Uma senhora povoense aconselha: “Vá direto ao presidente”
Na sequência das críticas públicas feitas nas redes sociais contra o executivo camarário, uma senhora povoense escreveu à Revista Repórter X, dirigindo-se ao autor das denúncias.
Com respeito, mas em tom firme, disse: “Vi a sua carta ao Executivo da Câmara e só lhe tenho a dizer o seguinte. Quando quiser falar com o Presidente, vá diretamente à fonte e não por portas travessas, porque seja por emails ou por intermédio de outros não chegam ao Presidente. Isto já aconteceu comigo, mas um dia subi as escadas e fui falar diretamente com ele. Um terço do que se passa na Câmara não chega aos ouvidos do Presidente, porque é tudo muito abafado.”
A redação respondeu que a experiência confirmava as suas palavras: as cartas registadas, os emails e os telefonemas não obtinham resposta, sempre com a mesma desculpa — “está em reunião, saiu, não chegou”. Acrescentou ainda que, apesar desse bloqueio, o Presidente e o grupo político conhecem as críticas feitas nas redes sociais, sabem das acusações, mas fazem de conta que não. Recordou também que o caso do terreno usado como passagem para um parque automóvel, contra a vontade da maioria dos condóminos da Rua da Veiga, já se encontra no Ministério Público.
A senhora povoense voltou a intervir, com cordialidade: “Sinceramente não sei que lhe diga, mas mande uma mensagem pelo Facebook dele. Pode demorar, mas responderá.”
Contudo, a resposta final foi de desencanto: “Não responde e agora é tarde. Quero encontrá-los em tribunal. Faça o que achar melhor. Infelizmente ninguém faz melhor que ninguém. Todos querem poleiro e depois não fazem nada.”
Na troca de palavras, fica o retrato de um povo que insiste em fazer-se ouvir, entre o conselho de quem já enfrentou portas fechadas e a denúncia de quem continua a acusar o silêncio e a distância do poder.
Revista Repórter X Editora Schweiz Oficial
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