contra a AMOSA, pela utilização abusiva de dados e pressão em torno da Inteligência Artificial; e contra o RAV, pela prática obscura de obrigar pessoas a trocar bons empregos por maus empregos em nome de burocracias e números.
Peço que estas entidades sejam chamadas a responder pelo que fazem, e que deixem de impor vontades absurdas sobre quem apenas quer trabalhar com dignidade.
João Carlos Veloso Gonçalves
Alerta aos amantes de aquários
Trocar 100% da água de um aquário pode parecer uma limpeza perfeita, mas é uma burrice pura, e digo isso com a experiência de quem cuida de peixes há quarenta anos. Durante décadas, aprendi que pequenas mudanças — 30 ou 40% da água — mantêm os peixes vivos e felizes. Eles morrem de velhice, não por precipitação humana.
domingo, 5 de outubro de 2025
Erklärung und Beschwerde Hiermit möchte ich missbräuchliche und sinnlose Praktiken von Organisationen des Schweizer Arbeitsmarktes anprangern, namentlich vom RAV und von AMOSA
Erklärung und Beschwerde
Hiermit möchte ich missbräuchliche und sinnlose Praktiken von Organisationen des Schweizer Arbeitsmarktes anprangern, namentlich vom RAV und von AMOSA.
Erster Punkt:
AMOSA nimmt sich die Freiheit, unaufgeforderte E-Mails zu versenden, um Umfragen über den Einsatz von Künstlicher Intelligenz bei der Arbeitssuche zu bewerben. Niemand hat ihnen die Erlaubnis gegeben, meine Daten zu verwenden. Niemand muss durch Studien oder Druck beeinflusst werden, Künstliche Intelligenz als Norm zu akzeptieren. Jede Person sucht Arbeit so, wie sie es für richtig hält, mit den Werkzeugen, die sie selbst wählt. Es ist nicht Sache irgendwelcher Schreibtischdiplomaten vorzuschreiben, wie jeder Mensch zu denken hat. Das ist Missbrauch und Manipulation.
Zweiter Punkt:
Der konkrete Fall einer Arbeitnehmerin, die 18 Jahre in ihrem Beruf gearbeitet hat, nach Schule und Lehre, und die aus Eitelkeit und Stolz des Arbeitgebers entlassen wurde. Sie meldete sich beim RAV und fand in weniger als einem Monat eine Stelle von 57 %, drei Tage pro Woche, mit 3’500 Franken netto. Ich wiederhole: 3’500 netto, ein Betrag, den viele nur mit einer 100 %-Stelle erreichen, inklusive Samstagen und Sonntagen. Das RAV jedoch, anstatt die Initiative der Person zu würdigen, übt Druck aus, eine weitere Stelle zu suchen, und wenn eine 100 %-Anstellung auftaucht, soll sie die neue Arbeit wieder aufgeben – selbst wenn es nur 500 Franken mehr bringt, aber auf Kosten von Arbeit an allen Tagen, auch samstags und sonntags. Das ist Dummheit, das ist Ignoranz, das ist Ausbeutung. Jemanden zu zwingen, Lebensqualität und Ausgleich gegen doppelte Arbeitsbelastung in ausbeuterischen Unternehmen einzutauschen, nur um Statistiken zu erfüllen, ist ein Verhalten ohne Logik und ohne Würde.
Diese beiden Beispiele zeigen dasselbe: ein System, das den Menschen nicht mehr dient, sondern sich nur selbst bedient. Ein System, das sich hinter Berichten, Fragebögen, Studien und Modernitäten wie der Künstlichen Intelligenz versteckt, während es in der Praxis die Arbeitnehmer wie wegwerfbare Teile behandelt.
Darum erhebe ich diese Beschwerde: gegen AMOSA, wegen des missbräuchlichen Umgangs mit Daten und des Drucks rund um Künstliche Intelligenz; und gegen das RAV, wegen der undurchsichtigen Praxis, Menschen zu zwingen, gute Stellen gegen schlechte einzutauschen, im Namen von Bürokratie und Zahlen.
Ich fordere, dass diese Stellen für ihr Handeln zur Verantwortung gezogen werden und aufhören, absurde Forderungen aufzuerlegen, gegenüber Menschen, die einfach nur in Würde arbeiten wollen.
João Carlos Veloso Gonçalves